No
dia 4 de novembro de 2016, aos 48 anos, perdemos o escritor e
roteirista brasileiro Max Mallmann Souto-Pereira, uma das gratas
revelações do final da Segunda Onda da ficção científica brasileira.
Mallmann era gaúcho de Porto Alegre e estreou em 1989 com o livro de realismo fantástico Confissão do minotauro, publicado pelo Instituto Estadual do Livro. Seu segundo romance foi o vencedor do Prêmio Açorianos Mundo bizarro (1996, editora Mercado Aberto), também na linha do realismo fantástico e com o qual ele foi definitivamente integrado ao fandom nacional da literatura de gênero.
No
final dos anos 1990, Mallman iniciou seu trabalho como roteirista na TV
Globo, onde atuou em importantes seriados e novelas, tais como Malhação, A grande família e Carga pesada, mas não abandonou o ofício de escritor. Em 2000 publicou pela editora Rocco a novela Síndrome de quimera, finalista do Prêmio Jabuti e ganhadora do Prêmio Argos. Seus livros seguintes, também pela Rocco, foram Zigurate: Uma fábula babélica (2003) e a ficção histórica O centésimo de Roma (2010), e sua sequência, As mil mortes de César (2014). Seu último trabalho publicado foi Tomai e bebei, uma pequena novela sobre vampiros lançada em 2015 pela editora Aquario.
Dono
de uma prosa agradável e divertida, Mallmann não abria mão do humor e
da ironia em doses generosas, que eram também características de seu
comportamento social, sendo assim um autor querido por seus colegas e
leitores.
Sua morte foi decorrência do agravamento de um câncer de
pulmão com o qual lutava desde 2015. O corpo foi cremado no Memorial do
Carmo, no Rio de Janeiro, e as cinzas levadas para sua cidade natal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário