Como já comentei aqui, domingo que vem, dia 29 de setembro, acontece o SBC Geek, encontro de fãs da cultura nerd em São Bernardo do Campo. O tema da vez é o steampunk, subgênero da ficção científica que tem muitos fãs no Brasil.
Tal como fiz na edição anterior, preparei um novo número do Fanzine SBC Geek, cuja versão real, em papel, será distribuída durante o encontro. Mas, para quem não puder estar lá, disponibilizei uma versão digital, que pode ser visualizada aqui ou baixada aqui. O fanzine apresenta a programação do encontro, comentando cada uma de suas atrações.
A grande novidade do fanzine, contudo, é a seção "E no próximo episódio", com a prévia não-oficial da programação do SBC Geek de 27 de outubro, que será dedicado ao horror. Vamos nessa?
Mais informações na fanpage do SBC Geek, aqui.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Como foi a VII Fantasticon
Nos dias 21 e 22 de setembro, aconteceu a sétima edição do Fantasticon – Simpósio de Literatura Fantástica, organizado por Silvio Alexandre para a Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo.
Albergado na Biblioteca Viriato Corrêa, na Vila Mariana, o Fantasticon atrai anualmente uma legião de autores e editores que atuam nesse gênero literário, que o aproveitam para trocar ideias e experiências.
O Fantasticon de 2013 sofreu mudanças no formato, que agora tem uma agenda menos intensiva. Contudo, os convidados foram de peso: Ignácio de Loyola Brandão, Luiz Bras, Braulio Tavares e Jorge Schwartz, entre outros, deram um perfil erudito ao ciclo de palestras que compõe o evento.
O espaço de convivência da Biblioteca recebeu os autores e editores que ali atenderam os leitores que buscavam por dedicatórias nos seus livros, adquiridos em uma livraria montada no saguão.
Circularam por ali: Ademir Pascale, Giulia Moon, Roberto de Sousa Causo, Finisia Fideli, Martha Argel, Tibor Moricz, Flavio Medeiros, Max Mallmann, Clinton Davisson, Simone O. Marques, Ana Lucia Merege, Ramiro Giroldo, Adriano Siqueira, Alicia Azevedo, Henrique de Lima, Rosana Rios, Helena Gomes, Antonio Luiz Costa, Christopher Kastensmidt, Sid Castro, André Cordenonsi, Cristina Lasaitis, Erik Sama, Ricardo França, Hugo Vera, Ana Cristina Rodrigues, Mila Fernandes, Marcia Olivieri, Gianpaolo Celli, Caio Bezarrias, Renato Azevedo, Alfer Medeiros, Walter Tierno, Edson Rosatto, Selène D'Aquitane, Carlos Orsi, Susy Ramone, Rober Pinheiro, Rogério Pereira, Andréa Del Fuego, Amanda Reznor, Daniel Borba, Wândria Coelho e muitos outros.
Diversos títulos foram lançados durante o encontro, que também foi foco de farta distribuição do número zero da revista Bang!, especializada em literatura fantástica, publicação da editora Saída de Emergência, estreante no País. O Anuário esteve representado pelos autores Marcello Simão Branco e Cesar Silva, além de seu editor, Douglas Quinta Reis, da Devir LIvraria.
No domingo, dia 22, o evento novamente recebeu a cerimônia de entrega do Prêmio Argos de Literatura Fantástica, apurado entre os filiados ao Clube de Leitores de Ficção Científica, cujos vencedores foram:
Melhor Romance: Kaori e o samurai sem braço, de Giulia Moon (Giz);
Melhor Conto: "No vácuo você pode ouvir o espaço gritar", de Carlos Orsi (in Space Opera II, Draco);
Conjunto da obra: Braulio Tavares.
Mesmo neste formato mais simples, o Fantasticon segue sendo o mais significativo evento dedicado à ficção fantástica no País, referência essencial para todos os que tem, de alguma forma, interesse no gênero.
Mais fotos do evento podem ser vistas aqui.
Albergado na Biblioteca Viriato Corrêa, na Vila Mariana, o Fantasticon atrai anualmente uma legião de autores e editores que atuam nesse gênero literário, que o aproveitam para trocar ideias e experiências.
O Fantasticon de 2013 sofreu mudanças no formato, que agora tem uma agenda menos intensiva. Contudo, os convidados foram de peso: Ignácio de Loyola Brandão, Luiz Bras, Braulio Tavares e Jorge Schwartz, entre outros, deram um perfil erudito ao ciclo de palestras que compõe o evento.
O espaço de convivência da Biblioteca recebeu os autores e editores que ali atenderam os leitores que buscavam por dedicatórias nos seus livros, adquiridos em uma livraria montada no saguão.
Circularam por ali: Ademir Pascale, Giulia Moon, Roberto de Sousa Causo, Finisia Fideli, Martha Argel, Tibor Moricz, Flavio Medeiros, Max Mallmann, Clinton Davisson, Simone O. Marques, Ana Lucia Merege, Ramiro Giroldo, Adriano Siqueira, Alicia Azevedo, Henrique de Lima, Rosana Rios, Helena Gomes, Antonio Luiz Costa, Christopher Kastensmidt, Sid Castro, André Cordenonsi, Cristina Lasaitis, Erik Sama, Ricardo França, Hugo Vera, Ana Cristina Rodrigues, Mila Fernandes, Marcia Olivieri, Gianpaolo Celli, Caio Bezarrias, Renato Azevedo, Alfer Medeiros, Walter Tierno, Edson Rosatto, Selène D'Aquitane, Carlos Orsi, Susy Ramone, Rober Pinheiro, Rogério Pereira, Andréa Del Fuego, Amanda Reznor, Daniel Borba, Wândria Coelho e muitos outros.
Diversos títulos foram lançados durante o encontro, que também foi foco de farta distribuição do número zero da revista Bang!, especializada em literatura fantástica, publicação da editora Saída de Emergência, estreante no País. O Anuário esteve representado pelos autores Marcello Simão Branco e Cesar Silva, além de seu editor, Douglas Quinta Reis, da Devir LIvraria.
No domingo, dia 22, o evento novamente recebeu a cerimônia de entrega do Prêmio Argos de Literatura Fantástica, apurado entre os filiados ao Clube de Leitores de Ficção Científica, cujos vencedores foram:
Melhor Romance: Kaori e o samurai sem braço, de Giulia Moon (Giz);
Melhor Conto: "No vácuo você pode ouvir o espaço gritar", de Carlos Orsi (in Space Opera II, Draco);
Conjunto da obra: Braulio Tavares.
Mesmo neste formato mais simples, o Fantasticon segue sendo o mais significativo evento dedicado à ficção fantástica no País, referência essencial para todos os que tem, de alguma forma, interesse no gênero.
Mais fotos do evento podem ser vistas aqui.
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Conversando sobre o Anuário 2012
Está disponível para o público o 31º episódio do podcast Ghost Writer, dedicado inteiramente à literatura fantástica, com destaque para a nova edição do Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica 2012, recentemente publicada pela Devir Livraria.
Gravado no último mês de julho, o programa reuniu o autor do Anuário, Cesar Silva, os escritores Álvaro Domingues e Roberto de Sousa Causo, mais o especialista Victor Caparica, editor do blogue Cego em Tiroteio, que conversaram longa e detalhadamente sobre o estado do gênero no país, bem como as obras e autores que foram destaque em 2012, na avaliação do periódico.
O episódio pode ser acompanhado online ou baixado, para ser ouvido offline. A produção e apresentação do Ghost Writer é de Ricardo Herdy e Raphael Modena.
Gravado no último mês de julho, o programa reuniu o autor do Anuário, Cesar Silva, os escritores Álvaro Domingues e Roberto de Sousa Causo, mais o especialista Victor Caparica, editor do blogue Cego em Tiroteio, que conversaram longa e detalhadamente sobre o estado do gênero no país, bem como as obras e autores que foram destaque em 2012, na avaliação do periódico.
O episódio pode ser acompanhado online ou baixado, para ser ouvido offline. A produção e apresentação do Ghost Writer é de Ricardo Herdy e Raphael Modena.
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Juvenatrix 151
Está circulando o número 151 do fanzine de horror e fc Juvenatrix, editada por Renato Rosatti.
Com 16 páginas, a edição traz, além de muita divulgação da cena alternativa e de rock extremo, um conto de Michael Kiss, artigos sobre Jack Vance e Frederik Pohl – importantes escritores de ficção recentemente falecidos –, resenha dos clássicos filmes 1984 (1956) e Demência 13 (1963), além de comentários sobre os recentes filmes do cinema: Círculo de fogo, Os esquecidos, Os instrumentos mortais – Cidade dos ossos, Invocação do mal, Jogos Vorazes, Percy Jackson e o ladrão de raios, Percy Jackson e o mar de monstros, e a surpreendente animação nacional Uma história de amor e fúria. A capa traz uma ilustração de Erik Muller Thurm.
