quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Fantástica 3

Está disponível a nova edição da revista virtual Fantástica, dedicada a literatura de fantasia nacional.
Nesta edição são abordados os escritores Raphael Draccon, Simone O. Marques, Leandro Schulai, Márson Alquati, Rafael Lima, Luiz Dreamhope, Helena Gomes, Mandy Porto, Vincent Law, Eric Novello, M.D. Amado, Celly Borges, Nana B. Poetisa, Dhyan Shanasa e Nelson Magrini, além de artigos sobre a IV FantastiCon, a Bienal do Livro de São Paulo e outros assuntos ligados ao gênero.
A edição, que tem 124 páginas, pode ser visualizada on line aqui, ou então baixada em arquivo pdf, aqui.
A revista ainda mantém um podcast com entrevistas e batepapos com autores do gênero.
Muitas horas de entretenimento para os fãs de fantasia feita por brasileiros.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica 2009

Numa iniciativa dos jornalistas e pesquisadores de ficção científica e fantasia Cesar Silva e Marcello Simão Branco, o Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica foi publicado pela primeira vez em 2005.
Apresenta um amplo e profundo panorama do cenário fantástico nacional, em suas três manifestações principais, a ficção científica, a fantasia e o horror, além de contemplar também as criações híbridas entre estes gêneros e os chamados trabalhos de “fronteira”, isto é, o fantástico abordado a partir da perspectiva do mainstream literário.
Contém notícias sobre prêmios e personalidades, listas dos livros lançados durante o ano, artigo sobre o mercado editorial, com dados estatísticos e tabelas. Resenhas de vários dos principais livros de autores brasileiros e estrangeiros, entrevista com a “Personalidade do Ano”, ensaio de um especialista convidado, e uma seção histórica com datas e resenhas de livros importantes.
O Anuário tem por meta realizar um registro do estado dos gêneros no país, além de auxiliar tanto os leitores em busca do que há de novo, como aos escritores que desejam destrinchar as tendências do mercado. E também a editores e pesquisadores, que estão em busca de um conhecimento mais sistematizado e amplo do que está surgindo e das perspectivas para o fantástico no Brasil.
O Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica recebeu em 2010 o Prêmio “Melhores do Ano”, na categoria “Melhor Não-Ficção”, concedido pelo site Ficção Científica e Afins, da escritora Ana Cristina Rodrigues.

Repercussões:
“As suas carreiras críticas — existentes há anos em várias publicações, e há seis anos no Anuário —, são o balanço global dos gêneros literários que vocês analisam, o mais competente, sério e abrangente, dentro do universo crítico brasileiro.”
—André Carneiro, autor de Confissões do inexplicável.
“O Anuário é uma das publicações de crítica de ficção especulativa mais independentes e de maior personalidade no país. Editores, pesquisadores, colecionadores de livros, escritores e fãs devem encontrar uma fonte de consulta, de avaliações e de opiniões críticas inestimável para dar perspectiva ao momento atual.”
—Roberto de Sousa Causo, autor de Anjo de Dor.

“Um projeto raro e ambicioso, que apresenta uma perspectiva global e sistematizada a respeito do mercado no Brasil e confere-lhe uma unidade na qual os autores poderão posicionar-se. Além disso, contribui para o crescimento da crítica profissional e do estudo acadêmico, essenciais ao desenvolvimento de qualquer literatura."
—Luís Filipe Silva, site Efeitos Secundários (Portugal).

Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica 2009, Cesar Silva e Marcello Simão Branco. Capa de Cerito, sobre arte de Henrique Alvim Correa. São Paulo: Devir Livraria, selo Enciclopédia Galáctica, setembro de 2010, 168 páginas ISSN 2178-6240. Preço: R$28,00.


Sobre a Enciclopédia Galáctica
Em 2010, a Devir Livraria inaugura o selo “Enciclopédia Galáctica”, destinado a obras de não-ficção voltadas para a discussão, análise e registro dos gêneros ficção científica, fantasia e horror na literatura, quadrinhos, jogos, cinema e televisão.
O selo busca fomentar a produção crítica a respeito desses gêneros e formas de expressão, em um momento em que cresce muito o interesse pela literatura de ficção científica, fantasia e horror no ambiente acadêmico e literário nacional.
O primeiro livro do selo foi Visão Alienígena: Ensaios sobre Ficção Científica Brasileira, de M. Elizabeth Ginway, brasilianista e professora de língua portuguesa e literatura e cultura brasileira na Universidade da Flórida (em Gainesville).

