O melhor indicativo de que os fanzines estão realmente voltando a cena editorial alternativa é o relançamento de antigos títulos, que vêm carregados de representatividade histórica aliada a uma melhor qualidade gráfica e editorial, sem perder o charme e o foco na resistência cultural.
A outros títulos que já voltaram soma-se o Quadritos, publicação dedicada aos quadrinhos nacionais, editada em Porto Alegre por Marcos Freitas. O fanzine distribuiu seu número 10 após dezesseis anos de interrupção. A edição vem com 40 páginas em ótima impressão digital, capa em papel especial, e republicações de histórias de suas edições anteriores, que fazem uma ótima ponte entre a primeira fase do zine e a que o editor pretende iniciar a partir da edição 11, com trabalhos inéditos. Nesta edição, uma pequena obra prima do inesquecível Flávio Colin, feita exclusivamente para o Quadritos, além de trabalhos de Will e Laudo, Flavio Calazans, Gazy Andraus e dos eslovenos Marina Zlander e Jakob Klemenic. A capa traz uma ilustração de Mozart Couto, e a contracapa, uma vinheta do saudoso Joacy Jamys. O fanzine está aberto a colaborações.
Marcos Freitas também lançou o primeiro número da coleção Nomes pelo selo Atomic Books. Pasolini é especialmente dedicado ao polêmico cineasta italiano, brutalmente assassinado em 1975, aos 53 anos. A edição, em formato magazine, é fartamente ilustrada com fotos muito nítidas, impressa digitalmente em preto e branco em papel reciclado. Tem 52 páginas com artigos, entrevistas e a filmografia completa do artista. Ilustra a edição a hq de dez páginas "Quem matou Pasolini", de Marcos Freitas e Luciano Irrthum. O editor promete que a edição seguinte será dedicada ao falecido quadrinista e fanzineiro Joacy Jamys, que foi colaborador do Hiperespaço no início de sua carreira.
Os fanzine terão edições digitais no futuro próximo mas, por hora, estão disponíveis apenas em versão real, em papel. Mais informações no blogue do Quadritos ou pelo email fanzinequadritos@gmail.com.
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