Desde 2005, a tradicional editora Autores Associados sustenta o selo Ciranda das Letras publicando romances para leitores jovens e, a partir de 2010, nele criou a coleção Jovem Leitor, voltada para a publicação específica de ficção científica e fantasia para jovens, algo que realmente faltava no mercado nacional. Não que inexista fc&f para jovens no país, mas ela está geralmente mesclada àquela dirigida a outras faixas etárias, sem identificação clara por parte do editor, e até dos próprios autores.
A ficção fantástica necessita de selos voltados aos jovens para formar leitores para o gênero, com textos pensados para eles, com qualidade para torná-los leitores maduros e críticos. Isso está sendo perseguido cuidadosamente pela Autores Associados.
A coleção Jovem Leitor estreou com o romance Nômade, do escritor brasileiro Carlos Orsi, autor conhecido e respeitado no ambiente da fc&f nacional, com vários outros livros publicados. Trata-se de uma ficção científica espacial, que conta a aventura de um grupo de jovens a bordo de uma espaçonave que tem sua vida perfeita e segura repentinamente transformada num jogo mortal.
O segundo volume da coleção veio em 2011, a movimentada história de ficção científica Sonho, sombras e super-heróis, de Luiz Bras, que conta como um garoto que não podia sonhar é usado por um gênio do mal para viabilizar seu plano de dominação mundial a partir da pequena cidade de Cobra Norato.
Também de 2011 é o romance Dark life: Vida abissal, da escritora norteamericana Kat Falls, que antecipa um futuro no qual os oceanos da Terra subiram de nível, inundando os continentes até restarem poucas áreas de terra seca: a maior parte da humanidade vive sob os mares. A história ganhou sequência em 2012 com o romance recém publicado Rip tide: Maré bravia.
A série já está negociada com a Disney para ser levada ao cinema pelo conhecido diretor Robert Zemeckis.
A coleção ainda foi reforçada em 2012 pelos romances de fantasia O valor absoluto de Mike e A garota que podia voar.
O valor absoluto de Mike, da escritora holandesa Kathryn Erskine, é uma fantasia científica que conta a história de um garoto que quer impressionar seu pai sendo um bom matemático, mas acaba envolvido num estranho projeto de engenharia no qual tem que trabalhar com uma tia de 80 anos, um homem sem-teto e uma menina punk-rock.
A garota que podia voar, da canadense Victoria Forester, tem uma premissa deliciosa que lembra o realismo fantástico latinoamericano, com uma porção de personagens curiosos, como um garoto que tossiu uma chave de fenda e um pacote de pregos, um homem que fala de trás para frente e, é claro, uma menininha que flutua por aí.
Os livros são muito bem produzidos, as capas são lindas e os romances de Orsi e Braz trazem ilustrações internas assinadas por Renato Alarcão.
Eis aqui uma coleção que merece ser prestigiada e que já demonstrou disposição em investir em bons textos de autores brasileiros.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Megalon 12
Mais uma edição do clássico fanzine de ficção científica e horror Megalon ganha edição virtual, desta feita o número 12, originalmente publicado em setembro de 1990.
Já ostentando na capa o seu primeiro Prêmio Nova, conquistado em 1989, a edição organizada por Marcello Simão Branco e Renato Rosatti vem com 60 páginas, boa parte delas dedicada a apresentação de uma seleta de contos de autoria de Marcos Melo, Mark Luke, Décio One, Miguel Carqueija e uma noveleta de Jorge Luiz Calife (versão condensada de seu romance Linha terminal). Também oferece uma história em quadrinhos de Antonio Sena, artigos de Calife, Gilberto Schoereder, Allan Wirtanen, Gerson Lodi-Ribeiro, Roberto de Sousa Causo e de Simão Branco, além de mais resenhas de livros americanos assinadas por Orson Scott Card. A capa traz uma ilustração de Roberto Schima, inspirada na noveleta de Calife.A legibilidade deste arquivo está bem melhor e a edição pode ser apreciada totalmente. Para obter uma cópia gratuita, basta solicitar ao editor pelo email marcellobranco@ig.com.br.
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segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Batmóvel à gasolina
Há mais de três anos que os postos Shell não faziam nenhuma promoção com miniaturas de carrinhos, mas valeu a pena esperar.
Está rolando, em todo o Brasil, a promoção Batmóvel Shell V-Power, que distribui ao consumidor, mediante o consumo do combustível, quatro lindas miniaturas de alguns dos mais famosos modelos do veículo do Homem Morcego. Tratam-se dos modelos vistos na popular série de tv dos anos 1960 e nos longas Batman: O retorno (1992), Batman eternamente (1995) e Batman: O cavaleiro das trevas (2008). Depois de abastecer, o consumidor poderá adquirir as miniaturas ao preço de R$14,90 cada.Além disso, uma réplica em tamanho natural do Batmóvel da série de tv será exibida em vários postos Shell pelo País.
Mais informações sobre a promoção podem ser obtidas no saite da Shell, aqui. Vou correndo agora mesmo atrás das minhas miniaturas.
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Neve rubra
Enquanto a maior parte dos mortais espera que o cinema ou a tv mostrem novidades, as ideias progridem no formato dos quadrinhos. Algumas delas realmente chegam à ter versões audiovisuais, mas seus autores não se furtam a dar-lhes, nos quadrinhos, a devida continuidade.
Uma dessas bem sucedidas franquias é 30 dias de noite, criação de Steve Niles e Ben Templesmith publicada originalmente em quadrinhos em 2002, levada ao cinema cinco anos depois. Neve rubra é o sexto volume da série, que chega agora ao Brasil pela Devir Livraria.
Trata-se da primeira história independente da série, com roteiro e desenhos de Templesmith, contextualizando os eventos que, anos mais tarde, levariam tragédia à pequena cidade de Barrow, no Alasca.
Diz o texto de divulgação: "1941. A 'Operação Raposa de Prata' de Hitler fracassou, mas a guerra na Frente Oriental continua enquanto o inverno russo começa a apertar. O cabo Charlie Keating, adido militar britânico, observa o conflito do lado soviético, fazendo de tudo para que suprimentos essenciais cheguem às mãos dos soldados de Stalin que lutam na frente de batalha contra os nazistas. Mas existe uma outra ameaça na imensidão gelada, e não são os alemães. Não importa o quanto a humanidade tente se matar, há algo que faz isso melhor". A mistura de temas sobrenaturais com tropas nazistas não é original, mas geralmente resulta em trabalhos curiosos e interessantes. Similaridades com Dead snow não devem ser meras coincidências.
30 dias de noite: Neve rubra tem 104 páginas em cores, custa R$24,90 e é recomendada para adultos.
Uma dessas bem sucedidas franquias é 30 dias de noite, criação de Steve Niles e Ben Templesmith publicada originalmente em quadrinhos em 2002, levada ao cinema cinco anos depois. Neve rubra é o sexto volume da série, que chega agora ao Brasil pela Devir Livraria.
Trata-se da primeira história independente da série, com roteiro e desenhos de Templesmith, contextualizando os eventos que, anos mais tarde, levariam tragédia à pequena cidade de Barrow, no Alasca.
Diz o texto de divulgação: "1941. A 'Operação Raposa de Prata' de Hitler fracassou, mas a guerra na Frente Oriental continua enquanto o inverno russo começa a apertar. O cabo Charlie Keating, adido militar britânico, observa o conflito do lado soviético, fazendo de tudo para que suprimentos essenciais cheguem às mãos dos soldados de Stalin que lutam na frente de batalha contra os nazistas. Mas existe uma outra ameaça na imensidão gelada, e não são os alemães. Não importa o quanto a humanidade tente se matar, há algo que faz isso melhor". A mistura de temas sobrenaturais com tropas nazistas não é original, mas geralmente resulta em trabalhos curiosos e interessantes. Similaridades com Dead snow não devem ser meras coincidências.