Devir Livraria: Rua Teodureto Souto, 624, Cambuci, São Paulo/SP, CEP 01539-000
Fone: (11) 2127- 8787, horário comercial. Mais informações: marialuzia.devir@gmail.com

Juvenatrix 124

Está disponível a nova edição do fanzine de horror Juvenatrix, editado por Renato Rosatti em formato virtual.
A publicação tem 31 páginas com contos de Dimitri Kozma, Emanuel R. Marques e Rita Maria Felix da Silva; artigos e resenhas de cinema fantástico assinados por Rosatti, Mateus Ferraz e E. R. Corrêa, divulgação de bandas de rock extremo e notícias da cena alternativa. A capa traz uma ilustração de Silvio Eduardo Mello Ribeiro.
O fanzine tem um blogue mas, para obter uma cópia em formato PDF, é necessário escrever para renatorosatti@yahoo.com.br. O fanzine é enviado gratuitamente por email.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Arlequim 19

Costumo postar no Twitter algumas impressões sobre os gibis que acompanho. Ultimamente, tenho comentado com regularidade as edições da revista Vertigo, publicada no Brasil pela Panini, com elogios e críticas às séries de aventura e fantasia que apresenta.
Pois eu não poderia deixar de afirmar, mais uma vez, que a série de histórias da Arlequina, criada e produzida por Roberto Hollanda, coloca todas elas no chinelo, e não é de hoje.
Hollanda começou a produzir seu fanzine ainda nos anos 1990, esteve muito tempo sem publicar e voltou este ano, retomando a história que pretendia concluir no número 20, encerrando a publicação.
A má notícia é que ele a concluiu, neste número 19, que acabei de receber pelo correio e a qual agradeço. Obrigado por isso, Roberto! E a boa notícia é que o editor decidiu continuar com o fanzine e, na próxima edição, inaugura um novo arco que deve se estender até o número 40. É o que diz o editorial e me deixa muito animado. Seria uma grande perda para os quadrinhos se Arlequim deixasse de circular.
Não vou resumir a aventura porque quem quiser saber como se resolveram os problemas da boneca Emília depois que perdeu seus poderes por ter amado um anjo, terá de adquirir o exemplar. Mas posso dizer que, além da história, há dois excelentes artigos que já valem a edição: um sobre as adaptações de O mágico de Oz para os quadrinhos e outro sobre os livros de L. Frank Baum nesse universo, 14 ao todo.
O fanzine, que tem 24 páginas e foi publicado em forma real, em papel, pode ser adquirido com o autor, pelo email arlequimhc@yahoo.com.br.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Flores do Lado de Cima 15

Está disponível para download a quarta edição deste ano do fanzine de terror Flores do Lado de Cima, editado por Rosana Raven.
A publicação passou por um banho de loja e ficou mais bonita, como já se percebe pela capa. A edição destaca os trabalhos do maquiador Tom Savini e da ilustradora Victoria Francés, e entrevista a escritora Georgette Silen, autora do recém lançado romance Lázarus.
Ainda divulga bandas de rock, traz reportagens sobre a IV FantastiCon e o 5º Cine Fantasy, com muitas fotos, e uma recheada seção poética.
Para baixar o seu exemplar, clique aqui.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Anuário ganha nota em Portugal


O site Tecnofantasia, editado por Luís Filipe Silva, divulgou entre os leitores lusitanos a publicação do Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica 2009, o que, como parte interessada, muito me envaidece.
Luís Filipe é um dos grandes nomes da FC&F portuguesa, autor do que talvez seja o mais importante livro do gênero escrito em português, Terrarium, em parceria com outro grande da FC lusófona, João Barreiros. Só de saber que um desses grandes autores se interessou pelo Anuário já me deixa preocupado – será que estamos a altura dessa responsabilidade?
No início, o Anuário teve um caderno dedicado às publicações portuguesas, devido a grande identificação que os leitores brasileiros têm com o mercado editorial lusitano mas o projeto não foi além da edição de estreia, em 2005.
Torço, de minha parte, para que nossos irmãos de além mar se interessem em desenvolver um Anuário português, pois sentimos muita curiosidade sobre o que acontece por lá em matéria de publicações de FC&F.
Vale acompanhar o saite Tecnofantasia e perceber o quanto o incipiente mercado editorial brasileiro ainda tem que caminhar para poder se considerar minimamente atualizado.
Obrigado por isso, Luís Filipe.

