Já faz alguns tempo que o fandom se acostumou aos pseudônimos dos autores de FC&F. A mania não é restrita ao gênero e é praticada há séculos por autores tão importantes como Mark Twain e Malba Tahan, por exemplo.
Na FC, Isaac Asimov publicou como Paul French, e Stephen King como Richard Bach. No Brasil, Rubens Teixeira Scavone estreou no gênero assinando Senbur T. Enovacs, um anacrônimo de seu nome e muita gente achou que se tratava de um escritor tcheco, e Gerson Lodi-Ribeiro fez carreira com sua persona feminina, Carla Cristina Pereira.
Há alguns meses estamos acompanhando o trabalho de Luiz Bras, pseudônimo que o importante escritor Nelson de Oliveira criou para assinar livros infanto-juvenis. Ambos, Bras e Oliveira, chegaram recentemente às livrarias com romances de ficção fantástica que devem agradar aos leitores.
Luiz Bras publicou Babel Hotel, na coleção Diálogo da editora Scipione. Trata-se de uma releitura do dia que se repete indefinidamente, visto em filmes de cinema como O feitiço do tempo e 12:01, na série recente série de TV Day break, em diversos episódios de outros seriados (X files, Supernatural e até na série brasileira A grande família). Eis um breve trecho do texto de divulgação da editora: "Um grupo de sete pessoas, totalmente diferentes umas das outras, começa a sentir os efeitos misteriosos de um "feitiço" do tempo. Todo dia, na pequena cidade de Cobra Norato, um desses personagens morre. E renasce no dia seguinte, que é o mesmo de ontem. E é sempre sexta-feira 13."
Enquanto isso, Nelson de Oliveira aparece com Poeira: demônios e maldições, pela editora Língua Geral, Coleção Ponta de Lança, uma história que dialoga com a "Biblioteca de Babel" de Jorge Luiz Borges e Farenheit 451, de Ray Bradbury. A editora resume o livro assim: "em um tempo futuro, numa cidade não nomeada, um mundo onde a publicação de livros foi estritamente proibida, novas obras começam a surgir, misteriosamente, na biblioteca chefiada pelo temido Frederico e depois em todo o planeta." Um trecho da obra pode ser lida aqui. As premissas são instigantes e prometem fortes emoções. O reconhecido talento de Oliveira também é uma ótima recomendação.
Na coluna "A literatura na poltrona", no O Globo, José Castelo conta uma história curiosa: que Oliveira estaria usando estes lançamentos quase simultâneos para assinalar uma mudança radical em sua carreira: a substituição definitiva de Oliveira por Bras. Uma resenha de Roberto Causo a este novo e derradeiro livro de Oliveira, no Terra Magazine, acena com a mesma informação.
Essa é uma novidade. Nenhum dos autores do fandom que um dia adotou um heteronômio jamais abandonou seu próprio nome em favor dele. Sinal que Oliveira, agora Bras, está muito convicto de que a FC&F será seu caminho literário de agora em diante. Sorte nossa.
Na FC, Isaac Asimov publicou como Paul French, e Stephen King como Richard Bach. No Brasil, Rubens Teixeira Scavone estreou no gênero assinando Senbur T. Enovacs, um anacrônimo de seu nome e muita gente achou que se tratava de um escritor tcheco, e Gerson Lodi-Ribeiro fez carreira com sua persona feminina, Carla Cristina Pereira.
Há alguns meses estamos acompanhando o trabalho de Luiz Bras, pseudônimo que o importante escritor Nelson de Oliveira criou para assinar livros infanto-juvenis. Ambos, Bras e Oliveira, chegaram recentemente às livrarias com romances de ficção fantástica que devem agradar aos leitores.
Luiz Bras publicou Babel Hotel, na coleção Diálogo da editora Scipione. Trata-se de uma releitura do dia que se repete indefinidamente, visto em filmes de cinema como O feitiço do tempo e 12:01, na série recente série de TV Day break, em diversos episódios de outros seriados (X files, Supernatural e até na série brasileira A grande família). Eis um breve trecho do texto de divulgação da editora: "Um grupo de sete pessoas, totalmente diferentes umas das outras, começa a sentir os efeitos misteriosos de um "feitiço" do tempo. Todo dia, na pequena cidade de Cobra Norato, um desses personagens morre. E renasce no dia seguinte, que é o mesmo de ontem. E é sempre sexta-feira 13."
Enquanto isso, Nelson de Oliveira aparece com Poeira: demônios e maldições, pela editora Língua Geral, Coleção Ponta de Lança, uma história que dialoga com a "Biblioteca de Babel" de Jorge Luiz Borges e Farenheit 451, de Ray Bradbury. A editora resume o livro assim: "em um tempo futuro, numa cidade não nomeada, um mundo onde a publicação de livros foi estritamente proibida, novas obras começam a surgir, misteriosamente, na biblioteca chefiada pelo temido Frederico e depois em todo o planeta." Um trecho da obra pode ser lida aqui. As premissas são instigantes e prometem fortes emoções. O reconhecido talento de Oliveira também é uma ótima recomendação.
Na coluna "A literatura na poltrona", no O Globo, José Castelo conta uma história curiosa: que Oliveira estaria usando estes lançamentos quase simultâneos para assinalar uma mudança radical em sua carreira: a substituição definitiva de Oliveira por Bras. Uma resenha de Roberto Causo a este novo e derradeiro livro de Oliveira, no Terra Magazine, acena com a mesma informação.
Essa é uma novidade. Nenhum dos autores do fandom que um dia adotou um heteronômio jamais abandonou seu próprio nome em favor dele. Sinal que Oliveira, agora Bras, está muito convicto de que a FC&F será seu caminho literário de agora em diante. Sorte nossa.
Salvo engano, Nelson pretende continuar a assinar textos de crítica e organização de antologias. E nada impede, eu suponho, que "Nelson de Oliveira" "renasça" no futuro, se o interesse dele pelo mainstream literário for recuperado.
ResponderExcluirO plano sempre foi esse mesmo. Faz mais de dois anos que não escrevo ficção. Com os contos de FC e fantasia, de 2007 pra cá Luiz assumiu integralmente a literatura em nossa cabeça (rs). Quando o "Poeira" baixar (esse romance é de 1997, mas só agora foi publicado), e a primeira coletânea de contos de FC do Luiz for lançada, tudo ficará mais claro. Ou, talvez, menos confuso.
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