tag:blogger.com,1999:blog-30317772345363733012024-03-19T05:47:12.466-03:00Mensagens do HiperespaçoHiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.comBlogger2269125tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-60722299312778888492024-03-18T09:32:00.003-03:002024-03-18T09:32:41.810-03:00Lançamento: O senhor da morte, a rainha da vida, Homer Eon Flint<div style="text-align: left;"><i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWVkJGJSPIcbqX7OCNcdnqE_nv6Lx4T2G3YIQpkrhmXh5-SfvmCFnHlaUj-YmEh7IcgKM7oQ2xOpsANUESXGqOKas6vJkxKy42SW2LObVYBbE77yp33pRtfePAYpc4zWXBCoq1LRlV2Q4iUjqD7t-bFdp-mV0HzEyHvo7gVCoz5RQ7CocacgsTxOZhzEc/s858/senhor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="858" data-original-width="570" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWVkJGJSPIcbqX7OCNcdnqE_nv6Lx4T2G3YIQpkrhmXh5-SfvmCFnHlaUj-YmEh7IcgKM7oQ2xOpsANUESXGqOKas6vJkxKy42SW2LObVYBbE77yp33pRtfePAYpc4zWXBCoq1LRlV2Q4iUjqD7t-bFdp-mV0HzEyHvo7gVCoz5RQ7CocacgsTxOZhzEc/w266-h400/senhor.jpg" width="266" /></a></div>O senhor da morte, a rainha da vida</i> (<i>The lord of death and The queen of life</i>) é o novo título da coleção Andarilhos, clube de assinaturas da Editora Andarilho dedicado à publicação mensal de livros de bolso de ficção fantástica clássica e inédita, de autores pouco conhecidos. <br />O volume reúne duas noveletas publicadas originalmente em 1919, ambas do escritor americano Homer Eon Flint (1888-1924) que, antes de entrar na carreira literária, foi roteirista de cinema. O autor não publicou muito, contudo, pois morreu em circunstâncias misteriosas, em um acidente com um automóvel roubado. <br />Diz o texto da quarta capa: "Em uma nave em formato de cubo, quatro profissionais de áreas diferentes embarcam em viagens interplanetárias. Durante a jornada, os tripulantes descobrem diversos mistérios envolvendo os intrigantes planetas Mércúrio e Vênus, e se arriscam para entender a sociedade alternativa desses mundos."<br />O livro tem 268 páginas, tradução de Gustavo Terranova Aversa e, junto ao volume, os assinantes recebem, além de um marcador de páginas personalizado, um cartão postal do planeta Mercúrio.<br />Os livros do <a href="https://www.clubeandarilhos.com.br/product-page/plano-anual-%C3%BAnico?utm_source=Editora+Andarilho&utm_campaign=927e5caa61-EMAIL_CAMPAIGN_2023_05_17_09_02&utm_medium=email&utm_term=0_-927e5caa61-%5BLIST_EMAIL_ID%5D" target="_blank">Clube Andarilhos</a> são comercializados inicialmente por assinaturas, mas após algumas semanas são oferecido para venda no saite da editora, <a href="https://www.editoraandarilho.com/catalogo" target="_blank">aqui</a>.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-36563382038313631092024-03-16T15:04:00.006-03:002024-03-16T15:04:54.546-03:00O enigma do dragão, Robson Muniz<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0kXSmhAFCWMCfLmWN16zzdSPFgXPoeOs2VoWYOfkGK06_bCWmIA0S1rg8iT3HWByEB2gPtxz4b5W_kkHWQrImLxqti9ETYSLeeLcHPOTBYq9LfckKeriqEPm3AxU8pGsJ8i7NZugKliqUwZIH1UgJSP4Km987vmOXA-J5FUnY9CStnhxt6mJYAf272Rg/s466/81szQnKYm8L._SY466_.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="466" data-original-width="292" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0kXSmhAFCWMCfLmWN16zzdSPFgXPoeOs2VoWYOfkGK06_bCWmIA0S1rg8iT3HWByEB2gPtxz4b5W_kkHWQrImLxqti9ETYSLeeLcHPOTBYq9LfckKeriqEPm3AxU8pGsJ8i7NZugKliqUwZIH1UgJSP4Km987vmOXA-J5FUnY9CStnhxt6mJYAf272Rg/w251-h400/81szQnKYm8L._SY466_.jpg" width="251" /></a></div>Um modelo editorial viabilizado pelas plataformas de auto-edição é a publicação de contos independentes, algo similar ao que no mercado fonográfico é conhecido como <i>single</i>. São volumes com apenas um conto curto ou pequena novela, que dificilmente ganharia publicação avulsa em formato impresso comercial. <br />Algumas editoras chegaram a explorar o potencial do formato publicando dessa forma os contos de antologias publicadas em formato impresso, mas a coisa não foi adiante, sinal que não deve ter sido muito lucrativo para elas. Os leitores geralmente preferem romances longos, e já é bastante difícil para as editoras venderem antologias, o que não se dirá de contos avulsos. Mas a dinâmica permite que autores