O modelo não é novo, de fato ele já estava presente nos primeiros trabalhos de FC do final do século XIX, quando a revolução industrial ainda não estava totalmente consolidada e o sonho da tecnologia estava nas máquinas movidas a vapor. Jules Verne e H. G. Wells sempre são citados como referência quando se trata do steampunk, mas eles não o eram de fato. Verne e Wells escreviam ficção científica, ponto. O steampunk é um tipo de revival daquela fantasia tecnológica de final de século, porém transposto para os nossos dias, como se a tecnologioa do vapor tivesse de fato ido além das locomotivas e chegado aos computadores e ao espaço, tudo na base do vapor. Absurdo? Pode ser, mas muito romântico. Autores como Bruce Sterling e William Gibson, os papas do cyberpunk, modernizaram os contornos criativos desse modelo quando publicaram The difference engine, um romance que fala sobre o surgimento da tecnologia digital ainda nos tempos vitorianos e o impacto que isso causaria na civilização.
Outros autores vieram unir-se a essa proposta e o cinema em especial, com filmes como As loucas aventuras de James West e A Liga dos Cavalheiros Extraordinários, auxiliou na popularização do modelo entre o público leigo antes mesmo que ele se tornasse maduro no gênero.
Dispostos a não serem deixados para trás, nove autores brasileiros dedicaram-se a compor a primeira antologia brasileira específica no estilo. São eles: Fábio Fernandes, Antonio Luis M. C. Costa, Alexandre Lancaster, Roberto de Sousa Causo, Claudio Villa, Jacques Barcia, Romeu Martins e Flávio Medeiros, além do organizador Gianpaollo Celli que arriscou ele mesmo um conto.
O conceito é instigante e o time de autores anima a leitura imediata. Mas não vou fazer uma análise crítica agora, que deve sair no Anuário 2009. Por enquanto, fica aqui apenas a divulgação.
O livro pode ser encomendado diretamente no site da Editora Tarja.
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