Biblioteca dos Livros Impossíveis

O saite SciFi Tropical, capitaneado pelo escritor e editor do Rubens Angelo, está com um novo e empolgante projeto editorial. Trata-se Biblioteca dos Livros Impossíveis, coleção de ebooks com histórias de ficção científica pré Golden Age, ao preço de R$3,00 cada edição. 
Diz o editor sobre seu projeto: "A verdade é que os grandes escritores de ficção científica que hoje povoam as livrarias foram inspirados por gerações de autores anteriores, com histórias que muitas vezes criavam novos conceitos e ideias que mais tarde seriam reconhecidos facilmente como temas sci-fi basilares. Infelizmente, a maioria destas obras antigas de referência não está acessível ao grande público, seja por estarem perdidas em obscuras revistas nunca reeditadas, seja pelo simples descaso das editoras, que não enxergam o potencial comercial dessas histórias. É por essa razão que a Biblioteca dos Livros Impossíveis foi criada: permitir que os fãs da ficção científica conheçam algumas dessas histórias precursoras que ajudaram a moldar o gênero. E não se trata apenas de ler uma narrativa interessante e criativa, mas também ter a chance de conhecer seu autor e entender o contexto histórico da história, ampliando nosso conhecimento histórico-literário."
A coleção já dispõe de quatro títulos: A máquina pensante, de J. J. Connington, Eu, robô, de Eando Binder, A curiosa experiência de Thomas Dunbar, de Gertrude Barrows e O reinado do super-homem, de Herbert Fine, que não é outro se não  o criador do Superman, Jerry Siegel.
Cada edição traz, em cerca de 45 páginas, um conto, um prefácio caprichado contextualizando o trabalho e algumas ilustrações. Ou seja, o texto em si tem por volta de trinta páginas, que se leem em meia hora, se muito.
Os ebooks, ofertados em arquivos pdf, são diagramados para leitura na tela de smartphones. 
Mais informações sobre como adquirir as edições da coleção estão disponíveis aqui.

QI 189

Está chegando aos assinantes o número 189 fanzine Quadrinhos Independentes-QI, editado por Edgard Guimarães, inteiramente dedicado ao estudo das histórias em quadrinhos, destacando a produção independente e os fanzines brasileiros. 
A edição tem 44 páginas com quadrinhos de Henrique Magalhães, Rod Tigre, Luiz Iório, Luiz Cláudio Lopes Faria, Cristiano Ferreira e do editor, artigos de E. Figueiredo, Pedro José Rosa de Oliveira, Rod Tigre, Alex Sampaio e do editor, ilustrações de Mario Labate Santiago, José Nogueira, Manoel Dama e Luiz Iório, e as colunas "Fórum" com as cartas dos leitores, "Edições independentes" divulgando lançamentos de fanzines do bimestre anterior e "Mantendo contato", de Worney Almeida de Souza. A capa traz uma ilustração de Guimarães com um aplique em cores para o leitor colar.
Os assinantes recebem, junto a edição do QI, os seguintes suplementos: o número 8 da série HQ além dos balões, com uma pesquisa de Fábio Sales sobre os "Quadrinistas e editoras do Rio Grande do Sul"; os números 10 e 11 da série Reflexões sobre imagem e cultura, subtitulados "Catálogo online sobre quadrinhos", de Quiof Thrul, e "Os super-heróis de Ziraldo e suas polêmicas", de Rod Tigre; o segundo fascículo da série Passando ao lado mas ainda dentro, sobre "Histórias em quadrinhos: Roteiro para a delinquência", reproduzindo um texto da revistas Seleções; os números 5, 6 e 7 de Papos tais, complementando a já volumosa seção de cartas; e mais uma edição de Radioatividade, informativo da Editora Atomic. 
Com pequenas e sutis alterações, o QI segue em uma prestigiosa trajetória editorial que vem desde 1993. Hoje, é uma publicação sobrevivente, que persiste na edição impressa sustentada parcialmente por algumas dezenas de assinantes, por evidente diletantismo de Guimarães. Isso dá à publicação um aspecto noventista que garante esse pequeno público mas não atrai novos leitores. E um dos reflexos disso é a dificuldade em sair de um nicho conservador que não prima pela diversidade de colaboradores. Imagino que seja muito arriscado para o editor "forçar a barra" nessa direção sob o risco de perder os poucos e antigos leitores, entre os quais me incluo, sem a certeza de que conquistará novos. Mas seria ótimo se essa diversidade fosse obtida de alguma forma, pois a época em que os quadrinhos eram "coisa de meninos" já passou faz tempo.
Exemplares impressos do QI e seus encartes podem ser adquiridos mediante assinatura. Mais informações, diretamente com o editor pelo email edgard.faria.guimaraes@gmail.com. Contudo, versões digitais de todas as edições, desde o primeiro nímero, bem como de todos os seus encartes, estão disponíveis no saite da editora Marca de Fantasia, aqui, além de muitas outras publicações que vale a pena conhecer.

