quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Ghost Writer bradburiano

Apresentado por Ricardo Herdy e Raphael Modena, o podcast literário Ghost Writer chega a sua 16ª edição, desta feita dedicada à obra do escritor Ray Bradbury (1920-2012).
O programa, que tem cerca de uma hora de duração, recebe Álvaro Domingues e Cesar Silva, fãs confessos de Bradbury para conversar sobre a carreira, a vida e os livros desse importante escritor norte americano.
Os demais episódios da série podem ser ouvido aqui.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O estigma do Feiticeiro Negro

A Editora Ornitorrinco colocou em pré-venda O estigma do Feiticeiro Negro, novo romance de Miguel Carqueija em parceria com Melanie Evarino, com uma história ao estilo da alta fantasia, com muita aventura, humor e personagens cativantes.
Fui convidado pelo autor para escrever um prefácio para o romance quando ainda estava sem editora. Como o texto ficou fora da edição final, publico-a a seguir:
Homenagens, personagens saborosos e uma discussão importante.
Nos últimos anos, especialmente ao longo da primeira década do século XXI, muitos romances de Alta Fantasia têm sido publicados no Brasil. Esse subgênero da Fantasia, que se dedica à criação de mundos e realidades completas, é ainda pouco desenvolvido no país, que tem uma tradição mais consolidada no realismo fantástico. Contudo, neste momento, uma infinidade de autores jovens vêm se dedicando à ele. São, em geral, trabalhos recursivos, apoiados em textos de autores de mercados nos quais o gênero é mais desenvolvido.
Longe de ser um pecado mortal, como afirmam muitos críticos, é um caminho de aprendizado, que acontece da mesma forma na poesia, na música, nos quadrinhos, na pintura etc. É inevitável que a globalização cultural influencie os autores nativos, notadamente os mais jovens. A prova é que a rede internacional de computadores está forrada dos chamados fanfics, ou ficções de fã, que repetem situações, enredos, personagens e universos dos autores consagrados. O autor fã, diferentemente do autor original, não pretende necessariamente criar, embora isso até lhe seja possível. Antes, quer reutilizar os elementos que lhe são queridos, que aprendeu a amar e anseia reviver. E da mesma forma pensam os seus leitores, que não são poucos.
O estigma do Feiticeiro Negro é uma fanfic de Alta Fantasia, escrita a quatro mãos por Miguel Carqueija e Melanie Evarino Leite, ambos fãs tanto de ficção fantástica quanto dos animês, os populares desenhos animados japoneses. Assumem, sem pudores, as influências que receberam, aproveitando desde a fantasia do autor britânico J.R.R. Tolkien e até o faroeste, que surge em alguns momentos da narrativa.
Acompanho a carreira literária do escritor fluminense Miguel Carqueija desde seus primeiros trabalhos, publicados nos fanzines brasileiros de ficção científica e fantasia a partir dos anos 1980. O autor tem facilidade em construir mundos e personagens, variar gêneros, e especialmente, inserir bom humor nas narrativas, característica rara na ficção fantástica brasileira, destacada em O estigma do Feiticeiro Negro. Carqueija divide a autoria com sua afilhada, Melanie Evarino Leite que, recentemente, estreou como escritora na antologia Invasão (Giz Editorial), com o conto "Contato de quinto grau", também em coautoria com Carqueija.
O estigma do Feiticeiro Negro é uma típica história de jornada, na qual um herói em missão reúne, pelo caminho, amigos que o ajudam a cumprir seu destino. No caso, uma heroína, a guerreira elfa Gislaine Pétala que, ao partir em resgate de sua montaria roubada, um dragão convenientemente chamado de Morte, vê-se obrigada a intervir no que parece ser uma inevitável guerra total entre dois reinos.
A ela unem-se o enfezado anão Armenio de Gottfried, o falastrão e atrapalhado cavaleiro Iúri, o mago incorpóreo conhecido como Homem Sombra, a mestra espadachim Moira Ryan, o hobbit ladrão Luis Bertholdo e o enorme indígena americano Olho de Águia. Juntos enfrentam as hordas do Cavaleiro Negro, que pretende dominar toda a região e ressuscitar antigos e poderosos espíritos adormecidos. Até alguns dos vilões são adoráveis, como o ambíguo andarilho Scoth Sergeevna e o afetado pirata Barbamarrom.
Mas o mundo de Gislaine Pétala e seus amigos não se revela totalmente e deixa mistérios saborosos à imaginação do leitor. Trata-se, obviamente, de uma realidade alternativa, na qual a magia e os seres mitológicos existem de fato mas, ao mesmo tempo, parece ser uma peça de história alternativa ao sugerir que, tal como aconteceu na nossa realidade, Jesus Cristo, o messias cristão, realizou ali o mesmo ministério e legou a mesma herança: a própria elfa Gislaine afirma ser uma convertida. Ainda que essa interessante especulação não seja desenvolvida, levanta aspectos morais e éticos que podem ser discutidos frente às atitudes da protagonista ao longo da aventura.
Enfim, O estigma do Feiticeiro Negro é uma divertida homenagem à uma pletora de obras de referência que bem o merecem, e agradará àqueles que buscam por um texto acessível, movimentado, bem humorado e positivista.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Fungos grátis

