segunda-feira, 30 de maio de 2011

Conrad retoma o quadrinho nacional

Nos últimos dias, tomei conhecimento da reinvestida de Editora Conrad no quadrinho brasileiro, com dois lançamentos de vulto.
O primeiro é a antologia gráfica Guerra: 1939-1945, do paulista Julius Ckvalheiyro, artista que esteve envolvido com a extinta revista Age HQ, nos anos 1990, que publicava quadrinhos de fantasia e FC. Amadurecido, Ckvalheiyro abandonou a FC&F e embarcou em outro gênero igualmente deficitário no Brasil, o das histórias de guerra. O álbum de 136 páginas conta seis histórias independentes passadas durante os combates da Segunda Grande Guerra, com desenhos realistas como devem ser os épicos históricos. Lembra um pouco a série War, do britânico Garth Ennis, traduzida no Brasil no início do século 21 pela editora Opera Graphica. O preço do volume é compatível com o formato de luxo: R$ 29,90.
Outro lançamento, ou melhor seria dizer relançamento, é a publicação em formato de luxo da clássica HQ Garra Cinzenta, de Francisco Armond e Renato Silva, publicada em 1937 no jornal paulistano A Gazeta. O trabalho foi seguidamente rememorado e valorizado pelos fanzines, como um dos primeiros exemplos de quadrinhos de super-heróis brasileiros, embora o Garra Cinzenta seja de fato um supervilão. A edição da Conrad resgata, assim, um dos momentos históricos das HQs brasileiras, numa edição de 128 páginas que deve agradar aos colecionadores, uma vez que seu preço de capa é pouco palatável ao bolso do leitor comum: nada menos que R$39,90.

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