Em 1951 aconteceu em São Paulo a primeira exposição de histórias em quadrinhos do mundo, e é a este evento que se volta a Quadrinhos'51, exposição que pretende resgatar a memória dos quadrinhistas brasileiros que estiveram em atividade nos anos 1950, 60 e 70.
Quadrinhos’51 apresentará artes originais de grandes desenhistas que jamais foram expostas ao público. Dentre os originais, obras de Álvaro de Moya, Jayme Cortez, Eugênio Colonnese, Julio Shimamoto, Antonino Homobono, Rodolfo Zalla, Primaggio, Flávio Colin, Rodval Matias, Saydemberg, Messias de Mello, Ignácio Justo, Getúlio Delfin, Manoel Victor Filho e muitos outros.
A exposição também exibirá publicações históricas dos quadrinhos brasileiros e estrangeiros, como O Tico-Tico, O Globo Juvenil, Biriba, Heavy Metal, Creepy, Eerie, AlterLinus, Metal Hurlan, além de desenhos autografados de artistas internacionais como E. T. Coelho, Joe Kubert , Osamu Tesuka, Mort Walker, Quino, Hugo Pratt, J.Blasco, Bob Brown, Esteban Maroto, Jean Giraud/Moebius, Milton Caniff, Hergê, Dick Browne, Neal Adams, André Le Blanc, José Luiz Salinas, Will Eisner, Jerry Robinson, Jim Davis e Serpieri.
A exposição, que tem a curadoria de Francisco Ucha e Fábio Moraes, acontece a partir de 21 de março no Museu Belas Artes de São Paulo-MuBA.
Para mais informações, visite o blogue do Quadrinhos'51.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Três da Giz
Conheci o editor da Giz, Ednei Procópio, no inicio de 2007, quando estava em busca de um editor para o Anuário. Indicado por um amigo em comum, estive no escritório da Giz no centro da São Paulo, acompanhado por Marcello Simão Branco, meu colega na autoria do Anuário.
Não fechamos com a editora e a edição 2006 do Anuário ainda saiu de forma amadora, mas foi bom ver o quanto a Giz estava se esforçando por colocar no mercado um bom catálogo de ficção fantástica. Desde então, tenho visto Procópio em diversos noticiários culturais na televisão, geralmente falando sobre a edição de livros eletrônicos. A editora diversificou o catálogo e não publicou muitos títulos do gênero nesse período. Mas a coisa pode mudar agora. A Giz anunciou o lançamento simultâneo de três títulos de FC&F neste início de 2012, que já estão em pré-venda.
A escritora Georgette Silen é autores de dois deles: Fábulas ao anoitecer é uma coletânea de 160 páginas, com diversos contos em gêneros variados. Diz o relise: "Terror, amor, magia, criaturas fantásticas como fadas, bruxos, dragões, elfos, e até ficção científica surgem de suas páginas. Mitologia e lendas folclóricas mundiais são revisitadas e conduzem o leitor pelo maravilhoso mundo da Literatura Fantástica Brasileira".
Já As crônicas de Kira é um romance de fantasia heróica, tem 152 páginas e é dirigida ao público juvenil. O texto de divulgação diz: "Kira, a Princesa de Hisipan, terra de fabulosas mulheres guerreiras, parte em uma jornada heróica por reinos distantes, à procura de um artefato mágico. Uma narrativa épica, repleta de reviravoltas e personagens complexos, guerreiros, batalhas espetaculares em terra e mar, criaturas fantásticas, monstros saídos de histórias de terror, belas mulheres e feiticeiros sinistros, que irá hipnotizá-lo do início ao fim".
Fecha o conjunto o romance juvenil O despertar das tatuagens, de Regina Drummond e Rosana Rios, que a editora apresenta da seguinte forma: "Uma profecia pode levar a salvação para o continente devastado. Mas pode também atrair criaturas perigosas: as Sombras, que se alimentam das fraquezas humanas, encontram o campo livre para agir. Entre duas realidades cheias de desafios, Raiziar, o herdeiro da Grande Mãe, luta pelo despertar das nove tatuagens que traz no corpo. Só elas poderão ajudá-lo a encontrar o objeto capaz de devolver força e poder aos seus ancestrais".
A previsão de lançamento é dia 15 de março, e quem comprar um exemplar durante a pré-venda, vai ganhar um brinde surpresa. Mais informações diretamente no saite da Editora Giz.
Não fechamos com a editora e a edição 2006 do Anuário ainda saiu de forma amadora, mas foi bom ver o quanto a Giz estava se esforçando por colocar no mercado um bom catálogo de ficção fantástica. Desde então, tenho visto Procópio em diversos noticiários culturais na televisão, geralmente falando sobre a edição de livros eletrônicos. A editora diversificou o catálogo e não publicou muitos títulos do gênero nesse período. Mas a coisa pode mudar agora. A Giz anunciou o lançamento simultâneo de três títulos de FC&F neste início de 2012, que já estão em pré-venda.
A escritora Georgette Silen é autores de dois deles: Fábulas ao anoitecer é uma coletânea de 160 páginas, com diversos contos em gêneros variados. Diz o relise: "Terror, amor, magia, criaturas fantásticas como fadas, bruxos, dragões, elfos, e até ficção científica surgem de suas páginas. Mitologia e lendas folclóricas mundiais são revisitadas e conduzem o leitor pelo maravilhoso mundo da Literatura Fantástica Brasileira".
Já As crônicas de Kira é um romance de fantasia heróica, tem 152 páginas e é dirigida ao público juvenil. O texto de divulgação diz: "Kira, a Princesa de Hisipan, terra de fabulosas mulheres guerreiras, parte em uma jornada heróica por reinos distantes, à procura de um artefato mágico. Uma narrativa épica, repleta de reviravoltas e personagens complexos, guerreiros, batalhas espetaculares em terra e mar, criaturas fantásticas, monstros saídos de histórias de terror, belas mulheres e feiticeiros sinistros, que irá hipnotizá-lo do início ao fim".
Fecha o conjunto o romance juvenil O despertar das tatuagens, de Regina Drummond e Rosana Rios, que a editora apresenta da seguinte forma: "Uma profecia pode levar a salvação para o continente devastado. Mas pode também atrair criaturas perigosas: as Sombras, que se alimentam das fraquezas humanas, encontram o campo livre para agir. Entre duas realidades cheias de desafios, Raiziar, o herdeiro da Grande Mãe, luta pelo despertar das nove tatuagens que traz no corpo. Só elas poderão ajudá-lo a encontrar o objeto capaz de devolver força e poder aos seus ancestrais".
A previsão de lançamento é dia 15 de março, e quem comprar um exemplar durante a pré-venda, vai ganhar um brinde surpresa. Mais informações diretamente no saite da Editora Giz.
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Arte de Edgar Franco é tema de ensaio acadêmico
A editora alternativa Marca de Fantasia anunciou o lançamento de Os quadrinhos poéticos e filosóficos de Edgar Franco, ensaio acadêmico de autoria de Elydio Santos Neto, pós-doutor em artes pela UNESP e professor da UFPB, dedicado a analisar a obra do quadrinhista Edgar Franco, artista bem relacionado no meio dos fanzines e cujas ideias vão ao encontro de muitas discussões próprias da ficção científica, especialmente o pós-humanismo.
A publicação é ligada ao programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal da Paraíba e o lançamento acontece no próximo dia 2 de março, às 19 horas, na Comic House em João Pessoa/PB.
O prefácio do volume é assinado pelo próprio editor, Prof. Henrique Magalhães, que é doutor em Sociologia pela Universidade Paris VII e professor do curso de Comunicação Social da UFPB.
A publicação é ligada ao programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal da Paraíba e o lançamento acontece no próximo dia 2 de março, às 19 horas, na Comic House em João Pessoa/PB.
O prefácio do volume é assinado pelo próprio editor, Prof. Henrique Magalhães, que é doutor em Sociologia pela Universidade Paris VII e professor do curso de Comunicação Social da UFPB.
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sábado, 25 de fevereiro de 2012
Fascículos da hora
Tenho o costume de visitar às bancas de revistas e observar os lançamentos de coleções de fascículos, pois as edições inicias costumam ter preços acessíveis e brindes de qualidade. Por isso, não deixei de comprar os números inicias de duas coleções lançadas recentemente, que ainda estão nas bancas.