30 dias de noite: Neve rubra tem 104 páginas em cores, custa R$24,90 e é recomendada para adultos.
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Velta encontra Drácula
Enfim, está disponível a edição Velta contra Drácula, criação do quadrinhista paraibano Emir Ribeiro, que comemora quatro décadas da criação de Velta, uma das mais conhecidas personagens dos quadrinhos alternativos brasileiros.
Desta vez, a Gigante Loura tem uma aventura de ação e terror, ficando frente a frente com o mais poderoso de todos os vampiros.Diz o texto de divulgação: "Em uma cidade distante dos centros urbanos, e de geografia acidentada, mulheres começam a desaparecer misteriosamente, sem deixar qualquer rastro... até uma conhecida e bizarra figura de cabelos lisos e brancos entrar para as fileiras das desaparecidas, e alguém testemunhar um dos raptos. O namorado da nossa heroína loura toma direção de um antigo castelo, para descobrir e dar cabo do responsável pelos sumiços. Mas, é claro que Velta não o deixaria ir sozinho nessa empreitada". A edição é completada com uma história curta de Michèlle, a vampira, e a leitura é recomendada para adultos.
Velta contra Drácula tem 68 páginas em preto e branco, e a capa em cartão, plastificada, traz uma ilustração de Paulo Nery, artista que também ilustrou o pôster que acompanha a edição. O preço de lançamento é de R$16,00, mais o frete. Maiores informações com o editor pelo email emir.ribeiro@gmail.com.
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Reflorescendo
Depois de mais de um ano sem brotar – o último número saiu em agosto de 2011 –, o fanzine de cultura fantástica Flores do Lado de Cima, editado por Rosana Raven, distribui uma nova edição.
Este número 18 vem com 24 pétalas, ou melhor, páginas, e traz entrevistas com a editora independente Thina Curtis e a banda Dead Pop, artigos sobre o escritor Oscar Wilde e o artista plástico Fabrice Lavollay, um conto de Rosana Raven e uma seleta de poemas soturnos de diversos autores, além de muita divulgação da cena alternativa.A edição pode ser baixada gratuitamente aqui.
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sexta-feira, 16 de novembro de 2012
A cavalgada do morto
2012 foi um ano proveitoso para os fãs de Tex, com várias edições especiais publicadas, entre ela duas de Tex Gigante. Em março, a Editora Mythos lançou a edição 26, As hienas de Lamont, de Claudio Nizzi e do ilustrador argentino Garcia Seijas; e agora em outubro chegou às bancas o número 27, A cavalgada do morto, de Mauro Boselli e Fabio Civitelli, artistas italianos já bastante conhecidos dos leitores deste personagem.
A nova edição conta, em sua 244 páginas em preto e branco, uma história quase de horror, na qual a lenda de um cavaleiro sem cabeça assombra a região pradarias e desertos do sudoeste dos EUA. Tex e seus amigos são chamados para investigar o fenômeno quando assassinatos começam a ser creditados ao fantasma. Uma história que pode agradar também aos fãs de weird west, tema recorrente nas aventuras do ranger texano.
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Econômico, mas ainda assustador
Uma das grandes dificuldades dos leitores brasileiros sempre foi o alto custo das publicações no Brasil. Com Lovecraft não é diferente, sempre penso duas vezes antes de investir meu dinheiro na aquisição das traduções nacionais, mesmo sendo um leitor ávido de suas histórias.
Há algum tempo, a editora Hedra iniciou a publicação de uma simpática coleção de bolso do autor mas, por motivos comerciais, acabou abandonando o formato em favor de uma edição maior e mais luxuosa. Contudo, os leitores financeiramente prejudicados não foram abandonados pelo Cavalheiro de Providence. A editora gaúcha L&PM incluiu um volume de Lovecraft em sua novíssima Coleção 64 Páginas, dedicada a edição de novelas e contos clássicos, geralmente em domínio público, ao custo sugerido de R$5,00 o exemplar.
