O trabalho de James Tiptree Jr. (1915-1987) sempre foi elogiado no fandom brasileiro, apesar de não haver muito o que se ler de sua autoria em português. Excetuando-se os contos "A Terra age tal como uma serpente renascida", publicado na Isaac Asimov Magazine 10 (Record, 1991) e "Os falsáurios", presente na antologia Dinossauros (Aleph, 1993), talvez só houvessem textos publicados em Portugal, mesmo assim não muitos. Mas o que chamava a atenção dos fãs era o fato de James Tiptree Jr. ser o pseudônimo masculino da escritora Alice Bradley Sheldon, que o usava muito provavelmente para ampliar suas chances num meio editorial sabidamente dominado por homens. Essa atitude de Tiptree/Sheldon influenciou autoras brasileiras de ficção científica a adotar, pelos mesmos motivos, um expediente similar por aqui, se não com um pseudônimo, pelo menos com uma assinatura ambígua como A. B. Maciel e M. R. Olivieri, por exemplo.
Tiptree/Sheldon foi reconhecida pelos fãs com diversos prêmios Hugo e Nebula. Contudo, o fim trágico de sua vida, num pacto suicida com o marido, causo tanta polêmica no ambiente reacionário que dominou o fandom internacional nos últimos anos, que o prêmio que levava o seu nome acabou mudado em 2019 para Otherwise Award.
O lançamento de Mulheres que os homens não veem, pela editora Imã, vem corrigir essa ausência sentida, com uma coletânea com três novelas de ficção científica da autora. Diz o texto de divulgação: "Alice Bradley Sheldon ― a escritora por trás do renomado e misterioso 'James Tiptree Jr.' ― inova com abordagem feminista no gênero, em tramas ousadas e instigantes. Neste livro, uma garota transforma-se num anúncio publicitário vivo; mulheres preferem invasores alienígenas a continuar no mundo dos homens e uma epidemia religiosa provoca femicídios em massa."
O livro, que tem 212 páginas e tradução de Braulio Tavares, está em pré-venda no saite da editora, aqui. Os envios estão prometidos para a partir do dia 5 de agosto.
Tiptree/Sheldon foi reconhecida pelos fãs com diversos prêmios Hugo e Nebula. Contudo, o fim trágico de sua vida, num pacto suicida com o marido, causo tanta polêmica no ambiente reacionário que dominou o fandom internacional nos últimos anos, que o prêmio que levava o seu nome acabou mudado em 2019 para Otherwise Award.
O lançamento de Mulheres que os homens não veem, pela editora Imã, vem corrigir essa ausência sentida, com uma coletânea com três novelas de ficção científica da autora. Diz o texto de divulgação: "Alice Bradley Sheldon ― a escritora por trás do renomado e misterioso 'James Tiptree Jr.' ― inova com abordagem feminista no gênero, em tramas ousadas e instigantes. Neste livro, uma garota transforma-se num anúncio publicitário vivo; mulheres preferem invasores alienígenas a continuar no mundo dos homens e uma epidemia religiosa provoca femicídios em massa."
O livro, que tem 212 páginas e tradução de Braulio Tavares, está em pré-venda no saite da editora, aqui. Os envios estão prometidos para a partir do dia 5 de agosto.
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