O escritor e jornalista Carlos Orsi anunciou em seu blogue pessoal que disponibilizou gratuitamente o ebook Fungos de Yuggoth, um conjunto de poemas de autoria de H. P. Lovecraft (1890-1937), escritor norte americano do período weird, que ainda hoje é uma expressiva personalidade no gênero do horror, com inúmeros admiradores e seguidores.
Assim Orsi apresenta o trabalho: "Há alguns anos, a pedido de um amigo que queria elaborar um livro com importantes obras de H.P. Lovecraft que continuavam inéditas no Brasil, empreendi uma tradução de Fungos de Yuggoth, um ciclo de 36 sonetos mais ou menos interligados, escritos por Lovecraft entre 1929 e 1930. O livro, pelo que me dizem, segue firme no caminho da publicação mas, por contenção no número de páginas, os sonetos acabaram excluídos. Então, para não perder o serviço, publiquei-os no Scribd. Está lá, de graça, com uma introduçãozinha também de minha lavra."
O arquivo, em formato pdf, pode ser baixado gratuitamente aqui. Depois, durma, se puder.

Megalon 8

Mais uma edição do raro e clássico fanzine de ficção científica e fantasia Megalon está disponível em formato digital. Agora é a vez do número 8, publicado originalmente em janeiro de 1990 por Marcello Simão Branco.
Em suas 30 páginas, a edição traz um conto de Valdo Omirex, quadrinhos de Antonio Sena, artigos de Gilberto Schoereder, Jorge Luiz Calife, Omar Albio dos Santos Filho, Ivo Heinz, Roberto de Sousa Causo e seu heterônimo Jeremias Moranu, além de uma longa entrevista com o veterano escritor e poeta André Carneiro. A capa exibe uma ilustração de Roberto Schima.
Para obter uma cópia digital gratuita, basta solicitar ao editor pelo email: marcellobranco@ig.com.br.

