No próximo sábado, dia 29 de novembro acontece o último SBC Geek do ano, encontro de fãs da cultura nerd promovidos pela Secretaria de Cultura de São Bernardo do Campo.
Das 10 às 17 horas, distribuem-se diversas atividades ligadas ao colecionismo, jogos de tabuleiro, jogos eletrônicos antigos e mesas de rpg.
Às 15 horas rola um batepapo com o mestre Leite, especialista em rpg que vai conversar com o público sobre os jogos de representação e a sua experiência com a arte.
O encontro acontece na Gibiteca Eugênio Colonnese, localizada dentro do parque temático Cidade da Criança, na Rua Tasman, 301, Jardim do Mar, em São Bernardo do Campo. A entrada é gratuita.
Mais informações na fanpage do SBC Geek, aqui.
terça-feira, 25 de novembro de 2014
O último geek do deserto
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segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Megalon 54 e muito mais
Já pode ser baixada gratuitamente aqui a versão virtual o nº 54 do Megalon, fanzine de ficção científica e horror publicado originalmente em setembro de 1999 por Marcello Simão Branco.
A edição tem 36 páginas e traz ficções de Jorge Moreira Nunes e Ricardo Madeira, uma oportuna entrevista com o saudoso fantasista goiano José J. Veiga, artigo sobre Frankenstein, uma homenagem ao então recentemente falecido DeForest Kelley (o Dr. McCoy de Star trek) e tabulações de uma pesquisa realizada pela revista Locus para determinar os autores favoritos de fc e fantasia entre seus leitores, que o editor aproveitou para comparar com um levantamento similar que o próprio Megalon realizou alguns meses antes. Também traz as seções fixas "Diário do fandom", "Terras alternativas" e "Arte fantástica brasileira" e, na capa, uma imagem impressionante do ilustrador americano Allan Clark.
O editor também disponibilizou, num arquivo bônus que pode se baixado aqui, alguns documentos históricos interessantes, como a divulgação do romance Amazon, de Ataíde Tartari, publicado nos EUA, e um conto de fc publicado pela revista Veja em 1969 que, infelizmente, não traz o nome do autor, e ainda a reprodução da capa da revista Meia-Noite, de novembro de 1951, aqui.
E, para homenagear o escritor André Carneiro, Branco redisponibilizou a edição nº 8 do Megalon, já comentada aqui, edição esta que traz uma entrevista com o decano autor da fc brasileira, falecido há poucos dias. A edição que até agora estava indisponível, pode finalmente ser baixada aqui.
A edição tem 36 páginas e traz ficções de Jorge Moreira Nunes e Ricardo Madeira, uma oportuna entrevista com o saudoso fantasista goiano José J. Veiga, artigo sobre Frankenstein, uma homenagem ao então recentemente falecido DeForest Kelley (o Dr. McCoy de Star trek) e tabulações de uma pesquisa realizada pela revista Locus para determinar os autores favoritos de fc e fantasia entre seus leitores, que o editor aproveitou para comparar com um levantamento similar que o próprio Megalon realizou alguns meses antes. Também traz as seções fixas "Diário do fandom", "Terras alternativas" e "Arte fantástica brasileira" e, na capa, uma imagem impressionante do ilustrador americano Allan Clark.
O editor também disponibilizou, num arquivo bônus que pode se baixado aqui, alguns documentos históricos interessantes, como a divulgação do romance Amazon, de Ataíde Tartari, publicado nos EUA, e um conto de fc publicado pela revista Veja em 1969 que, infelizmente, não traz o nome do autor, e ainda a reprodução da capa da revista Meia-Noite, de novembro de 1951, aqui.
E, para homenagear o escritor André Carneiro, Branco redisponibilizou a edição nº 8 do Megalon, já comentada aqui, edição esta que traz uma entrevista com o decano autor da fc brasileira, falecido há poucos dias. A edição que até agora estava indisponível, pode finalmente ser baixada aqui.
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Arkhaika
Confirmando a confiança na literatura fantástica que tem caracterizado o mercado brasileiros nos últimos anos, mais e mais escritores lançam-se a experimentar os gêneros em suas obras.
