Antonio Olinto faleceu no último sábado, dia 12 de setembro, no Rio de Janeiro, de falência múltipla dos órgãos. Foi velado no prédio da ABL e sepultado no mausoléu da Academia, no Cemitério João Batista. O presidente da ABL, Cícero Sandroni, determinou luto oficial de três dias, conforme noticiou o Diário de Canoas on line.
Muita gente da FC&F só teve contato com esse autor unicamente na antiga Coleção GRD, do visionário editor Gumercindo Rocha Dórea, que organizou várias antologias e coletâneas de contos com autores escolhidos a dedo entre os mais expressivos de seu tempo.
Antonio Olinto, mineiro de Ubá, foi professor e jornalista, dono da cadeira número oito da Academia Brasileira de Letras. Seu primeiro livro foi a antologia poética Presença publicada em 1949. Desenvolveu um amplo trabalho como ensaísta, crítico literário e divulgador da cultura brasileira. Em 1994 recebeu o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra. A biblioteca da Faculdade de Letras Ozanan Coelho, de Ubá, recebeu seu nome.
Na FC seu currículo é pequeno, mas significativo. Foram dois contos, ambos publicados pela GRD: "O menino e a máquina", na Antologia Brasileira de Ficção Científica e "O desafio", em Histórias do acontecerá. Olinto foi ainda o primeiro crítico a publicar ensaios sobre ficção científica em um livro, o Cadernos de crítica.
Para mais dados sobre sua carreira e vida, há um relato detalhado no site da ABL, aqui.
Ainda que o acadêmico tenha se afastado do gênero, ao ponto de nem relacionar os trabalhos de FC em sua bibliografia oficial, mesmo assim merece a nossa lembrança e homenagem, pelo que fez em favor da FC&F no Brasil num tempo em que quase ninguém se importava com isso.
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