O arquivo, em formato pdf, pode ser solicitado pelos emails renatorosatti@yahoo.com.br ou renatorosatti@terra.com.br.
Com 16 páginas, a edição traz, além de muita divulgação da cena alternativa e de rock extremo, um conto de Michael Kiss, artigos sobre Jack Vance e Frederik Pohl – importantes escritores de ficção recentemente falecidos –, resenha dos clássicos filmes 1984 (1956) e Demência 13 (1963), além de comentários sobre os recentes filmes do cinema: Círculo de fogo, Os esquecidos, Os instrumentos mortais – Cidade dos ossos, Invocação do mal, Jogos Vorazes, Percy Jackson e o ladrão de raios, Percy Jackson e o mar de monstros, e a surpreendente animação nacional Uma história de amor e fúria. A capa traz uma ilustração de Erik Muller Thurm.
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Megalon 31
Foi liberada para download mais uma edição histórica do fanzine de ficção científica e horror Megalon, editado por Marcello Simão Branco, que, no editorial, comemora o seu quarto e merecido Prêmio Nova.
Publicado originalmente em julho de 1994, este número 31 está repleto de méritos. Para começar, traz um dos mais importantes contos da ficção científica brasileira, "A mulher", de Roberto de Sousa Causo, que também colabora com um artigo sobre a condição feminina na fc nacional, e é ainda entrevistado na edição. E mais: a sequência do folhetim de fc "Neblina e a ninja", de Miguel Carqueija, artigo sobre as histórias alternativas de Robert Silverberg, assinado por Gerson Lodi-Ribeiro, além dos resultados e esclarecedora avaliação do editor sobre a apuração do Prêmio Nova 1993. As capas são ilustradas por R. S. Causo.
A edição pode ser baixada gratuitamente aqui, assim como um arquivo bônus, com o cartaz da entrega do Nova, que pode ser obtido aqui.
Em tempo: Branco avisa aos interessados em baixar os pdfs das primeiras edições do Megalon, cujos links encontram-se quebrados, que eles serão corrigidos em breve.
Publicado originalmente em julho de 1994, este número 31 está repleto de méritos. Para começar, traz um dos mais importantes contos da ficção científica brasileira, "A mulher", de Roberto de Sousa Causo, que também colabora com um artigo sobre a condição feminina na fc nacional, e é ainda entrevistado na edição. E mais: a sequência do folhetim de fc "Neblina e a ninja", de Miguel Carqueija, artigo sobre as histórias alternativas de Robert Silverberg, assinado por Gerson Lodi-Ribeiro, além dos resultados e esclarecedora avaliação do editor sobre a apuração do Prêmio Nova 1993. As capas são ilustradas por R. S. Causo.
A edição pode ser baixada gratuitamente aqui, assim como um arquivo bônus, com o cartaz da entrega do Nova, que pode ser obtido aqui.
Em tempo: Branco avisa aos interessados em baixar os pdfs das primeiras edições do Megalon, cujos links encontram-se quebrados, que eles serão corrigidos em breve.
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quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Como foi o lançamento do Anuário 2012
Fruto de um ano inteiro de trabalho, o Anuário 2012 tem 184 páginas e reúne uma série de informações sobre o momento editorial, com listas de títulos recomendados, resenhas de livros nacionais e estrangeiros – algumas delas assinadas pelo resenhista convidado Álvaro Domingues –, artigos avaliativos, informações sobre os principais prêmios do segmento e uma seção de efemérides que contextualiza o ano de 2012 na tradição histórica do gênero.
A edição ainda traz uma minuciosa entrevista com a fantasista Simone Saueressig e um artigo sobre a ficção científica nos quadrinhos brasileiros, escrita pelo escritor e acadêmico Gian Danton, assinando seu nome real, Ivan Carlo Andrade de Oliveira. A capa tem uma ilustração de Silvio Ribeiro.
O evento aconteceu no piso térreo da livraria Martins Fontes, na Avenida Paulista, com direito a exibição destacada do Anuário na vitrine e um anúncio, ao estilo bistreaux, ao lado da porta de entrada. Na área de lançamentos, uma mesa sustentava um exemplar do Anuário apoiado em um suporte de acrílico.
Logo que cheguei, por volta das 18h, encontrei com Marcello Branco, meu parceiro na autoria do Anuário, que observava os livros na vitrine, e Douglas Quinta Reis, publisher da Devir Livraria, editora do Anuário desde o volume de 2009. Ficamos no confortável café da livraria até a hora do início do evento, marcado para às 18h30, e quando finalmente nos dirigimos para o local, encontrei circulando pela livraria o lendário editor Gumercinco Rocha Dorea, acompanhado do escritor Roberto de Sousa Causo e sua esposa, a também escritora Finisia Fideli. Aproveitamos para conversar rapidamente com GRD – que foi entrevistado no Anuário em sua edição de 2011 –, pois ele teria de sair cedo para comparecer a outro compromisso.
Logo começaram a aparecer leitores com o Anuário nas mãos, para pegar nossos 'indispensáveis' autógrafos, entre eles, vários amigos que têm apoiado o projeto ao longo dos anos, como Luiz Brás, Adriano Siqueira, Alexandre Yudenitsch, bem como meus amigos pessoais Sandra Monte, Elise Garcia e Alan Flamer.
No momento mais concorrido do encontro, rolou um improvisado debate entre os presentes sobre as polêmicas que agitaram o fandom nas últimas semanas, como a proposta de instrumentalização da literatura a serviço dos resultados comerciais sugerida por um jovem escritor de fantasia, que suscitou uma série de questões relevantes ligadas a demandas coletivas específicas, mas que, infelizmente, passaram longe do ideal da busca por qualidade e autenticidade artística, discussão esta que não é nova e caracterizou, por exemplo, o surgimento da chamada 'Terceira Onda' da fcb. Se tivéssemos programado esse debate, o resultado certamente não teria sido melhor.
A Martins Fontes manteve, durante toda a atividade, um serviço de coquetel com águas e vinho branco, que foi valioso no calor daquela noite do veranico paulistano. Por volta das 21h, já com os trabalhos praticamente encerrados, aproveitamos para discutir detalhes da edição 2013, já em produção, que vai apresentar uma série de novidades.
O final do evento, na verdade, teve sabor de fim de primeiro tempo pois, em alguns dias, mas exatamente no dia 21, teremos o Fantasicon, congresso anual de escritores e editores de fc&f, no qual o Anuário também pretende comparecer. Muitos amigos de localidades mais distantes nos avisaram previamente que iriam lá procurar por ele. Então, ainda que não seja um outro 'lançamento', lá estaremos, mas uma vez, se Deus quiser, para rever e cumprimentar os amigos.
¡Hasta la vista, baby!
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terça-feira, 17 de setembro de 2013
Agenda: Geeks ao vapor
Dia 29 de setembro, domingo, acontece mais uma edição do SBC Geek, encontros de fãs da cultura pop realizados mensalmente no Centro Cultural do Bairro Baeta Neves, em São Bernardo do Campo. Desta vez o tema é o steampunk, cenário de histórias de ficção científica que se tornou culto entre seus admiradores.
O steampunk é basicamente uma recriação do modelo visto nos primeiros trabalhos de ficção científica, instalado especialmente na virada do século 19 para o 20. É o cenário dos trabalhos de Júlio Verne e H. G. Wells, por exemplo. O estilo ganhou identidade a partir do romance A máquina diferencial (1990), dos escritores americanos Bruce Sterling e Willian Gibson, conhecidos por terem criado anteriormente outro movimento literário muito cultuado, o cyberpunk. Explorado no cinema e na tv, o steampunk ganhou seguidores, que têm explorado o estilo e formado uma legião de fãs, que se caracterizam por se vestirem em roupas de época com adereços que reportam tecnologias alternativas.
O SBC Geek vai tratar desse fenômeno com uma programação dedicada a explorar suas diversas facetas.
Começando às 13h, será exibida a animação Steamboy (2004), seguida do filme Capitão Sky e o mundo do amanhã (2003). A trilha musical, a partir das 13h, estará ao cargo da dupla Barock and Roll, formada pelo tecladista Luciano Garcez e o violinista Renan Vitoriano, com um repertório gótico que inclui peças de Brahms, Corelli e temas de filmes. A palestra, com início às 15h, será conduzida por raul Cândido, do Conselho Steampunk de São Paulo, grupo organizado de fãs que promove várias ações ligadas ao gênero.