Proibido ler de gravata

Este foi mais um dos títulos apresentados ao público durante a IV Fantasticon, realizada em São Paulo no finalzinho de agosto. Proibido ler de gravata, publicada pela editora Multifoco, é uma antologia de contos de ficção científica montada a partir de uma longa oficina literária comandada pelo decano da ficção científica brasileira, o escritor André Carneiro, que também assina a organização do volume. Acho que já disse aqui que a capa do livro, que pode ser vista ao lado, na minha opinião, é a melhor do ano.
A antologia de 192 páginas traz diversos textos de cada um dos autores publicados: Alda Slonik, Bertoldo Schneider Jr., Clair Nery Cardoso, Mustafá Ali Kanso, Silvio André Xavier e do próprio André Carneiro.
Como os livros da Multifoco não são fáceis de achar nas livrarias, o negócio é encomendar diretamente na editora, aqui.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

RIP 5

Está disponível o número 5 do fanzine de terror RIP - Read In Peace, editado por M. D. Amado para o saite Estronho, de onde pode ser baixado gratuitamente.
A edição destaca os 14 anos de atividade do saite e republica contos de Camila Lages, Rita Maria Felix da Silva, Maria Helena Bandeira, Alessandro Reifer e Alencar Moraes, um poema de Carolina Mancini, HQ de Evandro Guerra, entrevista com Alfer Medeiros (Furia lupina), e artigos de Tânia Souza e Rober Pinheiro.
Além disso, a edição traz uma promoção imperdível, que promete sortear 14 livros para um único sortudo entre os que reponderem acertadamente uma pergunta relacionada ao fanzine em questão. Sei que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar mas, por via das dúvidas, já fiz a minha fezinha mesmo assim. Aproveite.

A nova onda da FCB

No início eram a citação, a homenagem e a releitura. Depois veio o fanfic. Agora é a vez do "mashup", romances caídos em domínio público aos quais são adicionados novos trechos que subvertem a leitura num sentido imprevisto pelo autor original.
O primeiro exemplo dessa tendência que aportou no Brasil foi Orgulho, preconceito & zumbis, traduzido no início deste ano pela Editora Intrínseca, no qual o escritor norte-americano Seth Grahame-Smith parodia o clássico romance da escritora britânica Jane Austen.
Mas o que começou como brincadeira parece estar sendo transformado em prática pela Lua de Papel, selo da Editora Leya que anunciou a coleção Clássicos Fantásticos, com quatro títulos do gênero. O primeiro a ser divulgado é Dom Casmurro e os discos voadores, romance de estreia do escritor Lúcio Manfredi, um dos mais promissores autores da Segunda Onda da ficção científica brasileira.
No livro, além dos desencontros da história original, os personagens de Machado de Assis vão se envolver com alienígenas e andróides, numa disputa intergaláctica entre duas civilizações que habitam a Terra há milhões de anos. O blogue do autor, aqui, faz uma ótima contextualização do trabalho.
O lançamento acontece no dia 22 de setembro, a partir das 18h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073, São Paulo).
Os outros volumes anunciados na coleção Clássicos Fantásticos são Senhora, a bruxa, de José de Alencar e Angélica Lopes, A escrava Isaura e o vampiro, de Bernardo Guimarães e Jovane Nunes, e O alienista caçador de mutantes, de Machado de Assis e Natalia Klein.

As (in)definições críticas da Ficção Científica brasileira contemporânea

A editora alternativa Marca de Fantasia, que tem um catálogo interessantíssimo no que se refere a não-ficção, anunciou o lançamento de mais um título de sua Série Veredas. Trata-se de As (in)definições críticas da ficção científica brasileira contemporânea, dissertação de mestrado de Arnaldo Pinheiro Mont'Alvão Júnior, apresentada na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, sob orientação do professor Edgar Cézar Nolasco.
Diz o relise: "Arnaldo Mont'Alvão Júnior elege como objeto de sua pesquisa as três definições de ficção científica identificadas no acervo da crítica brasileira: a primeira definição aponta para a concepção de mito; a segunda configura-se por meio de jogos entre realidade versus ficção; e a última é caracterizada baseando-se no plano do sense of wonder. Essas definições refletem a concepção de ficção científica que a crítica brasileira possui nesta década de 2000 e encontram-se nas seguintes obras: Ficção científica, fantasia e horror no Brasil : 1875 a 1950 (2003), de Roberto de Sousa Causo; O rasgão no real : metalinguagens e simulacros na narrativa de ficção científica (2005), de Braulio Tavares; e A construção do imaginário cyber: William Gibson, criador da cibercultura (2006), de Fábio Fernandes."
Um trabalho que merece a atenção dos interessados na discussão da FC&F no Brasil.
A edição tem 193 páginas e segue a nova estratégia da editora, sendo distribuída em arquivo digital, ao preço de R$5,00. Um extrato da edição pode ser baixado gratuitamente, aqui.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Mais lançamentos para conferir

Dia 22 de setembro, quarta feira, da 18h30 às 21h30, Álvaro Domingues, conhecido editor do blogue Pai Nerd, convida para o lançamento oficial de sua coletânea de contos Sombras e sonhos, publicada pela Balão Editorial. O evento acontece na Livraria Martins Fontes (Av. Paulista, 509, São Paulo).
O volume é a estreia literária de Domingues e foi apresentado ao público durante a IV FantastiCon, acontecida em agosto. É mais uma chance para os interessados em histórias fantásticas adquirirem o livro e cumprimentarem o simpático autor, que sempre se mostrou um grande incentivador do gênero.

