Há alguns meses, deliciei-me com uma entrevista que o escritor português Luís Filipe Silva cedeu à revista Bang sobre a pulp fiction lusitana que foi foco da antologia Os anos de ouro da pulp fiction portuguesa, por ele organizada e publicada em 2011 pela editora Saída de Emergência.
Tudo levava a crer que se tratava de um profundo estudo historiográfico sobre os insondáveis primórdios da fc&f lusófona, recheado de imagens de periódiocos obscuros, entre outros documentos de época, assim como diversos contos ao estilo da ficção pulpesca do início do século XX, incluindo textos lovecraftianos, de piratas, de cowboys etc.
Hoje, ouvindo o segundo episódio da série 20 anos - 20 livros, do Bangcast, tive uma segunda leitura dessa entrevista ainda mais surpreendente: nada daquilo é factual.
Todos os contos, imagens, autores e suas biografias citados na antologia são fakes criados pelo organizador e por colaboradores, num exercício de história alternativa que não foi informado a princípio aos leitores e chegou a causar algum tumulto no ambiente da fc&f lusitana. Incluindo o tal brasileiro Marcelo Augustro Galvão, criador do faroeste "Maxwell Gun", também uma criação ficcional para o volume.
Todos os contos, imagens, autores e suas biografias citados na antologia são fakes criados pelo organizador e por colaboradores, num exercício de história alternativa que não foi informado a princípio aos leitores e chegou a causar algum tumulto no ambiente da fc&f lusitana. Incluindo o tal brasileiro Marcelo Augustro Galvão, criador do faroeste "Maxwell Gun", também uma criação ficcional para o volume.
Me pegaram nessa. E eu adorei.
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