Instrumentos musicais, da editora Salvat, é dedicada a dar ao leitores um panorama amplo e detalhado dos instrumentos usados nas grandes orquestras. A plano da obra prevê a distribuição de 60 fascículos quinzenais ao preço de R$19,90 cada. Cada um deles é dedicado a um instrumento, com o seu histórico de desenvolvimento, processo de fabricação e os maiores intérpretes, e ainda traz uma miniatura do instrumento abordado, feito em madeira e metal. A primeira edição trouxe um violão, ao preço promocional de R$9,90. O segundo número, já distribuído, trouxe um violino.
Outra coleção que chamou minha atenção foi Desenhe Mangá e Anime, da editora Planeta de Agostini. Trata-se de um curso de desenho que inicia o leitor no mundo dos quadrinhos japoneses. A obra prevê a publicação de 60 fascículos ao preço de R$24,99 cada. A primeira edição, que está nas bancas ao preço promocional de R$4,90, traz uma introdução ao universo dos mangas, a primeira aula de como desenhar no estilo, instruções sobre o ferramental utilizado, depoimentos de artistas famosos e fichas sobre as maiores obras dos mangás e seus autores. Os brindes que acompanham o primeiro fascículo compensam largamente o custo: dois lápis com minas grafite e azul, uma borracha de vinil, um caderno para esboços e algumas folhas de cartão, tudo da marca Faber Castell. A segunda edição trará um utilíssimo manequim de madeira, além de uma caneta de acabamento, que também compensam os quase R$25,00 investidos na aquisição. Até a edição 11, a periodicidade será quinzenal, depois será semanal. No final, o colecionista terá não apenas os fascículos do curso, mas um bom conjunto de instrumentos de desenho, tintas e papéis para realizar todo tipo de ilustrações.
O curso ainda mantém uma página eletrônica para onde os artistas podem enviar seus desenhos.
Para uma visão geral da coleção, visite o saite aqui, na qual ainda se pode ver algumas das aulas de desenho do curso.
Instrumentos musicais, da editora Salvat, é dedicada a dar ao leitores um panorama amplo e detalhado dos instrumentos usados nas grandes orquestras. A plano da obra prevê a distribuição de 60 fascículos quinzenais ao preço de R$19,90 cada. Cada um deles é dedicado a um instrumento, com o seu histórico de desenvolvimento, processo de fabricação e os maiores intérpretes, e ainda traz uma miniatura do instrumento abordado, feito em madeira e metal. A primeira edição trouxe um violão, ao preço promocional de R$9,90. O segundo número, já distribuído, trouxe um violino.
Outra coleção que chamou minha atenção foi Desenhe Mangá e Anime, da editora Planeta de Agostini. Trata-se de um curso de desenho que inicia o leitor no mundo dos quadrinhos japoneses. A obra prevê a publicação de 60 fascículos ao preço de R$24,99 cada. A primeira edição, que está nas bancas ao preço promocional de R$4,90, traz uma introdução ao universo dos mangas, a primeira aula de como desenhar no estilo, instruções sobre o ferramental utilizado, depoimentos de artistas famosos e fichas sobre as maiores obras dos mangás e seus autores. Os brindes que acompanham o primeiro fascículo compensam largamente o custo: dois lápis com minas grafite e azul, uma borracha de vinil, um caderno para esboços e algumas folhas de cartão, tudo da marca Faber Castell. A segunda edição trará um utilíssimo manequim de madeira, além de uma caneta de acabamento, que também compensam os quase R$25,00 investidos na aquisição. Até a edição 11, a periodicidade será quinzenal, depois será semanal. No final, o colecionista terá não apenas os fascículos do curso, mas um bom conjunto de instrumentos de desenho, tintas e papéis para realizar todo tipo de ilustrações.
O curso ainda mantém uma página eletrônica para onde os artistas podem enviar seus desenhos.
Para uma visão geral da coleção, visite o saite aqui, na qual ainda se pode ver algumas das aulas de desenho do curso.
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Resenha: Oeste vermelho
Embora tenha uma grande quantidade de clássicos no cinema e na TV, as histórias de faroeste parecem ter sido inventadas para serem contadas em quadrinhos. O gênero dispõe de uma longa lista de personagens populares no mundo inteiro e tem uma história rica e movimentada. Apesar de já não ser o que foi no passado, o faroeste ainda detém no Brasil o mérito de contar com a mais bem vendida revista de quadrinhos estrangeiros, que é Tex, atualmente publicado pela Editora Mythos.
O quadrinho brasileiro também fez suas incursões bem sucedidas no gênero, seja ele com tonalidades sertanejas, como Jerônimo, o Herói do Sertão, ou no estilo italiano, com Chet.
Por isso, não é nada estranho que os gêmeos paranaenses Magno e Marcelo Costa tenham optado em instalar sua fábula Oeste Vermelho no violento velho oeste norte americano. Mais ou menos como na obra prima Maus, de Art Spiegelman, Oeste Vermelho mistura características próprias do faroeste com personagens fofinhos e simpáticos: gatos e camundongos.
Diz Magno Costa na orelha do álbum: “Um dia, Marcelo me pediu para escrever uma história para ele. Eu disse que tinha uma ideia antiga para um curta de poucas páginas sobre uma cidade do Velho Oeste de ratinhos ameaçada por gatos malvados. Ele odiou. Mas, para minha surpresa, começou a esboçar personagens e a perguntar como seria. A ideia tomou vida. O que começou como brincadeira cresceu e virou algo sério. De vinte páginas, chegou a pouco mais de setenta. Assim, aquele ratinho franzino se transformou em um personagem forte e determinado que, por um longo tempo, foi nosso melhor amigo.”
A história não traz grandes novidades para os leitores veteranos no gênero, mas o surpreendente estilo gráfico de Marcelo compensa com folga, apresentando personagens expressivos e um colorido climático que remete aos filmes de Sérgio Leone e Clint Eastwood.
Além da história principal, o álbum de 88 páginas traz uma HQ curta desenhada por Magno, que demonstra também ser muito talentoso a arte, e alguns portfólios de diversos ilustradores.
Oeste vermelho é uma publicação de Devir Livraria em parceria com o Quanta Estúdio.
O quadrinho brasileiro também fez suas incursões bem sucedidas no gênero, seja ele com tonalidades sertanejas, como Jerônimo, o Herói do Sertão, ou no estilo italiano, com Chet.
Por isso, não é nada estranho que os gêmeos paranaenses Magno e Marcelo Costa tenham optado em instalar sua fábula Oeste Vermelho no violento velho oeste norte americano. Mais ou menos como na obra prima Maus, de Art Spiegelman, Oeste Vermelho mistura características próprias do faroeste com personagens fofinhos e simpáticos: gatos e camundongos.
Diz Magno Costa na orelha do álbum: “Um dia, Marcelo me pediu para escrever uma história para ele. Eu disse que tinha uma ideia antiga para um curta de poucas páginas sobre uma cidade do Velho Oeste de ratinhos ameaçada por gatos malvados. Ele odiou. Mas, para minha surpresa, começou a esboçar personagens e a perguntar como seria. A ideia tomou vida. O que começou como brincadeira cresceu e virou algo sério. De vinte páginas, chegou a pouco mais de setenta. Assim, aquele ratinho franzino se transformou em um personagem forte e determinado que, por um longo tempo, foi nosso melhor amigo.”
A história não traz grandes novidades para os leitores veteranos no gênero, mas o surpreendente estilo gráfico de Marcelo compensa com folga, apresentando personagens expressivos e um colorido climático que remete aos filmes de Sérgio Leone e Clint Eastwood.
Além da história principal, o álbum de 88 páginas traz uma HQ curta desenhada por Magno, que demonstra também ser muito talentoso a arte, e alguns portfólios de diversos ilustradores.
Oeste vermelho é uma publicação de Devir Livraria em parceria com o Quanta Estúdio.
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QI 113
Acaba de ser lançada a primeira edição de 2012 de QI - Quadrinhos Independentes, multipremiado fanzine de Edgard Guimarães. Originalmente dedicado à divulgação do quadrinho alternativo brasileiro, há algum tempo tornou-se um personalzine em que o editor apresenta suas obras e ideias, enriquecendo o conteúdo com a publicação de muitos artigos.