Arkhaika: A trajetória do Sol e da Lua, romance de fantasia de Alecio Miari, é a estreia deste jovem escritor do ABC paulista.
O livro será apresentado ao público no próximo dia 28 de novembro, das 19h30 às 21h30, na livraria Saraiva do Park Shopping São Caetano, situado à Alameda Terracota, 545, em São Caetano do Sul.
Diz o texto de divulgação: "Uma jornada. Um arqueiro. Uma vida deixada para trás. Uma trama além da ideia de disseminar cultura. Um objetivo: voltar para casa. É uma sensação nova, estranha, desconhecida. 'É a segunda noite seguida em que acordo sem ninguém ao meu lado. Um sentimento de vazio se apodera de meu peito, será que sobreviverei a esta enorme tormenta que se instalou em minha vida?'”
Mais informações na fanpage do romance, aqui.
Arkhaika: A trajetória do Sol e da Lua, romance de fantasia de Alecio Miari, é a estreia deste jovem escritor do ABC paulista.
O livro será apresentado ao público no próximo dia 28 de novembro, das 19h30 às 21h30, na livraria Saraiva do Park Shopping São Caetano, situado à Alameda Terracota, 545, em São Caetano do Sul.
Diz o texto de divulgação: "Uma jornada. Um arqueiro. Uma vida deixada para trás. Uma trama além da ideia de disseminar cultura. Um objetivo: voltar para casa. É uma sensação nova, estranha, desconhecida. 'É a segunda noite seguida em que acordo sem ninguém ao meu lado. Um sentimento de vazio se apodera de meu peito, será que sobreviverei a esta enorme tormenta que se instalou em minha vida?'”
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Velta 11
Esta disponível a edição nº 11 de Velta, a super-detetive, fanzine virtual com as histórias em quadrinhos de loura gigante criada pelo artista paraibano Emir Ribeiro.
A edição apresenta as histórias "A quadrilha do Caolho", publicada originalmente em 1976, e "A hipnotizadora", de 1981, cuja primeira versão foi publicada em 1977, além de um texto que contextualiza estas aventuras na cronologia da personagem. A capa traz uma ilustração de Paulo Nery.
A publicação é uma iniciativa do blogue Rock & Quadrinhos, e pode ser baixada gratuitamente aqui.
A edição apresenta as histórias "A quadrilha do Caolho", publicada originalmente em 1976, e "A hipnotizadora", de 1981, cuja primeira versão foi publicada em 1977, além de um texto que contextualiza estas aventuras na cronologia da personagem. A capa traz uma ilustração de Paulo Nery.
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segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Resenha: O Círculo
Houve um tempo em que a ficção científica era um gênero considerado escapista e alienado, porque suas histórias geralmente se passavam séculos ou até milênios no futuro, no espaço sideral ou em planetas distantes, nos quais sociedades absurdas discutiam problemas de uma forma tão extrapolada que eram fantasias de sonho, valendo-se apenas das correrias dos heróis para salvar mocinhas indefesas das garras de alienígenas mal intencionados. No meio dessa ficção de gosto duvidoso, que fazia sucesso entre os adolescentes, alguns autores logravam oferecer enredos um tanto mais densos. 1984, de George Orwell, Admirável mundo novo, de Aldous Huxley, A laranja mecânica, de Anthony Burgess, Nós, de Yevgeny Zamyatin, Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, A beira do fim, de Harry Harrison, entre outros, surpreendiam com os horrores reais de opressões que grassavam, e ainda acontecem, em várias partes do mundo. Eram as chamadas distopias – o inverso de utopias – um tipo de especulação político-social que antecipava os descaminhos da sociedade.
Atualmente, as distopias tornaram-se um bom mercado. Desenvolvidas a partir de mundos de alta fantasia, séries como Jogos vorazes, de Suzanne Collins, e Divergente, de Veronica Roth, têm atraído grande número de leitores jovens. Ainda que estejam distantes, em impacto e relevância, daquelas distopias clássicas, numa coisa são semelhantes: ainda que aterradoras, parecem distantes e, certamente, evitáveis.