Táquion 5

Está circulando o quinto número do periódico literário digital Táquion, editado por Renato A. Azevedo para o Clube Brasileiro de Ficção Científica. 
A edição tem 102 páginas e traz contos de Eduardo Yoshikazu Nishitani, Marcelo Luiz Dias, Suzy Hekamiah, Gerson Lodi-Ribeiro e os premiados da edição Rubem Cabral, Gabriela de Freitas e Matheus Arruda, selecionados na terceira etapa do concurso permanente promovido pela publicação. Traz ainda artigos e resenhas assinados por Renato A. Azevedo, Reyves Lorenzoni e João Maselli Gouvêa. A capa exibe uma ilustração de Xiaoyu Wang.
Bom constatar que segue estável a presença feminina entre os autores publicados, sendo uma delas entre os premiados. Maravilha.
Táquion 5 pode ser baixada gratuitamente aqui, nos formatos pdf, epub e mobi. Ediçães anteriores também estão disponíveis.

Juvenatrix 260

Está circulando a edição de julho do fanzine eletrônico de horror e ficção científica Juvenatrix, editado por Renato Rosatti. 
Em onze páginas, traz contos de Caio Alexandre Bezarias e Rogério Amaral de Vasconcellos, além de resenhas do  editor aos filmes O corvo negro (1943), O monstro da neve (1977) e Olhos satânicos (1967)
A edição é completada com notícias e divulgação de publicações e bandas de metal extremo. As capas exibem ilustrações de Angelo Junior.
Cópias em formato pdf podem ser obtidas pelo email renatorosatti@yahoo.com.br.

Crônicas de cinzas: Fagulha, Paulo Bayer

"Rubira é um reino próspero e pacífico. Seu povo vive em meio ao luxo. As ruas são seguras e belas. A vida é pacata. O sol brilha mais forte do que em qualquer outro lugar e não há um único indivíduo que não seja grato aos seus sábios governantes, que compõem o Conselho. Ao menos, é isso que os livros de história contam. O que eles não dizem é como o Grande Incêndio devastou a cidade há mais de quinze invernos, consumindo muitas vidas com suas chamas vorazes e destruindo o futuro de inúmeras outras. Os livros também não falam a respeito das aterrorizantes bestas lupinas, chamadas escarlates, que vagam pelas florestas e são uma ameaça a qualquer um. Não mostram como, junto à Igreja, o Conselho controla a população com mão de ferro e oprime espécies inteiras. Em meio a este cenário, a vida de Daniel se transforma por completo quando seu pai desaparece após um ataque de escarlates. Com a irmã, ele parte em busca de pistas enquanto tem cada vez mais certeza de que os outros sempre estiveram certos a seu respeito: ele é, sem sombra de dúvida, o filho do demônio."
Este é o texto de apresentação do livro Crônicas de cinzas: Fagulha, romance de estreia do escritor paranaense Paulo Bayer, que está em pré-venda aqui. 
O volume tem 500 páginas e é uma publicação do selo Voe da editora Flyve, com remessa prevista para o dia 6 de setembro de 2024.