Além disso, ao longo da programação, o SBC Geek mantém suas atividades fixas, com uma nova seleção de painéis de animes da exposição Dreamland (apoio da Fundação Japão), jogos de RPG coordenados pelo mestre Leite, exibições de animes e seriados da tv (apoio Trekker ABC), bem como disponibiliza espaços para jogos de tabuleiro e para colecionadores.
O Centro Cultural do Bairro Baeta Neves fica na Praça São José, s/nº, em São Bernardo do Campo (tels. 4125-0582; 4336-8239), e a entrada é franca.
Mais detalhes podem ser obtidos na fanpage do evento no Facebook.
O steampunk é basicamente uma recriação do modelo visto nos primeiros trabalhos de ficção científica, instalado especialmente na virada do século 19 para o 20. É o cenário dos trabalhos de Júlio Verne e H. G. Wells, por exemplo. O estilo ganhou identidade a partir do romance A máquina diferencial (1990), dos escritores americanos Bruce Sterling e Willian Gibson, conhecidos por terem criado anteriormente outro movimento literário muito cultuado, o cyberpunk. Explorado no cinema e na tv, o steampunk ganhou seguidores, que têm explorado o estilo e formado uma legião de fãs, que se caracterizam por se vestirem em roupas de época com adereços que reportam tecnologias alternativas.
O SBC Geek vai tratar desse fenômeno com uma programação dedicada a explorar suas diversas facetas.
Começando às 13h, será exibida a animação Steamboy (2004), seguida do filme Capitão Sky e o mundo do amanhã (2003). A trilha musical, a partir das 13h, estará ao cargo da dupla Barock and Roll, formada pelo tecladista Luciano Garcez e o violinista Renan Vitoriano, com um repertório gótico que inclui peças de Brahms, Corelli e temas de filmes. A palestra, com início às 15h, será conduzida por raul Cândido, do Conselho Steampunk de São Paulo, grupo organizado de fãs que promove várias ações ligadas ao gênero.
Além disso, ao longo da programação, o SBC Geek mantém suas atividades fixas, com uma nova seleção de painéis de animes da exposição Dreamland (apoio da Fundação Japão), jogos de RPG coordenados pelo mestre Leite, exibições de animes e seriados da tv (apoio Trekker ABC), bem como disponibiliza espaços para jogos de tabuleiro e para colecionadores.
O Centro Cultural do Bairro Baeta Neves fica na Praça São José, s/nº, em São Bernardo do Campo (tels. 4125-0582; 4336-8239), e a entrada é franca.
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Bang! agora também no Brasil
Fundada em 2006 em Portugal, a editora Saída de Emergência ocupou o vácuo deixado por duas grandes coleções de fc&f descontinuadas no país, também muito caras aos brasileiros: a Caminho Ficção Científica, que tinha um catálogo selecionado basicamente entre autores europeus, mas que também dava espaço a escritores lusos e brasileiros – Braulio Tavares, Gerson Lodi-Ribeiro e Roberto de Sousa Causo, entre outros, tiveram títulos publicados – e a Argonauta, coleção com mais de 500 volumes que ainda é referência entre os leitores lusófonos.
Com um catálogo focado na fantasia, gênero não tão privilegiado por suas antecessoras – mas sem esquecer da ficção científica –, a Saída de Emergência lançou mão de uma estratégia especial para divulgar seus livros: em tempos de internet, publicou a revista Bang!, com artigos históricos e analíticos redigidos por especialistas, entrevistas com autores e, a cereja do bolo, contos inéditos de diversas procedências, inclusive portuguesa.
Desde que iniciei este blogue, tenho divulgado as edições da Bang! portuguesa, que lançou o número 14 há poucas semanas. Com exceção de uma, todas tiveram publicação real, mas suas versões digitais ainda podem ser baixadas e lidas no saite da editora portuguesa, aqui. Por isso, desde que em 2012 a Saída de Emergência divulgou que pretendia se instalar no Brasil, estava na expectativa que a Bang! finalmente chegasse também ao País. E não é que o sonho se fez real?
Lançado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, o número zero da revista Bang! Edição Brasil está sendo distribuído pela editora nos eventos em que participa. Trata-se de uma revista grande, em formato magazine (as primeiras edições da Bang! tinham um formato menor), impressa em papel especial com capa em cartão laminado. Em suas 84 páginas totalmente em cores e fartamente ilustradas, traz textos exclusivos de conteúdo similar ao que se pode ver nas edições portuguesas. O foco continua sendo a divulgação dos lançamentos de seu catálogo, iniciado com Aprendiz – primeiro romance da série Mago, de Raymond E. Feist –, extensamente comentado em diversos artigos, bem como os futuros lançamentos da casa, que também recebem uma atenção minuciosa.
Mas o que realmente faz da Bang! uma revista desejada são os artigos históricos e analíticos que, nesta edição, vão da linda homenagem "As glórias da Coleção Argonauta", por Luís Filipe Silva, ao excelente "O fantástico no Brasil", por Bruno Anselmi Matagrano, com informações valiosas para leitores e estudiosos do gênero. Também são interessantes as colunas "História alternativa", por Gerson Lodi-Ribeiro, e "E-libris", por Fábio Fernandes. Os quadrinhos também são lembrados no artigo "Locke & Key, a obra-prima de Joe Hill", assinado por Tiago Toy. Coroam a edição, contos inéditos de Jan Neruda e Gabriel Réquiem.
Um dos grandes desfalques do catálogo da editora é o onipresente escritor bestseller George R. R. Martin que, em Portugal, é publicado pela Saída de Emergência, mas no Brasil tem os direitos na posse de outras editoras. Mesmo assim, Martin recebe atenção num longo artigo assinado pela editora Safaa Dib, com fotos exclusivas – um luxo que as revistas brasileiras geralmente não se importam em oferecer aos leitores. E a edição é fechada por uma entrevista com o escritor Eduardo Spohr, repleta de conselhos para novos autores.
O Hiperespaço comparece na página 13 desta edição de estreia, com uma pequena nota sobre a antologia Máquina Macunaíma, de Luiz Brás, parte de uma seção dedicada à divulgação de lançamentos recentes essenciais, para a qual foram convidados diversos blogues brasileiros especializados em fc&f.
Para quem não conseguir um exemplar, a Saída de Emergência disponibiliza a versão digital de publicação, que pode ser baixada gratuitamente aqui. Para mais informações e novidades na fanpage da editora.
Com um catálogo focado na fantasia, gênero não tão privilegiado por suas antecessoras – mas sem esquecer da ficção científica –, a Saída de Emergência lançou mão de uma estratégia especial para divulgar seus livros: em tempos de internet, publicou a revista Bang!, com artigos históricos e analíticos redigidos por especialistas, entrevistas com autores e, a cereja do bolo, contos inéditos de diversas procedências, inclusive portuguesa.
Desde que iniciei este blogue, tenho divulgado as edições da Bang! portuguesa, que lançou o número 14 há poucas semanas. Com exceção de uma, todas tiveram publicação real, mas suas versões digitais ainda podem ser baixadas e lidas no saite da editora portuguesa, aqui. Por isso, desde que em 2012 a Saída de Emergência divulgou que pretendia se instalar no Brasil, estava na expectativa que a Bang! finalmente chegasse também ao País. E não é que o sonho se fez real?
Lançado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, o número zero da revista Bang! Edição Brasil está sendo distribuído pela editora nos eventos em que participa. Trata-se de uma revista grande, em formato magazine (as primeiras edições da Bang! tinham um formato menor), impressa em papel especial com capa em cartão laminado. Em suas 84 páginas totalmente em cores e fartamente ilustradas, traz textos exclusivos de conteúdo similar ao que se pode ver nas edições portuguesas. O foco continua sendo a divulgação dos lançamentos de seu catálogo, iniciado com Aprendiz – primeiro romance da série Mago, de Raymond E. Feist –, extensamente comentado em diversos artigos, bem como os futuros lançamentos da casa, que também recebem uma atenção minuciosa.
Mas o que realmente faz da Bang! uma revista desejada são os artigos históricos e analíticos que, nesta edição, vão da linda homenagem "As glórias da Coleção Argonauta", por Luís Filipe Silva, ao excelente "O fantástico no Brasil", por Bruno Anselmi Matagrano, com informações valiosas para leitores e estudiosos do gênero. Também são interessantes as colunas "História alternativa", por Gerson Lodi-Ribeiro, e "E-libris", por Fábio Fernandes. Os quadrinhos também são lembrados no artigo "Locke & Key, a obra-prima de Joe Hill", assinado por Tiago Toy. Coroam a edição, contos inéditos de Jan Neruda e Gabriel Réquiem.
