No final dos anos 1970, uma revista surgiu nas bancas para mudar o paradigma das histórias em quadrinhos fantásticas no Brasil. Tratava-se da revista Kripta, publicada pela então editora RGE (hoje Globo), que trazia histórias de altíssima qualidade originalmente publicadas pela influente editora Warren, nos EUA, em revistas como a Creepy, Eerie e 1984.
Algum material dessa editora já havia aparecido antes por aqui, na pequena série de revistas Vampirella, de modo que o mercado estava pronto para aquele salto qualitativo. Embalada por uma forte campanha publicitária na televisão, a revista Kripta firmou-se, garantindo presença de muitos anos no mercado brasileiro, só parando com a falência da Warren em 1983.
Há alguns meses, a Editora Mythos publicou o primeiro volume do álbum Cripta (240 páginas em preto e branco) com a republicação de algumas das ótimas histórias dessa saudosa revista de horror e ficção científica. A aceitação deve ter sido grande, porque a editora não tardou a lançar uma segunda edição, que está nas bancas de São Paulo.
Mantendo o mesmo acabamento de luxo, esta segunda edição retoma o trabalho de apresentar a toda uma nova geração de leitores a qualidade que os quadrinhos americanos já tiveram um dia. Tal como na primeira edição, as 276 páginas do volume 2 exibem trabalhos de grandes roteiristas e ilustrações de mestres da arte, como Frank Frazetta, Al Williamson, Gene Colan, Gray Morrow, John Severin, Roy Krenkel, Neal Adams, entre outros. Algumas amostras das histórias presentes na edição podem ser vistas aqui.
A seleção do material não é brasileira, pois trata-se da tradução de uma série da americana Dark Horse, que pretende republicar todo o material da Warren em forma cronológica.
O preço assusta: R$48,90, o mesmo do primeiro volume. Mas considerando-se o conteúdo, o valor é amplamente recompensado.
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
As lições do matador
O escritor paulista Roberto de Sousa Causo anunciou há poucos dias que a Devir Livraria prepara-se para iniciar a publicação da série As lições do matador, com aventuras de ficção científica do personagem Jonas Peregrino, que o autor vem desenvolvendo há algum tempo.
Alguns contos com histórias desse personagem já apareceram nas antologias Futuro presente (Record, 2009) e Assembleia estelar (Devir, 2011).
O primeiro episódio vai se chamar Glória sombria: A primeira missão do matador, no qual ele enfrenta uma frota alienígena de naves robôs.
A ideia de uma série de livros de um mesmo personagem no estilo space opera não é nova e muita gente já se debruçou sobre projetos similares que nunca foram efetivados, sempre espelhados na série alemã Perry Rhodan, que teve uma boa parte de suas histórias traduzidas no Brasil. Deve ser também o caso de Jonas Peregrino, uma vez que Causo nunca fez segredo que é fã do personagem alemão.
O livro deve ser lançado dentro de algumas semanas, possivelmente ainda em 2011. Mais informações podem ser obtidas com a editora, no email marialuzia.devir@gmail.com.
Alguns contos com histórias desse personagem já apareceram nas antologias Futuro presente (Record, 2009) e Assembleia estelar (Devir, 2011).
O primeiro episódio vai se chamar Glória sombria: A primeira missão do matador, no qual ele enfrenta uma frota alienígena de naves robôs.
A ideia de uma série de livros de um mesmo personagem no estilo space opera não é nova e muita gente já se debruçou sobre projetos similares que nunca foram efetivados, sempre espelhados na série alemã Perry Rhodan, que teve uma boa parte de suas histórias traduzidas no Brasil. Deve ser também o caso de Jonas Peregrino, uma vez que Causo nunca fez segredo que é fã do personagem alemão.
O livro deve ser lançado dentro de algumas semanas, possivelmente ainda em 2011. Mais informações podem ser obtidas com a editora, no email marialuzia.devir@gmail.com.
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sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Da Paraíba para o mundo
Recebi este semana um pacotão remetido por Emir Ribeiro, quadrinhista paraibano que trabalha para os EUA, mas que mantém no Brasil uma produção pessoal de quadrinhos alternativos. Incansável, Ribeiro não passa um semestre sem apresentar alguma novidade, e desta vez ela veio em dose tripla.
A mais importante delas e a novela gráfica Nova: Tomo 2, publicação comemorativa aos 35 anos da criação da personagem. O primeiro volume saiu no início deste ano, comentada aqui. Este novo volume tem 68 páginas em preto e branco, com capas coloridas e plastificadas. Traz duas HQs completas e, em forma literária, a conclusão da novela com a origem da personagem iniciada no primeiro volume, além de alguns artigos e pinups de diversas fases do autor.
O segundo lançamento é A história da Paraíba em quadrinhos, ousado trabalho de Emir Ribeiro em pareceria com Emilson Ribeiro publicado nos anos 1990 e que recebe uma nova edição. O livro tem 128 páginas em preto e branco, capa colorida e plastificada, e também mescla quadrinho e texto para contar a saga da formação do povo e do Estado da Paraíba, de 1532 até hoje.
E a terceira novidade é um CD com versões digitais das primeiras seis edições do fanzine 10-Abafo, publicado entre 1978 e 1979, através do qual Ribeiro tornou-se conhecido não apenas em João Pessoa, mas em todo o Brasil, devido a um ótimo trabalho de distribuição.