Dessa forma, chegou às livrarias a antologia O horror em Red Hook, com três contos do mestre do horror: "Ele", "A tumba" e aquele que dá nome ao volume. Todos já foram vistos em outras publicações mas, neste formato, tornam-se acessíveis a um público muito mais amplo, que o autor bem merece. A tradução é de Jorge Ritter.
Há algum tempo, a editora Hedra iniciou a publicação de uma simpática coleção de bolso do autor mas, por motivos comerciais, acabou abandonando o formato em favor de uma edição maior e mais luxuosa. Contudo, os leitores financeiramente prejudicados não foram abandonados pelo Cavalheiro de Providence. A editora gaúcha L&PM incluiu um volume de Lovecraft em sua novíssima Coleção 64 Páginas, dedicada a edição de novelas e contos clássicos, geralmente em domínio público, ao custo sugerido de R$5,00 o exemplar.
Dessa forma, chegou às livrarias a antologia O horror em Red Hook, com três contos do mestre do horror: "Ele", "A tumba" e aquele que dá nome ao volume. Todos já foram vistos em outras publicações mas, neste formato, tornam-se acessíveis a um público muito mais amplo, que o autor bem merece. A tradução é de Jorge Ritter.
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Anuário para ouvir
Como tem acontecido nos últimos os anos, este ano o Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica voltou a ser pauta do programa Perfil Literário, da Rádio Unesp. No início de outubro, os autores Marcello Simão Branco e Cesar Silva compareceram ao estúdio para serem sabatinados pelo jornalista Oscar D'Ambrósio, e falaram sobre o desempenho da literatura fantástica no país ao longo de 2011, os destaques nacionais e estrangeiros, os rumos que o gênero em 2012 e as expectativas para 2013.
O arquivo, que inclui alguns diálogos de bastidores, pode ser ouvido aqui.
No diretório também estão disponíveis gravações com diversos outros autores da literatura nacional, inclusive as entrevistas que trataram dos Anuário anteriores. Os atalhos destas entrevistas estão destacados na coluna lateral, no item "Links interessantes".
O arquivo, que inclui alguns diálogos de bastidores, pode ser ouvido aqui.
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quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Bras x Carneiro
Choque de titãs no Cândido, jornal da Biblioteca Pública do Paraná. Em sua edição nº16, de novembro de 2012, Cândido apresenta o mais importante autor brasileiro de ficção científica, André Carneiro – autor de Diário da nave perdida e Piscina livre, entre outros livros importantes –, numa entrevista de quatro páginas conduzida pelo escritor Luiz Brás, a mais promissora revelação do gênero nos últimos dez anos.
André Carneiro fala de suas diversas atividades artísticas desde os tempos da ditadura Vargas, quando editou o jornal Tentativa, bem como seu trabalho como contista, poeta, hipnotizador, cineasta e artista plástico.A entrevista pode ser lida online aqui, bem como na edição integral aqui. No saite podem ainda ser baixadas as edições anteriores do jornal.
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Nós, ciborgues
Graças ao trabalho de Fátimas Regis, a pesquisa de ficção científica não vai passar em branco em 2012. Acaba de ser publicado o livro Nós, ciborgues: Tecnologias de informação e subjetividade homem-máquina, tese de doutorado da autora que é professora de comunicação da UERJ, além de esposa do escritor e roteirista Sylvio Gonçalves.
