Quando a tira do rato Níquel Náusea estreou na Folha de S. Paulo, em 1985, ninguém poderia imaginar o enorme potencial humorístico daquele personagem, bem como a capacidade criativa incomum do autor, o cartunista Fernando Gonsales. 27 anos depois, a série de tiras continua tão surpreendente quando em seus primeiros dias, fazendo graça com animais e outros bichos escrotos – inclusive os humanos – agradando tantos aos leitores veteranos, que temos acompanhado as estripulias do ratinho azul ao longo dos anos, quanto aos jovens, que podem ler o humor de Gonsales sem susto, uma vez que é tão comportado como uma história de Carl Barks.
No final de 2011, a Devir Livraria lançou mais uma compilação dessas tirinhas no álbum Cadê o ratinho do titio?, o décimo primeiro da coleção, com 48 páginas de tiras que vão do número 5143 a 5380. Já na capa se pode admirar o talento do autor, construindo um padrão plástico divertidíssimo com dezenas de coelhões, todos diferentes entre si.
As tiras, que são publicadas em cores, brincam com as características dos animais e as situações absurdas geradas pelas relações entre eles, tudo inspirado pelo conhecimento do autor que é formado em veterinária.
Além de Níquel Náusea, trafegam pelas tiras personagem como a "nóia" barata Fliti, a ratinha parideira Gatinha, o brucutu Rato Ruter, e uma porção de bichos anônimos mas não menos engraçados.
Até o catálogo online da Devir é engraçadíssimo, pois apresenta muitas tiras para degustação. Confira.
Sem dúvida, Níquel Náusea é um dos pontos altos do quadrinho brasileiro.
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