Uma grande perda para a ficção científica brasileira: deixou-nos em 26 de junho último, aos 57 anos, o escritor curitibano Mustafá ibn Ali Kanso.
Bacharel em Química e Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Kanso teve uma carreira breve nas letras fantásticas, contudo produtiva e bem avaliada. Suas primeiras contribuições surgiram no início do século, durante as oficinas de escrita criativa ministradas na capital paranaense pelo saudoso escritor André Carneiro, que foi seu grande mentor. Após a morte do mestre em 2014, Kanso assumiu a direção da atividade.
O autor conviveu com grandes nomes do gênero e com eles compartilhou várias antologias: Futuro presente (2009, Record), organizada por Nelson de Oliveira, Contos imediatos (2009, Terracota), Proibido ler de gravata (2010, Multifoco), Sagas: Odisseia espacial (2012, Argonautas), Estranhas histórias de seres normais (2015, Illuminata) e Possessão alienígena (2017, Devir), além de algumas edições do Projeto Portal, organizadas e editadas por Luiz Brás em 2009 e 2010.
Seus livros solo foram a coletânea A cor da tempestade (2011, Multifoco) e o romance O mesmo sol que rompe os céus (2016, Fragmentos).
Vítima de um ataque cardíaco fulminante, seu passamento repentino e precoce surpreendeu todo fandom nacional de literatura fantástica. O corpo foi cremado no Crematório Vaticano, em Curitiba.
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