As bancas brasileiras têm sido muito maltratadas pelas editoras de quadrinhos. Quase nada de significativo chega aos consumidores populares: a nata do que se edita atualmente está restrita às livrarias, a preços exorbitantes. Nas bancas, encontram-se apenas super heróis, mangás, os fumetti da Bonelli (pelo menos isso) e algum quadrinho infantil, capitaneado pela Turma da Mônica. Não sobra muita coisa para quem tem interesses mais amplos em quadrinhos, a não ser que se esteja disposto a dispender uma boa soma nas livrarias.
É por isso que eu tenho que comentar o lançamento de Gears of war, grafic novel de ficção científica publicada pela editora Panini, único lançamento de algum destaque nas bancas durante o mês de outubro.
Não que seja uma maravilha, longe disso. Trata-se de um subproduto, adaptação para os quadrinhos de uma bem sucedida franquia de videogames. Não é uma obra de arte como a grafic novel Halo, publicada há uns quatro anos, mas não faz feio. Desenhado pelo britânico Liam Roger Sharp com roteiro do escritor norte americano de ficção científica Joshua Ortega, o álbum foi originalmente publicado pela Wildstorm, um selo da DC Comics.
A história narra as missões de um esquadrão militar humano em luta com os habitantes de um planeta alienígena. Qualquer semelhança com Tropas estelares e Guerra sem fim certamente não é mera coincidência.
Por ser uma novela de ficção científica, algo raro nas bancas brasileiras, vale dar uma espiada em Gears of war, até porque o preço é mais ou menos acessível (R$18,90) e os desenhos são interessantes. E quando pelo menos dois elementos do tripé roteiro/desenho/preço são razoáveis, é um gibi no qual vale a pena investir.
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