Faroeste para quem gosta

Não é como em outros tempos, mas o faroeste ainda ocupa um lugar importante no espaço editorial de quadrinhos no Brasil. Grandes personagens do passado, como Zorro, Red Rider, Matt Dilon, Bat Masterson, Rocky Lane, Lone Ranger, Cisco Kid e tantos outros, não têm mais títulos nas bancas e alguns são até desconhecidos dos novos leitores, mas pelo menos dois deles seguem firmes e fortes no imaginário do gênero: Tex, do estúdio italiano Sergio Bonelli, e Jonah Hex, da editora americana DC. Ambos frequentam as bancas com alguma regularidade, mais favorável ao personagem italiano, contudo.
Tex, criação de Bonelli e Galepinni, publicado pela Editora Mythos, está entre os quadrinhos mais vendidos no país, com diversos títulos simultâneos nas bancas. Neste momento, chama atenção o número 44 da série Almanaque Tex, na verdade uma antologia com seis histórias curtas do personagem, o que é uma raridade, pois Tex geralmente estrela novelas longas. A edição tem 200 páginas em preto e branco, e as histórias foram produzidas entre 1975 e 1998, todas vistas na extinta coleção Tex e os Aventureiros, sendo a primeira vez que aparecem juntas. O que faz a edição se diferenciar é que cada história vem acompanhada de um texto explicativo com informações e curiosidades sobre sua criação. Os roteiros são assinados por Gianluigi Bonelli e Claudio Nizzi, e os desenhos por Galep, Giovanni Ticci e Fabio Civitelli. A capa, de Cláudio Villa, tem uma interpretação diferenciada, em preto e branco na frente e colorida no verso. Completam a edição, 11 páginas com as todas as capas de Almanaque Tex publicadas até agora. Sem dúvida, uma edição histórica.
Por sua vez, Jonah Hex volta às bancas numa edição especial da série Os Novos 52!, intitulada Grandes Astros do Faroeste: Onde começa o inferno, publicada pela editora Panini. Trata-se da compilação das edições 1 a 6 de All-Star Western, resultando num volume com 180 páginas em cores. O roteiro de Justin Gray e Jimmy Palmiotti, associado aos desenhos de Moritat, conta uma história no estilo weird west passada na Gothan City do século 19. Lá, Hex envolve-se com famigerado pesquisador Amadeus Arkhan e tem que enfrentar um povo estranho e perigoso que vive nos subterrâneos da cidade. A edição também publica histórias com El Diablo, por Jordi Bernet, e Espírito Bárbaro, por Phil Winslade. Com as especulações sobre o possível cancelamento da série de Jonah Hex, pode ser a última chance dos fãs do pistoleiro mais bonito do oeste curtirem uma aventura inédita deste que é um dos poucos quadrinhos norte americanos de faroeste ainda em publicação.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Edmundo Rodrigues (1935-2012)

Infelizmente, 2012 nos obriga a dizer o último adeus a mais um dos mestres do quadrinho brasileiro, Edmundo Rodrigues, que ficou famoso por ilustrar a versão gráfica do popular personagem do rádio, Jerônimo, O Herói do Sertão.
Paraense nascido em 10 de janeiro de 1935, Manuel Edmundo Botelho Rodrigues iniciou sua carreira logo aos 14 anos de idade, no histórico semanário O Tico-Tico, e logo estava publicando também nas revistas Sesinho e Vida Juvenil.
Mas foi na Editora Rio Gráfica, a partir de 1954, que seu nome se tornou conhecido, quando iniciou a produção dos quadrinhos de Jerônimo, O Herói do Sertão, criação de Moisés Weltman para histórias radiofônicas, numa série que teve mais de 60 edições.
Rodrigues também ilustrou muitos outros títulos da mídia, como Falcão Negro, de Péricles Leal, e 22-2000: Cidade Aberta, além de Antar e O Vingador.
Ao longo dos anos 1960 e 1970, Rodrigues desenhou de tudo um pouco, como o faroeste O Máscara de Prata e o policial O Carrasco. Na ficção fantástica, fez Maja, a Mulher Vampiro e Irina, a Bruxa, ambas no gênero do horror, e a ficção científica Fantar, além de uma bem realizada adaptação do romance de Júlio Verne, 20.000 léguas submarinas. Também produziu muitas histórias de super-heróis, mistério e guerra para as principais editoras de quadrinhos da época, tais como Taika, O Livreiro e GEP.
Durante a breve passagem dos personagens Marvel pela Bloch, no final dos anos 1970, Edmundo Rodrigues foi contratado pela editora como diretor de arte, prosseguindo com quadrinhos nacionais depois que os enlatados americanos foram para outras editoras, publicando histórias de Julio Shimamoto, Flavio Colin, Eduardo Ofeliano, Eugênio Colonnese, Antonino Homobono e muitos outros, nas revistas Drácula, Aventuras de Didi, Historias Reais de Lobisomem, Spectreman, Capitão Mistério, Mestre Kim, Sexta-Feira 13 e Clássicos de Pavor, entre outras.
Com o fim da Bloch, em 1993, Rodrigues abandonou os quadrinhos e continuou trabalhando com ilustração editorial e publicitária, mas manteve o contato com seus muitos fãs, inclusive pelas modernas redes sociais.
Edmundo Rodrigues faleceu no dia 10 de setembro, ao 77 anos de idade.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A cidade e as estrelas