Este número apresenta a segunda parte do texto de Carlos Gonçalvez sobre Tintim, a coluna "Mantendo Contato" de Waz, depoimento do fanzineiro Cláudio S. Dilli, texto do editor sobre seu personagem inédito Glauco o pirata, 28º Prêmio Angelo Agostini, "Mistérios do Colecionismo', quadrinhos de Luis Cláudio Lopes Faria, Aline Leal e do próprio editor, além da seção "Fórum" com cartas dos leitores e uma pequena lista de publicações independentes que a cada edição fica menor.
Para adquirir um exemplar é preciso formalizar a assinatura das seis edições do ano, que sai por R$20,00. Mais informações com o editor, no email edgard@ita.br.
Este número apresenta a segunda parte do texto de Carlos Gonçalvez sobre Tintim, a coluna "Mantendo Contato" de Waz, depoimento do fanzineiro Cláudio S. Dilli, texto do editor sobre seu personagem inédito Glauco o pirata, 28º Prêmio Angelo Agostini, "Mistérios do Colecionismo', quadrinhos de Luis Cláudio Lopes Faria, Aline Leal e do próprio editor, além da seção "Fórum" com cartas dos leitores e uma pequena lista de publicações independentes que a cada edição fica menor.
Para adquirir um exemplar é preciso formalizar a assinatura das seis edições do ano, que sai por R$20,00. Mais informações com o editor, no email edgard@ita.br.
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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Velta 2012
Mantendo a tradição, o quadrinhista e editor paraibano Emir Ribeiro inaugura o ano com uma nova revistas de histórias em quadrinhos de Velta, que é provavelmente a mais antiga personagem super-herói nacional em publicação contínua no país.
A maior parte das histórias desta edição já foram publicadas anteriormente, mas algumas delas foram refeitas pelo autor. A edição apresenta seis HQs, quatro delas compilações de tiras de jornal, quatro textos ilustrados que tratam de detalhes e curiosidades da Gigante Loura e de outros personagens de seu universo, além de pinups e cartuns.
A edição tem 72 páginas em preto e branco, capas em cores e é uma edição independente. Pedidos devem ser encaminhados ao autor, pela Caixa Postal 3535, João Pessoa, PB, CEP 58037-970.
A maior parte das histórias desta edição já foram publicadas anteriormente, mas algumas delas foram refeitas pelo autor. A edição apresenta seis HQs, quatro delas compilações de tiras de jornal, quatro textos ilustrados que tratam de detalhes e curiosidades da Gigante Loura e de outros personagens de seu universo, além de pinups e cartuns.
A edição tem 72 páginas em preto e branco, capas em cores e é uma edição independente. Pedidos devem ser encaminhados ao autor, pela Caixa Postal 3535, João Pessoa, PB, CEP 58037-970.
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Finisia Fideli é publicada em antologia nos EUA
A escritora paulista Finisia Fideli, que nos anos 1990 manteve uma pequena mas qualificada produção de contos de ficção científca e fantasia nos fanzines brasileiros, alguns dos quais têm aparecido em antologias brasileiras recentes, acaba de ter o conto "A ressurreição de Lázaro" selecionado para o livro The best of
femspec's first ten years creative writing awards anthology, organizado pela revista acadêmica/feminista FEMSPEC, editada por Batya Weinbaum.
O conto, traduzido pela brasilianista Elizabeth Ginway, havia sido publicado pela revista e foi considerado um dos melhores textos publicados nos últimos dez anos.
O viéz feminista é característico dos textos de Finisia e já gerou inflamadas discussões dentro do fandom brasileiro.
O livro deve ser lançado este ano durante a Popular Culture Association Conference, em Boston.
Mais informações sobre o livro podem ser obtidas aqui.
Meus parabéns a autora.
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Fanzines 2012
Passado o carnaval, os fanzineiros começam a mostrar suas caras em 2012.
Depois de quase um ano de ausência, está disponível para download gratuito a nova edição do TerrorZine, fanzine de contos de ficção fantástica editado pelo escritor Ademir Pascale. Este número é dedicado às viagens no tempo e apresenta contos ultracurtos de autoria de Álvaro Domingues, Cesar Silva (conheço esse cara), Claudio Parreira, Daniel Borba, Estevan Lutz, Gian Danton, Gus Rimoli, Marcelo Bighetti, Maria Helena Bandeira, Mariana Albuquerque, Mauricio Montenegro, Miguel Carqueija e Renato A. Azevedo. Também traz indicações de leitura e curiosas imagens de publicidades antigas. A edição de 25 páginas é apresentada em formato pdf e pode ser baixada aqui.
Também está disponível com o editor Renato Rosatti a primeira edição do ano do fanzine de horror e ficção científica Juvenatrix. Em suas 26 páginas, o fanzine destaca as bandas de metal Dying Fetus (EUA), Extreme Noise Terror (Inglaterra) e Aborted (Bélgica), publica contos de Miguel Carqueija, Ronald Rahal, Emanuel R. Marques e Dalila Rocha Sousa, resenha os livros Medo, mistério e morte, de Carlos Orsi Martinho, e Jarbas, de André Bozzetto Junior, e ainda apresenta artigos do editor sobre os filmes O cérebro (1988) e O terrível Dr. Orloff (1962), e as séries de TV Jornada nas estrelas: A série animada e Os invasores, com direito a valiosos guias de episódios. A capa é de Rafael Tavares. Para solicitar uma cópia em formato PDF, basta enviar email para renatorosatti@yahoo.com.br.
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Lama 2
Dias atrás, falei aqui sobre os fanzines de 2011, e cometi o lapso de não citar a revista Lama, pois eu não sabia ter publicado sua segunda edição em junho último. Lançada em 2009, a revista propõe ser um canal para a literatura pulp brasileira, ou como diz na capa, fantasia, suspense e terror. Mas acredito que ficção científica também pode rolar.
Esta segunda edição trouxe gente graúda no elenco, como Dalton Trevisan e Valêncio Xavier, além de Luiz Felipe Leprevost, Vanessa Rodrigues, Diego Gianni, André de Leones, Daniel Gonçalves, Eduardo Capistrano, Índigo, Assionara Souza, Estus Daheri, Ana Paula Maia e Rodriane DL. Os textos são ilustrados pelos artistas e designers Daniel Gonçalves, Renato Faccini, Daniel Carvalho, João Lavieri, Danilo Oliveira, Tati Ferrigno, Yan Sorgi, Frede Marés Tizzot, Fabz, Eduardo Filipe – o Sama, Bruno Oliveira, A.B. Ducci e Foca. Também publicou uma fotonovela de Fabiano Vianna com fotos de Japa Biet e Bruno Zotto.
A revista é real, em papel, tem 60 páginas e custa R$12,00 mais frete. Pedidos podem ser encaminhados ao editor Fabiano Vianna pelo email revistalama@gmail.com ou à lojinha virtual da Editora Estronho.
Esta segunda edição trouxe gente graúda no elenco, como Dalton Trevisan e Valêncio Xavier, além de Luiz Felipe Leprevost, Vanessa Rodrigues, Diego Gianni, André de Leones, Daniel Gonçalves, Eduardo Capistrano, Índigo, Assionara Souza, Estus Daheri, Ana Paula Maia e Rodriane DL. Os textos são ilustrados pelos artistas e designers Daniel Gonçalves, Renato Faccini, Daniel Carvalho, João Lavieri, Danilo Oliveira, Tati Ferrigno, Yan Sorgi, Frede Marés Tizzot, Fabz, Eduardo Filipe – o Sama, Bruno Oliveira, A.B. Ducci e Foca. Também publicou uma fotonovela de Fabiano Vianna com fotos de Japa Biet e Bruno Zotto.
A revista é real, em papel, tem 60 páginas e custa R$12,00 mais frete. Pedidos podem ser encaminhados ao editor Fabiano Vianna pelo email revistalama@gmail.com ou à lojinha virtual da Editora Estronho.
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Placebo
A maré continua muito favorável para os novos autores de ficção científica Agora é a vez da escritora carioca Paola Barros Delben, que lança em março o romance Placebo.
Nas palavras da autora, trata-se de "uma obra de ficção científica sobre nanomáquinas e o impacto da tecnologia sobre os seres humanos. O livro tem também questões filosóficas que imagina um dos possíveis futuros da nossa espécie".
O blogue de seu agente literário informa que Paola escreve desde os 15 anos, é formada em Psicologia e também é diretora de cinema, tendo produzido e dirigido o filme de ficção científica Identificados (2008), uma história original também de sua autoria, que contou com Raul Cortez e Leão Lobo no elenco.