Um dos grandes desfalques do catálogo da editora é o onipresente escritor bestseller George R. R. Martin que, em Portugal, é publicado pela Saída de Emergência, mas no Brasil tem os direitos na posse de outras editoras. Mesmo assim, Martin recebe atenção num longo artigo assinado pela editora Safaa Dib, com fotos exclusivas – um luxo que as revistas brasileiras geralmente não se importam em oferecer aos leitores. E a edição é fechada por uma entrevista com o escritor Eduardo Spohr, repleta de conselhos para novos autores.
O Hiperespaço comparece na página 13 desta edição de estreia, com uma pequena nota sobre a antologia Máquina Macunaíma, de Luiz Brás, parte de uma seção dedicada à divulgação de lançamentos recentes essenciais, para a qual foram convidados diversos blogues brasileiros especializados em fc&f.
Para quem não conseguir um exemplar, a Saída de Emergência disponibiliza a versão digital de publicação, que pode ser baixada gratuitamente aqui. Para mais informações e novidades na fanpage da editora.
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Mais radioatividade
A todo vapor, a Atomicbooks, de Marcos Freitas, não perde o embalo e lança mais dois títulos interessantíssimos para alegrar a vida dos leitores de quadrinhos e fanzines. Acabam de chegar duas novas publicações de alta qualidade gráfica e de temática ousada, que sempre foi a melhor características dos fanzines em geral.
A obra do saudoso quadrinista carioca Joacy Jamys (1971-2006) é foco do primeiro número da coleção Monstros dos Fanzines, um projeto que pretende resgatar a memória dos grandes fanzineiros do País.
Suas 136 páginas em p&b exibem um panorama amplo da arte desse talentoso ilustrador precocemente desaparecido, com quadrinhos, ilustrações, artigos analíticos, comentários do autor e até uma entrevista com o artista, feita em 2004 por Ademir Pascale para o saite Cranic. Há de tudo um pouco: humor, ficção científica e crônicas ilustradas de todas as fases da carreira desse autor que logrou publicar em revistas e fanzines do mundo todo, inclusive o Hiperespaço, que foi um dos primeiros fanzines a publicá-lo.
The Bodé Broads é o título do primeiro número da coleção Quadritos Extra. Com 24 páginas em formato A4, a edição traz 19 pinups do ilustrador underground novaiorquino Vaughn Bodé (1941-1975) que, mesmo em preto e branco, ficariam ótimas enquadradas.
E também está anunciada, para o final de setembro, a 11ª edição do Quadritos, a segunda nesta nova fase, com 84 páginas, capa em cores e trabalhos inéditos de importantes fanzineiros e quadrinhistas do udigrudi.
Mais informações sobre estas e outras publicações da Atomicbooks no blogue do Quadritos, e pelo email fanzinequadritos@gmail.com.
A obra do saudoso quadrinista carioca Joacy Jamys (1971-2006) é foco do primeiro número da coleção Monstros dos Fanzines, um projeto que pretende resgatar a memória dos grandes fanzineiros do País.
Suas 136 páginas em p&b exibem um panorama amplo da arte desse talentoso ilustrador precocemente desaparecido, com quadrinhos, ilustrações, artigos analíticos, comentários do autor e até uma entrevista com o artista, feita em 2004 por Ademir Pascale para o saite Cranic. Há de tudo um pouco: humor, ficção científica e crônicas ilustradas de todas as fases da carreira desse autor que logrou publicar em revistas e fanzines do mundo todo, inclusive o Hiperespaço, que foi um dos primeiros fanzines a publicá-lo.
The Bodé Broads é o título do primeiro número da coleção Quadritos Extra. Com 24 páginas em formato A4, a edição traz 19 pinups do ilustrador underground novaiorquino Vaughn Bodé (1941-1975) que, mesmo em preto e branco, ficariam ótimas enquadradas.
E também está anunciada, para o final de setembro, a 11ª edição do Quadritos, a segunda nesta nova fase, com 84 páginas, capa em cores e trabalhos inéditos de importantes fanzineiros e quadrinhistas do udigrudi.
Mais informações sobre estas e outras publicações da Atomicbooks no blogue do Quadritos, e pelo email fanzinequadritos@gmail.com.
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Contos do Absurdo 5
Está disponível mais uma edição do fanzine eletrônico Contos do Absurdo, editado por Alexandre Winck, Daniel Vardi, Francisco Tupy e Mario Mancuso pela Publigibi.
Esbanjando vigor, este número 5 vem com 99 páginas de quadrinhos e literatura de horror totalmente realizadas por autores brasileiros. Assinam na edição Gazy Andraus, Bira Dantas, Carlos Henry, Pedro Elefantes, Ronílson Caetano Leal, Igor Santos, César Reis, Johanna Gyarfas, Luciano Santos, Altemar Domingos, Gustavo Rossato, Pat Kovacs, Jerônimo de Souza, Antônio Lima, Francisco Tupy, Christiano Carstensen Neto, Daniel Vardi, Mhick Holderbaum, Daniel Lucavis, Ronilson Caetano Neto e Robson Jr. A edição também apresenta entrevistas com a empresária e roqueira Adriana Billa e com o fotógrafo Felipe Martins. A capa traz uma ilustração de Diody Shigaki.
A revista, em formado pdf, pode ser baixada gratuitamente aqui.
Esbanjando vigor, este número 5 vem com 99 páginas de quadrinhos e literatura de horror totalmente realizadas por autores brasileiros. Assinam na edição Gazy Andraus, Bira Dantas, Carlos Henry, Pedro Elefantes, Ronílson Caetano Leal, Igor Santos, César Reis, Johanna Gyarfas, Luciano Santos, Altemar Domingos, Gustavo Rossato, Pat Kovacs, Jerônimo de Souza, Antônio Lima, Francisco Tupy, Christiano Carstensen Neto, Daniel Vardi, Mhick Holderbaum, Daniel Lucavis, Ronilson Caetano Neto e Robson Jr. A edição também apresenta entrevistas com a empresária e roqueira Adriana Billa e com o fotógrafo Felipe Martins. A capa traz uma ilustração de Diody Shigaki.
A revista, em formado pdf, pode ser baixada gratuitamente aqui.
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A procura de Chã dos Esquecidos
O professor e escritor Carmelo Ribeiro, de quem já comentei o livro Paxolino dos adoradores de Cristo nas terras da cafraria, está com um novo romance na praça. Trata-se de A procura de Chã dos Esquecidos, que retorna ao cenário de um Brasil colonial no qual o fantástico insinua-se constantemente entre a realidade dos homens.
Diz a orelha do livro: "O ano é o de 1791 e o cenário a Paraíba do Norte, cujo governo é exercido pelo Tenente-Coronel Jerônimo José de Melo e Castro, homem terrível, constantemente desafiado pelos grandes da terra e esmagado pela obediência que deve ao seu desafeto, José César de Menezes, Capitão-General de Pernambuco. Mas, como tudo que está ruim pode piorar ainda mais, o turbulento governador se vê na obrigação de alimentar o rebotalho dos sertões, que chega à cidade para escapar dos rigores da seca e combater uma seita de heréticos, comandados por um negro forro, Boaventura, e um comerciante que todos dizem louco, Afonso Sem-razão. O negro e o louco prometem levar os verdadeiramente puros para o paraíso terreal, cuja incerta localização seria o alto de uma serra vista do Brejo da Madre de Deus, que os heréticos chamam de Chã dos Esquecidos. Resta, então, a Jerônimo José de Melo e Castro cumprir com as suas altas responsabilidades e pôr fim em todo o desmantelo que toma conta da capitania que governa, nem que pra isso tenha que tocar fogo no mundo".
A respeito do curioso título, explica o autor: "Chã, é uma povoação construída em um lugar plano, no alto de uma serra ou no vale de um rio, ou seja, uma aldeia ou vilazinha. No caso do livro, seria o lugar abençoado por Deus, o 'paraíso terreal' profetizado pelo negro Boaventura e o monge Benedito/Vicente de Luca na grande seca de 1791".
A procura de Chã dos Esquecidos tem 176 páginas em acabamento sofisticado, e é uma publicação da Editora Schoba.
Diz a orelha do livro: "O ano é o de 1791 e o cenário a Paraíba do Norte, cujo governo é exercido pelo Tenente-Coronel Jerônimo José de Melo e Castro, homem terrível, constantemente desafiado pelos grandes da terra e esmagado pela obediência que deve ao seu desafeto, José César de Menezes, Capitão-General de Pernambuco. Mas, como tudo que está ruim pode piorar ainda mais, o turbulento governador se vê na obrigação de alimentar o rebotalho dos sertões, que chega à cidade para escapar dos rigores da seca e combater uma seita de heréticos, comandados por um negro forro, Boaventura, e um comerciante que todos dizem louco, Afonso Sem-razão. O negro e o louco prometem levar os verdadeiramente puros para o paraíso terreal, cuja incerta localização seria o alto de uma serra vista do Brejo da Madre de Deus, que os heréticos chamam de Chã dos Esquecidos. Resta, então, a Jerônimo José de Melo e Castro cumprir com as suas altas responsabilidades e pôr fim em todo o desmantelo que toma conta da capitania que governa, nem que pra isso tenha que tocar fogo no mundo".
