A discussão é antiga e em alguns ambientes do fandom (quadrinhos e literatura, por exemplo) foi superada há tempos, mas com a chegada de novas gerações de consumidores – que agora têm voz fácil e barata – o assunto volta com requintes de intolerância e preconceito. Isso acontece porque a memória do brasileiro é muito curta, bem como sua histórica convicção de que não é preciso estudar o passado. Volta e meia, ressurgem aventureiros em busca da luz de holofotes, mesmo que para obtê-la tenham que revolver cadáveres sepultados há décadas.
Não é preciso que eu rebata aqui os argumentos do mancebo desinformado (talvez ele realmente acredite estar prestando um 'serviço de utilidade pública', embora eu tenha sérias dúvidas a esse respeito), porque muita gente já o fez e bem, como Raul Tabajara, do canal Ilustradicas, em um divertido vídeo resposta disponível aqui, e no longo e denso hangout promovido pelo canal ZineExpo, disponível em duas partes aqui e aqui – esta última com a participação de meu amigo Thiago Spiked, publisher da editora de quadrinhos Crás.
Recomendo que todos os interessados no assunto que assistam estes vídeos e ponderem a respeito. Ainda que seja uma polêmica falsa, é importante que esse tipo de asneira não ecoe num mercado cultural historicamente subserviente e difícil, e venha a prejudicar seus protagonistas justamente em um de seus melhores momentos.
Imagem do saite Clube da Sombra
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