independentes lancem seus próprios trabalhos sem passar pela ortodoxia dos trâmites editoriais e, dessa forma, obter respostas mais imediatas de seu público. </div><div style="text-align: left;">Este é o caso do conto de fantasia medieval <i>O enigma do dragão</i>, de Robson Muniz de Souza. <br />Diz o texto de apresentação: "O menino Carlos é mandado como presente para um dragão por um rei ganancioso, ao invés de devolver o tesouro roubado. Porém, o dragão fica furioso com a atitude do rei e quer destruir tudo, mas Carlos implora ao dragão para não o fazer, então o dragão propõe um enigma ao menino, e se conseguir resolver, não irá destruir seu vilarejo." <br /><i>O enigma do dragão</i> tem 14 páginas e pode ser adquirido <a href="https://www.amazon.com.br/dp/B0CTCV2N24?ref_=cm_sw_r_mwn_dp_6DE9DXKH1HYANQHC99N9&language=en_US" target="_blank">aqui</a>.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-18868122509281268752024-03-14T14:16:00.002-03:002024-03-14T14:17:29.138-03:00Conexão Literatura 105<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl0WzPRjBPFGB4Ervqwn8_LhYaqNOZqLaht0A_T52zOoECZu1Vbrb3ATKDsjjkGZSmF3ejgtRg1prt8vJOW_7dc92qBmPuL3x5APuiu2Y2GCr1046fzOH609e4j3FBihHesisPtJwl5LsZ0IucXCGwPZFBkt4cK_-woNQJJ2tBBBsu_SpsCwXN4Bg7W3M/s1024/capa105-724x1024.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="724" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgl0WzPRjBPFGB4Ervqwn8_LhYaqNOZqLaht0A_T52zOoECZu1Vbrb3ATKDsjjkGZSmF3ejgtRg1prt8vJOW_7dc92qBmPuL3x5APuiu2Y2GCr1046fzOH609e4j3FBihHesisPtJwl5LsZ0IucXCGwPZFBkt4cK_-woNQJJ2tBBBsu_SpsCwXN4Bg7W3M/w283-h400/capa105-724x1024.jpg" width="283" /></a></div>Está disponível a edição de março do periódico eletrônico <i>Conexão Literatura</i>, editado por Ademir Pascale, dedicado à divulgação de novos autores e obras da literatura brasileira. <br />A edição tem 121 páginas e traz contos de Roberto Schima, Luciana Simon de Paula Leite, Idicampos, Ney Alencar, Iraci J. Marin, Mírian Santiago, Mònica Palacios e Sellma Luanny. Também traz entrevistas com os escritores Adriana C. A. Figueiredo, Fernando Carvalho, Fernando Sypriani, Antoine de Bourj Hammoud, além de poemas, crônicas, resenhas e artigos de assuntos variados.<br />A revista tem distribuição gratuita e pode ser baixada aqui. Números anteriores também estão disponíveis.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-61261139829394869182024-03-13T14:18:00.001-03:002024-03-13T14:18:26.905-03:00A ampulheta quebrada, de Miguel Carqueija<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhguZ6gbhP8P1Rhm84pqgY6DAaqAPYL5n_gIF-dFb4J7PReOfltMecvjtPNswr6xgGao0UN6GHYyEasReWK71lTqU-A9ZkeRgUcayhm_g6MhQKJWWXyYVvAtb4I7x8Bosm0IoKiG84PaWSn0KMEfhBMajusPBR-hDuk_hxUlNlPmXbNYRm2E6KI9cnIR0U/s640/hourglass-3257906_640.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="615" data-original-width="640" height="385" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhguZ6gbhP8P1Rhm84pqgY6DAaqAPYL5n_gIF-dFb4J7PReOfltMecvjtPNswr6xgGao0UN6GHYyEasReWK71lTqU-A9ZkeRgUcayhm_g6MhQKJWWXyYVvAtb4I7x8Bosm0IoKiG84PaWSn0KMEfhBMajusPBR-hDuk_hxUlNlPmXbNYRm2E6KI9cnIR0U/w400-h385/hourglass-3257906_640.png" width="400" /></a></div>Novela de fantasia e mistério do veterano escritor carioca Miguel Carqueija, publicado pelo próprio autor em formato de arquivo de texto na plataforma <i>Recanto das Letras.</i><br />Carqueija é um autor prolífico, que já publicou centenas de trabalhos, tanto em formato impresso quanto digital, e desde há alguns anos vem praticando sua ficção nesse formato incomum mas bastante eficiente. <br />Diz o próprio autor sobre a obra: "Lotar Camarral,conhecido e veterano detetive particular, é procurado pelo amigo Paul Conrado e pela elfa Ariel Lux, para investigar o misterioso assassinato do mago Ártemis Olovino, da Irmandade da Sombra Persistente. O crime se dera em Bolônia, no Castelo de Festas Iguatemi, durante uma festa com centenas de convidados. Detalhe preocupante: a espada mágica de Ártemis, aparentemente utilizada para o crime, desaparecera. O corpo foi encontrado na biblioteca e perto dele encontrava-se uma ampulheta quebrada e com parte de seu conteúdo derramado. Um desafio e tanto para um grande detetive porém Lotar, sem dispor de poderes mágicos, conseguirá resolver caso tão complicado?"