E no mesmo local, no dia 16 de outubro, um sábado, das 15h30 às 18h30, rola o lançamento de Draculea: O retorno dos vampiros, volume II, nova antologia organizada por Ademir Pascale e publicada pela editora All Print.
O volume dá sequência ao trabalho de publicar contos inéditos nacionais de horror vampírico, tema que continua em pleno vigor.
Diz o relise de divulgação: "Ademir Pascale, no ano de 2009, teve a ideia de reunir um grupo de pessoas que revelassem os segredos dos vampiros na obra Draculea: O livro secreto dos vampiros. O livro foi um sucesso e muitos leitores se deliciaram com os segredos revelados, mas o que eles não imaginavam, era que eles poderiam retornar das tumbas, Transilvânia e dos esconderijos mais sombrios da Terra. Agora eles estão por toda parte, procuram por vingança, estão revoltados e furiosos como nunca."
Entre os autores publicados, as presenças ilustres de Adriano Siqueira e Lord A, autores amplamente identificados com o tema. Haverá coquetel para os convidados e a entrada é gratuita.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Tiras de Letra: Agora ou nunca.

Lançamento de humor à vista.
Trata-se da antologia de tiras de quadrinhos Agora ou nunca, nono volume da coleção Tiras de Letra, organizada e editada por Mario Mastrotti pela Editora Virgo. O projeto já ganhou prêmios e é um dos mais importantes no gênero no país.
A nova edição tem tiras de Carriero, Alex Sander, Gilson Alvarenga, João Belo Jr., Júlio César Filgueira Belo, Marcos Venceslau, Pedro Krause, Rice Araujo, Sampaio, Julinho Sertão, Gilmar, Mastrotti, Ulisses Saravalle, Gabes Arrais, Jean Pires, Felipe Camargo, Rafael Dourado, Bira, Gisele Henriques, Clayton Rabelo, Rosa Duval, Thiago Spyked, Thales Gaspari, Gilmar de Godoy, Xavier, Ed Sarro e Luigi Rocco. No saite Tiras de Letra há informações detalhadas sobre cada um dos autores da antologia.
O evento acontece no próximo sábado, dia 18 de setembro, entre as 19h30 às 22h30, na Livraria HQMix, que fica na Praça Roosevelt, 142, em São Paulo.
Todo mundo lá!

Hiperespaço na Academia

Roberto de Sousa Causo, em sua coluna periódica no Terra Magazine, informou que a antologia Vinte anos no hiperespaço, publicada em 2003 pela Editora Virgo, de São Caetano do Sul, em comemoração aos 20 anos de publicação do fanzine Hiperespaço, foi pauta de um trabalho da pesquisadora Alice Feldens do Núcleo de Estudos Culturais Comparativos da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
Feldens falou sobre essa pesquisa no painel "Fora do eixo: A produção de ficção e crítica literária no Brasil que você não conhece", realizado durante o Encontro Invisibilidades 3, nos dias 21 e 22 de agosto deste ano no Instituto Itaú Cultural.
Diz Causo: "Feldens também tem um trabalho voltado para a produção contemporânea, analisando três antologias relativamente recentes, indo da edição amadora à profissional: Vinte Anos no Hiperespaço, editada por César Silva; Ficções 18, número especial dessa revista carioca, editado por Dorva Rezende; e FC do B, a antologia que reúne os classificados na primeira edição desse concurso de contos. Ela levanta as ocorrências temáticas e discute a idéia de uma Terceira Onda da FC Brasileira."
Como parte muito interessada, alguém por aí teria uma cópia do trabalho para eu dar uma olhadinha?

O jogo no tabuleiro tem edição real

Finalmente, o megarromance de alta fantasia O jogo no tabuleiro, de Simone Saueressig, ganhou edição em papel. Ainda não é a edição ideal, daquelas que podem ser adquiridas nas livrarias, mas já é uma boa opção à versão digital que ainda está disponível no saite da autora, aqui.
A livro real vem à luz pela editora por demanda Clube de autores, que tem publicado muitos livros alternativos nos últimos meses.
Apesar da edição por demanda ter um custo um pouco mais salgado, este é um daqueles livros que realmente valem o quanto pesam, será um capital muito bem investido.
Enquanto isso, Simone segue com seu folhetim de ficção científica NCA4468, com as aventuras de B9 e uma turma de jovens perdidos no espaço, a mercê de um comandante estuprador psicopata. Vale a pena acompanhar.
E quem tiver interesse, ainda pode ler uma entrevista novinha com Simone cedida ao saite Confraria Reinações, aqui.

