O professor e escritor Carmelo Ribeiro, de quem já comentei o livro Paxolino dos adoradores de Cristo nas terras da cafraria, está com um novo romance na praça. Trata-se de A procura de Chã dos Esquecidos, que retorna ao cenário de um Brasil colonial no qual o fantástico insinua-se constantemente entre a realidade dos homens.
Diz a orelha do livro: "O ano é o de 1791 e o cenário a Paraíba do Norte, cujo governo é exercido pelo Tenente-Coronel Jerônimo José de Melo e Castro, homem terrível, constantemente desafiado pelos grandes da terra e esmagado pela obediência que deve ao seu desafeto, José César de Menezes, Capitão-General de Pernambuco. Mas, como tudo que está ruim pode piorar ainda mais, o turbulento governador se vê na obrigação de alimentar o rebotalho dos sertões, que chega à cidade para escapar dos rigores da seca e combater uma seita de heréticos, comandados por um negro forro, Boaventura, e um comerciante que todos dizem louco, Afonso Sem-razão. O negro e o louco prometem levar os verdadeiramente puros para o paraíso terreal, cuja incerta localização seria o alto de uma serra vista do Brejo da Madre de Deus, que os heréticos chamam de Chã dos Esquecidos. Resta, então, a Jerônimo José de Melo e Castro cumprir com as suas altas responsabilidades e pôr fim em todo o desmantelo que toma conta da capitania que governa, nem que pra isso tenha que tocar fogo no mundo".
A respeito do curioso título, explica o autor: "Chã, é uma povoação construída em um lugar plano, no alto de uma serra ou no vale de um rio, ou seja, uma aldeia ou vilazinha. No caso do livro, seria o lugar abençoado por Deus, o 'paraíso terreal' profetizado pelo negro Boaventura e o monge Benedito/Vicente de Luca na grande seca de 1791".
A procura de Chã dos Esquecidos tem 176 páginas em acabamento sofisticado, e é uma publicação da Editora Schoba.
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