Desconstruindo o escapismo: fantasia, sociedade e temas fraturantes

Há não muito tempo, um evento literário acadêmico nunca trataria de qualquer tema ligado à literatura de gênero, pois essa categoria artística não era bem vinda nos círculos eruditos brasileiros. Suas origens popular e, principalmente, estrangeira, eram motivos de condenação imediata em qualquer círculo literário local que não fosse aqueles formados pelos seus próprios leitores e autores.
Mas os fãs cresceram  e apareceram, tomaram cadeiras nas academias e hoje estão trazendo a ovelha negra para o rebanho, se me permitem a metáfora. 
Por isso, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) promeve, ao longo de todo o dia 16 de agosto de 2024, o evento "Desconstruindo o escapismo: fantasia, sociedade e temas fraturantes", organizado em parceria pelos grupos de pesquisa Produções Culturais e Literárias para Crianças e Jovens, da USP, liderado por Maria Zilda Cunha e Ricardo Iannace e Nós do Insólito: vertentes da ficção, da teoria e da crítica, sediado na UERJ, sob liderança de Flavio García e Bruno Anselmi Matangrano.
O objetivo, como diz o texto de divulgação, é "além de proporcionar um espaço de reflexão sobre a fantasia enquanto gênero ainda pouco estudado no Brasil, apresentar aos alunos de letras, pesquisadores e interessados em geral, uma introdução a essa categoria, lendo-a sob a perspectiva desafiadora de desconstruir o preconceito que por tanto tempo imperou na crítica universitária brasileira, apesar da imensa popularidade do gênero, sua presença na cultura pop e seu consequente impacto no imaginário contemporâneo."
O evento será presencial, abrigado na sala 266 do Prédio de Letras, e terá conferências dos pesquisadores Ana Carolina Lazzari Chiovatto, Bruno Anselmi Matangrano, Cido Rossi, Flavio García, Kellen da Silva Nascimento, Lígia Regina Máximo Cavalari Menna, Marisa Martins Gama-Khalil, Nathalia Xavier Thomaz, Oscar Nestarez, Paulo César Ribeiro Filho, Roberto de Sousa Causo, Sandra Trabucco Valenzuela, vários deles egressos do ambiente dos fãs.

A programação completa pode ser obtida aqui.

Novas Realidades Alternativas

Publicada entre 2022 e 2023, a revista Realidades Alternativas assinalou a origem da Editora Andarilho, apresentando aos leitores contos raros de fc&f de escritores em domínio público. 

A publicação foi interrompida na décima segunda edição ou, melhor dizendo, foi substituída pela Coleção Andarilhos, com novelas desse mesmo perfil autoral, vendidas por assinaturas.
A editora acaba de anunciar que retomará a publicação da revista e já abriu uma campanha de financiamento direto na categoria "tudo ou nada", aquela em que edição só é lançada se a meta de captação financeira for atingida. 
A numeração será reiniciada a partir do zero, que terá 140 páginas e contos de Cleveland Moffett, Rafael Zamora y Pérez de Urria, H. P. Lovecraft, Otis Adelbert Kline, Lafcardio Hearn, John Buchan, Lima Barreto, Gertrude Atherton, Richard Casey e H. G. Wells. 
Para apoiar a publciação, visite a página da campanha, aqui. Exemplares da série anterior também estão disponíveis.

Tulipa: Terra infinita, Miguel Carqueija

"A jovem brasileira Tulipa Velocino vive uma existência normal com a família quando repentinamente é convocada por Vilma, uma estranha mulher que vive num nicho entre as dimensões, para uma missão redentora por inúmeros mundos paralelos. Segundo Vima, Tulipa dispõe de poderes que ela própria desconhece e foi escolhida para liderar uma missão de combate ao mal que se espalha no universo."
Esta é a sinopse de divulgação da novela de fantasia Tulipa: Terra infinita, do escritor carioca Miguel Carqueija, que tem recheado sua obra de personagens femininas fortes e decididas. 
Carqueija é um autor da chamada Segunda Onda de Ficção Científica Brasileira, que navega sem qualquer embaraço em todos os gêneros fantásticos. Colaborador contumaz de todos os fanzines brasileiros nos anos 1980 e 1990, depois do fim dos fanzines impressos, Carqueija manteve sua ficção ativa através da autopublicação na rede social Recanto das Letras. 