O curioso disso tudo é que Emir produz por diletantismo e com recursos próprios. Seu trabalho tem fãs ardorosos e críticos ferozes mas, no fim das contas, tudo contribui para a formação de seu público e o fortalecimento de seu trabalho no ambiente alternativo, de onde ele até já teve chance de sair, mas preferiu manter-se independente.
Para mais informações sobre estas edições, informe-se no saite do autor, e para adquirir estes e outros títulos, veja aqui.
A mais importante delas e a novela gráfica Nova: Tomo 2, publicação comemorativa aos 35 anos da criação da personagem. O primeiro volume saiu no início deste ano, comentada aqui. Este novo volume tem 68 páginas em preto e branco, com capas coloridas e plastificadas. Traz duas HQs completas e, em forma literária, a conclusão da novela com a origem da personagem iniciada no primeiro volume, além de alguns artigos e pinups de diversas fases do autor.
O segundo lançamento é A história da Paraíba em quadrinhos, ousado trabalho de Emir Ribeiro em pareceria com Emilson Ribeiro publicado nos anos 1990 e que recebe uma nova edição. O livro tem 128 páginas em preto e branco, capa colorida e plastificada, e também mescla quadrinho e texto para contar a saga da formação do povo e do Estado da Paraíba, de 1532 até hoje.
E a terceira novidade é um CD com versões digitais das primeiras seis edições do fanzine 10-Abafo, publicado entre 1978 e 1979, através do qual Ribeiro tornou-se conhecido não apenas em João Pessoa, mas em todo o Brasil, devido a um ótimo trabalho de distribuição.
O curioso disso tudo é que Emir produz por diletantismo e com recursos próprios. Seu trabalho tem fãs ardorosos e críticos ferozes mas, no fim das contas, tudo contribui para a formação de seu público e o fortalecimento de seu trabalho no ambiente alternativo, de onde ele até já teve chance de sair, mas preferiu manter-se independente.
Para mais informações sobre estas edições, informe-se no saite do autor, e para adquirir estes e outros títulos, veja aqui.
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Resenha: O zen e arte da escrita
Possivelmente um dos lançamentos mais importantes de 2011, O zen e a arte da escrita, de Ray Bradbury, é uma pequena joia.
Bradbury dispensa apresentações, visto ser um dos mais expressivos nomes da literatura norte americana contemporânea. Hoje com 81 anos, é autor de Farenheit 451, O vinho da alegria, O país de outubro, Crônicas marcianas, Algo de sinistro vem por aí, Os frutos dourados do Sol e muitos outros títulos entre romances, coletâneas, peças de teatro e poemas, navegando pela ficção científica, a fantasia, o horror e o mistério e o realismo com igual talento e desenvoltura, sendo respeitado pelo mainstream. Sua ficção continua atual e impactante, e influencia autores em todo o mundo. Então devemos prestar muita atenção nos seus conselhos.
O livro, de apenas 168 páginas, reúne onze ensaios deste mestre, alguns deles originalmente apresentações ou prefácios de outros livros. São eles: "A alegria da escrita", "Corra, pare, ou a coisa no topo da escada, ou novos fantasmas de mentes antigas", "Como manter e alimentar a Musa", "Bêbado e no comando de uma bicicleta", "Investindo moedas: Fahrenheit 451", "Apenas este lado de Bizâncio: O vinho da alegria", "Sobre os ombros de gigantes", "Crepúsculo nos museus de robô: o renascimento da imaginação", "A mente secreta", "O zen e arte da escrita" e "Sobre criatividade", este último um conjunto de sete poemas. A certa altura, um pequeno bônus: um trecho alternativo inédito para Farenheit 451, a cereja deste bolo bradburiano.
Diz o relise: "Neste livro exuberante, o incomparável Ray Bradbury compartilha sua sabedoria, experiência e estímulo de uma vida de escritor. Aqui estão dicas sobre a arte da escrita dadas por um mestre do ofício. Um livro que reúne tudo, desde encontrar ideias originais até desenvolver a própria voz e o estilo, bem como leituras, impressões da infância e os bastidores da notável carreira de Bradbury como um autor fecundo de romances, contos, poemas, roteiros de filmes e peças de teatro. O zen e a arte da escrita é mais do que um simples manual para o aspirante a escritor, é uma celebração do ato da escrita, que vai encantar, exaltar e inspirar o escritor em você".
O livro é quase uma autobiografia, já que Bradbury trabalha o conteúdo a partir de sua própria vida, contando o modo como funciona a sua mente - ele lembra detalhes de sua mais tenra infância, quando ainda sequer sabia falar - e as experiências traumáticas pelas quais passou e que o levaram a se tornar o poeta que aprendemos a apreciar.
Em tese, é um manual de escrita criativa que orienta a escrever melhor. Mas vai muito além disso, discutindo questões filosóficas de grande profundidade que podem melhorar não apenas a forma como se escreve, mas o modo como vivemos.
Uma frase do autor resume brilhantemente o conselho de Bradbury para os leitores: “Toda manhã, pulo da cama e piso num campo minado. O campo minado sou eu. Depois da explosão, passo o resto do dia juntando os pedaços. Agora é a sua vez. Pule!”.
Não entendeu? Então não perca mais tempo e leia o livro.