Sombrias Escrituras 1

Está disponível para download gratuito a primeira edição do fanzine digital Sombrias Escrituras, idealizado e editado por Sr. Arcano, dedicado a publicação e divulgação de arte sombria.
O fanzine é um apoio editorial do portal Sombrias Escrituras, que vem abrindo espaço às atividades do gênero desde 2002.
Esta primeira edição se apresenta apenas como divulgadora da proposta do que pretende ser uma publicação ainda sem periodicidade. Mesmo assim, já se dispõe aceitar colaborações não remuneradas em artigos, contos, poesias, ilustrações, fotos etc. Traz algum conteúdo, entretanto, nos artigos de Alessandro Reiffer, Luciana Waack, Alexandre Cthulhu e do próprio editor. A capa é de Rosana Raven.
Desta forma, ainda que alguns fanzines tenham descontinuado em 2010, o horror continua a manter sua liderança no que se refere a ação dos fãs no ambiente digital.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Agenda Virtual 2

Chegou a segunda edição da Agenda Virtual, editada por Iam Godoy para a Ravens House Brasil, com divulgação da cena underground.
O artigo principal é dedicado a V Jornada Noite Adentro, que rolou na Biblioteca Viriato Correa, em São Paulo, no último dia 13 de agosto. O fanzine traz muitas fotos com personalidades do quilate de José Mojica Marins, Lord A e Liz Vamp.
A edição vem acompanhada de uma segunda publicação, a Underground Collection, fanzine de rock soturno com relises das bandas Gorium, Errana, Brutal Morticínio, God Pussy, Lama Negra, Hatembrace e Posthuman Tantra. Cada banda cedeu uma faixa para compor um álbum, que pode ser gravado em CD, com todos os componentes gráficos para imprimir e montar a caixinha do mesmo.
Para baixar o pacote com as duas publicações mais o álbum musical, clique aqui.

Ebooks de Gian Danton

O conhecido roteirista e escritor Gain Danton está redistribuindo seus e-
books há muito indisponíveis, volumes de ficção e não ficção que vão interessar aos leitores e pesquisadores de FC&F.
Livro de resenhas foi publicado em 2004 pela Virtual Books, e traz em suas 46 páginas um apanhado de resenhas de livros, revistas e quadrinhos, de autores brasileiros e estrangeiros, todas assinadas pelo autor, exemplificando um determinado formato de resenhas proposto no início do volume. Estão resenhados Carrie, a estranha, Do inferno, Harry Potter e o Cálice de Fogo, Superbrinquedos duram o verão todo, O hobbit, Relações de sangue e A voz do fogo, entre outros.
Amores góticos é uma coletânea de 16 páginas com três contos de horror de autoria de Danton, também editada pela Virtual Books.
Portal das probabilidades é uma novela de ficção científica, de 22 páginas, com um fanfic no universo de Perry Rhodan, série alemã de romances de ficção científica, possivelmente a mais longa da história da FC&F; parte dela foi publicada no Brasil, onde tem muitos fãs. O prefácio é assinado por Rodrigo de Lélis e a edição é de 2000, pela Virtual Books.
Além destes, há outros volumes, que o autor tem divulgado através das redes sociais, especialmente seu blogue Idéias do Jeca Tatu.
Gian Danton é pseudônimo de Ivan Carlo Andrade de Oliveira, mestre em comunicação científica e tecnológica pela Universidade Metodista de São Paulo, atualmente residindo em Macapá/AP.

TerrorZine 20

Chegou há alguns dias a vigésima edição do TerrorZine, revista digital editada por Ademir Pascale e Elenir Alves para o saite Cranic, que foi muito regular em 2009 mas, esteve um tanto ausente em 2010. Tanto que o editor assume, a partir de agora, a não periodicidade da publicação, embora continue aceitando normalmente colaborações para o mesmo.
A edição entrevista os escritores Walter Tierno (Cira e o velho), Laura Elias (Lua negra) e Leonel Caldela (O caçador de apóstolos), e publica treze minicontos inéditos, além de uma ampla seção de divulgação de livros.
Para baixar a edição gratuitamente, clique aqui.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Universo Fantástico