<br />O texto pode ser baixado gratuitamente <a href="https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/8016844" target="_blank">aqui</a>. Dezenas de outros textos do autor estão disponíveis na mesma plataforma.</div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: right;"><span style="font-size: small;">Imagem: Anaterate, Pixabay</span></div><br /></div><div><br /></div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-86558638948145394772024-03-12T14:23:00.004-03:002024-03-12T14:23:26.445-03:00Lançamento: O vazio e sei lá o que mais..., Ricardo Celestino<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRICYS7UXbvFfGRkDU6tDuwfYAiUucqENe5vDaKKKjXEsZ57MojDcnHiczmEBfWalgOcfTZnVh0z5R4O_JFf-oR5iEeReVaBiBwz8eDP-wPwpwP6p3Gt3mHzbkxgUDcmiLgPRHA5-oSYMm-WyJ7zWx9zP22wj9aPyb0dIJ1dMas_FsXuC6Sbb4ydxjCcU/s329/430085010_18424504483013278_163596157652640361_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="329" data-original-width="228" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRICYS7UXbvFfGRkDU6tDuwfYAiUucqENe5vDaKKKjXEsZ57MojDcnHiczmEBfWalgOcfTZnVh0z5R4O_JFf-oR5iEeReVaBiBwz8eDP-wPwpwP6p3Gt3mHzbkxgUDcmiLgPRHA5-oSYMm-WyJ7zWx9zP22wj9aPyb0dIJ1dMas_FsXuC6Sbb4ydxjCcU/w278-h400/430085010_18424504483013278_163596157652640361_n.jpg" width="278" /></a></div>Se você estiver pronto para uma experiência literária em ficção fantástica que vai muito além da literatura, então <i>O vazio e sei lá o que mais...</i> é o livro que vai causar experiências sensoriais tão incomuns quanto imprevisíveis. Trata-se de uma coletânea de contos concretistas com muitas experiências formais surpreendentes, que fazem deste um quase livro de artista.<br />A obra é do escritor paulista Ricardo Celestino, autor dos elogiados romances <i>Até que a brisa da manhã necrose teu sistema</i> (2021) e <i>Banho de sol</i> (2022), que decidiu criar seu próprio selo editorial, o Necrose, para dar forma a esta inusitada iniciativa literária. <br />Diz o texto da orelha, de autoria de Oliveyra Daemon: <br />">>>o ficcyonista Ricardo Celestino reaparece em cena kom esta coletänea demonyaca<br />>>>são textos absurdamente insölitos & yrreverentes, em que as byzarrices de nossa vyda socyal caötica surgem sem mäscaras nem falso pudor<br />>>>tudo ë vertyginoso na LYTERATURA-ARTE de Ricardo Celestino: os diälogos entrekruzados, as digressöes filosöficas, as tyradas satyricas, as typologias e a diagramaçäo nada konvencional que rapydamente se tornaram sua marka regystrada {basta a gente bater o olho em qualquer pägina de seus lyvros pra imedyatamente rekonhecer a autorya}<br />>>>se vocë kurte apenas lyteratura realysta-naturalysta, rekomendo que vä prokurar noutra freguesya, porque as päginas delyrantes desta coletänea säo a necessäria reserva florestal brasuka da prosa-de-invençäo, um ecossystema em konstante perygo de extinçäo yntelectual<br />>>>O VAZIO E SEI LÁ O QUE MAIS..., vocë logo verä, ë o territörio das emulaçöes & simulaçöes do ynfamiliar, do estranho, do grotesko, ou seja, de tudo o que desestabyliza o chatyssimo senso komum<br />>>>Ricardo Celestino subverte näo somente a lynguagem tradycional mas também o cardäpio de assuntos, trazendo para o palco de nossa ficçäo os temas mays contemporäneos {das cryses do antropoceno aos dylemas do pös-humano}, denuncyando a atual MAQUINIZAÇÄO da psikologia e da socyedade na era da engenharya genëtica e da inteligëncia artyficial<br />>>>entäo, kamarada? estä esperando o quë? näo resysta ao transe apocalyptico!<br />>>>receba em teu coraçäo as alegryas e as perversöes do glorioso-tecno-tudo-tecno-Deus, aceyte em tua mente-carëncia e em teu templo-korpo as delycias do sagrado meta-orgasmo, näo tenha medo de explorar o nevoeyro fyninho da casa mal-assombrada, desabroche acümulos, saboreye abysmos, näo deixe de aprecyar {via ciber-bidu} os mays yntimos segredos escondydos no famigerado epigástrio, e as vysceras bagunçadas, mysturadas no mosaico-caos-urbano kriado pelo fachonazidealista…<br />>>>Ricardo Celestino é o melhor de doys mundos endyabrados: no plano do enredo ele dyaloga kom Fausto Fawcett, Veronica Stigger & Rafael Sperling e no plano da lynguagem kom o Decio Pignatari da espetakular coletänea O ROSTO DA MEMÓRIA.