Relatório Quadrinhopédia do mercado editorial brasileiro de quadrinhos (2021-2022) é uma publicação de perfil acadêmico voltada à análise da publicação de quadrinhos no Brasil, com muitas tabelas e gráficos comparativos que buscam revelar uma radiografia do estado do mercado brasileiro de quadrinhos. A pesquisa foi realizada por Lucio Luiz e publicado pela Editora Quadrinhopédia, de Curitiba, que lhe deu o nome.
Houve seriedade do pesquisador, a metodologia usada é explicitada na introdução e acredito que suas conclusões são confiáveis e relevantes. Contudo, o maior problema desse tipo de levantamento é que ele é feito unicamente a partir dos títulos publicados, o que pode até ser representativo mas não é fiel quanto à situação efetiva do mercado, uma vez que não leva em consideração o que é mais importante: as tiragens e as vendas. Tais dados são mantidos em absoluto segredo pelas editoras e não é possível aos pesquisadores realmente identificarem quem é que manda no negócio. Uma editora com menos títulos pode ter maior cobertura nos pontos de venda caso invista em tiragens mais volumosas, enquanto uma editora de muitos títulos pode na verdade estar tentando compensar as vendas reduzidas por título ofertando maior quantidade dos mesmos.
Outro campo desprezado pelo lavantamento é o das publicações virtuais. Ainda que a arte dos quadrinhos ainda não tenha encontrado nos ebooks sua melhor solução e continue sendo dependente da mídia impressa, a publicação digital é uma realidade que já predomina no mercado livreiro em geral. Mais cedo ou mais tarde, os quadrinhos terão de considerar o virtual sob o risco de desaparecer completamente, como já aconteceu com as tiras, por exemplo. Aliás, o próprio Relatório foi publicado em ebook, sinal que se trata de um ambiente editorialmente relevante.
A publicação tem doze páginas, é gratuita e pode ser baixada aqui.
Houve seriedade do pesquisador, a metodologia usada é explicitada na introdução e acredito que suas conclusões são confiáveis e relevantes. Contudo, o maior problema desse tipo de levantamento é que ele é feito unicamente a partir dos títulos publicados, o que pode até ser representativo mas não é fiel quanto à situação efetiva do mercado, uma vez que não leva em consideração o que é mais importante: as tiragens e as vendas. Tais dados são mantidos em absoluto segredo pelas editoras e não é possível aos pesquisadores realmente identificarem quem é que manda no negócio. Uma editora com menos títulos pode ter maior cobertura nos pontos de venda caso invista em tiragens mais volumosas, enquanto uma editora de muitos títulos pode na verdade estar tentando compensar as vendas reduzidas por título ofertando maior quantidade dos mesmos.
Outro campo desprezado pelo lavantamento é o das publicações virtuais. Ainda que a arte dos quadrinhos ainda não tenha encontrado nos ebooks sua melhor solução e continue sendo dependente da mídia impressa, a publicação digital é uma realidade que já predomina no mercado livreiro em geral. Mais cedo ou mais tarde, os quadrinhos terão de considerar o virtual sob o risco de desaparecer completamente, como já aconteceu com as tiras, por exemplo. Aliás, o próprio Relatório foi publicado em ebook, sinal que se trata de um ambiente editorialmente relevante.
A publicação tem doze páginas, é gratuita e pode ser baixada aqui.
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