Outra publicação que teve sua base editoral apoiada na FantastiCon deste ano foi a supreendente revista Universo Fantástico, editada por Silvio Alexandre e publicada pela Giz Editorial, que se propõe a ser uma base de discussão teórica dos gêneros fantásticos, ou seja, dedicada a prática da não-ficção. Acredito que nunca houve, no Brasil, um periódico de FC&F nesse molde, a não ser em edições especiais. O que mais se aproxima é o Anuário que, contudo, tem objetivos diversos e segue uma linha editorial bem diferente.
No formato gráfico, Universo Fantástico lembra a última fase da extinta revista Quark, editada pela MB Editora até 2001, apresentada em forma de livro com lombada quadrada, capa cartonada em cores e miolo em preto em branco. Porém, o conteúdo da Quark trazia pouca não-ficção e investia especialmente na publicação de contos e novelas.
Universo Fantástico, neste seu número zero, não publicou uma única página de ficção. Toda ela é voltada a ensaios e artigos, alguns em tom popular, outros acadêmicos. Pelo texto de apresentação, a proposta editorial da revista é realmente voltar-se para a discussão acadêmica de FC&F, que vem se estruturando nas universidades, embora ainda sejam poucos os pesquisadores em ação.
A revista tem 127 páginas e publica os seguintes textos:
"Tolkien e Guimarães Rosa", por Bráulio Távares;
"Conde Drácula e Vlad Tepes: duas pessoas diferentes", por Humberto Moura Neto e Martha Argel;
"Escolha um futuro", por Nelson de Oliveira;
"A potência do imaginário de Neuromancer nas origens da cibercultura", por Adriana Amaral;
"O que é steampunk?", por Bruno Accioly;
"(Pós) Steampunk latino-americano?", por Rodolfo Rorato Londero;
"Neoburroughsianas: Sistemas solares alternativos"; por Gerson Lodi-Ribeiro;
"De Baker Street ao Sítio do Picapau Amarelo", por Octavio Aragão;
"China Miéville: Este é o cara (que você não conhece)", por Fábio Fernandes;
"Merlin, o encantador"; por Roberto de Souza Causo;
"Relações de sangue", por Giulia Moon;
"Summa vampirológica", por Lúcio Manfredi;
"A presença de Edgar Allan Poe nos quadrinhos", por Carlos Patati;
"Comentários sobre a invasão do cinema na literatura fantástica", por Alfredo Luiz Suppia;
"Viagem no tempo no cinema e na TV", por Gilberto Schoereder; e
"A primeira novela de ficção científica brasileira", por Silvio Alexandre.
Quem acompanha a produção de não-ficção do fandom há algum tempo, vai reconhecer alguns temas que causaram interesse nas listas de discussão da internet num passado recente. Mas também há textos inéditos para temperar os pratos frios.
Há poucas resenhas de livros, talvez as únicas sejam a que Giulia Moon fez para o romance Relações de sangue de Martha Argel, publicado em 2002 pela editora Novo Século e recentemente republicado pela própria Giz, e outra assinada por Lucio Manfredi para Anno Drácula, de Kin Newman, traduzido em 2008 pela Editora Aleph. Nada muito recente, portanto.
Como edição de ensaio – uma vez que é para isso que servem os números zeros – Universo Fantástico é uma boa promessa. O editor não garantiu periodicidade, mas disse-me que é possível que seja pelo menos semestral, dependendo do resultado comercial da edição de estreia.
Para adquirir, acesse o saite da Livraria Moonshadow, aqui.

Spell Work 7

Ainda ecoando a FantastiCon, acontecida há pouco mais de uma semana, este zine eu recebi das mãos de sua editora, Thina Curtis, que o estava distribuindo durante o evento.
Trata-se de Spell Work um zine à moda antiga, e com isso me refiro a um formato que foi bastante comum nos anos 1980, de publicações em xerox, volumosas, que tratavam de inúmeros assuntos, de política a música, de poesia a ficção científica etc. Eu acreditava que esse tipo de publicação estivesse extinto, subjugado pela avassaladora onda digital de blogues e comunidades virtuais. Ainda bem que eu estava enganado, pois ainda há muitos lugares neste país nos quais a cultura digital não chegou e não chegará pelo menos neste século. As publicações em papel cumprem, assim, um trabalho fundamental de expandir o alcance da informação.
Certa vez, li um trabalho acadêmico, disponível aqui, que estabelecia definições muito específicas entre fanzine e zine. As duas definições, de acordo com o autor, não se referem ao mesmo tipo de publicação. Fanzine é uma publicação feita por fãs, e se entende por fã alguém que escolheu consumir (e esta é uma palavra chave na definição) algum tipo de produto em especial. Ou seja, o objeto de desejo de um fã é algo comercial, consumível: um cantor, um ator de TV, um gênero ou estilo de música ou literatura, etc. Quando a publicação trata de coisas como política, ecologia, sociologia etc, ou quando não se foca unicamente no mesmo assunto, tornando-se um tipo de almanaque, a definição mais exata seria zine, uma revista publicada alternativamente porém sem o caráter específico de fã. Concordo que isso pode ser discutido, mas eu gostei da definição.
Spell Work tem um escopo muito amplo e é, portanto, um zine. Nas 48 páginas de sua sétima edição, o zine trata de assuntos variadíssimos, como música, pintura, cinema, quadrinhos, literatura, poesia, dança, cidadania, turismo etc.
A maior parte dos artigos são assinados pela editora, mas também colaboram na edição Gazy Andraus, Iam Godoy, Rosana Raven, Edgar Franco, Edson F., Marcelo Pastel e Alan Draht. São entrevistados o poeta Glauco Matoso e as bandas Anorkia e Harry and The Addict. Completam a edição, uma HQ de Edgar Franco, um conto de Edson F. e poemas de Luiz Carlos Conceição e Thina Curtis. A capa é do artista plástico Carlos Rodolfo Gamba.
Spell Work tem páginas no Myspace e no Orkut. Para conseguir um exemplar, tente que escrever para a editora: tinacurtis11@yahoo.com.br ou emodem@ig.com.br.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O cartum do Brontops