Esta não é o caso de O Círculo, romance de ficção científica do jornalista americano Dave Eggers, recentemente publicado no Brasil pela Editora Companhia das Letras, com tradução de Rubens Figueiredo.
A princípio, parece um exagero tratar O Círculo como um romance distópico. Isso porque a história de Eggers acontece praticamente em nosso próprio tempo, um ou dois anos no futuro, no máximo. As coisas que vemos na maior parte da narrativa já fazem parte do nosso dia a dia e não seria de estranhar que muita gente rejeitasse a classificação de ficção científica para ele.
O Círculo é uma empresa de tecnologia, luxuosa e sofisticada, sucessora das atuais redes sociais que, através do uso sistemático dos programas de busca, construiu um enorme e centralizado banco de dados capaz de oferecer um leque inesgotável de oportunidades para jovens empreendedores. Além disso, o Círculo é uma megarrede social, fusão do Google com o Facebook e o Twitter, o maior vício de uma comunidade global entusiasmada com o poder de se meter na vida uns dos outros. É lá que vai trabalhar a irrequieta e um tanto insegura Mae. Recém-saída da universidade, ela recebeu uma proposta de trabalho no Círculo de Annie, uma bem posicionada executiva da empresa que foi sua colega de dormitório no campus. Mae inicia sua carreira no Círculo no departamento de atendimento ao cliente e, como vamos perceber, a invasão da tecnologia é avassaladora nesse ambiente de trabalho.
A princípio, Mae parece não se adaptar bem ao modelo exigido dos empregados no Círculo. Seus pais vivem numa pequena cidade a 200 quilômetros da sede da empresa, para onde ela viaja periodicamente para visitar o pai, que sofre de um tipo de esclerose progressiva, quando ela também aproveita para praticar um esporte solitário do qual gosta muito, a canoagem. Suas ausências, ainda que fora do horário de trabalho, não são bem recebidas por seus superiores, que passam a pressioná-la para adotar um estilo de vida mais "transparente", o que significa compartilhar a maior quantidade possível de dados pessoais na grande rede administrada pela empresa. Preocupada em perder o emprego, Mae torna-se uma praticante exageradamente entusiasmada desse novo modo de vida, ao ponto de forjar as máximas que passam a nortear as ações do Círculo "Segredos são mentiras", "Compartilhar é cuidar" e "Privacidade é roubo", criadas num processo que, não por acaso, lembra o duplipensar orwelliano.
Porém, há um estranho no Círculo: Kalden, homem que ninguém parece conhecer e não tem sequer um registro na onipresente, onisciente e quase onipotente rede. Mae se envolve com Kalden, que tenta demovê-la da doutrina do Círculo. Dividida entre a paixão por Kalden e a lealdade ao Círculo, o dilema levará Mae às franjas do apocalipse, quando o Círculo – cujo logotipo é uma letra C – passa a almejar a "completude", que seria fechá-lo num círculo perfeito, e isso é bem mais do que uma figura ilustrativa. As coisas vão se complicar ainda mais quando Mae decide convencer Mercer, seu ex-namorado ludita, e os próprios pais a submeterem-se ao Círculo, e nem mesmo as mais trágicas consequências abalam Mae: o vício pela tecnologia a transformou numa máquina faminta de atenção e sucesso.
Eggers também investe na forma narrativa. Seu texto, apoiado principalmente em diálogos, não faz uso de travessões e todas as falas são grafadas entre aspas. Também não há capítulos, com o texto se alongando como uma tortura chinesa, contudo, impossível de largar. A única concessão do autor foi a divisão do texto em três partes estranhamente irregulares. A primeira parte tem cerca de 320 páginas e narra os primeiros dias de Mae no Círculo. O Livro II tem pouco menos de 200 páginas e acompanha a transformação inconsciente e gradativa de Mae numa alucinada entidade pós-humana. A última parte, o Livro III, tem apenas quatro páginas, mas é a que vai levar leitor a nocaute; um gancho tão forte que nos faz perder as meias. Tudo porque, apesar do evidentes descaminhos, o Círculo parece representar exatamente aquilo que vemos de mais positivo na revolução digital; ela precisa estar certa e compactuamos com isso. Seus anseios são legítimos, os resultados são favoráveis e positivos, e cada pequena vitória de Mae e do Círculo parecem ser a vitória do bem e do bom senso em direção a uma humanidade melhor, progressista e sadia. Contudo...