Volta às livrarias brasileiras, agora pelo selo Pulsar da Devir Livraria, um dos maiores clássicos da literatura de ficção científica: o romance A cidade e as estrelas (The city and the stars, 1956), do escritor britânico Arthur C. Clarke, anteriormente publicado, sob o mesmo título, pelas editoras GRD (1967), Nova Fronteira (1979) e Abril Cultural (1984). 
O romance é ampliação da novela "Against the fall of night", publicada pela primeira vez em 1948 na revista Startling Stories. Uma versão em português dessa novela pode ser encontrada no livro Anti-crepúsculo, publicado nos anos 1950 em Portugal pela Editorial Panorama.
A cidade e as estrelas conta a história de Alvim, um jovem descontente com a utopia de sua cidade, a futurista Diaspar que, a partir de um computador central, provê todas as necessidades de sua população, inclusive uma virtual imortalidade. Contudo, Diaspar é fechada e embora não seja proibido sair, ninguém nunca se afasta dela. Mas a história, é claro, será diferente com Alvim.
A cidade e as estrelas geralmente está presente em todas as listas de melhores histórias do gênero, e muitos leitores e autores a apontam como responsável pela sua iniciação no maravilhamento literário.
Esta nova edição do romance tem 280 páginas, tradução de Hélio Pólvora e traz na capa uma ilustração exclusiva de Vagner Vargas. Um relato do artista sobre o trabalho de produção da imagem pode ser visto no blogue Arte em Transição.
E mais informações, no saite da Devir.

As capas anteriores de A cidade e as estrelas:
 

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Anuário na Fantasticon

Silvio Alexandre, curador da Fantasticon, acaba de confirmar: Cesar Silva e Marcello Simão Branco, autores do Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica, estarão presentes ao evento nos dias 15 de setembro, sábado, às 18h30, e no dia 22, também um sábado, às 17h.
O Anuário comparece à Fantasticon desde a sua primeira edição. Trata-se uma publicação de discussão, registro e memória da literatura fantástica brasileira, que acompanha atentamente a evolução do gênero no Brasil desde o ano de 2004 (publicado em 2005), sendo esta é a sua oitava edição, a terceira sob o selo da Devir Livraria.
A Fantasticon acontece nos dias 15, 16, 22 e 23 de setembro, no auditório da Biblioteca Viriato Correa (Rua Sena Madureira, 298, São Paulo).
Aproveito para reproduzir, a seguir, o relise de divulgação preparado pela editora:

Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica 2011
Autores: Marcelo Simão Branco e Cesar Silva
Capa: Rogério Vilela
Selo Enciclopédia Galáctica, setembro 2012.
194 páginas PB em papel off-set 75 g/m²
Formato: 14,0 cm × 21,0 cm

Numa iniciativa dos jornalistas e pesquisadores de ficção científica e fantasia Marcello Simão Branco e Cesar Silva, o Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica foi publicado pela primeira vez em 2005. Apresenta um amplo e profundo panorama do cenário fantástico nacional, em suas três manifestações principais, a ficção científica, a fantasia e o horror, além de contemplar também as criações híbridas entre estes gêneros e os chamados trabalhos de “fronteira”, isto é, o fantástico abordado a partir da perspectiva do mainstream literário.
Contém notícias sobre prêmios e personalidades, artigos sobre o mercado editorial, listas dos livros recomendados lançados durante o ano. Para esta edição de 2011 apresenta um resenhador convidado, que vem a somar com as resenhas dos autores do Anuário aos vários dos principais livros de autores brasileiros e estrangeiros publicados em 2011. Apresenta também ensaio de um especialista convidado, e uma seção histórica com datas e resenhas de livros importantes. A Personalidade do Ano de 2011 é o legendário editor Gumercindo Rocha Dorea, descobridor de talentos e responsável pelas principais coleções de livros de fc do país, nos anos 1960 e 1990. Dorea é contemplado com uma extensa entrevista sobre a sua obra.
O Anuário tem por meta realizar um registro do estado dos gêneros no país, além de auxiliar tanto os leitores em busca do que há de novo, como aos escritores que desejam destrinchar as tendências do mercado. E também a editores e pesquisadores, que estão em busca de um conhecimento mais sistematizado e amplo do que está surgindo e das perspectivas para o fantástico no Brasil.
O Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica recebeu em 2010 o Prêmio “Melhores do Ano”, na categoria “Melhor Não-Ficção”, concedido pelo site Ficção Científica e Afins, da escritora Ana Cristina Rodrigues.