Bradbury dispensa apresentações, visto ser um dos mais expressivos nomes da literatura norte americana contemporânea. Hoje com 81 anos, é autor de Farenheit 451, O vinho da alegria, O país de outubro, Crônicas marcianas, Algo de sinistro vem por aí, Os frutos dourados do Sol e muitos outros títulos entre romances, coletâneas, peças de teatro e poemas, navegando pela ficção científica, a fantasia, o horror e o mistério e o realismo com igual talento e desenvoltura, sendo respeitado pelo mainstream. Sua ficção continua atual e impactante, e influencia autores em todo o mundo. Então devemos prestar muita atenção nos seus conselhos.
O livro, de apenas 168 páginas, reúne onze ensaios deste mestre, alguns deles originalmente apresentações ou prefácios de outros livros. São eles: "A alegria da escrita", "Corra, pare, ou a coisa no topo da escada, ou novos fantasmas de mentes antigas", "Como manter e alimentar a Musa", "Bêbado e no comando de uma bicicleta", "Investindo moedas: Fahrenheit 451", "Apenas este lado de Bizâncio: O vinho da alegria", "Sobre os ombros de gigantes", "Crepúsculo nos museus de robô: o renascimento da imaginação", "A mente secreta", "O zen e arte da escrita" e "Sobre criatividade", este último um conjunto de sete poemas. A certa altura, um pequeno bônus: um trecho alternativo inédito para Farenheit 451, a cereja deste bolo bradburiano.
Diz o relise: "Neste livro exuberante, o incomparável Ray Bradbury compartilha sua sabedoria, experiência e estímulo de uma vida de escritor. Aqui estão dicas sobre a arte da escrita dadas por um mestre do ofício. Um livro que reúne tudo, desde encontrar ideias originais até desenvolver a própria voz e o estilo, bem como leituras, impressões da infância e os bastidores da notável carreira de Bradbury como um autor fecundo de romances, contos, poemas, roteiros de filmes e peças de teatro. O zen e a arte da escrita é mais do que um simples manual para o aspirante a escritor, é uma celebração do ato da escrita, que vai encantar, exaltar e inspirar o escritor em você".
O livro é quase uma autobiografia, já que Bradbury trabalha o conteúdo a partir de sua própria vida, contando o modo como funciona a sua mente - ele lembra detalhes de sua mais tenra infância, quando ainda sequer sabia falar - e as experiências traumáticas pelas quais passou e que o levaram a se tornar o poeta que aprendemos a apreciar.
Em tese, é um manual de escrita criativa que orienta a escrever melhor. Mas vai muito além disso, discutindo questões filosóficas de grande profundidade que podem melhorar não apenas a forma como se escreve, mas o modo como vivemos.
Uma frase do autor resume brilhantemente o conselho de Bradbury para os leitores: “Toda manhã, pulo da cama e piso num campo minado. O campo minado sou eu. Depois da explosão, passo o resto do dia juntando os pedaços. Agora é a sua vez. Pule!”.
Não entendeu? Então não perca mais tempo e leia o livro.
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terça-feira, 25 de outubro de 2011
Galeria do sobrenatural
Este livro foi lançado em 2009, mas somente agora chegou às minhas mãos. Trata-se da antologia Galeria do sobrenatural: Jornadas além da imaginação, organizada por Silvio Alexandre para a editora Terracota, na qual a ideia é homenagear o famoso seriado televisivo Twilight Zone, que fez sucesso nos anos 1960 e até hoje é referência de qualidade no que se refere a ideias e histórias.
Diz o relise da época do lançamento: "Esta antologia de histórias sobrenaturais evoca esse espírito de reflexão e presta uma homenagem, em seu cinquentenário, à criação de Rod Serling, que usou da ficção científica, da fantasia e do horror como instrumentos para expor suas idéias. Para ele, a condição humana só tem sentido se for para o aperfeiçoamento moral, espiritual e intelectual. Os seres humanos podem aprender a lidar com a vida de uma maneira mais satisfatória, tirando lições das situações em que se envolvem e onde é possível apresentar as contradições humanas. Sem isso, a existência humana se torna um pesadelo sem sentido, como Serling mesmo mostrou em várias de suas histórias".
O livro, de 160 páginas, apresenta dezoito contos assinados por Andréa Del Fuego, Braulio Tavares, Claudio Brites, Cláudio Villa, Danny Marks, Fábio Fernandes, Giulia Moon, Jana Lauxen, Lucio Manfredi, Luis Filipe Silva, Márcia Olivieri, Mario Carneiro Jr, Max Mallmann, Miguel Carqueija, Octávio Aragão, Regina Drummond, Shirley Souza e Tatiana Alves e uma história em quadrinhos de Cavani Rosas e Braulio Tavares. Um time de respeito num livro que deveria ter sido mais comentado e hoje já faz parte daquele conjunto de títulos que cairam no esquecimento frente a avassaladorea onda de lançamentos dos últimos dois anos.
Não sei dizer se o volume ainda está disponível no mercado, mas creio que pode ser conseguido da mesma forma que eu o obtive: através de um de seus autores, o carioca Miguel Carqueija, que pode ser contatado pelo email mcarqueija@gmail.com.
Diz o relise da época do lançamento: "Esta antologia de histórias sobrenaturais evoca esse espírito de reflexão e presta uma homenagem, em seu cinquentenário, à criação de Rod Serling, que usou da ficção científica, da fantasia e do horror como instrumentos para expor suas idéias. Para ele, a condição humana só tem sentido se for para o aperfeiçoamento moral, espiritual e intelectual. Os seres humanos podem aprender a lidar com a vida de uma maneira mais satisfatória, tirando lições das situações em que se envolvem e onde é possível apresentar as contradições humanas. Sem isso, a existência humana se torna um pesadelo sem sentido, como Serling mesmo mostrou em várias de suas histórias".