A leitura de O Círculo deve causar um poderoso efeito sobre os usuários das redes sociais, especialmente aqueles dedicados a influir na sociedade para torná-la mais justa. Porque, mesmo sob a melhor das intenções, quando isso se torna uma impostura, a utopia inevitavelmente atravessa a linha tênue que a separa da distopia.
O desfecho do romance é avassalador e deixa uma sensação quase insuportável de urgência e inevitabilidade semelhante a que experimentamos na leitura de 1984, do qual O Círculo é herdeiro legítimo.
Atualmente, as distopias tornaram-se um bom mercado. Desenvolvidas a partir de mundos de alta fantasia, séries como Jogos vorazes, de Suzanne Collins, e Divergente, de Veronica Roth, têm atraído grande número de leitores jovens. Ainda que estejam distantes, em impacto e relevância, daquelas distopias clássicas, numa coisa são semelhantes: ainda que aterradoras, parecem distantes e, certamente, evitáveis.
Esta não é o caso de O Círculo, romance de ficção científica do jornalista americano Dave Eggers, recentemente publicado no Brasil pela Editora Companhia das Letras, com tradução de Rubens Figueiredo.
A princípio, parece um exagero tratar O Círculo como um romance distópico. Isso porque a história de Eggers acontece praticamente em nosso próprio tempo, um ou dois anos no futuro, no máximo. As coisas que vemos na maior parte da narrativa já fazem parte do nosso dia a dia e não seria de estranhar que muita gente rejeitasse a classificação de ficção científica para ele.
O Círculo é uma empresa de tecnologia, luxuosa e sofisticada, sucessora das atuais redes sociais que, através do uso sistemático dos programas de busca, construiu um enorme e centralizado banco de dados capaz de oferecer um leque inesgotável de oportunidades para jovens empreendedores. Além disso, o Círculo é uma megarrede social, fusão do Google com o Facebook e o Twitter, o maior vício de uma comunidade global entusiasmada com o poder de se meter na vida uns dos outros. É lá que vai trabalhar a irrequieta e um tanto insegura Mae. Recém-saída da universidade, ela recebeu uma proposta de trabalho no Círculo de Annie, uma bem posicionada executiva da empresa que foi sua colega de dormitório no campus. Mae inicia sua carreira no Círculo no departamento de atendimento ao cliente e, como vamos perceber, a invasão da tecnologia é avassaladora nesse ambiente de trabalho.
A princípio, Mae parece não se adaptar bem ao modelo exigido dos empregados no Círculo. Seus pais vivem numa pequena cidade a 200 quilômetros da sede da empresa, para onde ela viaja periodicamente para visitar o pai, que sofre de um tipo de esclerose progressiva, quando ela também aproveita para praticar um esporte solitário do qual gosta muito, a canoagem. Suas ausências, ainda que fora do horário de trabalho, não são bem recebidas por seus superiores, que passam a pressioná-la para adotar um estilo de vida mais "transparente", o que significa compartilhar a maior quantidade possível de dados pessoais na grande rede administrada pela empresa. Preocupada em perder o emprego, Mae torna-se uma praticante exageradamente entusiasmada desse novo modo de vida, ao ponto de forjar as máximas que passam a nortear as ações do Círculo "Segredos são mentiras", "Compartilhar é cuidar" e "Privacidade é roubo", criadas num processo que, não por acaso, lembra o duplipensar orwelliano.