Por motivos de espaço, não deu para postar no último artigo o desenho que o escritor Brontops Baruq executou no última página do meu exemplar de Portal 2001, durante o evento ocorrido na FantastiCon, por isso ele mereceu este post exclusivo. E para saber a o quê ele se refere, clique aqui.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Uma tarde na IV FantastiCon

Entre os dias 28 e 30 de agosto aconteceu a FantastiCon 2010 que, em sua quarta edição, confirma a disposição de manter a independência conquistada em 2009. Tanto que espalhou-se em três dias, ainda que no primeiro tenha ocorrido apenas a abertura e uma única atividade: uma palestra com o escritor Moacyr Scliar.
Compareci apenas ao segundo dia, para reencontrar amigos e acompanhar algumas palestras.
Cheguei pelas 14 horas e, a um quarteirão da Biblioteca Viriato Correa, que abrigou o evento, cruzei com o escritor e editor Adriano Siqueira, que já se retirava, a caminho de outra atividade. Ele estava rouco de tanto falar.
O movimento na biblioteca estava agitado e se manteve assim o tempo todo. Logo descobri por que Adriano estava rouco: era preciso gritar para se conversar nos corredores ruidosos. Peguei meu ticket para a palestra sobre o fantástico no mainstream, que já ia começar, mas fiquei cumprimentando o povo antes.
Passei uns dez minutos gritando com o escritor carioca Gerson Lodi-Ribeiro, meu amigo e sócio do tempo da Ano-Luz e organizador da antologia Vaporpunk, lançada no evento. Gerson, de camisa de veludo, disse que não estava com calor. Os 30 graus daquele momento são considerados uma temperatura amena no Rio.
Em seguida, tive o prazer de encontrar a escritora andreense Laura Elias, que eu conhecia apenas pela internet. Laura me presenteou com um exemplar autografado de seu novo romance, Lua negra, enquanto seus livros finalmente chegavam ao rico balcão montado no local pela livraria Moonshadow.
Cumprimentei o escritor Tibor Moricz que circulava pelos corredores, e entrei de fininho no confortável auditório da biblioteca, que estava bem fresquinho. Como a atividade avançava no horário, consegui aproveitar boa parte das falas dos escritores Nelson de Oliveira, Ademir Assunção e Jeanette Rozsas.
Provocados por Oliveira, Ademir divertiu a audiência contando parte de seu romance Adorável criatura Frankenstein, e Jeanette Rozsas contou detalhes de seu romance de horror As sete sombras do gato.
A essa altura, muitos autores já se reuniam na sala de convivência para o happening da antologia Portal 2001.
Lá encontrei Roberto de Sousa Causo e revi, com muita satisfação, meu velho amigo Sidemar de Castro, jornalista, escritor e roteirista, foi colaborador do Hiperespaço por muitos anos e estava meio sumido.
Voltou enfim, com trabalhos publicados nas antologias Contos Imediatos e Portal 2001. Ganhei dele o meu exemplar do Portal 2001 e fui logo recolhendo assinaturas dos autores que estavam ali.
Depois de Sidemar e Causo assinarem, foi a vez do bem humorado Mustafá Ali Kanso, que tirou muitas fotos com a gente.
Em seguida, entreguei meu exemplar para o Brontops Baruq e ele fez um cartum muito legal na página final do volume. Brontops curtiu o álbum de figurinhas S.P.A.C.E. que eu postei aqui no blogue, e brincou com a ideia.
Também assinaram Ricardo Delfim, Nelson de Oliveira e Braulio Tavares, que já estava por lá para a palestra que ia rolar às 17 horas.
Outro que circulava ali, feliz da vida, era o simpaticíssimo escritor Luiz Roberto Guedes, que chegou atrasado para a mesa do mainstream e ficou só curtindo o ambiente e conversando com o povo.