O livro, de 160 páginas, apresenta dezoito contos assinados por Andréa Del Fuego, Braulio Tavares, Claudio Brites, Cláudio Villa, Danny Marks, Fábio Fernandes, Giulia Moon, Jana Lauxen, Lucio Manfredi, Luis Filipe Silva, Márcia Olivieri, Mario Carneiro Jr, Max Mallmann, Miguel Carqueija, Octávio Aragão, Regina Drummond, Shirley Souza e Tatiana Alves e uma história em quadrinhos de Cavani Rosas e Braulio Tavares. Um time de respeito num livro que deveria ter sido mais comentado e hoje já faz parte daquele conjunto de títulos que cairam no esquecimento frente a avassaladorea onda de lançamentos dos últimos dois anos.
Não sei dizer se o volume ainda está disponível no mercado, mas creio que pode ser conseguido da mesma forma que eu o obtive: através de um de seus autores, o carioca Miguel Carqueija, que pode ser contatado pelo email mcarqueija@gmail.com.
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Gears of war
As bancas brasileiras têm sido muito maltratadas pelas editoras de quadrinhos. Quase nada de significativo chega aos consumidores populares: a nata do que se edita atualmente está restrita às livrarias, a preços exorbitantes. Nas bancas, encontram-se apenas super heróis, mangás, os fumetti da Bonelli (pelo menos isso) e algum quadrinho infantil, capitaneado pela Turma da Mônica. Não sobra muita coisa para quem tem interesses mais amplos em quadrinhos, a não ser que se esteja disposto a dispender uma boa soma nas livrarias.
É por isso que eu tenho que comentar o lançamento de Gears of war, grafic novel de ficção científica publicada pela editora Panini, único lançamento de algum destaque nas bancas durante o mês de outubro.
Não que seja uma maravilha, longe disso. Trata-se de um subproduto, adaptação para os quadrinhos de uma bem sucedida franquia de videogames. Não é uma obra de arte como a grafic novel Halo, publicada há uns quatro anos, mas não faz feio. Desenhado pelo britânico Liam Roger Sharp com roteiro do escritor norte americano de ficção científica Joshua Ortega, o álbum foi originalmente publicado pela Wildstorm, um selo da DC Comics.
A história narra as missões de um esquadrão militar humano em luta com os habitantes de um planeta alienígena. Qualquer semelhança com Tropas estelares e Guerra sem fim certamente não é mera coincidência.
Por ser uma novela de ficção científica, algo raro nas bancas brasileiras, vale dar uma espiada em Gears of war, até porque o preço é mais ou menos acessível (R$18,90) e os desenhos são interessantes. E quando pelo menos dois elementos do tripé roteiro/desenho/preço são razoáveis, é um gibi no qual vale a pena investir.
É por isso que eu tenho que comentar o lançamento de Gears of war, grafic novel de ficção científica publicada pela editora Panini, único lançamento de algum destaque nas bancas durante o mês de outubro.
Não que seja uma maravilha, longe disso. Trata-se de um subproduto, adaptação para os quadrinhos de uma bem sucedida franquia de videogames. Não é uma obra de arte como a grafic novel Halo, publicada há uns quatro anos, mas não faz feio. Desenhado pelo britânico Liam Roger Sharp com roteiro do escritor norte americano de ficção científica Joshua Ortega, o álbum foi originalmente publicado pela Wildstorm, um selo da DC Comics.
A história narra as missões de um esquadrão militar humano em luta com os habitantes de um planeta alienígena. Qualquer semelhança com Tropas estelares e Guerra sem fim certamente não é mera coincidência.
Por ser uma novela de ficção científica, algo raro nas bancas brasileiras, vale dar uma espiada em Gears of war, até porque o preço é mais ou menos acessível (R$18,90) e os desenhos são interessantes. E quando pelo menos dois elementos do tripé roteiro/desenho/preço são razoáveis, é um gibi no qual vale a pena investir.
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Sonho, sombras e super-heróis
Desembarcou também por aqui, via ECT, o novo livro de Luiz Bras, Sonho, sombras e super-herois, publicado no selo Ciranda das Letras da Editora Autores Associados.
A princípio, pensei que se tratava de uma coletânea, mas é de fato um romance. Trata-se, aparentemente, de uma história de fantasia com toques sobrenaturais, uma novidade no caso de Bras, que tem se dedicado mais especificamente à ficção científica. Ainda não li, mas não me surpreenderei caso o trabalho, em algum momento, guine para a FC.
Diz o texto na contracapa: “Tinha sido um sonho, não tinha? Acordado ou não, só podia ter sido um sonho. Passei o resto da noite recapitulando tudo o que havia acontecido, de madrugada eu percebi eufórico que tinha uma história, um sonho só meu, aleluia, porém quanto mais eu pensava nela mais a história mudava, coloquei um cemitério e um casarão mal-assombrado atrás da porta, depois troquei tudo isso por uma cidade fantasma habitada por espíritos cruéis e esqueletos ambulantes, a história cresce, adensou-se e roubou o controle da situação. Eu já não inventava mais minha história, era ela que se autoinventava”.
O livro tem 256 páginas, o papel interno é especial - um tipo de couchê fosco - e traz ilustrações em preto e branco de Renato Alarcão, que também assina a capa.