Porém, há um estranho no Círculo: Kalden, homem que ninguém parece conhecer e não tem sequer um registro na onipresente, onisciente e quase onipotente rede. Mae se envolve com Kalden, que tenta demovê-la da doutrina do Círculo. Dividida entre a paixão por Kalden e a lealdade ao Círculo, o dilema levará Mae às franjas do apocalipse, quando o Círculo – cujo logotipo é uma letra C – passa a almejar a "completude", que seria fechá-lo num círculo perfeito, e isso é bem mais do que uma figura ilustrativa. As coisas vão se complicar ainda mais quando Mae decide convencer Mercer, seu ex-namorado ludita, e os próprios pais a submeterem-se ao Círculo, e nem mesmo as mais trágicas consequências abalam Mae: o vício pela tecnologia a transformou numa máquina faminta de atenção e sucesso.
Eggers também investe na forma narrativa. Seu texto, apoiado principalmente em diálogos, não faz uso de travessões e todas as falas são grafadas entre aspas. Também não há capítulos, com o texto se alongando como uma tortura chinesa, contudo, impossível de largar. A única concessão do autor foi a divisão do texto em três partes estranhamente irregulares. A primeira parte tem cerca de 320 páginas e narra os primeiros dias de Mae no Círculo. O Livro II tem pouco menos de 200 páginas e acompanha a transformação inconsciente e gradativa de Mae numa alucinada entidade pós-humana. A última parte, o Livro III, tem apenas quatro páginas, mas é a que vai levar leitor a nocaute; um gancho tão forte que nos faz perder as meias. Tudo porque, apesar do evidentes descaminhos, o Círculo parece representar exatamente aquilo que vemos de mais positivo na revolução digital; ela precisa estar certa e compactuamos com isso. Seus anseios são legítimos, os resultados são favoráveis e positivos, e cada pequena vitória de Mae e do Círculo parecem ser a vitória do bem e do bom senso em direção a uma humanidade melhor, progressista e sadia. Contudo...
A leitura de O Círculo deve causar um poderoso efeito sobre os usuários das redes sociais, especialmente aqueles dedicados a influir na sociedade para torná-la mais justa. Porque, mesmo sob a melhor das intenções, quando isso se torna uma impostura, a utopia inevitavelmente atravessa a linha tênue que a separa da distopia.
O desfecho do romance é avassalador e deixa uma sensação quase insuportável de urgência e inevitabilidade semelhante a que experimentamos na leitura de 1984, do qual O Círculo é herdeiro legítimo.
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O rei de amarelo em 3 tempos
Já convivemos, há alguns anos, com uma face ainda suave de um fenômeno que vai mudar radicalmente a maneira como editores e leitores se relacionarão com a literatura de fc&f no futuro. Não se trata dos dispositivos eletrônicos nem de qualquer outro gadget tecnológico, mas sim da cada vez mais próxima era em que as comportas do direito autoral das grandes obras da literatura de fc&f serão rompidas. Conforme os dias passam, a obra de mais autores entra em domínio público e livros esquecidos há décadas, por conta dos altos custos que seus herdeiros praticavam, voltarão a moda.
Este ano podemos testemunhar um caso típico. A obra do escritor americano Robert W. Chambers (1865-1933) entrou em domínio público e nada menos que três editoras apresentaram traduções simultâneas de seu trabalho mais célebre, The king in yellow, originalmente publicado em 1895, obra que influenciou os autores do período weird e contribuiu decisivamente para a formação dos gêneros fantásticos.
A obra apareceu primeiro no início de 2014 pela Editora Intrínseca, sob o título de O rei de amarelo, logo seguida pela tradução da Editora Arte & Letra, O símbolo amarelo e outros contos. Agora é a vez da editora independente Clock Tower apresentar a sua versão para a coletânea.
O diferencial da edição da Clock Tower é o requinte de um volume dirigido ao leitor apaixonado por livros. Isso porque terá capa dura, fita marca-página, contos extras adicionados por Chambers ao livro original, ilustrações internas, além de ser uma edição numerada. Nada poderia ser mais exclusivo, portanto.
Diz o editor, Denilson Ricci, ele mesmo um fã de fc&f: "Existe uma lenda em torno desse tomo que dizem ser maldito, influenciando psicologicamente quem o possuir por guardar secretos terríveis do universo".
