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segunda-feira, 15 de julho de 2024

Lançamento: Quando Deus morreu, Gerson Lodi-Ribeiro

"Nos estertores da civilização global terrestre, Ricardo é despachado para o espaço em estado de animação suspensa. Um século mais tarde, é reanimado e adotado por Ursulla Claudius, uma líder da estirpe humana que havia colonizado os asteroides do Sistema Solar antes da diáspora estelar da humanidade.
Ricky se esforça em adaptar-se ao presente com ares de ficção hiperfuturista em que foi despertado e à vida repleta de viagens e aventuras de sua nova guardiã. Até o dia em que os dois precisam emigrar para o Sistema Tau Ceti no cumprimento de uma missão sigilosa crucial. O lado bom é que guardiã e pupilo muito provavelmente desvendarão a natureza do mistério insondável que se oculta sob os véus daquele sistema interdito. O lado ruim é que não poderão regressar à Humanosfera com o segredo que descobrirem por lá. Pois Tau Ceti é um sistema sem volta."
Este é o texto de apresentação do romance de ficção cinetífica Quando Deus morreu, do escritor carioca Gerson Lodi-Ribeiro, ambientado no universo ficcional Humanosfera, que já conta com os ebooks Emissário do império, Mentiras e verdades sobre a terraformização marciana e o romance impresso Pecados terrestres, publicado em 2023 na coleção Dragão Mecânico da editora Draco.
Quando Deus morreu tem 438 páginas e está disponível unicamente em formato digital, aqui.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Lançamento: Postdomini, Gerson Lodi-Ribeiro

As vicissitudes do mercado editorial contemporâneo alteraram muito o modelo de negócio tradicional e hoje muitos autores entendem que publicar a si próprios é uma alternativa não apenas financeiramente mais viável, mas que lhes dá maior controle sobre suas obras. Por isso, e desde há alguns anos, o escritor carioca Gerson Lodi-Ribeiro tem investido fortemente na publicação de seus textos em forma de ebooks aproveitando as facilidades das plataformas de autoedição. Parte dos títulos que publicou assim foi antes vista em forma impressa, em diversas antologias e coletâneas ao longo de sua carreira autoral, que se iniciou ainda nos anos 1980, sendo este, portanto, um autor identificado com a Segunda Onda da ficção científica brasileira. Mas o autor continua ativo e criando novas histórias, que agora vão direto para a publicação digital.
O mais recente título de seu catálogo é a noveleta Postdomini, uma ficção científica em uma linha positivista. 
Diz o texto de apresentação: "Há quem diga que a humanidade inventou Deus para aplacar os temores relacionados à perspectiva de nossas próprias extinções pessoais. Porém, o que aconteceria se Ele realmente existisse e aparecesse um dia de forma inequívoca em nossa frente e nos afirmasse que não dá a mínima para nós e que não há vida após a morte? Poderá a civilização humana sobreviver sem Deus ou religião?"
A edição tem 45 páginas e pode ser adquirida aqui.

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Lançamento: Fantasmas num velho cronovisor

Gerson Lodi-Ribeiro é um dos mais lembrados escritores da segunda onda da ficção científica brasileira, que participou ativamente das atividades do fandom desde que se propôs a trabalhar com o gênero, no qual se especializou no tema da História Alternativa. Seu trabalho mais importante é o conto "A ética da traição", publicado em 1993 no periódico literário Isaac Asimov Magazine, em sua última edição brasileira. Desde então, o autor tem revisitado, em outros trabalhos, o mundo que criou nesse conto, uma realidade na qual o Paraguai governado por Solano López saiu vitorioso contra a Tríplice Aliança, alterando assim a história geopolítica sul-americana, especialmente a brasileira.
Agora o autor reuniu quatro desses textos em um único volume. Trata-se de Fantasmas num velho cronovisor, que formam um universo ficcional chamado pelo autor como Pax Paraguaya. Na capa, provavelmente gerada por inteligência artificial, parece que vemos o famoso cientista Neil deGrasse Tyson, mas pode ter sido apenas uma coincidência feliz.
Além do conto que lhe deu origem, que foi revisto e ampliado desde a primeira publicação, a coletânea traz ainda "Crimes patrióticos" (originalmente publicado em 1993 no fanzine Megalon 51), e os inéditos "Passado diáfano" e "E se o Brasil houvesse vencido a Guerra do Paraguay?". 
A coletânea, publicada com recursos próprios, está disponível em forma de ebook, aqui.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Xochiquetzal