Este novo trabalho, que tem prefácio do também escritor Ronald Rahal, pode ser lido online ou baixado gratuitamente em forma de arquivo de texto, aqui. 

Crédito da imagem: Pixabay, gerada por IA.

Afrofuturismo na Bienal

Está aberta, até o dia 11 de agosto de 2024, a campanha de financiamento direto "Afrofuturismo na Bienal", cujo objetivo é viabilizar a participação da Editora Kitembo na Bienal do Livro de São Paulo. 
A Kitembo é uma jovem editora paulista especializada em livros de ficção fantástica com temas de matriz africana e de escritores brasileiros negros, e já conta com um catálogo variado que inclui romances, quadrinhos e livros infanto-juvenis.
Diz um trecho do texto de apresentação: "Ao apoiar o projeto 'Afrofuturismo na Bienal' da Kitembo, você não apenas torna possível nossa presença no evento, mas também contribui para a promoção de uma literatura mais plural e representativa, fomentando novos leitores que podem consumir historias onde se percebam no lugar de protagonismos, investindo um valor justo ao adquirir um livro. Sua contribuição ajudará a cobrir os custos de participação, exposição e promoção, permitindo-nos compartilhar mais histórias que conectam, emocionam e educam."
Há diversas recompensas interessantes para os apoiadores, desde a citação de seus nomes no estande, até livros, ecobags personalizadas e caricaturas exclusivas.
Para apoiar, visite a página da campanha, aqui.

Contos bizarros: 100 anos de Weird Tales

Está aberta a campanha de financiamento direto para publicação da antologia Contos bizarros: 100 anos de Weird Tales, em homenagem ao centenário da revista Weird Tales, em publicação contínua desde 1923, atualmente na edição número 369.
Diz o texto de apresentação: "Há pouco mais de 100 anos, foi publicada a primeira edição de uma das mais célebres e inovadoras revistas de ficção científica e horror da história: Weird Tales. Trata-se de uma revista pulp norte-americana que inspirou as gerações que se seguiram nos quadrinhos, na literatura, no cinema contando histórias fantásticas. Originalmente sediada em Chicago e criada por J. C. Henneberger, um ex-jornalista com interesse pelo macabro, foi publicada pela primeira vez em março de 1923. Nomes como Lovecraft, criador de Cthulhu e outras grandes histórias, estreou nas páginas da revista, da mesma forma que foi nela que surgiu o gênero da Espada & Feitiçaria, pelas mãos de Robert E. Howard, criador de Conan, Rei Kull e do picto Bran Mak Morn."
O organizador e tradutor Romeu Martins selecionou para a antologia dez contos clássicos de escritores consagrados na revista: H. P. Lovecraft, H. F. Arnold, Arthur Machen, Eleanor Smith, Edith de Garis, Robert E. Howard, Lucy M. Montgomery, Bodo Wilberg, Arthur Leo Zagat e Algernon Blackwood. O projeto prevê um volume de 205 páginas, com capa e diagramação emulando o espírito dos anos iniciais da revista. A edição é chancelada pela Editora Tábula.
A campanha estará aberta até o dia 10 de agosto. Para poiar, visite a página do projeto, aqui.

