domingo, 31 de março de 2024

Estrelas: Mulheres pioneiras da ficção científica

A ficção científica tem uma enorme dívida com as escritoras mulheres. Para começar, foi uma mulher, a escritora inglesa Mary Shelley, que produziu o texto que muitos consideram a obra fundadora do gênero: Frankenstein ou O Prometeu moderno. Depois dela, muitas outras escritoras contribuíram de forma relevante para com a formação do gênero, mas foram apagadas ou simplesmente deixadas de lado diante da produção avassaladora de ficções para meninos adolescentes escritas por homens. O gênero se tornou um Clube do Bolinha, no qual menina não entrava. Algumas autoras inclusive disfaçavam seus nomes - a ainda fazem isso hoje - citando apenas as iniciais e o sobrenome e, até mesmo, deixavam seus maridos assumirem a autoria das peças. 
Tocado por esse vergonhoso paradigma, o organizador e editor Rubens Angelo selecionou oito contos de autoras marcantes para formar a antologia Estrelas: Mulheres pioneiras da ficção científica, publicada pelo selo Sci-Fi Tropical. São elas: “O mortal imortal” (1833), de Mary Shelley; “Uma nova sociedade” (1841), de Betsey Guppy; “Sequência da visão de Bangor no século XX” (1848), de Jane Sophia Appleton; “Florina” (1883), de Emília Freitas; “Uma viagem à Lua” (1884), de Polly Cabell; “A curiosa experiência de Thomas Dunbar” (1904), de Gertrude M. Barrows; “O sonho da sultana” (1905), de Rokeya Sakhawat Hossain; “Bogotá no ano 2000: um pesadelo” (1905), de Soledad Acosta de Samper.
Além disso, o volume conta com ensaios de Lu Evans, Romy Schinzare, Ursulla Mackenzie, Lady Sybylla e prefácio da Ana Lúcia Merege.
O volume tem 202 páginas e pode ser adquirido aqui, disponível unicamente em formato digital.

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