A respeito do curioso título, explica o autor: "Chã, é uma povoação construída em um lugar plano, no alto de uma serra ou no vale de um rio, ou seja, uma aldeia ou vilazinha. No caso do livro, seria o lugar abençoado por Deus, o 'paraíso terreal' profetizado pelo negro Boaventura e o monge Benedito/Vicente de Luca na grande seca de 1791".
A procura de Chã dos Esquecidos tem 176 páginas em acabamento sofisticado, e é uma publicação da Editora Schoba.
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A flauta Condor
A escritora Simone Saueressig acaba de lançar A flauta Condor, segundo volume da série de fantasia Os sóis da América, sequência de O Nalladigua (resenhado aqui), com a história de Pelume, jovem nativo da Caverna Mais Alta do Mundo que está peregrinando pelo continente americano em busca da história para trazer o Sol, sem qual o astro nunca mais se levantará sobre sua terra natal, uma ilha no círculo polar antártico. Superadas as Cataratas do Iguaçu, é hora de avançar para o noroeste do continente e encarar as maravilhas e os perigos a Espinha Branca, que nós conhecemos como os Andes.
Simone explica que a América de Pelume não é exatamente a nossa, pois nela os seres mitológicos de todas as culturas nativas realmente existem e interagem o tempo todo com o aventureiro e seus companheiros de viagem.
O livro tem 152 páginas, é ilustrado por Fabiana Girotto Boff, vem acompanhado de um marcador-glossário – para dissipar as dúvidas, diz a autora – e pode ser adquirido através do saite Porteira da Fantasia, aqui.
Simone explica que a América de Pelume não é exatamente a nossa, pois nela os seres mitológicos de todas as culturas nativas realmente existem e interagem o tempo todo com o aventureiro e seus companheiros de viagem.
O livro tem 152 páginas, é ilustrado por Fabiana Girotto Boff, vem acompanhado de um marcador-glossário – para dissipar as dúvidas, diz a autora – e pode ser adquirido através do saite Porteira da Fantasia, aqui.
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terça-feira, 10 de setembro de 2013
Megalon 30
Originalmente publicado em maio de 1994, o 30º número do fanzine de ficção científica e horror Megalon, editado por Marcello Simão Branco, está novamente disponível, agora no formato virtual, que pode ser baixado aqui.
A edição vem com 32 páginas, com um conto do norte americano David W. Hill, a segunda parte do folhetim de fc de Miguel Carqueija, uma hq com roteiro do saudoso Oscar Kern, com desenhos de Cerito, artigos assinados por Roberto de Sousa Causo e Gerson Lodi-Ribeiro, e resenhas de livros americanos por Orson Scott Card. A leitura em perspectiva histórica da entrevista com o editor-fã Ivo Luiz Heinz, repleta de comentários ácidos sobre as instituições do fandom a época, tem hoje um sabor especial. Se é melhor ou pior, fica por conta do leitor.
A edição ainda comenta o resultado do Prêmio Tapìrài 1994 para os melhores no ambiente amador, apurado através de consulta entre os leitores do Megalon. "O planeta vermelho", de Carlos Orsi, foi apontado como melhor ficção curta; Gerson Lodi-Ribeiro levou o certificado de melhor não-ficção, Renato Rosatti o de melhor editor e Roberto Schima o de melhor ilustrador. Mais interessante que os resultados, contudo, são as relações completas dos indicados e os votos que receberam, bem como as análises do editor. A capa traz uma ilustração de R.S. Causo inspirada no livro Linha terminal, de Jorge Luiz Calife.
Como já se tornou habitual, o editor disponibilizou também um arquivo bônus, com um raro texto de Rubens Teixeira Scavone (1925-2007), base de uma palestra do autor durante um encontro de fãs naquele ano, além dos certificados do Prêmio Tapìrài 1994. Confira.
A edição vem com 32 páginas, com um conto do norte americano David W. Hill, a segunda parte do folhetim de fc de Miguel Carqueija, uma hq com roteiro do saudoso Oscar Kern, com desenhos de Cerito, artigos assinados por Roberto de Sousa Causo e Gerson Lodi-Ribeiro, e resenhas de livros americanos por Orson Scott Card. A leitura em perspectiva histórica da entrevista com o editor-fã Ivo Luiz Heinz, repleta de comentários ácidos sobre as instituições do fandom a época, tem hoje um sabor especial. Se é melhor ou pior, fica por conta do leitor.
A edição ainda comenta o resultado do Prêmio Tapìrài 1994 para os melhores no ambiente amador, apurado através de consulta entre os leitores do Megalon. "O planeta vermelho", de Carlos Orsi, foi apontado como melhor ficção curta; Gerson Lodi-Ribeiro levou o certificado de melhor não-ficção, Renato Rosatti o de melhor editor e Roberto Schima o de melhor ilustrador. Mais interessante que os resultados, contudo, são as relações completas dos indicados e os votos que receberam, bem como as análises do editor. A capa traz uma ilustração de R.S. Causo inspirada no livro Linha terminal, de Jorge Luiz Calife.
Como já se tornou habitual, o editor disponibilizou também um arquivo bônus, com um raro texto de Rubens Teixeira Scavone (1925-2007), base de uma palestra do autor durante um encontro de fãs naquele ano, além dos certificados do Prêmio Tapìrài 1994. Confira.
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Resenha: As miniaturas
No centro de São Paulo, em frente a Praça da Sé, tem e não tem um edifício chamado Midoro Filho. Por falta de definição melhor, uso a do próprio livro: "...ninguém vê este obelisco espelhado, assim como Napoleão não é par ou ímpar porque essa propriedade não é aplicável, o Midoro Filho não é visível ou não visível, isso não é aplicável". Mas este é um detalhe secundário na narrativa insólita que a escritora paulista Andréa Del Fuego imprime às páginas de As miniaturas, novela de ficção fantástica – quase científica –publicada em 2013 pela Editora Companhia das Letras.
Dentro das inúmeras salas do Edifício Midoro Filho, um batalhão de burocratas indefiníveis, conhecidos como oneiros, prestam um serviço valioso à população da cidade. São eles que, armados com miniaturas plásticas e uma técnica exclusiva, sugerem às pessoas o que sonhar. Todos os dias, cada oneiro atende cerca de 30 sonhantes, sonâmbulos que adentram a sala, sentam na cadeira e são conduzidos em sua jornada onírica.
Há muitas regras no importante ofício dos oneiros. Uma delas é que eles não devem se envolver com os sonhantes. Mas, se já é difícil cumprir esse mister, fica impossível para um deles quando, por um erro na burocracia do edifício, percebe que entre seus sonhantes estão mãe e filho, o que desperta nele emoções irreprimíveis e nada aconselháveis para um oneiro honesto.
A mãe, motorista de táxi quarentona abandonada pelo marido, esforça-se para encaminhar na vida o único filho adolescente, arrumando para ele emprego de frentista no posto de gasolina de seu amante. Entre a luta na praça para ganhar a vida e as incertezas do jovem que ainda acredita na volta do pai, o oneiro vai se perdendo. Sua queda logo é detectada pelos administradores do Midoro Filho, desequilibrando a dinâmica de todo o edifício.
Andréa Del Fuego apresenta um quebra-cabeças intrigante porque não entrega todas as peças, visto que não explica o mecanismo desse improvável atendimento tão fundamental ao ser humano. Nem mesmo os próprios oneiros sabem quem ou o quê são. Eles nunca saem do edifício Midoro Filho, não comem nada além de leite instantâneo e tudo que conhecem chega através do semanário Algodão, publicação interna do edifício que informa tudo e apenas o que eles precisam saber.
A estrutura da novela é fragmentada, intercalando capítulos que focalizam ora a mãe, ora o filho, ora o oneiro mas, no geral, segue uma narrativa cronológica linear. Os capítulos são sempre narrados em primeira pessoa e percebe-se que houve uma sincera tentativa de individualizar a voz de cada personagem, embora isso não fique muito claro na simples leitura – o que realmente funciona é a titulação dos capítulos de acordo com seus respectivos narradores.