Está divulgado, no site da editora Draco, Xochiquetzal, uma princesa asteca entre os incas, primeiro romance do veterano contista carioca Gerson Lodi-Ribeiro, um dos sobreviventes dos grupos de autores-fãs iniciados nas artes literárias no boletim do extinto CFCA – Clube de Ficção Científica Antares, de Porto Alegre, no início dos anos 1980. Então, Lodi-Ribeiro investia na ficção científica de cunho tecnológico mas, com o passar dos anos, migrou cada vez mais para os exercícios de história alternativa, no qual se especializou e é hoje o autor mais bem preparado para escrever esse tipo de histórias no país.
Sua obra prima, a noveleta "A ética da traição", publicada ainda no século passado, está entre os melhores trabalhos da ficção fantástica brasileira. Ela abriu uma nova frente na ficção brasileira e na obra do autor, que passou a usar cada vez mais os conhecimentos de náutica militar que domina muito bem. Nesse modelo, Lodi-Ribeiro tem realizado seus melhores trabalhos recentes, boa parte deles ambientados entre os séculos XVI e XIX, com grandes caravelas na imensidão do mar violento e desconhecido - imagem também usada por dez entre dez ensaistas de ficção científica para ilustrar o maravilhamento da aventura espacial.
Xochiquetzal é princesa de uma nação asteca que, no ambiente construído para o romance, não foi exterminada pelos invasores espanhóis. Ela narra, em forma de diário, suas experiências na companhia do marido, o navegante e conquistador Vasco da Gama, que roda o mundo a serviço de um poderoso império português.
O mundo de Xochiquetzal apareceu pela primeira vez em 1998, num conto da antologia Outras Copas, Outros Mundos, publicada pela Editora Ano-Luz – da qual o autor era então participante societário – e voltou a comparecer em outras antologias brasileiras e estrangeiras. O texto é reunião de parte desse material, revisto a ampliado, de forma que resulta num romance.
Apesar de toda a fantasia que define a história de Xochiquetzal, a mais pitoresca está fora do livro. Durante muitos anos, a comunidade de leitores e fãs de FC&F brasileira e estrangeira acreditou que as história da princesa asteca eram escritas pela autora carioca Carla Cristina Pereira, festejada pela comunidade brasileira desde quando se tornou "a primeira brasileira" indicada ao Sidewise, prêmio norteamericano exclusivo para trabalhos de história alternativa. Mesmo os editores da Ano-Luz, sócios de Lodi-Ribeiro, acreditavam que Carla Cristina Pereira existisse de fato. Até o lançamento deste romance, o autor nunca havia assumido que Carla Cristina era um de seus heteronômios (o autor assinou outros trabalhos com pseudônimos, embora não tenha feito o mesmo segredo).
Com uma década de mistério finalmente revelada, alguns estudos sobre FC brasileira publicada durante o período terão de ser revistos, já que essa grande representante feminina da ficção científica nacional era, de fato, um homem.
Não chegou a surpreender, entretanto. Há anos sabia-se que Carla Cristina Pereira era uma personalidade fictícia, já que ela não mostrava qualquer existência para além dos escritos a ela creditados. Além disso, Lodi-Ribeiro era o único que dizia conhecê-la pessoalmente e, para olhos atentos, não era difícil perceber que o estilo narrativo de Carla Cristina Pereira, bem como suas virtudes e vícios literários, eram idênticos aos de Lodi-Ribeiro.
Superada a fase de segredos, Gerson Lodi-Ribeiro pode afinal usufruir do reconhecimento que Carla Cristina Pereira conquistou em seu lugar. Mas a ficção científica brasileira fica, no todo, um pouco decepcionada por perder uma de suas mais expressivas escritoras. Ainda que fosse um segredo de polichinelo, foi bom enquanto durou.
Lodi-Ribeiro declarou, em recente entrevista ao site Cranik, que o romance deve ser colocado à venda ainda em 2009, mas o lançamento oficial deve acontecer somente em março de 2010.