Lançamento: Quando Deus morreu, Gerson Lodi-Ribeiro

"Nos estertores da civilização global terrestre, Ricardo é despachado para o espaço em estado de animação suspensa. Um século mais tarde, é reanimado e adotado por Ursulla Claudius, uma líder da estirpe humana que havia colonizado os asteroides do Sistema Solar antes da diáspora estelar da humanidade.
Ricky se esforça em adaptar-se ao presente com ares de ficção hiperfuturista em que foi despertado e à vida repleta de viagens e aventuras de sua nova guardiã. Até o dia em que os dois precisam emigrar para o Sistema Tau Ceti no cumprimento de uma missão sigilosa crucial. O lado bom é que guardiã e pupilo muito provavelmente desvendarão a natureza do mistério insondável que se oculta sob os véus daquele sistema interdito. O lado ruim é que não poderão regressar à Humanosfera com o segredo que descobrirem por lá. Pois Tau Ceti é um sistema sem volta."
Este é o texto de apresentação do romance de ficção cinetífica Quando Deus morreu, do escritor carioca Gerson Lodi-Ribeiro, ambientado no universo ficcional Humanosfera, que já conta com os ebooks Emissário do império, Mentiras e verdades sobre a terraformização marciana e o romance impresso Pecados terrestres, publicado em 2023 na coleção Dragão Mecânico da editora Draco.
Quando Deus morreu tem 438 páginas e está disponível unicamente em formato digital, aqui.

Lançamento: O mestre do silêncio, Irving Bacheller

O mestre do silêncio (The master of silence) é o 22º volume da Coleção Andarilhos, clube de assinaturas da Editora Andarilho dedicado à publicação mensal de livros de bolso de ficção fantástica clássica e inédita, de autores pouco conhecidos. 
A novela tem autoria do jornalista americano Irving Bacheller (1859-1950) e foi publicada originalmente em 1892. 
Diz o texto da quarta capa: "Criado de forma especial e em reclusão, Rayel Lane desenvolveu habilidades telepáticas extraordinárias, mas pouco sabe sobre o mundo além dos muros de sua casa. Tudo isso muda quando seu primo Kendric o visita e decide levá-lo consigo para explorar o mundo". 
O livro tem 172 páginas, tradução de Gustavo Terranova Aversa e, junto ao volume, os assinantes recebem, além de um marcador de páginas personalizado, o cartão de visitas de Rayel Lane, "artista e telepata amador".
Os livros do Clube Andarilhos são comercializados inicialmente por assinaturas mas, após algumas semanas, são oferecido para venda no saite da editora, aqui.

Lançamento: A ilha além do véu, Roberta Spindler

Depois de uma espera de dez anos, finalmente chega ao público o romance de ficção científica A ilha além do véu, da escritora paraense Roberta Spindler, sequência de A torre acima do véu, originalmente publicado em 2014 pela editora Giz. 

Esta nova história dá sequência às aventuras de Beca e sua família no mundo futuro dominado por uma névoa tóxica e monstros, muitos dos quais que andam em duas pernas.
Diz o texto de divulgação: "Do resgate do irmão a perda de um amor que poderia ter florescido, a descida ao véu deixou marcas em Beca que ela jamais poderia imaginar. Com o passar dos meses, sobreviver tem sido cada vez mais difícil. Ataques sombrios constantes deixam centenas de feridos e segredos importantes não revelados impedem uma reação efetiva. Para defender sua família, Beca está disposta a tudo, inclusive aceitar tarefas cada vez mais arriscadas. É assim que, no meio de insurgências civis e de crises violentas de seu irmão, ela se vê de volta à névoa. Numa missão ainda mais perigosa que a anterior, a busca pela liberdade de existir sem medo das sombras se torna o norte dessas pessoas que estão a um passo do abismo. Mas talvez seja a queda que os aguarda na ilha além do véu."
O volume tem 368 páginas, é uma publicação da editora HarperCollins Brasil e está em pré-venda aqui, com entrega prevista para 19 de agosto de 2024. A capa traz uma ilustração de Joana Fraga.