As miniaturas sugere bons textos com o qual o leitor pode dialogar. Pelos aspectos formais e a problemática urbana – focada numa relação familiar sob intervenção corporativa –, lembramos de Poeira, demônios e maldições, último romance assinado por Nelson de Oliveira, publicado em 2010 pela editora Língua Geral e agraciado com o prêmio Casa de las Americas; enquanto a imagem onipresente e incompreensível do edifício Midoro Filho e seus oneiros reporta à burocracia opressiva de Asilo nas torres, romance de ficção científica de Ruth Bueno publicado em 1979 pela Editora Ática.
Apesar de suas respeitáveis qualidades e origem – Andréa Del Fuego ganhou em 2010 o prêmio Saramago de literatura – As miniaturas não é um livro pedante nem difícil. Lê-se com prazer e em poucas horas, uma vez que se trata de um novela ágil e bastante interessante, sem os exageros que a fantasia brasileira recente tem insistido oferecer.
As miniaturas é herdeira da autêntica linha evolutiva da ficção fantástica brasileira, repleta de atrativos tanto para o leitor que busca uma história com muitos elementos de estranhamento, quanto aquele que deseja um voo sobre os mistérios da natureza humana.
Dentro das inúmeras salas do Edifício Midoro Filho, um batalhão de burocratas indefiníveis, conhecidos como oneiros, prestam um serviço valioso à população da cidade. São eles que, armados com miniaturas plásticas e uma técnica exclusiva, sugerem às pessoas o que sonhar. Todos os dias, cada oneiro atende cerca de 30 sonhantes, sonâmbulos que adentram a sala, sentam na cadeira e são conduzidos em sua jornada onírica.
Há muitas regras no importante ofício dos oneiros. Uma delas é que eles não devem se envolver com os sonhantes. Mas, se já é difícil cumprir esse mister, fica impossível para um deles quando, por um erro na burocracia do edifício, percebe que entre seus sonhantes estão mãe e filho, o que desperta nele emoções irreprimíveis e nada aconselháveis para um oneiro honesto.
A mãe, motorista de táxi quarentona abandonada pelo marido, esforça-se para encaminhar na vida o único filho adolescente, arrumando para ele emprego de frentista no posto de gasolina de seu amante. Entre a luta na praça para ganhar a vida e as incertezas do jovem que ainda acredita na volta do pai, o oneiro vai se perdendo. Sua queda logo é detectada pelos administradores do Midoro Filho, desequilibrando a dinâmica de todo o edifício.
Andréa Del Fuego apresenta um quebra-cabeças intrigante porque não entrega todas as peças, visto que não explica o mecanismo desse improvável atendimento tão fundamental ao ser humano. Nem mesmo os próprios oneiros sabem quem ou o quê são. Eles nunca saem do edifício Midoro Filho, não comem nada além de leite instantâneo e tudo que conhecem chega através do semanário Algodão, publicação interna do edifício que informa tudo e apenas o que eles precisam saber.
A estrutura da novela é fragmentada, intercalando capítulos que focalizam ora a mãe, ora o filho, ora o oneiro mas, no geral, segue uma narrativa cronológica linear. Os capítulos são sempre narrados em primeira pessoa e percebe-se que houve uma sincera tentativa de individualizar a voz de cada personagem, embora isso não fique muito claro na simples leitura – o que realmente funciona é a titulação dos capítulos de acordo com seus respectivos narradores.
As miniaturas sugere bons textos com o qual o leitor pode dialogar. Pelos aspectos formais e a problemática urbana – focada numa relação familiar sob intervenção corporativa –, lembramos de Poeira, demônios e maldições, último romance assinado por Nelson de Oliveira, publicado em 2010 pela editora Língua Geral e agraciado com o prêmio Casa de las Americas; enquanto a imagem onipresente e incompreensível do edifício Midoro Filho e seus oneiros reporta à burocracia opressiva de Asilo nas torres, romance de ficção científica de Ruth Bueno publicado em 1979 pela Editora Ática.
Apesar de suas respeitáveis qualidades e origem – Andréa Del Fuego ganhou em 2010 o prêmio Saramago de literatura – As miniaturas não é um livro pedante nem difícil. Lê-se com prazer e em poucas horas, uma vez que se trata de um novela ágil e bastante interessante, sem os exageros que a fantasia brasileira recente tem insistido oferecer.
As miniaturas é herdeira da autêntica linha evolutiva da ficção fantástica brasileira, repleta de atrativos tanto para o leitor que busca uma história com muitos elementos de estranhamento, quanto aquele que deseja um voo sobre os mistérios da natureza humana.
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quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Jack Vance (1916-2013)
O escritor norte-americano Jack Vance foi outro gigante da ficção fantástica que nos deixou neste ano, mais exatamente no dia 26 de maio. Desde então, estou devendo aqui a sua biografia. Vou agora pagar essa dívida.
John Holbrook Vance nasceu em 28 de agosto de 1916, em São Francisco, no estado da Califórnia, mas logo mudou-se com sua mãe e irmãos para a fazenda de seus avós, próxima a Oakley, depois que seus pais se separaram. Com a morte dos avós, Vance teve que deixar os estudos para trabalhar e ajudar nas despesas da casa. Mais tarde, estudou engenharia, física e jornalismo na Universidade da Califórnia, quando escreveu sua primeira história de ficção científica para um trabalho no curso de Inglês, e recebeu do professor a sua primeira crítica preconceituosa.
Vance trabalhou como eletricista em Pearl Harbour e deixou o emprego pouco antes do ataque japonês. Não foi aceito nas forças armadas devido a problemas na visão, mas tornou-se marinheiro mercante, profissão da qual herdou o gosto pela navegação marítima, que praticou por toda a vida. Vance também era músico de jazz, tocava banjo, trompete, gaita e muitos outros instrumentos. Tanto a música quanto o mar foram temas constantes em suas histórias.
Vance era amigo pessoal de Frank Herbert e Poul Anderson, a ponto de terem juntos construído um barco, com o qual navegavam nos rios e lagos da região onde moravam. Um pouco por influência desses importantes autores de fc foi que Vance passou a também escrever e publicar no gênero. Sua primeira história foi "The world-thinker", publicada em 1945 na revista Thrilling Wonder Stories, mas ele também escreveu histórias de mistério e fantasia, inclusive três livros sob o famigerado pseudônimo coletivo Ellery Queen. Vance era membro da Swordsmen and Sorcerers' Guild, comunidade de escritores comandada por Lyn Carter, dedicada a promover o gênero Espada & Feitiçaria.
Seus maiores sucessos foram as séries de fantasia The dying Earth, e de ficção científica The demon princes. Foi premiado pelos romances The dragon masters (1963; Hugo) e The last castle (1967; Hugo e Nebula). Também ganhou um Edgar (o Nebula do mistério) por The man in the cage (1961), bem como dois World Fantasy, um em 1963, por Lyonesse: Madouc, e outro, em 1984, pelo conjunto da obra. Entrou para o Science Fiction Hall of Fame em 2001 e ainda ganhou mais um Hugo, em 2010, por sua autobiografia This is me, Jack Vance!
Muitos de seus livros foram publicados no Brasil, entre eles o premiado The dragon masters (O planeta dos dragões). Também foram traduzidos três dos cinco títulos da série The demon princes: Star king (The star king), A máquina de matar (The killing machine) e O palácio do amor (The palace of love). Da série The dying Earth foi editado apenas um, A agonia da Terra (The dying Earth); e da série Alastor foi traduzido apenas o segundo volume, Marune: Alastor 933 (Marune: Alastor 933). E ainda, os romances independentes O planeta duplo (Maske: Tahery) e o divertidíssimo Ópera interplanetária (Space opera), bem como uns poucos contos em antologias. Outros títulos também podem ser encontrados em edições portuguesas.
Cego desde 1980, Vance não parou de escrever, sendo seus últimos trabalhos o romance de ficção cientifica Lurulu, publicado em 2004, e a já citada autobiografia, publicada em 2009.
Vance morreu de causas naturais em sua residência, em Oakland, no dia 26 de maio de 2013, aos 96 anos.
John Holbrook Vance nasceu em 28 de agosto de 1916, em São Francisco, no estado da Califórnia, mas logo mudou-se com sua mãe e irmãos para a fazenda de seus avós, próxima a Oakley, depois que seus pais se separaram. Com a morte dos avós, Vance teve que deixar os estudos para trabalhar e ajudar nas despesas da casa. Mais tarde, estudou engenharia, física e jornalismo na Universidade da Califórnia, quando escreveu sua primeira história de ficção científica para um trabalho no curso de Inglês, e recebeu do professor a sua primeira crítica preconceituosa.
Vance trabalhou como eletricista em Pearl Harbour e deixou o emprego pouco antes do ataque japonês. Não foi aceito nas forças armadas devido a problemas na visão, mas tornou-se marinheiro mercante, profissão da qual herdou o gosto pela navegação marítima, que praticou por toda a vida. Vance também era músico de jazz, tocava banjo, trompete, gaita e muitos outros instrumentos. Tanto a música quanto o mar foram temas constantes em suas histórias.