Placebo tem 224 páginas, é uma publicação da Canápe Editorial e já pode ser encomendado na Livraria Saraiva.
Nas palavras da autora, trata-se de "uma obra de ficção científica sobre nanomáquinas e o impacto da tecnologia sobre os seres humanos. O livro tem também questões filosóficas que imagina um dos possíveis futuros da nossa espécie".
O blogue de seu agente literário informa que Paola escreve desde os 15 anos, é formada em Psicologia e também é diretora de cinema, tendo produzido e dirigido o filme de ficção científica Identificados (2008), uma história original também de sua autoria, que contou com Raul Cortez e Leão Lobo no elenco.
Placebo tem 224 páginas, é uma publicação da Canápe Editorial e já pode ser encomendado na Livraria Saraiva.
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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Resenha: Cadê o ratinho do titio?
Quando a tira do rato Níquel Náusea estreou na Folha de S. Paulo, em 1985, ninguém poderia imaginar o enorme potencial humorístico daquele personagem, bem como a capacidade criativa incomum do autor, o cartunista Fernando Gonsales. 27 anos depois, a série de tiras continua tão surpreendente quando em seus primeiros dias, fazendo graça com animais e outros bichos escrotos – inclusive os humanos – agradando tantos aos leitores veteranos, que temos acompanhado as estripulias do ratinho azul ao longo dos anos, quanto aos jovens, que podem ler o humor de Gonsales sem susto, uma vez que é tão comportado como uma história de Carl Barks.
No final de 2011, a Devir Livraria lançou mais uma compilação dessas tirinhas no álbum Cadê o ratinho do titio?, o décimo primeiro da coleção, com 48 páginas de tiras que vão do número 5143 a 5380. Já na capa se pode admirar o talento do autor, construindo um padrão plástico divertidíssimo com dezenas de coelhões, todos diferentes entre si.
As tiras, que são publicadas em cores, brincam com as características dos animais e as situações absurdas geradas pelas relações entre eles, tudo inspirado pelo conhecimento do autor que é formado em veterinária.
Além de Níquel Náusea, trafegam pelas tiras personagem como a "nóia" barata Fliti, a ratinha parideira Gatinha, o brucutu Rato Ruter, e uma porção de bichos anônimos mas não menos engraçados.
Até o catálogo online da Devir é engraçadíssimo, pois apresenta muitas tiras para degustação. Confira.
Sem dúvida, Níquel Náusea é um dos pontos altos do quadrinho brasileiro.
No final de 2011, a Devir Livraria lançou mais uma compilação dessas tirinhas no álbum Cadê o ratinho do titio?, o décimo primeiro da coleção, com 48 páginas de tiras que vão do número 5143 a 5380. Já na capa se pode admirar o talento do autor, construindo um padrão plástico divertidíssimo com dezenas de coelhões, todos diferentes entre si.
As tiras, que são publicadas em cores, brincam com as características dos animais e as situações absurdas geradas pelas relações entre eles, tudo inspirado pelo conhecimento do autor que é formado em veterinária.
Além de Níquel Náusea, trafegam pelas tiras personagem como a "nóia" barata Fliti, a ratinha parideira Gatinha, o brucutu Rato Ruter, e uma porção de bichos anônimos mas não menos engraçados.
Até o catálogo online da Devir é engraçadíssimo, pois apresenta muitas tiras para degustação. Confira.
Sem dúvida, Níquel Náusea é um dos pontos altos do quadrinho brasileiro.
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Além do deserto
Há cerca de dois anos, a escritora Érica Bombardi perguntou se eu estaria disposto a fazer a leitura crítica para o romance inédito que ela pretendia oferecer a alguma editora. Tratava-se de Além do deserto que, no manuscrito, ainda intitulava-se Fatum – "Além do deserto" era o nome do seu primeiro capítulo.
Aceitei e tive o privilégio de ler, em primeira mão, a história de um planeta moribundo no qual um grupo de jovens vai enfrentar um inimigo poderoso para tentar salvar algo do pouco que ainda lhes resta.
O romance me surpreendeu ao unir um drama de guerra com alta fantasia, num resultado que está sempre nas franjas de um romance planetário e de uma dark fantasy.
Diz a autora sobre a sua obra: "O chanceler Tami, nobre da última grande fortaleza, procura o rei fada, sábio que lhe dará a resposta à sua pergunta, a única que importa, como deter as sombras, como restaurar a vida. Mas o destino tem seus caprichos e escolheu se revelar somente a uma pessoa, Thera. E aí há um problema, Thera não se importa com as sombras, ou Fatum, e mesmo assim será arrastada em uma caravana formada pelo jovem Mikail, o felino Oberon, o menino fada Lumi e o velho fada Nadar. Juntos, eles traçarão seus passos em busca de um destino muito maior que o deserto".
Não sei se as observações que eu então fiz a respeito do manuscrito ajudaram a autora a conseguir, em 2011, a aprovação do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo para o financiamento da publicação da obra; eu gosto de pensar que sim.
A própria autora decidiu, ela mesma, produzir e comercializar o livro, uma vez que é editora com experiência profissional, formada em Comunicação Social com habilitação em Editoração na ECA-USP. Além de financiar a publicação, o Proac distribuirá o volume em todas as bibliotecas públicas do Estado de São Paulo.
O resultado pode ser degustado no blogue da autora, que apresenta um trecho do romance para ser lido gratuitamente. Érica também está muito empenhada em disponibilizar o livro em formato epub para ser vendido na Amazon. Essa menina vai longe.
Para comprar a edição em papel, que tem 272 páginas e conta com ilustrações de Vitor Gorino, envie email para alemdodeserto@hotmail.com. Em breve, o livro também estará nas redes de livrarias Cultura, Fnac e Saraiva.
Aceitei e tive o privilégio de ler, em primeira mão, a história de um planeta moribundo no qual um grupo de jovens vai enfrentar um inimigo poderoso para tentar salvar algo do pouco que ainda lhes resta.
O romance me surpreendeu ao unir um drama de guerra com alta fantasia, num resultado que está sempre nas franjas de um romance planetário e de uma dark fantasy.
Diz a autora sobre a sua obra: "O chanceler Tami, nobre da última grande fortaleza, procura o rei fada, sábio que lhe dará a resposta à sua pergunta, a única que importa, como deter as sombras, como restaurar a vida. Mas o destino tem seus caprichos e escolheu se revelar somente a uma pessoa, Thera. E aí há um problema, Thera não se importa com as sombras, ou Fatum, e mesmo assim será arrastada em uma caravana formada pelo jovem Mikail, o felino Oberon, o menino fada Lumi e o velho fada Nadar. Juntos, eles traçarão seus passos em busca de um destino muito maior que o deserto".
Não sei se as observações que eu então fiz a respeito do manuscrito ajudaram a autora a conseguir, em 2011, a aprovação do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo para o financiamento da publicação da obra; eu gosto de pensar que sim.
A própria autora decidiu, ela mesma, produzir e comercializar o livro, uma vez que é editora com experiência profissional, formada em Comunicação Social com habilitação em Editoração na ECA-USP. Além de financiar a publicação, o Proac distribuirá o volume em todas as bibliotecas públicas do Estado de São Paulo.
O resultado pode ser degustado no blogue da autora, que apresenta um trecho do romance para ser lido gratuitamente. Érica também está muito empenhada em disponibilizar o livro em formato epub para ser vendido na Amazon. Essa menina vai longe.
Para comprar a edição em papel, que tem 272 páginas e conta com ilustrações de Vitor Gorino, envie email para alemdodeserto@hotmail.com. Em breve, o livro também estará nas redes de livrarias Cultura, Fnac e Saraiva.
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Caçada selvagem
O nosso velho amigo Vermelhinho está de volta às bancas com o álbum inédito Hellboy: Caçada selvagem, esperada sequência de O clamor das trevas, publicado em 2008.
O roteiro é creditado ao criador do personagem, Mike Mignola, enquanto a arte ficou a cargo de Duncan Fegredo, que também ilustrou a última edição. As cores são de Dave Stewart.
