Depois do grande sucesso que se tornou a série em quadrinhos Turma da Mônica Jovem, releitura adolescente para a popular criação de Maurício de Sousa, o autor se convenceu que é possível renovar os personagens sem invalidar as características originais de sua bem sucedida franquia. Dessa forma, muitos produtos novos vindos de seus estúdios têm ganhado às bancas e livrarias, e uma das mais interessantes é, sem dúvida, Chico Bento Moço, que aplica no simpático caipira a mesma fórmula que deu tão certo na outra turminha.
Uma edição promocional, com o subtítulo Uma nova jornada, foi distribuída em agosto último, mas o número um só chegou às bancas em setembro, pela editora Panini.
Chico Bento Moço persegue a apresentação gráfica do quadrinho japonês, com miolo em preto e branco, e muitos elementos plásticos típicos do mangá, com linhas cinéticas expressivas e ricas texturas e retículas. Mas o desenho mesmo, não é tão mangá assim e não deixa a sensação de 'peixe-fora-d'água' que acomete a maior parte dos artistas brasileiros que tentam imitar a estética. Além do mais, a equipe que desenvolve o material, com Flavio T. de Jesus nos roteiros e José Aparecido Cavalcante nos desenhos, fez um belo trabalho de caracterização, tanto na linguagem característica de Chico Bento e seus amigos, quanto na cenografia, com elementos de identidade visual muito bem aplicados: arquitetura, veículos, roupas, vegetação etc, sem cacoetes e exageros.
Este primeiro número traz duas histórias: "Hora de voar" e "Despedidas", que mostram os últimos dias de Chico Bento em sua terra natal, a Vila Abobrinha, antes de ir para a faculdade estudar agronomia. Ao longo da narrativa, Chico vai se despedindo de cada um de seus amigos e conhecidos, com destaque especial para sua família, o primo Zé Lelé, também adolescente, e a eterna namorada Rosinha, em momentos realmente emocionantes.
"Confusões na cidade grande" e "Vida na república" são os temas da segunda edição de Chico Bento Moço, que já está nas bancas.
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