Luiz Brás é um autor recomendadíssimo, uma vez que o melhor livro de FC&F publicado em 2010 foi a sua coletânea Paraíso líquido, além de ter obtido a indicação de Babel Hotel para o Jabuti em 2010. E sempre é bom lembrar que Luiz Bras um pseudônimo do premiadíssimo Nelson de Oliveira que, também em 2010, faturou pela segunda vez o prestigioso prêmio Casa de las Americas com o romance de fantasia Poeira: Demônios e maldições.
O booktrailler deste novo romance de Luiz Bras pode ser assistido aqui.
A princípio, pensei que se tratava de uma coletânea, mas é de fato um romance. Trata-se, aparentemente, de uma história de fantasia com toques sobrenaturais, uma novidade no caso de Bras, que tem se dedicado mais especificamente à ficção científica. Ainda não li, mas não me surpreenderei caso o trabalho, em algum momento, guine para a FC.
Diz o texto na contracapa: “Tinha sido um sonho, não tinha? Acordado ou não, só podia ter sido um sonho. Passei o resto da noite recapitulando tudo o que havia acontecido, de madrugada eu percebi eufórico que tinha uma história, um sonho só meu, aleluia, porém quanto mais eu pensava nela mais a história mudava, coloquei um cemitério e um casarão mal-assombrado atrás da porta, depois troquei tudo isso por uma cidade fantasma habitada por espíritos cruéis e esqueletos ambulantes, a história cresce, adensou-se e roubou o controle da situação. Eu já não inventava mais minha história, era ela que se autoinventava”.
O livro tem 256 páginas, o papel interno é especial - um tipo de couchê fosco - e traz ilustrações em preto e branco de Renato Alarcão, que também assina a capa.
Luiz Brás é um autor recomendadíssimo, uma vez que o melhor livro de FC&F publicado em 2010 foi a sua coletânea Paraíso líquido, além de ter obtido a indicação de Babel Hotel para o Jabuti em 2010. E sempre é bom lembrar que Luiz Bras um pseudônimo do premiadíssimo Nelson de Oliveira que, também em 2010, faturou pela segunda vez o prestigioso prêmio Casa de las Americas com o romance de fantasia Poeira: Demônios e maldições.
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Paxolino dos adoradores de Cristo nas terras da cafraria
O escritor Carmelo Ribeiro enviou o seu romance de estreia Paxolino dos adoradores de Cristo nas terras da cafraria que, além do título invulgar, tem uma sinopse animadora, avançando por um filão promissor para o estabelecimento de uma fantasia tipicamente brasileira.
Não que seja de todo original porque, nestes tempos de globalização, originalidade é quase uma impossibilidade prática, mas tem o mérito de dialogar com uma porção de trabalhos importantes da FC&F brasileira, com humor e despretensão.
Diz a sinopse: "Na época em que os navegadores portugueses conquistaram boa parte do mundo, desembarcaram na costa da terra, depois chamada Brasil, e se depararam com um universo para eles incompreensível. Entre esses navegadores estava o capitão Matias Souto Maior, único entre seus iguais, que ao deparar-se com prodígios incomuns, mesmo para aquelas terras selvagens, resolveu seguir adiante, acompanhado por uma tribo de índios brutos, assustados com a aparição de um menino de pele escura, pássaros de luz, monstruosidades gentis e um bêbado, que pareciam oriundos de outros tempos.
Os bugres acreditavam que aqueles homens barbudos e fedidos talvez pudessem salvá-los da calamidade que se abatia sobre a terra e o capitão Matias e os seus marujos acreditavam que estes poderiam guiá-los para o país dos pássaros de luz que excretavam ouro.
Partiram, então, com o fito de por termo ao desconcerto do mundo, mas acabaram por se perderem em um espaço feérico em que todos os tempos e todos os lugares se confundiam para desespero do jesuíta que os acompanhava, o padre Jerônimo Cadena, que a um minuto da loucura passou a acreditar que tudo aquilo, todo aquele mundo em desmazelo não passava de uma armadilha do demônio, o macaco de Deus, a confundir os homens naquelas terras da cafraria".
O romance foi publicado pela editora Schoba, de Salto/SP, tem 268 páginas e uma elegante capa assinada por Francis Manolio.
Carmelo Ribeiro é professor de História e Geografia, e publicou contos nas antologias Moedas para um barqueiro (2010, Andross), Bandeira negra (2010, Multifoco) e Espectra (2011, Literata), sendo assim mais um contista da Terceira Onda a chegar ao romance, engrossando uma tendência que se configura desde o ano passado.
Não que seja de todo original porque, nestes tempos de globalização, originalidade é quase uma impossibilidade prática, mas tem o mérito de dialogar com uma porção de trabalhos importantes da FC&F brasileira, com humor e despretensão.
Diz a sinopse: "Na época em que os navegadores portugueses conquistaram boa parte do mundo, desembarcaram na costa da terra, depois chamada Brasil, e se depararam com um universo para eles incompreensível. Entre esses navegadores estava o capitão Matias Souto Maior, único entre seus iguais, que ao deparar-se com prodígios incomuns, mesmo para aquelas terras selvagens, resolveu seguir adiante, acompanhado por uma tribo de índios brutos, assustados com a aparição de um menino de pele escura, pássaros de luz, monstruosidades gentis e um bêbado, que pareciam oriundos de outros tempos.
Os bugres acreditavam que aqueles homens barbudos e fedidos talvez pudessem salvá-los da calamidade que se abatia sobre a terra e o capitão Matias e os seus marujos acreditavam que estes poderiam guiá-los para o país dos pássaros de luz que excretavam ouro.