Diz o texto de divulgação: "Fátima Regis conta a história de como o desenvolvimento tecnocientífico do século XX automatizou o humano e humanizou a técnica, gerando o ciborgue. A ficção científica tornou-se a narrativa que melhor traduz o mundo em que vivemos. Nós, Ciborgues propõe que, longe de serem meros produtos de entretenimento, as obras de ficção científica suscitam profundas interrogações filosóficas, como questionamentos sobre o que é o homem e qual a sua capacidade de intervir no mundo".Nós, ciborgues tem 222 páginas e é uma publicação da Editora Champagnat – PUC-PR.
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Mitologia Recreio
A revista Recreio continua investindo na publicação de coleções temáticas ligadas ao gênero da ficção científica e fantasia. Agora é a vez da clássica mitologia grega, cuja riqueza é amplamente conhecida e muito popular no mundo inteiro.
Trata-se da coleção Missão Mitologia, que consiste de uma série de 20 brinquedos que serão distribuídos semanalmente nas edições da revista, junto com 20 revistinhas em quadrinhos e 20 fascículos da Enciclopédia de Mitologia, com informações e curiosidades sobre o tema.Os brinquedos são transformáveis e podem ser unidos entre si de modo a formar três grandes robôs: Mega-Zeus, Mega-Poseidon e Mega-Hades.
A primeira edição com a coleção (nº 659) traz também a capa e os parafusos para encadernar os fascículos da Enciclopédia. As primeiras edições trazem ainda um cenário 3D de papel cartão, retratando um enorme templo grego.
Mais informações, no saite da revista, aqui.
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quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Megalon 11
Está disponível mais uma edição digitalizada do histórico fanzine de ficção científica e horror Megalon.
Em sua 11ª edição, publicada originalmente em julho de 1990, traz em 34 páginas muito material interessante para os leitores de hoje, como contos do norteamericano Richard Stooker e dos brasileiros Ivan Carlos Regina e Roberto Schima, artigos de Roberto de Sousa Causo, Gilberto Schoereder, R. C. Nascimento, Tobe Carpenter (um peseudônimo óbvio) e dos editores Marcello Simão Branco e Renato Rosatti, além da coluna de resenhas de Orson Scott Card, "Books to look for". Complementa a edição uma hq assinada por J. França.Para obter uma cópia gratuita, basta solicitar pelo email marcellobranco@ig.com.br.
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Juvenatrix 141
Em suas 20 páginas, Juvenatrix apresenta contos de Rinaldo Papoy, Felipe Rodrigues Araujo e Carlos Alberto Marcante dos Santos, artigo sobre o filme O incrível homem que derreteu (1977), além de notícias sobre produções alternativas e rock extremo. A capa traz uma ilustração de Marcos T. R. Almeida. Para receber uma cópia, basta solicitar ao editor pelo e-mail renatorosatti@yahoo.com.br.
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Reanimator
Surge no horizonte da fc&f brasileira a novíssima Academia de Literatura Fantástica Brasileira (ALFB), fundada por um grupo de fãs liderados pelo escritor Rinaldo Papoy. E o primeiro ato da nova entidade foi publicar o fanzine-manifesto Reanimator, editado pelo próprio Papoy, em versão exclusivamente virtual disponível para leitura gratuita aqui.
O fanzine dedica boa parte de suas 70 páginas para levantar polêmicas e publicar um manifesto em que conclama a paz universal entre os autores de fc&f, embora o tom geral do fanzine não seja exatamente pacificador.
Afora isso, a publicação apresenta um artigo de Rafael Razador, entrevista com o português especialista em quadrinhos Nuno Amado, conto de Mateus Ferraz, poema de Diego El Khouri e uma tradução – certamente não autorizada – do conto "A última pergunta", de Isaac Asimov. A capa traz uma ilustração de Márcio Roberto Marchini.
Percebe-se, nos discursos do editor, a ânsia por estabelecer uma trincheira que dê visibilidade a uma novíssima geração de autores que busca ser ouvida em meio a zoada geral que atualmente domina o ambiente da ficção fantástica, seguindo os rumos trilhados por outras agremiações como a recém-fundada Associação Cultural de Arte Fantástica (ACAF) e o renascido Clube dos Leitores de Ficção Científica (CLFC).