O volume está em pré-venda no loja da Clok Tower, aqui. Mas é preciso correr, porque a tiragem é limitadíssima.
Este ano podemos testemunhar um caso típico. A obra do escritor americano Robert W. Chambers (1865-1933) entrou em domínio público e nada menos que três editoras apresentaram traduções simultâneas de seu trabalho mais célebre, The king in yellow, originalmente publicado em 1895, obra que influenciou os autores do período weird e contribuiu decisivamente para a formação dos gêneros fantásticos.
A obra apareceu primeiro no início de 2014 pela Editora Intrínseca, sob o título de O rei de amarelo, logo seguida pela tradução da Editora Arte & Letra, O símbolo amarelo e outros contos. Agora é a vez da editora independente Clock Tower apresentar a sua versão para a coletânea.
O diferencial da edição da Clock Tower é o requinte de um volume dirigido ao leitor apaixonado por livros. Isso porque terá capa dura, fita marca-página, contos extras adicionados por Chambers ao livro original, ilustrações internas, além de ser uma edição numerada. Nada poderia ser mais exclusivo, portanto.
Diz o editor, Denilson Ricci, ele mesmo um fã de fc&f: "Existe uma lenda em torno desse tomo que dizem ser maldito, influenciando psicologicamente quem o possuir por guardar secretos terríveis do universo".
O volume está em pré-venda no loja da Clok Tower, aqui. Mas é preciso correr, porque a tiragem é limitadíssima.
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domingo, 2 de novembro de 2014
A Bandeira do Elefante e da Arara em quadrinhos
Uma das mais interessante séries de fantasia a ter o Brasil como cenário é criação de Christopher Kastensmidt, texano radicado em Porto Alegre, que percebeu o potencial das mitologias brasileiras para a construção de um contexto diferenciado no gênero. Não que inexistam autores brasileiros que já fizeram o mesmo, pelo contrário. Desde as suas origens, a literatura brasileira registra autores que enveredaram pelo indianismo e suas mitologias, e mesmo no fandom brasileiro, historicamente resistente a esse tipo de solução, há autores como Roberto de Sousa Causo, Simone Saueressig e Ivanir Calado, entre outros, que não tiveram receio de a trilhar. O que diferencia o trabalho de Kastensmidt é seu alcance. Sendo um autor de língua inglesa, com acesso ao concorrido mercado anglo-americano, sua obra espraia-se por ambientes virtualmente inacessíveis aos autores brasileiros e, dessa forma, funciona como divulgador do imaginário e da ficção brasileiros naquele mercado.
A Bandeira do Elefante e da Arara surgiu na forma da noveleta "O encontro fortuito de Gerard van Oost e Oludara", indicado ao prestigioso prêmio Nebula e publicado no Brasil em 2010, no primeiro volume da coleção Asas do Vento, da Devir Livraria. Conta a história de um holandês Gerard, que chega ao Brasil dos tempos coloniais em busca de fama e fortuna. Aqui, acaba por libertar o escravo Oludara, e ambos associam-se na empreitada de explorar o novo continente numa expedição de dois homens, a dita Bandeira do Elefante e da Arara. Em suas aventuras pelas matas, ambos têm de lidar com as gentes nativas, de hábitos estranhos para os estrangeiros, além da fauna, flora e entidades mágicas ferozes que se manifestam seguidamente no seu caminho.
Agora, a mesma Devir anuncia o lançamento dea versão em quadrinhos desse trabalho, A bandeira do Elefante e da Arara: O encontro fortuito, com roteiro do próprio Kastensmidt e desenhos de Carolina Milyus, uma jovem ilustradora de Porto Alegre. O álbum tem 112 páginas coloridas por Ursula Dorada, e já está disponível na loja da editora, aqui. Amostras da arte pode ser vista na página da publicação, aqui.
E está rolando um concurso cultural cujo prêmio é justamente um exemplar autografado deste álbum. Para participar, basta responder criativamente a pergunta "Se você fosse um explorador, de qual aventura gostaria de participar?". As respostas mais originais serão premiadas. O formulário e as regras da promoção estão disponíveis aqui.