Partiram, então, com o fito de por termo ao desconcerto do mundo, mas acabaram por se perderem em um espaço feérico em que todos os tempos e todos os lugares se confundiam para desespero do jesuíta que os acompanhava, o padre Jerônimo Cadena, que a um minuto da loucura passou a acreditar que tudo aquilo, todo aquele mundo em desmazelo não passava de uma armadilha do demônio, o macaco de Deus, a confundir os homens naquelas terras da cafraria".
O romance foi publicado pela editora Schoba, de Salto/SP, tem 268 páginas e uma elegante capa assinada por Francis Manolio.
Carmelo Ribeiro é professor de História e Geografia, e publicou contos nas antologias Moedas para um barqueiro (2010, Andross), Bandeira negra (2010, Multifoco) e Espectra (2011, Literata), sendo assim mais um contista da Terceira Onda a chegar ao romance, engrossando uma tendência que se configura desde o ano passado.
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domingo, 23 de outubro de 2011
Calafrio 54
Há dois meses divulguei aqui o retorno da Calafrio, revista de quadrinhos de terror que, ao lado de sua irmã Mestres do Terror, fez história ao longo dos anos 1980 e 1990 publicando hqs de alguns dos melhores quadrinhistas nacionais em atividade naquele período.
Editada por Rodolfo Zalla através da Editora D'Arte, Calafrio reportava às revistas dos anos 1960, apoiada nos monstros clássicos da literatura e do cinema góticos. O cancelamento das duas revistas deixou orfã uma legião de leitores fanáticos por quadrinhos de terror, sem que nenhuma outra publicação ocupasse o nicho, vago até hoje.
Contudo, isso não significa que a revista esteja de volta ao mercado. Publicada pelo Clube dos Quadrinhos e comercializada exclusivamente pela Comix Book Shop, Calafrio 54 teve a minúscula tiragem de 300 exemplares, com o preço de capa de R$30,00 por apenas 52 páginas. Trata-se, portanto de uma edição de elite, dirigida aos colecionadores como, a propósito, está claramente expresso em sua capa. Se é o seu caso, corra para garantir um exemplar. Este é certamente um daqueles ítens de coleção que vai virar lenda urbana.
Editada por Rodolfo Zalla através da Editora D'Arte, Calafrio reportava às revistas dos anos 1960, apoiada nos monstros clássicos da literatura e do cinema góticos. O cancelamento das duas revistas deixou orfã uma legião de leitores fanáticos por quadrinhos de terror, sem que nenhuma outra publicação ocupasse o nicho, vago até hoje.
Contudo, isso não significa que a revista esteja de volta ao mercado. Publicada pelo Clube dos Quadrinhos e comercializada exclusivamente pela Comix Book Shop, Calafrio 54 teve a minúscula tiragem de 300 exemplares, com o preço de capa de R$30,00 por apenas 52 páginas. Trata-se, portanto de uma edição de elite, dirigida aos colecionadores como, a propósito, está claramente expresso em sua capa. Se é o seu caso, corra para garantir um exemplar. Este é certamente um daqueles ítens de coleção que vai virar lenda urbana.
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Brasil fantástico
Depois de alguns anos de inatividade, o histórico Clube de Leitores de Ficção Científica elegeu uma nova e animada diretoria que pretende retomar algumas das suas atividades. A primeira a ser anunciada foi a organização de uma nova antologia de contos, a exemplo de Vinte voltas a redor do Sol, publicada em 2005 quando a agremiação fez vinte anos.
A nova antologia vai se chamar Brasil fantástico e reunirá textos originais de ficção fantástica que tenham como tema lendas e mitologias brasileiras. A seleção dos trabalhos será realizada por uma comissão editorial formada pelos escritores Clinton Davisson, Daniel Borba, Hugo Vera e Romeu Martins.
A data limite para submissões é 31/03/2012 e os textos devem ser encaminhados sob pseudônimo para o email coletaneabrasilfantastico@gmail.com, com cópia para fafia7@gmail.com, em formato rich text file (.RTF). A publicação, pela Editora Draco, está prevista para acontecer durante a Fantasticon, no segundo semestre de 2012.
A nova antologia vai se chamar Brasil fantástico e reunirá textos originais de ficção fantástica que tenham como tema lendas e mitologias brasileiras. A seleção dos trabalhos será realizada por uma comissão editorial formada pelos escritores Clinton Davisson, Daniel Borba, Hugo Vera e Romeu Martins.
A data limite para submissões é 31/03/2012 e os textos devem ser encaminhados sob pseudônimo para o email coletaneabrasilfantastico@gmail.com, com cópia para fafia7@gmail.com, em formato rich text file (.RTF). A publicação, pela Editora Draco, está prevista para acontecer durante a Fantasticon, no segundo semestre de 2012.
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Dicas para escritores novos
O escritor e agitador cultural Ademir Pascale disponibilizou gratuitamente na internet uma apostila com 73 dicas para escritores em início de carreira, compilação de trechos de mais de 180 entrevistas com escritores e roteiristas realizadas por Pascale entre 2004 e 2011.