Será o surgimento de uma nova onda? Pode ser. A geração de autores surgida na virada do século, que ficou conhecida como Terceira Onda da FCB, começou mais ou menos do mesmo jeito.
Sucesso aos valentes.
O fanzine dedica boa parte de suas 70 páginas para levantar polêmicas e publicar um manifesto em que conclama a paz universal entre os autores de fc&f, embora o tom geral do fanzine não seja exatamente pacificador.
Afora isso, a publicação apresenta um artigo de Rafael Razador, entrevista com o português especialista em quadrinhos Nuno Amado, conto de Mateus Ferraz, poema de Diego El Khouri e uma tradução – certamente não autorizada – do conto "A última pergunta", de Isaac Asimov. A capa traz uma ilustração de Márcio Roberto Marchini.
Percebe-se, nos discursos do editor, a ânsia por estabelecer uma trincheira que dê visibilidade a uma novíssima geração de autores que busca ser ouvida em meio a zoada geral que atualmente domina o ambiente da ficção fantástica, seguindo os rumos trilhados por outras agremiações como a recém-fundada Associação Cultural de Arte Fantástica (ACAF) e o renascido Clube dos Leitores de Ficção Científica (CLFC).
Será o surgimento de uma nova onda? Pode ser. A geração de autores surgida na virada do século, que ficou conhecida como Terceira Onda da FCB, começou mais ou menos do mesmo jeito.
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sábado, 3 de novembro de 2012
Ficção fantástica em alta na HQB
Ao mesmo tempo em que se festeja o ressurgimento do Astronauta, de Maurício de Sousa, chegaram às livrarias especializadas dois álbuns que merecem igual atenção e elogios. Tratam-se de 20.000 léguas submarinas, publicado pela Nemo, e Undeadman: Idade Média, publicado pelo selo independente Quarto Mundo.
20.000 léguas submarinas adapta mais uma vez para a arte sequencial o clássico de 1870 escrito por Júlio Verne, no qual um grupo de pesquisadores acaba prisioneiro de um terrorista que projetou e construiu uma avançadíssima máquina de guerra com a qual pretende pacificar o mundo. O clássico ganha agora o roteiro do mineiro João Melo e as ilustrações do cartunista paulistano Will (Sideralman), ambos premiados com o troféu HQ Mix por obras anteriores. O volume tem 64 páginas em cores e capa cartonada.Undeadman: Idade Média é uma coletânea de histórias primeiramente vistas na revista independente Quadrinhópole. Fala sobre um homem imortal que, depois de um século sendo barbaramente torturado, sai pelo mundo em busca de redenção. A obra tem roteiros de Leonardo Melo e arte de André Caliman, que atualmente dá sequência à série no saite Quadrinhópole Digital Comics.
Undeadman: Idade Média foi lançado na Gibicon, evento dedicado aos quadrinhos realizado em outubro em Curitiba. O álbum tem 144 páginas e será distribuído pela Devir Livraria.
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Angela Della Morte
Há algum tempo, a editora Zarabatana Books formou uma parceria com a prestigiosa revista argentina Fierro, da qual já publicou no Brasil duas edições, mas não ficou só nisso. A nata da casa são os álbuns, com obras maiúsculas de artistas que deveriam ser imensamente conhecidos e respeitados no mundo todo, tal a dimensão da qualidade de seus trabalhos. É o caso de Salvador Sanz, de quem já conhecemos o álbuns Noturno, publicado no país em 2010 pela mesma Zarabatana, que chega agora com a ficção científica soturna Angela Della Morte, terceiro volume da Coleção Fierro.