Diz o relise: "Quando gigantes ancestrais começam a ressurgir no território britânico, Hellboy é convidado a ingressar num pelotão de matadores de monstros denominado Caçadores Indômitos. Criada em 1259, a tropa secreta vem rechaçando a ameaça dos colossos malignos ao longo dos séculos. Hellboy só não pode prever que a supostamente nobre expedição lhe reserva uma terrível surpresa, cujo desfecho o levará de encontro a uma inimiga muito mais mortífera: a Rainha de Sangue, uma ultrapoderosa feiticeira recém-revivida, cujo único propósito é arregimentar um exército demoníaco para destruir a humanidade. Se quiser combatê-la e salvar seu mundo adotivo, o herói egresso do inferno ainda terá de arcar com estarrecedoras verdades acerca de sua origem. e com seu próprio legado de trevas".
Complementam a edição as capas da edição original e um caderno com esboços de Mignola e Fegredo.
Hellboy: Caçada selvagem tem 196 páginas e é uma publicação da Editora Mythos.
O roteiro é creditado ao criador do personagem, Mike Mignola, enquanto a arte ficou a cargo de Duncan Fegredo, que também ilustrou a última edição. As cores são de Dave Stewart.
Diz o relise: "Quando gigantes ancestrais começam a ressurgir no território britânico, Hellboy é convidado a ingressar num pelotão de matadores de monstros denominado Caçadores Indômitos. Criada em 1259, a tropa secreta vem rechaçando a ameaça dos colossos malignos ao longo dos séculos. Hellboy só não pode prever que a supostamente nobre expedição lhe reserva uma terrível surpresa, cujo desfecho o levará de encontro a uma inimiga muito mais mortífera: a Rainha de Sangue, uma ultrapoderosa feiticeira recém-revivida, cujo único propósito é arregimentar um exército demoníaco para destruir a humanidade. Se quiser combatê-la e salvar seu mundo adotivo, o herói egresso do inferno ainda terá de arcar com estarrecedoras verdades acerca de sua origem. e com seu próprio legado de trevas".
Complementam a edição as capas da edição original e um caderno com esboços de Mignola e Fegredo.
Hellboy: Caçada selvagem tem 196 páginas e é uma publicação da Editora Mythos.
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Clássicos da literatura em quadrinhos
O mercado de maior demanda de quadrinhos no Brasil tem sido o de coleções paradidáticas. Como as editoras adoram não correr riscos e parece garantido investir nas adaptações literárias, vão brotando diversas coleções nesse segmento.
Enquanto os artistas brasileiros debruçam-se sobre as adaptações de clássicos da nossa própria literatura, as editoras buscam no exterior o material já disponível sobre as obras estrangeiras.
Parece ser uma boa opção, pois alguns desses trabalhos têm mesmo ótima qualidade, como é o caso da coleção Clássicos da Literatura em Quadrinhos lançada no final de 2011 pela Editora L&PM, com obras de origem franco-belga adaptadas por Christophe Lemoine e ilustrada por bons artistas como Jean-Christophe Vergn e Jean-Marie Woehrel, entre outros.
Os álbuns são luxuosos, com 60 páginas totalmente coloridas e, além da história em si, trazem um dossiê contextualizando o autor, sua época e sua obra.
A coleção foca-se nos maiores clássicos da literatura mundial, como os já publicados A ilha do tesouro de Robert Louis Stevenson, A volta ao mundo em 80 dias, de Júlio Verne, Robinson Crusoé, de Daniel Defoe e Um conto de Natal, de Charles Dickens, que dispõem de amostras para serem visualizadas na internet.
Além destes, foram anunciados: Odisseia, de Homero; Dom Quixote, de Cervantes; Viagem ao centro da Terra, de Júlio Verne; Guerra e paz, de Leon Tolstói; Os miseráveis, de Victor Hugo, e As mil e uma noites.
Será que não estaria na hora de alguma editora recuperar para a nova geração a ótima coleção Classics Illustrated da DC, publicada nos anos 80? Eu compraria.
Enquanto os artistas brasileiros debruçam-se sobre as adaptações de clássicos da nossa própria literatura, as editoras buscam no exterior o material já disponível sobre as obras estrangeiras.
Parece ser uma boa opção, pois alguns desses trabalhos têm mesmo ótima qualidade, como é o caso da coleção Clássicos da Literatura em Quadrinhos lançada no final de 2011 pela Editora L&PM, com obras de origem franco-belga adaptadas por Christophe Lemoine e ilustrada por bons artistas como Jean-Christophe Vergn e Jean-Marie Woehrel, entre outros.
Os álbuns são luxuosos, com 60 páginas totalmente coloridas e, além da história em si, trazem um dossiê contextualizando o autor, sua época e sua obra.
A coleção foca-se nos maiores clássicos da literatura mundial, como os já publicados A ilha do tesouro de Robert Louis Stevenson, A volta ao mundo em 80 dias, de Júlio Verne, Robinson Crusoé, de Daniel Defoe e Um conto de Natal, de Charles Dickens, que dispõem de amostras para serem visualizadas na internet.
Além destes, foram anunciados: Odisseia, de Homero; Dom Quixote, de Cervantes; Viagem ao centro da Terra, de Júlio Verne; Guerra e paz, de Leon Tolstói; Os miseráveis, de Victor Hugo, e As mil e uma noites.
Será que não estaria na hora de alguma editora recuperar para a nova geração a ótima coleção Classics Illustrated da DC, publicada nos anos 80? Eu compraria.
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Ficção científica e sobrenatural para crianças
Este início de ano trouxe às bancas uma nova linha de quadrinhos populares pela Editora Abril que, assim, vai retomando parte do mercado que dominava completamente há alguns anos. O interessante desta nova linha de quadrinhos é o fato dela estar claramente vinculada ao fantástico e ao sobrenatural.
Dois títulos são frutos diretos de um concurso que a editora promoveu em 2010, o 1º Prêmio Abril de Personagens, através da revista Recreio.
O título que mais chama a atenção nas bancas é Garoto vivo na Vila do Cemitério, de Fabrício Pretti, que conta a história de um menino que, por engano, vai parar no meio de um montão de fantasmas.
A história remete imediatamente ao romance O livro do cemitério, do escritor britânico Neil Gaiman, mas as semelhanças são apenas superficiais. O romance de Gaiman ainda é melhor, contudo.
Outro título é UFFO: Uma família fora de órbita, de Lucas Lima, em que um grupo de exploradores alienígenas se disfarça em uma família humana para conhecer melhor o nosso planeta. Parece uma versão infantil do seriado de TV americano 3th Rock from the Sun, que por sua vez inspirava-se em outro seriado, Meu Marciano Favorito, dos anos 1960. Ideia manjada, portanto, mas nada que não possa ser bem aproveitado se reciclado com talento.
Gemini 8, de Célia Catunda e Kiko Mistorigo, não participou do concurso mas segue o mesmo padrão das revistas anteriores. Trata-se de um personagem encomendado à TV PinGuim, que também produz o desenho animado Peixonauta. Conta a história de um menino que é acidentalmente transportado para outro planeta e as tentativas do cientista alienígena para devolvê-lo à Terra.
O mais legal de tudo é que as revistinhas de 36 páginas coloridas custam apenas R$1,95 cada. Dá para comprar todas com uma parcela da mesada. Como nos velhos tempos.
Dois títulos são frutos diretos de um concurso que a editora promoveu em 2010, o 1º Prêmio Abril de Personagens, através da revista Recreio.
O título que mais chama a atenção nas bancas é Garoto vivo na Vila do Cemitério, de Fabrício Pretti, que conta a história de um menino que, por engano, vai parar no meio de um montão de fantasmas.
A história remete imediatamente ao romance O livro do cemitério, do escritor britânico Neil Gaiman, mas as semelhanças são apenas superficiais. O romance de Gaiman ainda é melhor, contudo.
Outro título é UFFO: Uma família fora de órbita, de Lucas Lima, em que um grupo de exploradores alienígenas se disfarça em uma família humana para conhecer melhor o nosso planeta. Parece uma versão infantil do seriado de TV americano 3th Rock from the Sun, que por sua vez inspirava-se em outro seriado, Meu Marciano Favorito, dos anos 1960. Ideia manjada, portanto, mas nada que não possa ser bem aproveitado se reciclado com talento.
Gemini 8, de Célia Catunda e Kiko Mistorigo, não participou do concurso mas segue o mesmo padrão das revistas anteriores. Trata-se de um personagem encomendado à TV PinGuim, que também produz o desenho animado Peixonauta. Conta a história de um menino que é acidentalmente transportado para outro planeta e as tentativas do cientista alienígena para devolvê-lo à Terra.