Vance era amigo pessoal de Frank Herbert e Poul Anderson, a ponto de terem juntos construído um barco, com o qual navegavam nos rios e lagos da região onde moravam. Um pouco por influência desses importantes autores de fc foi que Vance passou a também escrever e publicar no gênero. Sua primeira história foi "The world-thinker", publicada em 1945 na revista Thrilling Wonder Stories, mas ele também escreveu histórias de mistério e fantasia, inclusive três livros sob o famigerado pseudônimo coletivo Ellery Queen. Vance era membro da Swordsmen and Sorcerers' Guild, comunidade de escritores comandada por Lyn Carter, dedicada a promover o gênero Espada & Feitiçaria.
Seus maiores sucessos foram as séries de fantasia The dying Earth, e de ficção científica The demon princes. Foi premiado pelos romances The dragon masters (1963; Hugo) e The last castle (1967; Hugo e Nebula). Também ganhou um Edgar (o Nebula do mistério) por The man in the cage (1961), bem como dois World Fantasy, um em 1963, por Lyonesse: Madouc, e outro, em 1984, pelo conjunto da obra. Entrou para o Science Fiction Hall of Fame em 2001 e ainda ganhou mais um Hugo, em 2010, por sua autobiografia This is me, Jack Vance!
Muitos de seus livros foram publicados no Brasil, entre eles o premiado The dragon masters (O planeta dos dragões). Também foram traduzidos três dos cinco títulos da série The demon princes: Star king (The star king), A máquina de matar (The killing machine) e O palácio do amor (The palace of love). Da série The dying Earth foi editado apenas um, A agonia da Terra (The dying Earth); e da série Alastor foi traduzido apenas o segundo volume, Marune: Alastor 933 (Marune: Alastor 933). E ainda, os romances independentes O planeta duplo (Maske: Tahery) e o divertidíssimo Ópera interplanetária (Space opera), bem como uns poucos contos em antologias. Outros títulos também podem ser encontrados em edições portuguesas.
Cego desde 1980, Vance não parou de escrever, sendo seus últimos trabalhos o romance de ficção cientifica Lurulu, publicado em 2004, e a já citada autobiografia, publicada em 2009.
Vance morreu de causas naturais em sua residência, em Oakland, no dia 26 de maio de 2013, aos 96 anos.
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quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Frederik Pohl (1919-2013)
A ficção científica tem, no Brasil, algumas idiossincrasias curiosas. Uma delas é ter, entre seus os autores mais destacados, escritores que pouco foram publicados aqui. Esse é o caso de um dos mais importantes nomes do gênero, Frederik Pohl.
Frederik George Pohl Jr. nasceu em 26 de novembro de 1919 na cidade de Nova York. Passou a infância morando em diversas regiões do Texas, Califórnia, Novo México e Panamá, até que sua família fixou residência no bairro do Brooklyn, em sua cidade natal. Ainda adolescente, Pohl ajudou a fundar o lendário grupo de fãs de ficção científica Futurians, do qual também fez parte o escritor Isaac Asimov, a quem ajudou no início de sua carreira. Durante a Segunda Guerra Mundial, Pohl serviu no 456º Grupo de Bombardeiros, na Itália.
Pohl trabalhou como agente literário de alguns e seus colegas e foi editor de várias revistas do gênero, sendo premiado diversas vezes pelo seu trabalho à frente das revistas If e Galaxy, nos anos 1960. Teve sua própria coleção na Bantan Books, a Frederik Pohl Selections, e dedicou-se intensamente à diversas instituições ligadas à fc.
Como escritor, estreou na Amazing Stories em 1937 com o poema "Elegy to a dead satellite: Luna", publicado sob o psedônimo Elton Andrews. Pohl desenvolveu muitos trabalhos em parceria, principalmente com seu amigo futuriano Cyril M. Kornbluth, também com Jack Williamson, e até concluiu um romance inacabado de Arthur C. Clarke, The last theorem, publicado em 2008. Sua ficção tem características de crítica política e social – reflexo de suas convicções socialistas – e, não raro, de um tom acidamente satírico.
Seus trabalhos mais importantes são os romances Man plus (1976, vencedor do Nebula), Gateway (1977, Hugo e Nebula) e Jem: The making of an utopia (1979, National Book Award); nenhum deles teve edição no Brasil. Tivemos aqui apenas três trabalhos do mestre: Dia milhão (Day million, 1970), Nave escrava (Slave ship, 1956) e Os mercadores do espaço (The space marchanters, 1953, em parceria com Kornbluth), em edições pela José Olympio, Hemus e Edart, respectivamente, todas esgotadas. O que fez de Pohl um autor conhecido no Brasil foram as muitas traduções portuguesas, especialmente pela Coleção Argonauta, que teve aqui inúmeros leitores. Algumas de suas ficções curtas também apareceram em antologias e revistas.
O autor esteve pelo menos duas vezes no Brasil. A primeira, no lendário I Simpósio Internacional de Ficção Cinetífica, realizado em 1969 no Rio de Janeiro em 1989 pelo Instituto Nacional do Cinema, e novamente em 1989, a convite da Editora Aleph. Ao lado da esposa, Elisabeth Anne Hull, e do então editor da Locus Magazine, Charles N. Brown, o autor se encontrou com leitores e fãs em São Paulo e Rio de Janeiro.
Em 1992, Pohl foi nomeado Grande Mestre pela Science Fiction Writers of America e, em 1998, entrou para o Science Fiction Hall of Fame. Seu último trabalho foi a novela All the lives he led, publicada em 2011.
Seu interesse pela ficção científica sempre teve um importante componente de fã e, mesmo como autor consagrado e influente, recebeu em 2012 um prêmio Hugo pelo trabalho de escritor-fã que realizava no blogue The Way the Future Blogs.
Frederik Pohl morreu na tarde do dia 2 de setembro, aos 93 anos, após uma grave crise de insuficiência respiratória. Sua importante obra ainda está por ser descoberta pelos editores brasileiros e, principalmente, pelos leitores das novas gerações.
Frederik George Pohl Jr. nasceu em 26 de novembro de 1919 na cidade de Nova York. Passou a infância morando em diversas regiões do Texas, Califórnia, Novo México e Panamá, até que sua família fixou residência no bairro do Brooklyn, em sua cidade natal. Ainda adolescente, Pohl ajudou a fundar o lendário grupo de fãs de ficção científica Futurians, do qual também fez parte o escritor Isaac Asimov, a quem ajudou no início de sua carreira. Durante a Segunda Guerra Mundial, Pohl serviu no 456º Grupo de Bombardeiros, na Itália.
Pohl trabalhou como agente literário de alguns e seus colegas e foi editor de várias revistas do gênero, sendo premiado diversas vezes pelo seu trabalho à frente das revistas If e Galaxy, nos anos 1960. Teve sua própria coleção na Bantan Books, a Frederik Pohl Selections, e dedicou-se intensamente à diversas instituições ligadas à fc.
Como escritor, estreou na Amazing Stories em 1937 com o poema "Elegy to a dead satellite: Luna", publicado sob o psedônimo Elton Andrews. Pohl desenvolveu muitos trabalhos em parceria, principalmente com seu amigo futuriano Cyril M. Kornbluth, também com Jack Williamson, e até concluiu um romance inacabado de Arthur C. Clarke, The last theorem, publicado em 2008. Sua ficção tem características de crítica política e social – reflexo de suas convicções socialistas – e, não raro, de um tom acidamente satírico.
Seus trabalhos mais importantes são os romances Man plus (1976, vencedor do Nebula), Gateway (1977, Hugo e Nebula) e Jem: The making of an utopia (1979, National Book Award); nenhum deles teve edição no Brasil. Tivemos aqui apenas três trabalhos do mestre: Dia milhão (Day million, 1970), Nave escrava (Slave ship, 1956) e Os mercadores do espaço (The space marchanters, 1953, em parceria com Kornbluth), em edições pela José Olympio, Hemus e Edart, respectivamente, todas esgotadas. O que fez de Pohl um autor conhecido no Brasil foram as muitas traduções portuguesas, especialmente pela Coleção Argonauta, que teve aqui inúmeros leitores. Algumas de suas ficções curtas também apareceram em antologias e revistas.
O autor esteve pelo menos duas vezes no Brasil. A primeira, no lendário I Simpósio Internacional de Ficção Cinetífica, realizado em 1969 no Rio de Janeiro em 1989 pelo Instituto Nacional do Cinema, e novamente em 1989, a convite da Editora Aleph. Ao lado da esposa, Elisabeth Anne Hull, e do então editor da Locus Magazine, Charles N. Brown, o autor se encontrou com leitores e fãs em São Paulo e Rio de Janeiro.