Conta os fatos que abalam as fundações de um mundo futuro no qual foi desenvolvida uma tecnologia de imortalidade, obtida através da separação da alma do corpo. Diz o texto de apresentação: "Se essas criaturas a quem chamamos morte se alimentam de nossa alma nem bem abandonamos nosso corpo... Então, não há mais o além para o homem? Não existe a transcendência da alma? Estamos condenados a ser o gado desses seres, no final de nossa vida terrena? Então, a partir de hoje, estamos em guerra contra a morte e, enquanto não encontrarmos um antídoto para ela, temos que permanecer no mundo material o tempo que for necessário. Todos vocês jurarão sigilo. Voltaremos a uma era obscura, onde o conhecimento não será revelado a ninguém. Nós seremos os senhores dos mistérios".Tecnologia de ponta, horror sobrenatural, guerra, robôs gigantes, viagens espaciais, há de tudo um pouco nessa história incomum, que vale a pensa ser conferida.
Angela Della Morte tem 96 páginas com desenhos em preto e branco, capa cartonada e custa R$39,00.
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sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Todos os Portais
Antes de desaparecer da nossa realidade, o famigerado escritor Nelson de Oliveira deixou um último legado: uma seleta com o melhor do que foi publicado pelo projeto Portal, série de seis antologias de contos de ficção científica de autores brasileiros organizada pelo próprio Oliveira e publicada de forma independente entre 2008 e 2010.
O manuscrito com o material selecionado foi herdado pela Editora Terracota, que o publica agora sob o título de Todos os Portais: Realidades expandidas.Diz o texto de apresentação: "Imaginem delicados psicotrópicos artificiais capazes de abrir portas da razão e os portões da percepção. Imaginem sutis substâncias alucinógenas capazes de estimular a fantasia e a inteligência, sem provocar danos neurológicos irreversíveis. Todos os Portais: Realidades expandidas são essas drogas seguras".
O volume reúne trabalhos de Ana Cristina Rodrigues, Ataíde Tartari, Braulio Tavares, Brontops Baruq, Carlos Emílio C. Lima, Claudio Brites, Fábio Fernandes, Geraldo Lima, Ivan Hegenberg, Jacques Barcia, Laura Fuentes, Luiz Bras, Marco Antônio de Araujo Bueno, Maria Helena Bandeira, Mayrant Gallo, Mustafá Ali Kanso, Petê Rissatti, Ricardo Delfin, Richard Diegues, Roberto de Sousa Causo e Tiago Araújo.
Todos os Portais: Realidades expandidas será lançado no dia 24 de novembro, a partir da 15h30, na Biblioteca Viriato Corrêa (Rua Sena Madureira, 298, São Paulo). A entrada é gratuita.
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Mitologia Brasílica
Há muito mais fantasia no ambiente editorial brasileiro do que sonha a nossa vã filosofia. A prova disso é o surpreendente lançamento, sem nenhum alarde dentro das fronteiras do fandom, de Mitologia Brasílica, coleção de seis volumes escrita por Mouzar Benedito com ilustrações coloridas do cartunista Ohi.
Cada volume aborda uma ou mais lendas da mitologia brasileira, numa linguagem acessível aos jovens – para os quais a coleção é dirigida – mas com profundidade suficiente para entreter e informar também aos leitores adultos.São eles: O Saci: Guardião da floresta (64 páginas), A Iara: Encanto das águas (48), O Curupira: Nosso gênio das matas (48), O Caipora: Amigo dos bichos (48), O Boitatá: Esse mito é fogo! (48) e Lobisomem, Cuca e Mula sem Cabeça: Importados e naturalizados (48).
Cada um dos livros traz um conto sobre o mito relatado, uma pesquisa sobre suas as origens, regiões de ocorrência, inter-relações com outras culturas e muitas informações interessantes.
Mitologia Brasílica é uma publicação da editora Liz e os livros podem ser encontrados avulsos ou num conjunto acondicionado numa caixa especial. A coleção toda está disponível na Livraria Cultura ou diretamente com a editora, pelo email lizeditora@ceparcultural.com.br.
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