<br />>>>entäo, kamarada? estä esperando o quë? näo resysta ao transe apocalyptico! mergulhe AGORA MESMO nesse vazyo celestyno".<br />Nem preciso dizer mais nada. <br />O livro tem 108 páginas, a capa é assinada pelo cartunista Fernando Marcatti e a produção editorial é da Editora Patuá. </div><div><br /></div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-12150232576226535782024-03-09T20:03:00.004-03:002024-03-09T20:03:39.263-03:00Resenha do Almanaque: A todo vapor<div style="text-align: left;"><b><i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG3xvVBzWGpMwob31H6RlHpOqFCk3sZTrQ5SYFptcZ14odaHcipwscbtPoN47LNtism6rU-H8ARxZioMZzX6IRaIeKkc2nhsqIfVWQt8OmVdksmkflU3y-awFP1KJc8KOIbcq6JuizxVPLZIOKj559stUgD8rQxVAgPdCln0-WG1EsEIYX2fHthRMCk9A/s1600/5219ecca1590ebe652acbcf21f41e962cea6cc4482018fcf041d1f14f95a0c07.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG3xvVBzWGpMwob31H6RlHpOqFCk3sZTrQ5SYFptcZ14odaHcipwscbtPoN47LNtism6rU-H8ARxZioMZzX6IRaIeKkc2nhsqIfVWQt8OmVdksmkflU3y-awFP1KJc8KOIbcq6JuizxVPLZIOKj559stUgD8rQxVAgPdCln0-WG1EsEIYX2fHthRMCk9A/w400-h300/5219ecca1590ebe652acbcf21f41e962cea6cc4482018fcf041d1f14f95a0c07.jpg" width="400" /></a></div>A todo vapor</i></b>, Enéias Tavares e Felipe Reis. Série de tv com oito episódios. Produção Cine Kings & Brasiliana Steampunk, 2020. </div><div style="text-align: left;"><br />Muitos autores do <i>fandom</i> brasileiro de fc&f já tiveram oportunidade de ver suas criações em <i>live action</i>, na verdade isso nem é tão incomum mas, geralmente, são filmes de curta ou longa metragem, e sabemos que, assim como a literatura, o cinema nacional tem dificuldades históricas em impor-se no mercado interno. Mas ainda pior é a situação da fc&f nos seriados de televisão, que raramente obtiveram espaço, exceto como alguma bizarrice nas novelas, geralmente de viés cômico. Mas há algum tempo se tem experimentado propostas mais dramáticas, como as séries <i>Animal </i>e <i>3%</i>.<br />O sucesso desta última em especial animou o mercado nacional a se aventurar em mais produções no gênero, como <i>O escolhido</i> (2019, Netflix), <i>Onisciente</i> (2020, Netflix) <i>Spectros </i>(2020, Netflix), <i>Desalma </i>(2020, Globlo Play) e <i>Cidade invisível</i> (2021, Netflix). Contudo, todas estas produções guardam ainda uma respeitável distância dos autores do <i>fandom</i>. Mesmo <i>O escolhido</i>, que teve roteiros de Raphael Draccon e Carolina Munhóz – autores que de certa forma estão vinculados ao <i>fandom </i>–, foi adaptada de uma série mexicana chamada <i>Niño Santo</i> (2011), ou seja, não é uma história originalmente nacional e os autores brasileiros envolvidos são apenas um acidente. Por isso é que <i>A todo o vapor</i> (2020, Amazon Prime) merece este destaque. <br />Trata-se de uma série de ficção científica bastante original pois se identifica com a estética <i>steampunk</i>, subgênero da ficção científica que pressupõe que, em algum momento no século XIX, ocorreu uma revolução científica que antecipou a era tecnológica ainda no período da máquina a vapor. O romance inaugural dessa linha foi <i>A máquina diferencial</i> (1990), de Bruce Sterling e Willian Gibson, no qual o computador mecânico idealizado por Charles Babbage teria sido efetivamente realizado, estabelecendo o florescer da revolução digital em plena Era Vitoriana. O estilo acabou por estabelecer todo um padrão estético que une o vestuário característico do final do XIX, com cartolas, fraques, bengalas, relógios de bolso, polainas, vestidos bufantes e espartilhos, convivendo com traquitanas tecnológicas com muitas engrenagens e parafusos a mostra. <br />No rastro da moda, surgiram no Brasil uma série de grupos de fãs que, devidamente paramentados, se reuniam em eventos especiais para exaltar o <i>steampunk </i>como um estilo de vida. Com o movimento, vieram também os fanzines eletrônicos, sites, clubes e autores, dentre os quais Enéias Tavares, escritor gaúcho de Santa Maria que, em 2014, publicou pela Editora LeYa o romance <i>A lição de anatomia do temível Dr. Louison</i>, que