Cheguei às 17 horas, horário anunciado para o início dos trabalhos. Já lá estavam alguns dos envolvidos no livro e fui recebido pelo simpático casal organizador da antologia, Ademir Pascale e Elenir Alves, que foram logo me entregando um exemplar da antologia e pedindo para que eu autografasse os deles.
O divertido casal de agitadores culturais Rosana Raven e Iam Godoy, editores vários fanzines de horror, chegou cedo, e Iam foi logo se preparar para representar o morto-vivo de estimação do evento. A maquiagem ficou muito boa, como se pode ver na foto.
A noite foi chegando e o povo também. Dos autores publicados no livro, lá se reuniram Elenir Alves, Carlos Eduardo Lima Santos, Mario Carneiro Jr, Pedro Moreno, Mariana Albuquerque e Alex Mir. Outros podem ter chegado mais tarde, mas eu saí cedo e só consegui os autógrafos destes.
Pelas 18 horas chegaram o sempre bem humorado escritor e editor de fanzines Adriano Siqueira, e o prestativo Roberto de Sousa Causo, que me trouxe de presente exemplares da antologia Portal Fundação e da coletânea Paraíso líquido, de Luiz Brás.
A Ludus Luderia, onde aconteceu o encontro, é um lugar muito bacana e agradável, instalada na Rua 13 de Maio, com uma grande área descoberta muito bem aproveitada. Foi a primeira vez que fui a uma luderia e achei um programa bem legal.
Depois de muitas fotos (que podem ser vistas aqui e aqui) e troca de autógrafos, despedi-me do pessoal por volta das 19 horas, aproveitando a carona que Causo me ofereceu até o metrô. Acabamos empacados por quase uma hora num grande congestionamento na subida da Augusta, que tinha quase todas as suas travessas obstruídas. Mas o tempo foi muito bem aproveitado, numa caudalosa discussão sobre as propostas de Luiz Brás - pseudônimo do escritor Nelson de Oliveira - para que o mainstream assenhore-se do imaginário da ficção científica, tema que tem sido debatido amplamente em vários fóruns, embora os próprios autores de FC não saibam bem o que fazer com ele, eu inclusive.
Ainda estou tentando formar uma opinião, mas acho curioso que enquanto os autores brasileiros de FC&F sonham em ser aceitos pelo mainstream, Brás, que não tem dificuldade nenhuma com o mainstream, deseja ser um autor de FC. A diferença é que, para Brás, trata-se de um projeto artístico conceitual, enquanto que para a maioria dos autores brasileiros de FC&F o que interessa é um bom desempenho comercial. Não estão falando a mesma língua. Além do mais, a provocação de Luiz Brás é endereçada ao mainstream, não aos autores do fandom. Estes não precisam ser motivados e escrever FC, já o fazem por diletantismo. Contudo, Brás ainda é o único escritor mainstream que assumiu o arriscado projeto de se tornar um autor de FC em tempo integral. Os demais, que um dia enveredaram por esses caminhos capciosos, geralmente têm muita dificuldade em reconhecer que o fizeram.
No fim das contas, desembarquei na estação Consolação, ali mesmo na Paulista. A viagem de volta foi atribulada, com conduções lotadas, mas deu para ler alguns contos da antologia Zumbis e o posfácio de Edgar Indalécio Smaniotto, um ensaio sobre as origens da ideia do morto-vivo, na ciência e na literatura.
Apesar de cansativa, a ida ao lançamento foi proveitosa e muito divertida, o que me faz lamentar bastante não poder ser mais frequente nesses eventos. A antologia Zumbis, quem disse que eles estão mortos? também pode ser adquirida aqui.
Passei para agradecer o seu apoio sempre, e dizer que adorei a introdução que escreveu para a antologia Zumbis. Foi um prazer conhecê-lo pessoalmente...vida Longa ao Hiperespaço
ResponderExcluirabração da Raven