Estão ali comentários de Moacyr Scliar, André Vianco, Fernando Bonassi, Helena Gomes, Cesar Souza, Flávia Muniz, Abel Reginatto, Rodrigo Capella, Martha Argel, Octavio Cariello, Kizzy Ysatis, Raphael Draccon, Nazarethe Fonseca, Saulo Sisnando, Marcelo Hipólito, Reinaldo Polito, Daniel Frazão, Cláudio Villa, Simone Marques, Giulia Moon, Richard Diegues, Nelson Magrini, Adriano Siqueira, Waldick Garrett, Roberto Causo, Rober A. Pinheiro, Tibor Moricz, André Carneiro, Leonardo Brum, Edson Rossatto, Juliano Sasseron, Antônio Carlos Secchin, Rosana Rios, Victor Maduro, Márson Alquati, Leandro Reis, M. D. Amado, Felipe Colbert, Danny Marks, Miguel Carqueija, Christian David, Jorge Luiz Calife, Sérgio Pereira Couto, Regina Drummond, James McSill, Daniel Pedrosa, Jorge Ribeiro, Jocir Prandi, Gerson Lodi-Ribeiro, Tatiana Ades, Dione Mara Souto da Rosa, Tim Marvim, Carlos Orsi, Rafael de Agostini, Allan Pitz, Laura Elias, André Bozzetto Junior, Bruno Resende, Leonel Caldela, Alfer Medeiros, Eduardo Spohr, Álvaro Domingues, Anderson Almeida, Estevan Lutz, Marina Avila, Duda Falcão, Luiza Salazar, Thalita Rebouças, Edith Chacon, Rochett Tavares, Bento de Luca, Kathia Brienza e Daniel Borba.
Interessado? Baixe o arquivo aqui.
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Cidades indizíveis
A Llyr Editorial é uma nova opção no ambiente da FC&F no Brasil. Trata-se de um selo de ficção especulativa ligado a editora Vermelho Marinho que, por sua vez, é um braço da editora carioca Usina de Letras.
Os primeiros títulos da Llyr foram apesentados durante a Fantasticon 2011; um deles é a antologia As cidades indizíveis organizada por Nelson de Oliveira e Fábio Fernandes com contos de Guilherme Kujawski, Octavio Aragão, Roberto de Sousa Causo, Luís Henrique Pellanda, Ronaldo Bressane, Fausto Fawcett, Ana Cristina Rodrigues e dos próprios organizadores.
Diz o relise: "A Humanidade passou por grandes mudanças, que convencionou chamar de Revoluções. Nenhuma foi tão grande quanto aquela que nos fez construir cidades, ainda no Neolítico. Contra as bestas que nos caçavam em lugares abertos, contra os perigos de cavernas estreitas, nós erguemos cidades e estabelecemos nosso próprio lugar no mundo. Uma realização sem paralelo. Sim, você pode comparar uma cidade a uma colmeia ou um formigueiro. Mas somos mais caóticos, mais desorganizados. Mais únicos.
As Cidades Indizíveis é uma celebração disso tudo. Pedaços de ficções urbanas, fantásticas ou surreais. Lugares que você nunca viu, desconhecia completamente, porém sempre estiveram lá, no fundo da sua alma, esperando para serem visitados.
Cidades que se amam, cidades que queimam, cidades que se alimentam de dores, desejos e segredos. Cidades que parecem familiares, mas estão distorcidas. Os caminhos não são mais os mesmos. As trilhas mudaram e ainda mudam, cada vez mais. Até chegar o momento em que você irá tentar voltar, para o lugar de onde veio."
O time de autores selecionados atesta a antologia como um dos títulos mais significativos do ano, e deve ser observada com atenção.
Os primeiros títulos da Llyr foram apesentados durante a Fantasticon 2011; um deles é a antologia As cidades indizíveis organizada por Nelson de Oliveira e Fábio Fernandes com contos de Guilherme Kujawski, Octavio Aragão, Roberto de Sousa Causo, Luís Henrique Pellanda, Ronaldo Bressane, Fausto Fawcett, Ana Cristina Rodrigues e dos próprios organizadores.
Diz o relise: "A Humanidade passou por grandes mudanças, que convencionou chamar de Revoluções. Nenhuma foi tão grande quanto aquela que nos fez construir cidades, ainda no Neolítico. Contra as bestas que nos caçavam em lugares abertos, contra os perigos de cavernas estreitas, nós erguemos cidades e estabelecemos nosso próprio lugar no mundo. Uma realização sem paralelo. Sim, você pode comparar uma cidade a uma colmeia ou um formigueiro. Mas somos mais caóticos, mais desorganizados. Mais únicos.
As Cidades Indizíveis é uma celebração disso tudo. Pedaços de ficções urbanas, fantásticas ou surreais. Lugares que você nunca viu, desconhecia completamente, porém sempre estiveram lá, no fundo da sua alma, esperando para serem visitados.
Cidades que se amam, cidades que queimam, cidades que se alimentam de dores, desejos e segredos. Cidades que parecem familiares, mas estão distorcidas. Os caminhos não são mais os mesmos. As trilhas mudaram e ainda mudam, cada vez mais. Até chegar o momento em que você irá tentar voltar, para o lugar de onde veio."
O time de autores selecionados atesta a antologia como um dos títulos mais significativos do ano, e deve ser observada com atenção.
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quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Intempol recarregado
Depois de um longo tempo ausente, o universo compartilhado Intempol, criado pelo escritor carioca Octávio Aragão, vai ganhar sua segunda edição em quadrinhos. Trata-se do álbum Para tudo se acabar na quarta-feira, ilustrado pelo capixaba Manoel Ricardo baseado numa história de Aragão vista em 2007 na antologia lusobrasileira Por universos nunca dantes navegados, organizada por Luiz Filipe Silva e Jorge Candeias, com edição dos autores. A história trata das confusões ucrônicas dos agentes da Intempol, desta vez envolvidos com traficantes do Rio de Janeiro durante os desfiles de Carnaval.