A Bandeira do Elefante e da Arara surgiu na forma da noveleta "O encontro fortuito de Gerard van Oost e Oludara", indicado ao prestigioso prêmio Nebula e publicado no Brasil em 2010, no primeiro volume da coleção Asas do Vento, da Devir Livraria. Conta a história de um holandês Gerard, que chega ao Brasil dos tempos coloniais em busca de fama e fortuna. Aqui, acaba por libertar o escravo Oludara, e ambos associam-se na empreitada de explorar o novo continente numa expedição de dois homens, a dita Bandeira do Elefante e da Arara. Em suas aventuras pelas matas, ambos têm de lidar com as gentes nativas, de hábitos estranhos para os estrangeiros, além da fauna, flora e entidades mágicas ferozes que se manifestam seguidamente no seu caminho.
Agora, a mesma Devir anuncia o lançamento dea versão em quadrinhos desse trabalho, A bandeira do Elefante e da Arara: O encontro fortuito, com roteiro do próprio Kastensmidt e desenhos de Carolina Milyus, uma jovem ilustradora de Porto Alegre. O álbum tem 112 páginas coloridas por Ursula Dorada, e já está disponível na loja da editora, aqui. Amostras da arte pode ser vista na página da publicação, aqui.
E está rolando um concurso cultural cujo prêmio é justamente um exemplar autografado deste álbum. Para participar, basta responder criativamente a pergunta "Se você fosse um explorador, de qual aventura gostaria de participar?". As respostas mais originais serão premiadas. O formulário e as regras da promoção estão disponíveis aqui.
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Sombras
Está em pré-venda o álbum Sombras, de Julio Shimamoto, edição especial que reúne diversas histórias de horror, em preto e branco, numa técnica criativa desenvolvida por este mestre dos quadrinhos brasileiros.
O álbum tem 64 páginas em formato 21x30 cm, e capa com detalhes em vermelho e verniz. Denilson Reis assina a introdução.
Sombras é uma publicação da editora independente Atomic Quadrinhos em parceria com a Quadrante Comics, e o lançamento acontecerá no dia 15 de novembro, durante a Feira do Livro de Porto Alegre.
Mais informações no blogue e na loja da Atomic.
O álbum tem 64 páginas em formato 21x30 cm, e capa com detalhes em vermelho e verniz. Denilson Reis assina a introdução.
Sombras é uma publicação da editora independente Atomic Quadrinhos em parceria com a Quadrante Comics, e o lançamento acontecerá no dia 15 de novembro, durante a Feira do Livro de Porto Alegre.
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As encarnações do Distrito Federal
Distrito Federal é o novo romance do escritor de ficção científica Luiz Bras, que será apresentado ao público no próximo dia 19 de novembro, quarta-feira, a partir das 18 horas, no restaurante Canto Madalena (R. Medeiros de Albuquerque, 471, S. Paulo).
Visto que o autor tem um ótimo conto com esse nome, publicado na coletânea Máquina Macunaíma (Ragnarok, 2013), é de imaginar que se trata de uma expansão do mesmo. O mesmo título também nomeia um dos poemas de Pequena coleção de grandes horrores (Circuito, 2014) mas, em se tratando de Luiz Bras, nada é uma certeza. Confira: trechos de Distrito Federal podem ser lidos aqui.
O volume tem ilustrações de Teo Adorno – que muitos afirmam ser um clone de Luiz Bras – e é uma publicação da Editora Patuá.
Visto que o autor tem um ótimo conto com esse nome, publicado na coletânea Máquina Macunaíma (Ragnarok, 2013), é de imaginar que se trata de uma expansão do mesmo. O mesmo título também nomeia um dos poemas de Pequena coleção de grandes horrores (Circuito, 2014) mas, em se tratando de Luiz Bras, nada é uma certeza. Confira: trechos de Distrito Federal podem ser lidos aqui.
O volume tem ilustrações de Teo Adorno – que muitos afirmam ser um clone de Luiz Bras – e é uma publicação da Editora Patuá.
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