Repercussões:
Embora a literatura fantástica enfrente muitos desafios no Brasil, um trabalho árduo de crítica e pesquisa como o do Anuário permite uma base sólida para o desenvolvimento de pesquisas e publicações”.
— Rachel Haywood Ferreira, Iowa State University.

 “As suas carreiras críticas — existentes há anos em várias publicações, e há seis anos no Anuário —, são o balanço global dos gêneros literários que vocês analisam, o mais competente, sério e abrangente, dentro do universo crítico brasileiro.
— André Carneiro, autor de Confissões do Inexplicável.

O Anuário é uma das publicações de crítica de ficção especulativa mais independentes e de maior personalidade no país. Editores, pesquisadores, colecionadores de livros, escritores e fãs devem encontrar uma fonte de consulta, de avaliações e de opiniões críticas inestimável para dar perspectiva ao momento atual.
— Roberto de Sousa Causo, Terra Magazine.

Um projeto raro e ambicioso, que apresenta uma perspectiva global e sistematizada a respeito do mercado no Brasil e confere-lhe uma unidade na qual os autores poderão posicionar-se. Além disso, contribui para o crescimento da crítica profissional e do estudo acadêmico, essenciais ao desenvolvimento de qualquer literatura."
— Luís Filipe Silva, site Efeitos Secundários (Portugal).

Sobre o selo Enciclopédia Galáctica:
Em 2010, a Devir Livraria inaugurou o selo “Enciclopédia Galáctica”, destinado a obras de não-ficção voltadas para a discussão, análise e registro dos gêneros ficção científica, fantasia e horror na literatura, quadrinhos, jogos, cinema e televisão. O selo busca fomentar a produção crítica a respeito desses gêneros e formas de expressão, em um momento em que cresce muito o interesse pela literatura de ficção científica, fantasia e horror no ambiente acadêmico e literário nacional. O primeiro livro do selo foi Visão Alienígena: Ensaios sobre Ficção Científica Brasileira, de M. Elizabeth Ginway, brasilianista e professora de língua portuguesa e literatura e cultura brasileira na Universidade da Flórida (em Gainesville).

Mais informações sobre o Anuário e suas edições anteriores podem ser obtidas no saite da Devir Livraria, e pelo email marialuzia.devir@gmail.com.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Casa do terror

É um livro? É uma revista? É um fanzine? É tudo isso e mais um pouco.
Trata-se da edição de estreia da Casa do terror, editada pela Pada Produções através do grupo independente Quarto Mundo, com organização do escritor e roteirista Gian Danton.
O volume é apresentado em forma de pocketbook, com contos, artigos, resenhas e entrevistas, à moda das clássicas revistas pulp. Os contos são assinados por Alexandre Lobão, Rodrigo Moreno, A. Moraes, Josiel Vieira, Martha Argel, Gian Danton e Leonardo Santana. Também traz um artigo trata sobre Edgar Allan Poe, resenhas Carrie a estranha, de Stephen King, e Anjo de Dor, de Roberto de Sousa Causo, e entrevista Marcelo Milici, o editor do saite Boca do Inferno.
Casa do Terror tem 60 páginas, e pode ser encomendada na Bodega do Leo.

Juvenatrix 139

Os fanzines de FC&F podem até ter morrido, mas era de se esperar que um fanzine de horror tenha naturalmente em seu dna o gene para seguir vivendo mesmo após a morte de todos os seus iguais. Dessa forma, Juvenatrix faz valer seu nome e continua caminhando, mesmo depois que o mundo foi adiante.
A edição 139 traz, em 28 páginas, contos de Rynaldo Papoy, Dalila Rocha Sousa e Rita Maria Felix da Silva; uma relação dos filmes das produtoras Hammer e Universal, catalogados por Alaerte Miranda Golzenleuchter; resenhas dos filmes O lago dos zumbis (1981), A pequena loja dos horrores (1960) e A sentinela dos malditos (1977), todas assinadas pelo editor Renato Rosatti; além de notícias e divulgação de produções alternativas e álbuns de metal extremo. A capa exibe uma ilustração de Marcos T. R. Almeida.
Para obter uma cópia gratuita, em formato pdf, basta solicitar pelo email renatorosatti@yahoo.com.br.