apresenta uma história movimentada na qual personagens da literatura brasileira, como Simão Bacamarte, Solfieri, Isaias Caminha, Rita Baiana e Pombinha, têm de enfrentar muitos perigos para capturar um psicopata assassino. A ele, seguiu-se <i>Juca Pirama: Marcado para morrer</i> (Jambô, 2019) e <i>Parthenon Místico</i> (Darkside Books, 2020), todos ambientados no mesmo universo. O enredo de <i>A todo vapor</i> é baseado nessas histórias e se passa exatamente após os fatos narrados no segundo livro. O próprio Tavares se responsabiliza pelos roteiros. <br />A primeira temporada de <i>A todo vapor</i> conta com oito episódios de vinte minutos cada. Ambientada em 1910, narra a história de um grupo peculiar de detetives do sobrenatural que vai à Vila Antiga dos Astrônomos, vilarejo imaginário localizado em algum lugar no interior do Brasil, investigar uma série de crimes inspirados nas cartas do tarô. O principal suspeito é um culto de matizes lovecraftianas liderado pelo malévolo Pamu. Entre os personagens, além do próprio Juca Pirama (interpretado pelo diretor da série, Felipe Reis), estão Capitu de Machado (Thais Barbeiro), Victória Acuã (Pamela Otero), Doutor Benignus (Luiz Carlos Bahia), Bento Alves (Claudio Bruno) e Sergio pompeu (Pedro Passari). O elenco ainda conta com Bruna Aiiso, Paulo Balteiro e Yoram Blaschkauer.<br />A produção é modesta e teve evidentes dificuldades técnicas. Muitas carcaças enferrujadas de trens antigos (alguns movidos a diesel), um balão de ar quente com queimadores moderníssimos e a cenografia em ruas e pousadas de algum vilarejo estilo colonial contemporâneo, deixaram a ambientação repleta de anacronismos. Os efeitos especiais não são muito convincentes e é intrigante o motivo de todos carregarem óculos de soldador se nunca ninguém os usa. Há um esforço evidente para ampliar a representatividade, com mulheres assumindo a linha de frente nas lutas e até cenas de beijo entre homens, contudo, não há um único negro no elenco. As inúmeras citações a personagens da literatura, incluindo uma breve aparição da "boneca" Emília, soam mais como uma homenagem à série de quadrinhos <i>A liga extraordinária</i>, de Alan Moore e Kevin O'Neill, declaradamente citada numa cena, do que a uma necessidade dramática, uma vez que os personagens, além dos nomes, não carregam nenhuma característica dos personagens originais.<br />Mas é muito divertido ver uma produção legítima do <i>fandom</i> finalmente chegar ao mercado de <i>streaming</i>. Mesmo com toda a improvisação, passa um sentimento delicioso de identificação nunca obtido pelos demais seriados aqui citados. Tomara que tenha continuidade e conquiste recursos financeiros suficientes para melhorar tecnicamente a produção. Mas espero que nunca percam a expontaneidade desta primeira temporada, que é seu maior trunfo.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-23200766938059627232024-03-08T23:25:00.003-03:002024-03-08T23:25:33.089-03:00Resenha do Almanaque: O homem do futuro<div style="text-align: left;"><b><i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJRSqSPi9lbc_cBfP4SqV21FJgAP30x3I2wbxNynoNEPYbyGMnTZJeIJI6u8-JU2cxKbHzU4KHYXyqGLQHhX3cMf7j2201z4H_Wc0WjN8ciySbBXBDrEIQjIosKkOLSRVPQ95KYxcEQG7kouZZ-x0fnJbgqgBFeQkCNuinv0JY2oTmrGnWKRdNgkDylA0/s500/Poster_O_Homem_do_Futuro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="336" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJRSqSPi9lbc_cBfP4SqV21FJgAP30x3I2wbxNynoNEPYbyGMnTZJeIJI6u8-JU2cxKbHzU4KHYXyqGLQHhX3cMf7j2201z4H_Wc0WjN8ciySbBXBDrEIQjIosKkOLSRVPQ95KYxcEQG7kouZZ-x0fnJbgqgBFeQkCNuinv0JY2oTmrGnWKRdNgkDylA0/w269-h400/Poster_O_Homem_do_Futuro.jpg" width="269" /></a></div>O homem do futuro</i></b>, Cláudio Torres, 106 min. Globo Filmes, 2011. </div><div style="text-align: left;"><br /><i>O homem do futuro</i> é um longa metragem de autoria e direção de Claudio Torres, produzido em 2011 pela Globo Filmes. Conta a história de João, físico brilhante mas extremamente frustrado com o rumo que sua vida tomou após a formatura na universidade, vinte anos atrás: no baile de graduação, sua vida sentimental desmoronou quando Helena, sua namorada, o trocou por outro. Ao esbarrar