O mais legal de tudo é que as revistinhas de 36 páginas coloridas custam apenas R$1,95 cada. Dá para comprar todas com uma parcela da mesada. Como nos velhos tempos.
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
A rainha secreta e outras histórias
Miguel Carqueija é provavelmente o autor mais prolífico da ficção fantástica brasileira. Ativo no meio desde o início dos anos 1980, a princípio no Boletim do Clube de Ficção Científica Antares – no qual também despontaram autores como Simone Saueressig, Gerson Lodi-Ribeiro e Jorge Luiz Calife –, Carqueija foi colaborador frequente nos muitos fanzines que proliferaram nos anos seguintes, inclusive no Hiperespaço. Sua grande produção sempre esteve vinculada a uma ficção positivista, elegante e repleta de valores morais, de influência direta de Edgar Allan Poe, H. P. Lovecraft e outros autores do período weird da ficção pulp.
Em 2001, a editora Ano-Luz publicou A rainha secreta e outras histórias, coletânea semi-profissional do autor e quarto volume da Coleção Terra Incógnita, apresentando uma seleta dos melhores contos do autor. Como a edição estava esgotada há muito tempo, Carqueija comentou comigo que gostaria de dispor de uma edição virtual dessa coletânea. Então fiz para ele uma versão do volume em pdf, a partir dos manuscritos originais dos contos e com a mesma capa, que era minha.
Diz Branco, na apresentação da coletânea: "Miguel Carqueija é um dos autores mais produtivos e participativos da chamada comunidade brasileira de ficção científica. Por cerca de dez anos, ele é o autor mais publicado nas revistas de fãs (os fanzines), e já venceu concursos literários promovidos por essa comunidade.
Outra característica marcante de sua trajetória é a variedade de temas e enredos que ele já desenvolveu. Partindo de sua visão cristã de mundo, cria seus personagens bem definidos dentro deste contexto, além dos cenários, as situações, as aventuras e locais por ele imaginados, como por exemplo, o espaço profundo, os terrores interiores de mitos e lendas imaginárias, crônicas do cotidiano num cenário futurista. Tudo isso faz de Carqueija, um autor surpreendente, variado e por isso mesmo muito lido e solicitado entre os leitores que já o conhecem...
E A Rainha Secreta reúne todos os elementos do universo de Carqueija. Elementos que fazem dele um autor tão interessante a ser descoberto. Um interesse tão grande quanto o prazer da melhor tradição das boas histórias, como se contadas ao lado de uma fogueira numa noite de inverno. E essa tradição resiste maravilhosamente na prosa de Carqueija".
Não se trata de uma publicação do selo Hiperespaço, mas do próprio Carqueija, que autorizou disponibilizá-la gratuitamente aqui para quem quiser ler. Aproveite.
Em 2001, a editora Ano-Luz publicou A rainha secreta e outras histórias, coletânea semi-profissional do autor e quarto volume da Coleção Terra Incógnita, apresentando uma seleta dos melhores contos do autor. Como a edição estava esgotada há muito tempo, Carqueija comentou comigo que gostaria de dispor de uma edição virtual dessa coletânea. Então fiz para ele uma versão do volume em pdf, a partir dos manuscritos originais dos contos e com a mesma capa, que era minha.
Diz Branco, na apresentação da coletânea: "Miguel Carqueija é um dos autores mais produtivos e participativos da chamada comunidade brasileira de ficção científica. Por cerca de dez anos, ele é o autor mais publicado nas revistas de fãs (os fanzines), e já venceu concursos literários promovidos por essa comunidade.
Outra característica marcante de sua trajetória é a variedade de temas e enredos que ele já desenvolveu. Partindo de sua visão cristã de mundo, cria seus personagens bem definidos dentro deste contexto, além dos cenários, as situações, as aventuras e locais por ele imaginados, como por exemplo, o espaço profundo, os terrores interiores de mitos e lendas imaginárias, crônicas do cotidiano num cenário futurista. Tudo isso faz de Carqueija, um autor surpreendente, variado e por isso mesmo muito lido e solicitado entre os leitores que já o conhecem...
E A Rainha Secreta reúne todos os elementos do universo de Carqueija. Elementos que fazem dele um autor tão interessante a ser descoberto. Um interesse tão grande quanto o prazer da melhor tradição das boas histórias, como se contadas ao lado de uma fogueira numa noite de inverno. E essa tradição resiste maravilhosamente na prosa de Carqueija".
Não se trata de uma publicação do selo Hiperespaço, mas do próprio Carqueija, que autorizou disponibilizá-la gratuitamente aqui para quem quiser ler. Aproveite.
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Fanzines em 2011
Houve um tempo, entre 1980 e 2000, em que a produção brasileira de literatura fantástica dependia totalmente dos fanzines, publicações amadoras e de pequena tiragem, geralmente produzidas por fãs para servir de meio de congregação de grupos de interesse específico.
Alguns fanzines brasileiros foram muito prestigiados em seu tempo, como o Megalon, o Somnium, o Juvenatrix e o próprio Hiperespaço, o antecessor deste blogue. Destes, somente o Juvenatrix continua a ser publicado hoje, contudo apenas em formato virtual.
Todos os demais fanzines brasileiros de FC&F desapareceram ao longo da primeira década deste século. O último a sumir foi o Scarium Megazine, cuja última edição foi distribuída em 2010.
Nas primeiras edições, o Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica mantinha uma seção para avaliar o desempenho dessas publicações no Brasil mas, quando deixou de haver massa crítica mínima para uma análise, ela foi cancelada.
Desde então, tenho acompanhado a trajetórias dos fanzines por minha conta e já cheguei a falar sobre isso aqui, mas faz algum tempo que não me debruço sobre o assunto. Fui então levantar o estado atual dos fanzines brasileiros de FC&F e fiquei perplexo. Parece que o fandom brasileiro deixou mesmo os fanzines para trás. Publicações que surgiram "chutando a porta", cheias de energia, manifestos e frases de ordem, desapareceram como fumaça poucos meses depois, sem deixar rastros. Nem mesmo o apelo de custos baixos e divulgação viral foram suficientes para manter os fanzines em atividade.
Em suma, 2011 trouxe à luz a publicação de apenas seis títulos, entre os quais um único lançamento.
O mais vigoroso deles foi o já citado Juvenatrix, editado por Renato Rosatti, fã ardoroso de cinema fantástico, que também mantém o blogue Infernotícias. Juvenatrix surgiu com o nome de Vortex, mas logo adotou o novo título inspirado no filme Reanimator. Seu conteúdo é diversificado, abordando especialmente cinema, mas com bom espaço para a literatura e rock extremo. Em 2011, Juvenatrix teve sete edições (números 126 a 132) distribuídas por email diretamente aos interessados, ou seja, as edições não estão online para serem baixadas. É provavelmente o fanzine amador continuamente editado há mais tempo no país.
Outro fanzine que sustentou-se em 2011 foi Flores do Lado de Cima, editado pro Rosana Raven, com duas edições (números 16 e 17). Dedicado à arte soturna, o fanzine passeia pela literatura, artes plásticas e música. As duas edições, distribuídas através de sites de compartilhamento, trouxeram compilações musicais que podem formar um CD com capinha e tudo. Um capricho só. Mas o zine demonstrou algum desgaste em 2011, uma vez que, nos anos anteriores, distribuiu cinco edições em média.
O mesmo se pode dizer de seu fanzine irmão, Fun House Xtreme, que também apresentou duas edições (números 19 e 20) em 2011, quando sua média era de 6 edições ao ano. Editado por Iam Godoy, também é dedicado ao horror, porém focado no cinema, especialmente as produções independentes.
Outro fanzine que puxou o freio de mão em 2011 foi Terrorzine, editado pelo escritor Ademir Pascale. Depois de lançar 22 edições entre 2008 e 2010, publicou somente uma única edição no ano (número 23), com contos ultracurtos e entrevistas com autores nacionais. Talvez o envolvimento do editor em trabalhos profissionais tenha sido a causa do fraco desempenho do fanzine no ano, mas ele foi algo compensado pelas muitas antologias literárias organizadas por Pascale.
Mais dois títulos apareceram em 2011 com apenas uma edição publicada. Um foi o estudo bibliográfico que o jornalista Marcello Simão Branco realizou sobre a obra do escritor americano H. P. Lovecraft, publicado em forma de uma monografia acadêmica. O material causou interesse e talvez o vejamos futuramente em forma real por alguma editora.
