Do escritor chileno Roberto Bolaño (1953-2003) chega O espírito da ficção científica, um romance escrito em 1984 que estava inédito até hoje. Diz a divulgação: "conta a história de Remo Morán e Jan Schrella, dois jovens escritores obcecados por poesia e ficção científica. Enquanto o primeiro tenta incansavelmente encontrar seu espaço na literatura, o segundo passa os dias enviando cartas delirantes a seus autores favoritos de ficção científica". Não é um livro de fc, portanto, mas sobre autores de fc, metaficção que caracteriza a obra do autor.
Senhor D., do acadêmico do MIT Alan Lightman, é uma espécie de autobiografia de Deus: "Depois de uma longa existência no Vazio, o onipotente Senhor D. resolve experimentar e criar o tempo, o espaço e a matéria. Aos poucos, surgem também os astros celestes, as primeiras formas de vida e os seres pensantes. E com eles, os dilemas inesperados até mesmo para o Criador — que parecia ter tudo sob controle". Também é um livro que não é o que parece. Antes de ser uma fantasia, é de fato uma discussão filosófica sobre a ciência e a religião.
Pelo selo Seguinte, dedicado a ficção para jovens-adultos, chega A traidora do trono, da canadense Alwyn Hamilton. Segundo volume da série iniciada em 2016 com A rebelde do deserto, trata-se de uma fantasia oriental com toques de faroeste: "Em meio às perigosas batalhas, Amani é traída e acaba se tornando prisioneira no palácio. Enquanto pensa em um jeito de escapar, tenta se aproximar do sultão para descobrir informações úteis para a causa rebelde. Contudo, quanto mais tempo passa ali, mais ela questiona se o governante é de fato o vilão que todos acreditam, e quem são os verdadeiros traidores do país".
Há alguns meses, uma moda tão avassaladora quanto passageira inundou as livrarias com livros para colorir sobre diversos temas. As editoras correram para aproveitar a onda mas a produção que atendesse aquela demanda impossibilitou que, logo de saída, surgissem produtos ligados às franquias.
Por isso é que, só agora quem gosta de pintar pode finalmente praticar seus dotes estéticos com A seleção para colorir, com ilustrações de Sandra Suy no popular universo criado por Kiera Cass. "Com vinte ilustrações de momentos emblemáticos dos cinco volumes da série, assim como vinte frases preferidas dos fãs, este é o livro ideal para quem está com saudades de A Seleção e quer passar um tempinho a mais nesse universo inesquecível".
Anna e o planeta, do escritor norueguês Jostein Gaarder (autor de O mundo de Sofia), mistura fantasia e viagens no tempo para contar a história muito curiosa: "Pouco antes de completar dezesseis anos, Anna começa a receber mensagens em seus sonhos. Preocupados, os pais resolvem levá-la a um psiquiatra, mas o médico não acha que exista algo errado. Na verdade, o excêntrico dr. Benjamin acredita que parte do que ela vê nos sonhos é real, como o agravo do aquecimento global e a consequente extinção de vários animais. Ele está certo, pois Anna está observando o mundo através dos olhos de Nova, sua bisneta que vive em 2082 e está prestes a fazer dezesseis anos".
Pelo selo Penguin Companhia, a coletânea O livro de Moriarty reúne todas as seis histórias (cinco contos e um romance) em que o detetive Sherlock Holmes enfrenta seu nêmesis: "O Napoleão do crime. É assim que Arthur Conan Doyle define o professor James Moriarty, arquirrival de Sherlock Holmes e um dos grandes vilões da literatura universal. Não há crime em Londres, do mais banal dos roubos ao mais terrível dos assassinatos, que não tenha sua mão". Um livro tanto para fãs como para quem ainda não teve a oportunidade de conhecer este personagem singular.
Fechando esta série, o selo Suma das Letras apresenta A rainha de Tearling, de Erika Johansen, primeiro de uma trilogia que mistura distopia e fantasia medieval: "Quando a rainha Elyssa morre, a princesa Kelsea é levada para um esconderijo, onde é criada em uma cabana isolada, longe das confusões políticas e da história infeliz de Tearling, o reino que está destinada a governar. Dezenove anos depois, os membros remanescentes da Guarda da Rainha aparecem para levar a princesa de volta ao trono – mas o que Kelsea descobre ao chegar é que a fortaleza real está cercada de inimigos e nobres corruptos que adorariam vê-la morta. Mesmo sendo a rainha de direito e estando de posse da safira Tear – uma joia de imenso poder –, Kelsea nunca se sentiu mais insegura e despreparada para governar. Em seu desespero para conseguir justiça para um povo oprimido há décadas, ela desperta a fúria da Rainha Vermelha, uma poderosa feiticeira que comanda o reino vizinho, Mortmesne. Mas Kelsea é determinada e se torna cada dia mais experiente em navegar as políticas perigosas da corte.
Como ainda temos pela frente algumas semanas de calor, vamos aproveitar a maré enquanto esperamos pelas águas de março.
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