O álbum de 64 páginas em preto e branco inaugurará o selo Dracomics da Editora Draco, que tem se especializado em livros de ficção científica. A editora anuncia que liberará inicialmente a versão digital, em novembro; a versão impressa será distribuída em dezembro. Trará ainda uma introdução assinada pelo escritor americano Philip Ellis Jackson, autor da trilogia Timeshift.
O primeiro álbum em quadrinhos da Intempol foi The long yesterday, publicado em 2005 pela Editora Comic Store. A antologia original de contos, publicada em 2000 pela Editora Ano Luz, encontra-se esgotada. Há algum rumor, sem confirmação, sobre sua republicação, bem como a respeito de uma segunda antologia de contos inéditos. Um bom desempenho deste novo álbum pode ser valioso para a retomada da franquia.
O álbum de 64 páginas em preto e branco inaugurará o selo Dracomics da Editora Draco, que tem se especializado em livros de ficção científica. A editora anuncia que liberará inicialmente a versão digital, em novembro; a versão impressa será distribuída em dezembro. Trará ainda uma introdução assinada pelo escritor americano Philip Ellis Jackson, autor da trilogia Timeshift.
O primeiro álbum em quadrinhos da Intempol foi The long yesterday, publicado em 2005 pela Editora Comic Store. A antologia original de contos, publicada em 2000 pela Editora Ano Luz, encontra-se esgotada. Há algum rumor, sem confirmação, sobre sua republicação, bem como a respeito de uma segunda antologia de contos inéditos. Um bom desempenho deste novo álbum pode ser valioso para a retomada da franquia.
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terça-feira, 11 de outubro de 2011
Bang! 9
Lançada em fevereiro de 2011, só agora descobri esta última edição da revista portuguesa Bang!, publicação da Editora Saída de Emergência, especializada em literatura fantástica, com apoio da Livraria Fnac. É uma revista para nós brasileiros morrermos de inveja porque, além dos artigos interessantes que publica, anuncia lançamentos que não aparecerão por aqui nem nos próximos vinte anos, se é que algum dia virão.
Mas dá para aproveitar bem os artigos e contos de gente graúda como George R. R. Martin, R. A. Salvatore, Stephen Hunt, Safaa Dib, David Soraes, Antônio de Macedo, Anderson Santos, Jorge Palinhos, Tiago Silva, Pedro Marques, João Lameiras e Pedro Gadanho, todos presentes neste número.
Embora eu ainda não tenha aproveitado, é possível adquirir alguns dos títulos da Editora Saída de Emergência na Livraria Cultura. A maior parte dos livros cadastrados tem um prazo de entrega desanimador, mas há alguns títulos para entrega imediata. Os preços ão salgados, mas alguns deles podem valer a pena.
A edição virtual em pdf da revista Bang! 9 pode ser baixada gratuitamente aqui. Como as edições anteriores também estão disponíveis, pegue todas.
Mas dá para aproveitar bem os artigos e contos de gente graúda como George R. R. Martin, R. A. Salvatore, Stephen Hunt, Safaa Dib, David Soraes, Antônio de Macedo, Anderson Santos, Jorge Palinhos, Tiago Silva, Pedro Marques, João Lameiras e Pedro Gadanho, todos presentes neste número.
Embora eu ainda não tenha aproveitado, é possível adquirir alguns dos títulos da Editora Saída de Emergência na Livraria Cultura. A maior parte dos livros cadastrados tem um prazo de entrega desanimador, mas há alguns títulos para entrega imediata. Os preços ão salgados, mas alguns deles podem valer a pena.
A edição virtual em pdf da revista Bang! 9 pode ser baixada gratuitamente aqui. Como as edições anteriores também estão disponíveis, pegue todas.
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Anuário 2010 na Rádio Unesp
Mais uma vez, o programa Perfil Literário, apresentado por Oscar D'Ambrósio na Rádio Unesp, abriu espaço para o Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica. Desta vez, Cesar Silva e Marcello Simão Branco comentaram os detalhes da edição 2010, publicada pela Devir Livraria em agosto último.
Quem não pode ouvir o programa quando de sua exibição, pode escutá-lo a qualquer tempo acessando o diretório do Perfil Literário, buscando pelo arquivo 1271. Este diretório dispõe todas as demais edições do programa para audição online; uma garimpada vai revelar não apenas as outras participações do Anuário, mas também ótimas entrevistas com muitos autores da FC&F nacional.
Em tempo: uma boa resenha ao Anuário 2010 pode ser lida na coluna de Roberto de Sousa Causo no Terra Magazine. A foto que ilustra este post é de Victor Vargas, batida durante a Fantasticon 2011.
Divirta-se!
Quem não pode ouvir o programa quando de sua exibição, pode escutá-lo a qualquer tempo acessando o diretório do Perfil Literário, buscando pelo arquivo 1271. Este diretório dispõe todas as demais edições do programa para audição online; uma garimpada vai revelar não apenas as outras participações do Anuário, mas também ótimas entrevistas com muitos autores da FC&F nacional.
Em tempo: uma boa resenha ao Anuário 2010 pode ser lida na coluna de Roberto de Sousa Causo no Terra Magazine. A foto que ilustra este post é de Victor Vargas, batida durante a Fantasticon 2011.
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