O último deles foi a excelente revista eletrônica Hyperpulp, editada por Alexandre Mandarino. Trata-se de uma publicação bilíngue, graficamente profissional, com contos fantásticos nacionais e estrangeiros mas, por sua apresentação digital, podemos classificá-la como um fanzine. A boa notícia é que a revista teve um segundo número publicado em 2012 e ambas as edições podem ser obtidas aqui.
O que se pode concluir deste panorama é que a publicação dos fanzines de arte fantástica está prestes a ser uma coisa do passado, inclusive no ambiente virtual. Em seu lugar estão hoje as redes de relacionamento, bem como as publicações reais, especialmente os livros, que nunca dispuseram de tanto espaço.
Há uma perda, contudo, uma vez que os fanzines publicavam muitos artigos e resenhas, que estão desaparecendo do fandom.
Que venha 2012. Quem sabe o ano ainda nos reserve algumas boas surpresas.
Alguns fanzines brasileiros foram muito prestigiados em seu tempo, como o Megalon, o Somnium, o Juvenatrix e o próprio Hiperespaço, o antecessor deste blogue. Destes, somente o Juvenatrix continua a ser publicado hoje, contudo apenas em formato virtual.
Todos os demais fanzines brasileiros de FC&F desapareceram ao longo da primeira década deste século. O último a sumir foi o Scarium Megazine, cuja última edição foi distribuída em 2010.
Nas primeiras edições, o Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica mantinha uma seção para avaliar o desempenho dessas publicações no Brasil mas, quando deixou de haver massa crítica mínima para uma análise, ela foi cancelada.
Desde então, tenho acompanhado a trajetórias dos fanzines por minha conta e já cheguei a falar sobre isso aqui, mas faz algum tempo que não me debruço sobre o assunto. Fui então levantar o estado atual dos fanzines brasileiros de FC&F e fiquei perplexo. Parece que o fandom brasileiro deixou mesmo os fanzines para trás. Publicações que surgiram "chutando a porta", cheias de energia, manifestos e frases de ordem, desapareceram como fumaça poucos meses depois, sem deixar rastros. Nem mesmo o apelo de custos baixos e divulgação viral foram suficientes para manter os fanzines em atividade.
Em suma, 2011 trouxe à luz a publicação de apenas seis títulos, entre os quais um único lançamento.
O mais vigoroso deles foi o já citado Juvenatrix, editado por Renato Rosatti, fã ardoroso de cinema fantástico, que também mantém o blogue Infernotícias. Juvenatrix surgiu com o nome de Vortex, mas logo adotou o novo título inspirado no filme Reanimator. Seu conteúdo é diversificado, abordando especialmente cinema, mas com bom espaço para a literatura e rock extremo. Em 2011, Juvenatrix teve sete edições (números 126 a 132) distribuídas por email diretamente aos interessados, ou seja, as edições não estão online para serem baixadas. É provavelmente o fanzine amador continuamente editado há mais tempo no país.
Outro fanzine que sustentou-se em 2011 foi Flores do Lado de Cima, editado pro Rosana Raven, com duas edições (números 16 e 17). Dedicado à arte soturna, o fanzine passeia pela literatura, artes plásticas e música. As duas edições, distribuídas através de sites de compartilhamento, trouxeram compilações musicais que podem formar um CD com capinha e tudo. Um capricho só. Mas o zine demonstrou algum desgaste em 2011, uma vez que, nos anos anteriores, distribuiu cinco edições em média.
O mesmo se pode dizer de seu fanzine irmão, Fun House Xtreme, que também apresentou duas edições (números 19 e 20) em 2011, quando sua média era de 6 edições ao ano. Editado por Iam Godoy, também é dedicado ao horror, porém focado no cinema, especialmente as produções independentes.
Outro fanzine que puxou o freio de mão em 2011 foi Terrorzine, editado pelo escritor Ademir Pascale. Depois de lançar 22 edições entre 2008 e 2010, publicou somente uma única edição no ano (número 23), com contos ultracurtos e entrevistas com autores nacionais. Talvez o envolvimento do editor em trabalhos profissionais tenha sido a causa do fraco desempenho do fanzine no ano, mas ele foi algo compensado pelas muitas antologias literárias organizadas por Pascale.
Mais dois títulos apareceram em 2011 com apenas uma edição publicada. Um foi o estudo bibliográfico que o jornalista Marcello Simão Branco realizou sobre a obra do escritor americano H. P. Lovecraft, publicado em forma de uma monografia acadêmica. O material causou interesse e talvez o vejamos futuramente em forma real por alguma editora.
O último deles foi a excelente revista eletrônica Hyperpulp, editada por Alexandre Mandarino. Trata-se de uma publicação bilíngue, graficamente profissional, com contos fantásticos nacionais e estrangeiros mas, por sua apresentação digital, podemos classificá-la como um fanzine. A boa notícia é que a revista teve um segundo número publicado em 2012 e ambas as edições podem ser obtidas aqui.
O que se pode concluir deste panorama é que a publicação dos fanzines de arte fantástica está prestes a ser uma coisa do passado, inclusive no ambiente virtual. Em seu lugar estão hoje as redes de relacionamento, bem como as publicações reais, especialmente os livros, que nunca dispuseram de tanto espaço.
Há uma perda, contudo, uma vez que os fanzines publicavam muitos artigos e resenhas, que estão desaparecendo do fandom.
Que venha 2012. Quem sabe o ano ainda nos reserve algumas boas surpresas.
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Asas do Vento agitando
A coleção de livros de bolso Asas do Vento, da Devir Livraria, inicia seus trabalhos em 2012 com o lançamento de dois títulos muito interessantes.
O primeiro deles, já disponível, é Duplo Sobrenatural (128 páginas), com dois textos curtos de horror: 'O recipiente', do importante escritor americano Orson Scott Card (autor de O jogo do exterminador), e 'A fábrica', do brasileiro Carlos Orsi (autor de Guerra justa). Enquanto Card mergulha na mitologia dos nativos americanos, Orsi busca inspiração na cosmologia de H. P. Lovecraft, neste conto que é bastante representativo de sua primeira fase autoral, nos fanzines.
Diz o relise: "Duplo Sobrenatural traz duas narrativas em que a experiência do horror e da morte emana de lugares incomuns, que guardam uma energia deixada ali no passado, ou lugares que permitem o trânsito de seres de pesadelo, de uma outra dimensão até a nossa. Duas histórias escritas por autores de larga experiência – um norte-americano e outro brasileiro –, que conseguem abordar a questão do lugar do sobrenatural, e dos pedaços de coisas ruis nele preservados, de maneiras instigantes e inesperadas".
O segundo título é Descobrimentos (96 páginas), coletânea com três contos do multipremiado escritor mineiro João Batista Melo (autor de As baleias do Saguenay e O inventor de estrelas). O relise adianta o conteúdo: "'O caminho das Índias': O escriba de Cristóvão Colombo narra um destino bastante diferente para a expedição marítima que, em nossa realidade, levou à descoberta da América. '1500': Uma tempestade arrasta um grupo de índios para longe do litoral brasileiro, atirando-os em uma jornada assustadora até as terras estranhas do outro lado do Atlântico. 'A moça triste de Berlim': O dirigível Hindenburg está a caminho do Rio de Janeiro, e dentro dele, um jovem cansado da ditadura Vargas prepara-se para cometer um atentado contra o regime".
A coleção Asas do Vento tem apresentação gráfica impecável e diferenciada, com capas semi-rígidas e miolo bem encadernado. Uma das mais simpáticas coleções de FC&F já publicadas no país, com textos que merecem ser lidos.
O primeiro deles, já disponível, é Duplo Sobrenatural (128 páginas), com dois textos curtos de horror: 'O recipiente', do importante escritor americano Orson Scott Card (autor de O jogo do exterminador), e 'A fábrica', do brasileiro Carlos Orsi (autor de Guerra justa). Enquanto Card mergulha na mitologia dos nativos americanos, Orsi busca inspiração na cosmologia de H. P. Lovecraft, neste conto que é bastante representativo de sua primeira fase autoral, nos fanzines.
Diz o relise: "Duplo Sobrenatural traz duas narrativas em que a experiência do horror e da morte emana de lugares incomuns, que guardam uma energia deixada ali no passado, ou lugares que permitem o trânsito de seres de pesadelo, de uma outra dimensão até a nossa. Duas histórias escritas por autores de larga experiência – um norte-americano e outro brasileiro –, que conseguem abordar a questão do lugar do sobrenatural, e dos pedaços de coisas ruis nele preservados, de maneiras instigantes e inesperadas".