As escritoras Laura Elias, Martha Argel, Flávia Muniz, Giulia Moon e Nazarethe Fonseca finalmente subiram ao palco do auditório para a mesa sobre fantasia feminina, que eu não podia deixar de ver. Num ambiente penumbroso, iluminado por castiçais, falaram sobre... vampiros! Todas elas trabalham com o mito e se entenderam muito bem à mesa, contando como escreveram suas histórias e o que pretendem fazer no futuro. Laura foi efusivamente aplaudida pela plateia quando disse que pretende enveredar pela ficção científica.
Ainda no auditório, ganhei do organizador do evento, Silvio Alexandre, um exemplar da novíssima revista Universo Fantástico, publicada da Giz Editorial. Silvio é o editor da revista, o que já antecipa sua qualidade. São 128 páginas, capa em cores, plastificada, com orelhas e lombada quadrada. A capa traz a imagem de Bela Lugosi no papel que lhe deu fama: Dracula.
A revista não publica ficção, só artigos, e está recheada de feras: Braulio Tavares, Martha Argel, Giulia Moon, Patati, Octavio Aragão, Lodi-Ribeiro, Nelson de Oliveira, Roberto Causo, Gilberto Schoereder, Alfredo Suppia, Lucio Manfredi, Fábio Fernandes, Rodolfo Londero e muitos outros.
Universo Fantástico é praticamente um revival dos fanzines dos anos 1990. Senti-me em casa, como há muito não acontecia.
Voltei ao estande da Moonshadow, e surpreendi-me com a belíssima capa da antologia Proibido ler de gravata, organizada pelo decano da FCB André Carneiro. É, sem dúvida, a melhor capa do ano até agora na minha opinião, o que não é pouco de se dizer, já que as editores estão se esmerando nesse mister. As ilustrações internas também dão show.
Enquanto trocava figurinhas com as escritoras Flávia Muniz e Nazarethe Fonseca, ganhei da simpática editora Thina Curtis um exemplar do seu bem produzido zine Spell Work, que tem de tudo um pouco.
A última atividade do dia foi a palestra de Braulio Tavares, sobre o fantástico em Guimarães Rosa. Braulio fez comentários sobre várias obras de Rosa e comparou a estrutura de Grande Sertão à de O senhor dos anéis.
À saída, troquei uns dedos de prosa com Carlos Orsi Martinho que, numa mesa, autografava a bem cuidada edição de seu livro de FC juvenil Nômade.
Também conversei rapidamente com o escritor e quadrinhista carioca Carlos Patati, que eu não via há muitos anos, e com os ex-diretores do CLFC Alfredo Kepler e Ana Cristina Rodrigues. Pena que não pudemos conversar mais, pois são muito bons de prosear.
Na sala de convivência, rolava o lançamento do romance A tríade, com a presença dos autores Carlos Andrade, Claudio Brites, Kizzy Ysatis e Octavio Cariello.
Mas preferi ficar na mesa em que Braulio Tavares autografava seus livros, falando de cinema, Stephen King, Joe Hill, Neil Gaiman e Kelly Link. Como Braulio pretendia ir ao encontro mensal do CLFC e não sabia como chegar lá, ofereci-me para conduzi-lo. Pegamos um táxi e aproveitamos a viagem para falar sobre antologias luso-brasileiras, a propósito da Vaporpunk que ambos compráramos há pouco.
Braulio saltou em frente ao local e eu segui no mesmo táxi até a estação do metrô, para voltar para casa. O evento prosseguiria no dia seguinte mas, para mim, estava encerrado.
Foi uma ótima tarde que passei junto a uma porção de velhos amigos, conversando sobre assuntos que me fascinam e conhecendo gente nova que tem muito a dizer. Fui cobrado por muitos a respeito do Anuário 2009, aos quais pedi só mais um pouco de paciência, pois a editora Devir está finalizando o trabalho e brevemente teremos os primeiros exemplares em mãos. Não deu para a FantastiCon, mas tudo bem. Ano que vem vamos tentar ser mais eficientes.
De qualquer forma, com ou sem Anuário, em 2011 pretendo comparecer novamente ao evento, se Deus assim permitir.
Parabéns ao Silvio Alexandre e toda a equipe da Biblioteca Viriato Correa, que realizaram um evento irretocável, que já é parte importante do calendário literário brasileiro.