sem querer na mais importante descoberta da humanidade – a máquina do tempo – João acredita que talvez seja possível voltar para aquela noite fatídica e corrigir o rumo de sua vida infeliz. O problema é que suas interferências no passado acabam por criar uma realidade alternativa ainda pior e João terá de se desdobrar para corrigir tudo antes que sua própria linha temporal desapareça. <br />A ideia não é muito original. Por essa breve sinopse fica evidente a influência da série <i>De volta para o futuro</i>, que por si também não era muito inovadora: desde que H. G. Wells publicou o romance <i>A máquina do tempo</i>, em 1895, os paradoxos temporais têm sido tão explorados que já formam um gênero a parte na literatura de ficção científica – sob o singelo nome de ucronias – tanto que hoje é muito difícil encontrar uma ideia nova dentro do tema. Mesmo na filmografia nacional, temos o curta metragem <i>Barbosa </i>(1988, Ana Luiza Azevedo, Jorge Furtado), que se insere exatamente na mesma linha. <br />Resta aos autores recriarem e recombinarem o que já foi feito, torçendo para não desandar na receita, o que quase sempre acontece. O caminho de segurança é simplesmente alterar pontos de vista, inovar no contexto cultural e na estrutura dramática, que é justamente onde estão os méritos de <i>O homem do futuro</i>.<br />A produção é honesta, com efeitos especiais competentes e um <i>design</i> elegante e sofisticado, que convence plenamente na medida em que, mais que uma ficção científica, o filme é mesmo uma comédia romântica na bem sucedida linha hollywoodiana: João ama Helena que ama Ricardo que não ama ninguém. Por trás de toda a parafernália pesudotecnológica, o que existe de fato é um drama de amor bem contado e competentemente representado por um elenco de experientes artistas globais: Wagner Moura, Alinne Moraes, Maria Luísa Mendonça, Gabriel Braga Nunes, Fernando Ceylão, Daniel Uemura, além de participações especiais de Jean Pierre Noher, Rodolfo Bottino e Gregório Duvivier, entre outros.<br />Com locações em Paulínia, Campinas e Rio de Janeiro, o filme teve um orçamento de R$ 8 milhões e arrecadou mais de R$11 milhões, superando um milhão de expectadores nas salas de cinema do Brasil. Um sucesso que contribuiu de forma decisiva para a abertura do mercado nacional a outras produções do gênero. E esse é sem dúvida um mérito que é necessário exaltar. </div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-62151748718665319532024-03-07T14:20:00.007-03:002024-03-07T14:22:22.741-03:00Lançamento: Julia, de Sandra Newman<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEyHaA0w4FrHxGdIpp032Q_SXq9T33cousSWaupz7oeTSJ4hTTcX_gFtXPtYR7JDSNSaJksRBueZpfedqLxjSMQZlEA9BclXPXMN67AsybiqbCdG2LyeeWHMswzLNtMytiH2W7cRVMO-NvGfsuRHLdUH9T8URtzLm6ndgzHcIF3LLO9oCl6QttXtNyc5c/s386/julia-4738.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="386" data-original-width="270" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEyHaA0w4FrHxGdIpp032Q_SXq9T33cousSWaupz7oeTSJ4hTTcX_gFtXPtYR7JDSNSaJksRBueZpfedqLxjSMQZlEA9BclXPXMN67AsybiqbCdG2LyeeWHMswzLNtMytiH2W7cRVMO-NvGfsuRHLdUH9T8URtzLm6ndgzHcIF3LLO9oCl6QttXtNyc5c/w280-h400/julia-4738.jpg" width="280" /></a></div>"É 1984, e Julia Worthing trabalha como mecânica no Departamento de Ficção do Ministério da Verdade. Sob a ideologia do Partido INGSOC e de seu onipresente líder, o Grande Irmão, Julia é cidadã-modelo, assumidamente cética, que não dá a mínima para a política. Ela sabe como sobreviver em um mundo de constante vigilância. Ela quebra rotineiramente as regras, mas também colabora com o regime quando necessário. Sua especilidade é permanecer viva. Mas, quando Winston Smith, um colega do Departamento de Registros do Partido Externo envia um bilhete para ela, desperta a sua curiosidade e ela se dá conta de que está perdendo o controle e não consegue mais transitar com segurança pelo seu mundo."