Lançamento: A princesa que queria ser príncipe, Andrew Lang

A Sociedade das Relíquias Literárias - SRL é um projeto da Editora Wish para viabilizar a tradução e publicação em ebook de textos raros de ficção fantástica internacional, resgatando assim obras desconhecidas de autores em domínio público, quase sempre inéditas em português. Uma assinatura mensal dá ao apoiador o direito de um novo ebook a cada mês, entre outras recompensas aditivas.
A relíquia de julho é a novela de fantasia A princesa que queria ser príncipe, do escritor e editor escocês Andrew Lang (1844-1912), publicada originalmente em 1901. 
Diz a sinopse: "Um monarca derrotado precisa entregar um filho ao imperador. Entretanto, tendo apenas três filhas, a esperança de paz parece distante. Até que uma de suas filhas se voluntaria para servir como um rapaz. Sua jornada trará uma revelação ainda mais mágica do que as criaturas que cruzarão seu caminho."
A edição, que e acupa o número 52 da coleção SRL, tem 99 páginas, tradução de Camila Fernandes e traz também a biografia do autor. A capa tem uma ilustração de Brenda Bossato. 
Para fazer parte da Sociedade, basta formalizar o apoio na página do projeto, aqui.

Treze Anos de Psiu

Cumprindo o objetivo de disponibilizar online toda a sua produção fanzinística, o editor Edgard Guimarães resgata mais uma edição histórica do fanzine de quadrinhos Psiu. 

Trata-se da raríssima edição comemorativa aos treze anos de publicação, lançada em 1995, com um valioso conteúdo de obras de alguns dos mais destacados artistas alternativos da cena fanzineira daquele período: Roberto Charles Trevisan, Umberto Losso, Henry Jaepelt, Juvêncio Veloso, Elmano Silva, Betto Ribeiro, Salvador, Antônio Carlos Fernandes, Laudo Ferreira Jr., Antônio Luiz Cedraz, Alexandre Albuquerque, Charles Araújo, Fábio Mór, Antonio Fernando de Andrade, Flávio Calazens, Angelo Ribeiro Neto, Márcio Sennes Pereira e do proprio editor. 
A edição tem 130 páginas e pode ser lida online ou baixada gratuitamente na página do selo Ego da Editora Marca de Fantasia.

Uma verdadeira viagem no tempo aos produtivos anos 1990. 

Lançamento: Relicário Bruxo e os artefatos de poder

"Na penumbra da estrada, a carroça repousa, suas rodas afundadas na lama. O Mascate, um homem de olhos insones e riso sibilante, oferece artefatos de poder aos viajantes cansados. Relíquias esquecidas, carregadas de segredos. Entre os objetos, uma adaga de vidro, um corisco pré-histórico e uma gema cor de âmbar. E ali, na beira da estrada, a sombra carismática do mercador girando sobre os próprios calcanhares, apresentando seus produtos de forma performática, trazendo à tona a história por trás de cada uma das reliquias mágicas. Seus gestos são teatrais, sua voz oscila entre o melódico e o ameaçador. Os viajantes hesitam, atraídos pelo mistério e pelo perigo. Será que deveriam se arriscar e explorar os enigmas que permeiam essas quinquilharias?"
Este é o texto de apresentação da antologia Relicário Bruxo e os artefatos de poder, organizada por Filipo Braziliano para a editora Perene. 
São apenas três contos em 33 páginas, mas a lista de autores selecionados chamam a atenção: Ana Lúcia Merege, C.S. Bells e Marlon Borlachenco. O prefácio é de Auryo Jhota e a capa traz uma ilustração de Ariel Bertholdo. 
O volume está disponível aqui, unicamente em formato digital.

Lançamento: 2057

"No dia 4 de outubro de 1957, o satélite russo Sputnik-1 foi lançado pela União Soviética. Era o primeiro objeto constrído pelo homem a alcançar o espaço, ayé então uma fronteira que parecia inalcaçável. Rafael Senra e Carlos Hollanda usaram a data como referência para uma antologia que refletiria sobre como seria o mundo cem anos após o lançamento da Sputnik. O resultado é uma obra que passei pelos mais diversos gênreos e tipos, muitas vezes subvertendo o que esperamos de uma obra de ficção científica."
Este é um trecho do texto que o escritor e roteirista Gian Danton produziu para apresentar aos leitores a antologia 2057, organizada por Carlos Hollanda e Rafael Senra para a Editora Verter. São oito contos de ficção científica escritos por Alexey Dodsworth, Carlos Hollanda, Danielle Barros, Octavio Aragão, Ricardo Labuto Gondim, Rafael Senra, Edgar Franco (Ciberpajé) e Nikelen Witter.
O livro estará em pré-venda somente no lançamento, que acontecerá no dia 1 de agosto, a partir das 19h, no Bar Assis, que fica na Rua Raimundo Corrêa, 10, Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro. Mas depois, será disponibilizado para os demais pontos de venda. 