Megalon 7

Está disponível mais uma edição digitalizada do legendário fanzine de ficção científica e horror Megalon, publicado originalmente em novembro de 1989 pelos editores Marcello Simão Branco e Renato Rosatti.
O periódico, que comemorava então o seu primeiro ano de publicação, apresenta contos de Carlos André Mores e Roberto Schima, resenhas de Jeremias Moranu para A vida secreta de Jonas, de Luiz Galdino, e Kalun, de Menotti Del Picchia; e artigos sobre cinema, quadrinhos e literatura assinados por Roberto de Sousa Causo, Mr. Quadrinhos, Omar Albio dos Santos Filho, Vicente Sodak, Jorge Luiz Calife e Moebius Ring, além dos próprios editores. A capa traz uma ilustração de José Carlos Neves.
O arquivo digital agrega o índice geral do primeiro ano de publicações do fanzine, perfazendo o total de 34 páginas. Para obter uma cópia gratuita, basta solicitar pelo email marcellobranco@ig.com.br.

Caminhos do fantástico


Faltam poucos dias para a abertura da sexta edição da Fantasticon que, mais que um simpósio de literatura fantástica, é um verdadeiro congraçamento de editores, autores e fãs ligados à literatura de um gênero que cresceu e apareceu no ambiente editorial nos últimos anos.
O saite do evento dispõe da programação de palestras e debates que acontecerão nos dias 15, 16, 22 e 23 de setembro, no auditório da Biblioteca Viriato Correa (Rua Sena Madureira, 298, São Paulo).
Além do simpósio em si, a Fantasticon abriga diversas atividades paralelas, como oficinas, exposições, seções de autógrafos e uma mancheia de lançamentos. Entre eles, a aguardada seleta Caminhos do Fantástico, organizada por Silvio Alexandre e Claudio Brites com histórias de fantasia, terror e ficção científica selecionadas através de um concurso realizado no primeiro semestre de 2012.
Publicado pela editora Terracota, o volume traz textos de Leandra Lambert, Luís Roberto Amabile, Marcelo Augusto Galvão, Cláudia Cristina Guelfi Faga, Alexandre Jarém Indá Mandarino, Antonio Ismailey Moreira de Souza, Leandro Gomes Nogueira, Cícero Fernando Pereira Leitão, Gilberto Garcia da Silva, Marcelo Luiz Bigheti, Tibor Moricz, Bruna Dantas Lobato, Elisa Gonçalves Celino, Marta Rolim e Ícaro dos Santos França.
A lista completa dos lançamentos da Fantasticon pode ser vista no saite do evento, aqui.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Escuridão eterna

André Vianco, autor de alguns dos romances mais vendidos da história do horror nacional, como Os sete e Vampiro Rei, tem se dedicado bastante a promover a adaptação de seus trabalhos para outras mídias. Fã confesso de cinema e hq, Vianco teve publicado em 2007 dois álbuns de quadrinhos com a história original Vampiros do Rio Douro, e ainda podem ser vistos na internet trechos de um seriado dirigido pelo próprio autor, baseado em outro de seus grande sucessos literários, a trilogia O turno da noite.
Agora é a vez de O turno da noite chegar à arte sequencial na novela gráfica Escuridão eterna, com ilustrações de Santtos e roteiro do próprio Vianco. Conta a história de um grupo de jovens vampiros que é arregimentado pelo ancião Ignácio para fazer parte de um grupo de assassinos de aluguel, ao mesmo tempo em que uma epidemia de vampirismo se espalha pela cidade.
Escuridão eterna tem 126 páginas em cores, é uma publicação da editora Novo Século e custa R$39,90. Um trecho da história pode ser visto aqui.