Em 1992, Pohl foi nomeado Grande Mestre pela Science Fiction Writers of America e, em 1998, entrou para o Science Fiction Hall of Fame. Seu último trabalho foi a novela All the lives he led, publicada em 2011.
Seu interesse pela ficção científica sempre teve um importante componente de fã e, mesmo como autor consagrado e influente, recebeu em 2012 um prêmio Hugo pelo trabalho de escritor-fã que realizava no blogue The Way the Future Blogs.
Os livros de Frederik Pohl no Brasil
Frederik Pohl morreu na tarde do dia 2 de setembro, aos 93 anos, após uma grave crise de insuficiência respiratória. Sua importante obra ainda está por ser descoberta pelos editores brasileiros e, principalmente, pelos leitores das novas gerações.
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terça-feira, 3 de setembro de 2013
Quadritos returns
O melhor indicativo de que os fanzines estão realmente voltando a cena editorial alternativa é o relançamento de antigos títulos, que vêm carregados de representatividade histórica aliada a uma melhor qualidade gráfica e editorial, sem perder o charme e o foco na resistência cultural.
A outros títulos que já voltaram soma-se o Quadritos, publicação dedicada aos quadrinhos nacionais, editada em Porto Alegre por Marcos Freitas. O fanzine distribuiu seu número 10 após dezesseis anos de interrupção. A edição vem com 40 páginas em ótima impressão digital, capa em papel especial, e republicações de histórias de suas edições anteriores, que fazem uma ótima ponte entre a primeira fase do zine e a que o editor pretende iniciar a partir da edição 11, com trabalhos inéditos. Nesta edição, uma pequena obra prima do inesquecível Flávio Colin, feita exclusivamente para o Quadritos, além de trabalhos de Will e Laudo, Flavio Calazans, Gazy Andraus e dos eslovenos Marina Zlander e Jakob Klemenic. A capa traz uma ilustração de Mozart Couto, e a contracapa, uma vinheta do saudoso Joacy Jamys. O fanzine está aberto a colaborações.
Marcos Freitas também lançou o primeiro número da coleção Nomes pelo selo Atomic Books. Pasolini é especialmente dedicado ao polêmico cineasta italiano, brutalmente assassinado em 1975, aos 53 anos. A edição, em formato magazine, é fartamente ilustrada com fotos muito nítidas, impressa digitalmente em preto e branco em papel reciclado. Tem 52 páginas com artigos, entrevistas e a filmografia completa do artista. Ilustra a edição a hq de dez páginas "Quem matou Pasolini", de Marcos Freitas e Luciano Irrthum. O editor promete que a edição seguinte será dedicada ao falecido quadrinista e fanzineiro Joacy Jamys, que foi colaborador do Hiperespaço no início de sua carreira.
Os fanzine terão edições digitais no futuro próximo mas, por hora, estão disponíveis apenas em versão real, em papel. Mais informações no blogue do Quadritos ou pelo email fanzinequadritos@gmail.com.
A outros títulos que já voltaram soma-se o Quadritos, publicação dedicada aos quadrinhos nacionais, editada em Porto Alegre por Marcos Freitas. O fanzine distribuiu seu número 10 após dezesseis anos de interrupção. A edição vem com 40 páginas em ótima impressão digital, capa em papel especial, e republicações de histórias de suas edições anteriores, que fazem uma ótima ponte entre a primeira fase do zine e a que o editor pretende iniciar a partir da edição 11, com trabalhos inéditos. Nesta edição, uma pequena obra prima do inesquecível Flávio Colin, feita exclusivamente para o Quadritos, além de trabalhos de Will e Laudo, Flavio Calazans, Gazy Andraus e dos eslovenos Marina Zlander e Jakob Klemenic. A capa traz uma ilustração de Mozart Couto, e a contracapa, uma vinheta do saudoso Joacy Jamys. O fanzine está aberto a colaborações.
Marcos Freitas também lançou o primeiro número da coleção Nomes pelo selo Atomic Books. Pasolini é especialmente dedicado ao polêmico cineasta italiano, brutalmente assassinado em 1975, aos 53 anos. A edição, em formato magazine, é fartamente ilustrada com fotos muito nítidas, impressa digitalmente em preto e branco em papel reciclado. Tem 52 páginas com artigos, entrevistas e a filmografia completa do artista. Ilustra a edição a hq de dez páginas "Quem matou Pasolini", de Marcos Freitas e Luciano Irrthum. O editor promete que a edição seguinte será dedicada ao falecido quadrinista e fanzineiro Joacy Jamys, que foi colaborador do Hiperespaço no início de sua carreira.
Os fanzine terão edições digitais no futuro próximo mas, por hora, estão disponíveis apenas em versão real, em papel. Mais informações no blogue do Quadritos ou pelo email fanzinequadritos@gmail.com.
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Marvel para quem gosta
O lançamento que está agitando os fãs brasileiros de super-heróis é a Coleção Oficial de Graphic Novels Marvel, publicada pela Editora Salvat sob licença da Panini, que chegou recentemente às bancas de São Paulo. Trata-se da versão brasileira da Ultimate Marvel Graphic Novel Collection, série com 60 livros, cada um deles com 160 páginas em cores, em papel especial, encadernados em capas duras, que republica histórias selecionadas escolhidas entre as revistas Marvel publicadas a partir dos anos 1980.
O primeiro volume distribuído, na verdade o número 21 da coleção, é O espetacular Homem-Aranha: De volta ao lar, com roteiro de J. Michael Straczinsky e desenhos de John Romita Jr, publicado originalmente em 2001 nos números 30 a 35 de The Amazing Spider-Man. Além da história, o livro traz uma seção com um breve histórico do personagem e esboços de concepção. Acompanha ainda um enorme pôster que, certamente, vai se tornar um valioso item para os colecionadores.
A série promete outras compilações do Homem-Aranha, como Revelações, A última caçada de Kraven e O nascimento de Venon, mas os volumes que devem chegar às bancas na sequência serão X-Men: Superdotados, de Joss Wheldon e John Cassaday, Vingadores: A queda, de Brian Michael Bendis e David Finch, e Thor: O renascer dos deuses, de Straczinsky e Olivier Coipel. Também estão relacionados Guerras secretas, A queda de Murdock, Marvel Zumbis, Marvels, Wolverine: Origem, Arma X, 1602, Guerra civil e muito mais.
Como o material é impresso na Espanha, sempre haverá o risco de mudanças no projeto original da coleção, devido às instabilidades alfandegárias, mas a Salvat promete que, com coleção completa e os livros colocados lado a lado na ordem correta, as lombadas formarão uma enorme imagem do consagrado ilustrador romano Gabriele Dell-Otto.
O primeiro livro está sendo vendido ao preço promocional de R$9,90. O segundo será R$19,90 e os demais R$29,90, valor que certamente pode sofrer reajustes ao longo da publicação.
A editora não está oferecendo o serviço de assinatura para esta coleção. Mais informações no saite da coleção.
O primeiro volume distribuído, na verdade o número 21 da coleção, é O espetacular Homem-Aranha: De volta ao lar, com roteiro de J. Michael Straczinsky e desenhos de John Romita Jr, publicado originalmente em 2001 nos números 30 a 35 de The Amazing Spider-Man. Além da história, o livro traz uma seção com um breve histórico do personagem e esboços de concepção. Acompanha ainda um enorme pôster que, certamente, vai se tornar um valioso item para os colecionadores.
A série promete outras compilações do Homem-Aranha, como Revelações, A última caçada de Kraven e O nascimento de Venon, mas os volumes que devem chegar às bancas na sequência serão X-Men: Superdotados, de Joss Wheldon e John Cassaday, Vingadores: A queda, de Brian Michael Bendis e David Finch, e Thor: O renascer dos deuses, de Straczinsky e Olivier Coipel. Também estão relacionados Guerras secretas, A queda de Murdock, Marvel Zumbis, Marvels, Wolverine: Origem, Arma X, 1602, Guerra civil e muito mais.
Como o material é impresso na Espanha, sempre haverá o risco de mudanças no projeto original da coleção, devido às instabilidades alfandegárias, mas a Salvat promete que, com coleção completa e os livros colocados lado a lado na ordem correta, as lombadas formarão uma enorme imagem do consagrado ilustrador romano Gabriele Dell-Otto.
O primeiro livro está sendo vendido ao preço promocional de R$9,90. O segundo será R$19,90 e os demais R$29,90, valor que certamente pode sofrer reajustes ao longo da publicação.
A editora não está oferecendo o serviço de assinatura para esta coleção. Mais informações no saite da coleção.
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