<br />Este é o texto de apresentação do romance <i>Julia</i>, de autoria da escritora americana Sandra Newman, que chega agora ao Brasil pelo selo Jangada da Editora Pensamento. Como se percebe, trata-se de uma releitura feminista ao clássico <i>1984 </i>de George Orwell, distopia maiúscula que há pouco tempo caiu em domínio público. Muitos diriam se tratar de uma <i>fanfic </i>de luxo, e talvez seja mesmo, mas o livro de Orwell é de tal forma significativo que até uma <i>fanfic </i>dele se reveste de interesse. O romance foi publicado nos EUA em 2023, é bastante recente portanto.<br />Newman é professora de literatura na Temple University, na Chapman University e na University of Colorado, e não é uma iniciante no gênero, como se percebe por alguns de seus livros anteriores, como <i>The men</i> (2022), <i>The heaven</i> (2019) e <i>The country of ice cream star</i> (2014), entre outros, todos inéditos no Brasil. <br />A edição brasileira de <i>Julia </i>tem 368 páginas, tradução de Mayra Meier e pode ser encontrada <a href="https://www.grupopensamento.com.br/produto/julia-9206" target="_blank">aqui</a>.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-82042477400196776232024-03-06T10:54:00.001-03:002024-03-06T10:55:32.367-03:00Múltiplo 89<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ19OJd3pQTPP-utLQNinsxnLLNvqYjPFlrPRM_Rb3r_5ionki4k7VDO5MpgDI9WHVEuwrk8uylqKhFvYTM1SvVDhWlTsik5HcZhpiuZ_U4wV7aROK7pVsWgeFFbVJZSe_1gfqQR8T_hUTfFEVL0IZ6tOpbeycQRJICHb_-H1FtBwx3NQIszz3Xi-pDpo/s601/mult89.JPG" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="601" data-original-width="423" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQ19OJd3pQTPP-utLQNinsxnLLNvqYjPFlrPRM_Rb3r_5ionki4k7VDO5MpgDI9WHVEuwrk8uylqKhFvYTM1SvVDhWlTsik5HcZhpiuZ_U4wV7aROK7pVsWgeFFbVJZSe_1gfqQR8T_hUTfFEVL0IZ6tOpbeycQRJICHb_-H1FtBwx3NQIszz3Xi-pDpo/w281-h400/mult89.JPG" width="281" /></a></div>Está disponível a edição de março do fanzine de quadrinhos <i>Múltiplo</i>, editado por André Carim pelo Estúdio Múltiplo, voltado à produção brasileira independente de quadrinhos de ação e aventura. <br />A edição tem 93 páginas e traz os quadrinhos "Hydro punk", de Oscar Suyama, "Caos", de Luiz Iório, "O que deve ser feito", de Sérgio Sweet, Oscar Suyama e Henrique Nicácio, "Tumor, Parte 2", de José Carlos, e "Nevasca letal" Luiz Iório. <br />Também traz um artigo de Andrej Biasic e as colunas "Vi, Li e Gostei..." por Adalberto Bernardino, e "Múltiplos Projetos HQs BR" pelo editor. Completam a edição uma tira de Coelho Nero, por Omar Viñole, e ilustrações de Luiz Iório, Carlos Rodriggs e Oscar Suyama, que também assina a capa.<br />Esta e todas as demais edições do <i>Múltiplo </i>podem ser baixadas gratuitamente <a href="https://www.facebook.com/groups/410201319362851/files" target="_blank">aqui</a>.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-2442085234461229282024-03-05T11:09:00.003-03:002024-03-05T11:10:10.330-03:00Literatura Fantástica 11<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv98AgZQULyazOV5t8rkFvYBD4JOM0j0G40UPlXUdctHlSRlZuHaIuNSuh8Rcqzz825qWqFGR48J9DrktpnUJPJr0vyDKkfGonNfJuCRof-K3vxmOvLeB4oV1n_0WII1a4gHzzscKGmzw2w1LhdZRQlD1v3kdUztyGf1-Bo2TKs2bcaxKI_s5_GOiVUMI/s466/81Vzzi-jFSL._SY466_.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="466" data-original-width="292" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv98AgZQULyazOV5t8rkFvYBD4JOM0j0G40UPlXUdctHlSRlZuHaIuNSuh8Rcqzz825qWqFGR48J9DrktpnUJPJr0vyDKkfGonNfJuCRof-K3vxmOvLeB4oV1n_0WII1a4gHzzscKGmzw2w1LhdZRQlD1v3kdUztyGf1-Bo2TKs2bcaxKI_s5_GOiVUMI/w251-h400/81Vzzi-jFSL._SY466_.jpg" width="251" /></a></div><div style="text-align: left;">Está disponível a décima primeira edição do fanzine <i>Revista Literatura Fantástica</i>, editado por Jean Gabriel Álamo, dedicado ao fantástico brasileiro contemporâneo. <br />A publicação tem 241 páginas e traz onze textos inéditos de ficção fantástica assinados por Heitor V. Serpa, Pedro Leal, Caio Cesar, Marco Ratio, Tig Vieira, Hélio Bacelar, Alex Brian, Fellipe Ruwer, Nahuel Puddin e Jonathan Nascimento, além do próprio editor. <br />Infelizmente, como se vê, é mais uma publicação que não prima pelo investimento em contistas mulheres. Todos os fanzines de fcf&h contemporâneos têm desculpas prontas para se justificarem, mas o resultado deletério é o efetivo apagamento das vozes femininas no gênero no país, o que é lamentável. Mais que qualquer outra pessoa ligada ao mercado editorial, os editores são justamente aqueles que têm o poder de impedir que isso aconteça, mas não parecem muito interessados. <br /><i>Literatura Fantástica</i> é publicada unicamente em formato digital e está a venda <a href="https://www.amazon.com.br/dp/B0CWWT8SS1?fbclid=IwAR0RIEoGIGd5-JWgOC5Pa8WUX6FNX8ZW4IetaDzAFpKJa0jrtrx64YpiJcw" target="_blank">aqui</a>. Edições anteriores também estão disponíveis.