O segundo título é Descobrimentos (96 páginas), coletânea com três contos do multipremiado escritor mineiro João Batista Melo (autor de As baleias do Saguenay e O inventor de estrelas). O relise adianta o conteúdo: "'O caminho das Índias': O escriba de Cristóvão Colombo narra um destino bastante diferente para a expedição marítima que, em nossa realidade, levou à descoberta da América. '1500': Uma tempestade arrasta um grupo de índios para longe do litoral brasileiro, atirando-os em uma jornada assustadora até as terras estranhas do outro lado do Atlântico. 'A moça triste de Berlim': O dirigível Hindenburg está a caminho do Rio de Janeiro, e dentro dele, um jovem cansado da ditadura Vargas prepara-se para cometer um atentado contra o regime".
A coleção Asas do Vento tem apresentação gráfica impecável e diferenciada, com capas semi-rígidas e miolo bem encadernado. Uma das mais simpáticas coleções de FC&F já publicadas no país, com textos que merecem ser lidos.
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sábado, 4 de fevereiro de 2012
Aberta a temporada 2012 de antologias
Seguindo a tendência dos últimos dois anos, 2012 parece indicar que as antologias temáticas continuarão em alta no mercado editorial.
Caminhos fantásticos, organizada por Tiago Lobo, traz histórias fantásticas inseridas na Idade Média. Isso pode não ser exatamente uma novidade, afinal a maior parte da fantasia mais conhecida é ambientada no medievalismo, mas talvez os trabalhos de Alícia Azevedo, Andrio J.R. dos Santos, Antônio Augusto Fonseca Jr., Bruno Schlatter, Christian David, Daniel L. Werneck, Fernando Salvaterra, Helena Gomes, Khatia Brienza, Marco Rigobelli, Madô Martins, Maria Apparecida S. Coquemala, Marlon Teske e Raphael Draccon conseguiram encontrar maneiras novas e inusitadas de tratar o tema.
Diz o prefácio assinado pela experiente escritora Rosana Rios: "Histórias de guerra, de vingança, de amor e de magia; de encantamentos que cobram altos preços, de criaturas ambiciosas que fariam qualquer coisa para obter poder; e de outras que, ao perceber a futilidade de tal demanda, renunciam ao poder e buscam a redenção. Gárgulas ganham voz e mortos voltam à vida; guerreiros erguem espadas e lanças para travar batalhas perdidas; dragões aterrorizam, zumbis se multiplicam".
Caminhos Fantásticos é uma publicação da Jambô Editora e custa R$25,00.
Por sua vez, a antologia Passado imperfeito, organizada pro Ademir Pascale, foi mais arrojada e investiu no uso de alguns dos grandes personagens da história brasileira para fazer fantasia. Marcelo Bighetti, Luciana Fátima, Tibor Moricz, Estevan Lutz, Christian David, Mariana Albuquerque, Daniel Borba e o próprio organizador, que criam narrativas inacreditáveis para complicar a vida já movimentada de Lampião, Antônio Conselheiro, Tiradentes, Bartolomeu de Gusmão e outros.
No prefácio da antologia, diz o escritor americano Christopher Kastensmidt: "Em cada um desses contos, brasileiros famosos enfrentam corajosamente poderes sobrenaturais em realidades alternativas. Ou será que somos nós que vivemos na realidade alternativa deles?"
Passado imperfeito é uma publicação da Editora Argonautas.
Caminhos fantásticos, organizada por Tiago Lobo, traz histórias fantásticas inseridas na Idade Média. Isso pode não ser exatamente uma novidade, afinal a maior parte da fantasia mais conhecida é ambientada no medievalismo, mas talvez os trabalhos de Alícia Azevedo, Andrio J.R. dos Santos, Antônio Augusto Fonseca Jr., Bruno Schlatter, Christian David, Daniel L. Werneck, Fernando Salvaterra, Helena Gomes, Khatia Brienza, Marco Rigobelli, Madô Martins, Maria Apparecida S. Coquemala, Marlon Teske e Raphael Draccon conseguiram encontrar maneiras novas e inusitadas de tratar o tema.
Diz o prefácio assinado pela experiente escritora Rosana Rios: "Histórias de guerra, de vingança, de amor e de magia; de encantamentos que cobram altos preços, de criaturas ambiciosas que fariam qualquer coisa para obter poder; e de outras que, ao perceber a futilidade de tal demanda, renunciam ao poder e buscam a redenção. Gárgulas ganham voz e mortos voltam à vida; guerreiros erguem espadas e lanças para travar batalhas perdidas; dragões aterrorizam, zumbis se multiplicam".
Caminhos Fantásticos é uma publicação da Jambô Editora e custa R$25,00.
Por sua vez, a antologia Passado imperfeito, organizada pro Ademir Pascale, foi mais arrojada e investiu no uso de alguns dos grandes personagens da história brasileira para fazer fantasia. Marcelo Bighetti, Luciana Fátima, Tibor Moricz, Estevan Lutz, Christian David, Mariana Albuquerque, Daniel Borba e o próprio organizador, que criam narrativas inacreditáveis para complicar a vida já movimentada de Lampião, Antônio Conselheiro, Tiradentes, Bartolomeu de Gusmão e outros.
No prefácio da antologia, diz o escritor americano Christopher Kastensmidt: "Em cada um desses contos, brasileiros famosos enfrentam corajosamente poderes sobrenaturais em realidades alternativas. Ou será que somos nós que vivemos na realidade alternativa deles?"
Passado imperfeito é uma publicação da Editora Argonautas.
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Para falar de FC&F
O mundo digital continua oferecendo novidades para aqueles que gostam de ficção científica e fantasia.
Há algum tempo o saite Portal Entretextos abriu espaço para três colunistas ligados ao fandom: "Canta-ares" Braulio Tavares, "Anexos da Realidade", de Miguel Carqueija e "Recontando estórias do domínio público", de Flavio Bittencourt, são colunas que periodicamente publicam artigos, contos e outros textos de interesse, sobre cinema e literatura.
Já o jornalista e escritor Clinton Davisson, autor do romance de ficção científica Hegemonia, inaugurou há poucos dias um videocast chamado Literatura Nerd. O piloto, que pode ser visto aqui, tem 13 minutos e é dedicado à space opera, subgênero da FC que trata de aventuras espaciais. Apenas o próprio Davisson aparece no programa, que é decorado com muitos gadgets engraçadinhos.
E para ocupar o grande vazio deixado pela descontinuidade de dois saites valiosos, a Biblioteca Fantástica e o Ficção Científica e Fantasia em Língua Portuguesa, o editor e escritor Ademir Pascale inaugurou o Museu da Literatura Fantástica, blogue dedicado a registrar obras nacionais das décadas de 60, 70, 80 e 90. O Museu investe nas imagens, com reproduções das capas em tamanho grande, identificadas com alguns comentários breves, sem dúvida é um blogue bonito de ver.
Vale a pena conferir.
Há algum tempo o saite Portal Entretextos abriu espaço para três colunistas ligados ao fandom: "Canta-ares" Braulio Tavares, "Anexos da Realidade", de Miguel Carqueija e "Recontando estórias do domínio público", de Flavio Bittencourt, são colunas que periodicamente publicam artigos, contos e outros textos de interesse, sobre cinema e literatura.
Já o jornalista e escritor Clinton Davisson, autor do romance de ficção científica Hegemonia, inaugurou há poucos dias um videocast chamado Literatura Nerd. O piloto, que pode ser visto aqui, tem 13 minutos e é dedicado à space opera, subgênero da FC que trata de aventuras espaciais. Apenas o próprio Davisson aparece no programa, que é decorado com muitos gadgets engraçadinhos.
E para ocupar o grande vazio deixado pela descontinuidade de dois saites valiosos, a Biblioteca Fantástica e o Ficção Científica e Fantasia em Língua Portuguesa, o editor e escritor Ademir Pascale inaugurou o Museu da Literatura Fantástica, blogue dedicado a registrar obras nacionais das décadas de 60, 70, 80 e 90. O Museu investe nas imagens, com reproduções das capas em tamanho grande, identificadas com alguns comentários breves, sem dúvida é um blogue bonito de ver.
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