Lançamento: Quem vai te ouvir gritar

Antologias estrangeiras têm sido raras nos últimos anos no Brasil, e as de horror ainda mais. Quando acontecem, ou são coletâneas de um único autor, ou são edições de nanoeditoras viabilizadas por financiamento direto. Já ouvi comentários de editores que as antologias não vendem, daí a antipatia por esse tipo de produção.
Mas, este ano, o selo Suma da editora Companhia das Letras trouxe a antologia Quem vai te ouvir gritar: Uma antologia de horror negro (Out there screaming: An anthology of new black horror), organizada por Jordan Peele e John Joseph Adams originalmente publicada em 2023.
Diz o texto de apresentação: "Um policial começa a enxergar, no lugar dos faróis dos carros, olhos enormes que lhe dizem quem deve ser parado no trânsito. Dois passageiros fazem uma viagem de ônibus que os deixa presos em uma estrada no Alabama, onde grandes perturbações os aguardam. Uma jovem mergulha nas profundezas da Terra em busca do demônio que matou seus pais. Todas as histórias reunidas neste volume surpreendem pela vivacidade imaginativa de seus universos e, ao mesmo tempo, chocam e incomodam por serem profundamente baseadas na realidade brutal do racismo e da desigualdade social."
O volume tem 328 páginas e traz contos de N. K. Jemisin, Rebecca Roanhorse, Cadwell Turnbull, Lesley Nneka Arimah, Violet Allen, Erin E. Adams, Tananarive Due, Justin C. Key, Ezra Claytan Daniels, Nnedi Okorafor, L. D. Lewis, Nalo Hopkinson, Maurice Broaddus, Rion Amilcar Scott, Nicole D. Sconiers, Chesya Burke, Terence Taylor, P. Djèlí Clark e Tochi Onyebuchi. As traduções são assinadas por Carolina Cândido, Gabriela Araújo, Jim Anotsu e Thaís Britto. 
Mas é fácil entender por que este título em especial chegou ao país: o organizador Jordan Peele é mais conhecido por sua carreira cinematográfica, na qual dirigiu os filmes Corra! (2017), Nós (2019) e Não! Não olhe! (2022), entre outros. É chato saber que o que restou do mercado editorial vive a reboque do audiovisual, mas não foi sempre assim?
O livro pode ser adquirido no saite da editora, aqui.

Relançamento: O dia de Saturno, Diego Mendonça

"Cansada, faminta e solitária, Liliane vaga pelo Norte brasileiro em busca de recursos para sobreviver ao Dia de Saturno. Quando o sábado chega, 'eles' despertam para o mundo. A melhor opção, nesse caso, é se esconder.
Liliane vaga por um mundo devastado pelas bombas-nucleares, poder bélico usado no desespero de conter a 'Praga de Saturno'; armas que aniquilaram a humanidade até quase o pó, criando um novo ecossistema de aves carniceiras e outras criaturas parasitas. Ao lado do fiel amigo, o cachorro Fenrir, usa de toda a tenacidade e teimosia para resistir ao mundo vazio."
Esta é a sinopse de divulgação de O dia de Satuno, romance de estreia do escritor gaúcho Diego Mendonça, primeiro publicado pela Editora Cartola em 2019, que agora chega em versão totalmente reelaborada pelo autor, em um projeto de financiamento direto da Editora O Grifo, que conta com uma série de recompensas para animar os apoiadores. 
A edição original tinha 120 páginas mas, devido a revisão, a nova versão certamente deverá ser diferente. 
Para mais informações e apoios, visite a página do projeto, aqui.

Lançamento: Guerreiras Amazonas, Rogério Pietro

Está disponível o romance de ficção científica Guerreiras Amazonas, do escritor e tradutor Rogério Pietro, que se apresenta como um romance amazofuturista. 
Diz o texto de divulgação: "Uma nação de mulheres guerreiras surgiu no meio da floresta para lutar por justiça. Com bravura e tecnologia avançada, expandiram seu domínio do monte Yacamiaba até o Grande Rio, se tornando senhoras absolutas de diversos povos. Mas a chegada de invasores estrangeiros trouxe uma era de declínio e doenças. A jornada das Amazonas será contada, chegando ao Século 22 com velhos desafios e novos paradigmas. Neste livro amazofuturista, acurácia histórica e ficção científica se unem para contar a jornada das mulheres que influenciaram a história do Brasil."
O volume tem 356 páginas, é uma publicação da Editora Saifers e pode ser adquirido aqui, unicamente em formato digital.

Conexão Literatura 109

Está disponível a edição de julho do periódico eletrônico Conexão Literatura, editado por Ademir Pascale, dedicado à divulgação de novos autores e obras da literatura brasileira e lusófona. 
A edição tem 139 páginas e destaca o trabalho do escritor angolano João Kaveto, autor do livro No banco: Os valores de Ngunji à mesa dos Drongos. Traz ainda contos de Luiz H. Haiml, Mírian Santiago, Idicampos, Iraci J. Marin, Ney Alencar, Roberto Schima, Roberto Mollero Tomé e Sellma Luanny, entrevistas com os escritores Ana Rita de Calazens Perine, Jorge Guedes, Roberto Mollero Tomé, Renato Aparecido Rodrigues, Rodrigo Galvão e José Alberto Janeiro, além de poemas, crônicas, resenhas e artigos de assuntos variados.
A revista tem distribuição gratuita e pode ser baixada aqui. Números anteriores também estão disponíveis.

Intempol Agora 2

O universo Intempol, criado pelo escritor carioca Octávio Aragão, acaba de ganhar mais uma edição com novas aventuras da absurda e imprevisível polícia brasileira do tempo. Trata-se de Intempol Agora volume 2, com uma seleção de histórias em quadrinhos organizada pelo próprio Aragão e com publicação da Editora Infinitum.
Diz o texto de apresentação: "Bem-vindos de volta aos infinitos universos que compõem as aventuras dos agentes da empresa de segurança temporal mais corrupta e atrapalhada de todos os tempos. Em sete histórias escritas, desenhadas e coloridas por roteiristas e artistas de renome nas HQs, na literatura, no design gráfico e na TV,  como Mig Mendes, Ana Recalde, Lúcio Manfredi, Will Tom, Carlos Hollanda, Alex Mandarino, Hamilton Kabuna, Mariana Queiroz, André Flauzino, Luiz Felipe Vasques, Rubens Ângelo, Luma Rodrigues e Alexandre Soares, alguns estreando no universo dos quadrinhos, mas trazendo sua imaginação e experiência em outras áreas."
O álbum tem setenta páginas e a capa é assinada por Ricardo Leite e Osmarco Valladão.
A edição está em pré-venda aqui. O primeiro volume, publicado em 2021, também está disponível.

Juvenatrix 259

Está circulando a edição de junho do fanzine eletrônico de horror e ficção científica Juvenatrix, editado por Renato Rosatti. 
Em treze páginas, traz artigo de E. R. Corrêa sobre o livro Mau-olhado, de Peter Straub, e de Marcello Simão Branco sobre o livro A caixa verde, de Gertrude Barrows Bennet, além de resenhas do  editor aos filmes The murder mansion (1972), The disappearance of Flight 412 (1974), The dungeon of Harrow (1972), e Expresso para o inferno (Runaway train, 1985).
A edição é completada com notícias e divulgação de publicações e bandas de metal extremo. A capa exibe uma ilustração de Angelo Junior.
Cópias em formato pdf podem ser obtidas pelo email renatorosatti@yahoo.com.br.