</div><p></p>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-60333866449412232692024-03-04T10:16:00.003-03:002024-03-04T10:16:34.937-03:00Zanzalá 12<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd0hG5UmTGjGJ09nmCDtM7rFcjvCG_bm9N56QwxNCBH0xoQZzCjtIm2wBP4BHY5CVwVuHBnnDwz2AQyGBsxQmHAzzKvum52I5jE_2yeJssBaKH4Wcog8chVDdKWBEkYN6JG9e4h5hQD6l1Aajnb8u6yi9f8jykXjwMafcZ1Z2mVrWTn1eze5dwLtl8Cok/s3508/zanzala12.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3508" data-original-width="2480" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd0hG5UmTGjGJ09nmCDtM7rFcjvCG_bm9N56QwxNCBH0xoQZzCjtIm2wBP4BHY5CVwVuHBnnDwz2AQyGBsxQmHAzzKvum52I5jE_2yeJssBaKH4Wcog8chVDdKWBEkYN6JG9e4h5hQD6l1Aajnb8u6yi9f8jykXjwMafcZ1Z2mVrWTn1eze5dwLtl8Cok/w283-h400/zanzala12.jpg" width="283" /></a></div><div style="text-align: left;">Nova edição da revista <i>Zanzalá</i>, vinculada ao grupo de pesquisa Genecine (Grupo de Estudos sobre Gêneros Cinematográficos e Audiovisuais) sediado no Departamento de Cinema do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas, dedicada aos estudos de gêneros em suas múltiplas plataformas ou manifestações: prosa, poesia, cinema, televisão, teatro, música, videogames etc. </div><div style="text-align: left;">Editada por Alfredo Suppia (Unicamp), Luiza Lusvarghi (Unicamp), Michelle Sales (UFRJ), Pedro Maciel Guimarães (Unicamp) e Theresa Medeiros (UFJF), a edição é subtitulada <i>Dossiê Um joystick revirado: Videogames e game studies na perspectiva do Sul Global</i>; tem 177 páginas com artigos e ensaios assinados por Dara Coema, Emmanoel Ferreira, José Messias, Thays Pantuza, Lucas Alves, Gustavo Viana, Ana Luiza Barros, André Zimbawer, Allison Vicente Xavier Gozzalez, João Carls Massarolo, Camila Freitas, Mariana Mauricio Polesi, Nilson Veldevino Soares, Roberto Tietzmann, André Fagundes Pase, Giovanne Pasquali Piovesan, Rhett Loban e Thomas Apperley. <br />Também traz o artigo "<i>Nova York 2140</i>: Notas para uma utopia logística", de autoria do escritor e tradutor Fabio Fernandes, sobre o romance de ficção científica <i>Nova York 2140</i> do escritor americano Kim Stanley Robinson, publicado originalmente em 2017, que recebeu tradução no Brasil em 2019 pela editora Minotauro, com tradução de Márcia Blasques.</div><div style="text-align: left;">A edição pode ser baixada em formato pdf no repositório de periódicos da universidade, <a href="https://periodicos.ufjf.br/index.php/zanzala/issue/view/dossiegames" target="_blank">aqui</a>. </div><p style="text-align: left;"></p>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-19794058578560117372024-03-02T14:54:00.000-03:002024-03-02T14:54:28.251-03:00Lançamento: A melodia das marés, Roberto Schima<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg83ZEZbCiZqN_Dlp2JVeBAuV7NNYNlgmnZ2ykRUPhedWSClnoC-zbR4ujNiLqZtngg6AbHPyIzygnaWRdk5z4zgKQq1NQCz4vg5Tb1bOlj5MgR0kyASxxjMCuRVZvmCNlS2ydHuBzfLqQKrHFu2A4J-HgQrT8sMFrE303zrLVhAZlZMNJd6CpxVYvjQt0/s400/A-Melodia-das-Mares-Capa-scaled.webp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="300" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg83ZEZbCiZqN_Dlp2JVeBAuV7NNYNlgmnZ2ykRUPhedWSClnoC-zbR4ujNiLqZtngg6AbHPyIzygnaWRdk5z4zgKQq1NQCz4vg5Tb1bOlj5MgR0kyASxxjMCuRVZvmCNlS2ydHuBzfLqQKrHFu2A4J-HgQrT8sMFrE303zrLVhAZlZMNJd6CpxVYvjQt0/w300-h400/A-Melodia-das-Mares-Capa-scaled.webp" width="300" /></a></div>Está disponível <i>A melodia das marés</i>, novo romance de Roberto Schima pela editora Obook. <br />Schima é um autor da Segunda Onda da ficção científica brasileira, provevelmente o escritor mais laureado do <i>fandom</i>, pois colecionou diversos prêmios Nova como escritor, ilustrador e ensaista, tendo sido também foi o grande vencedor da única edição do Concurso Gerônymo Monteiro, promovido pela versão brasileira do periódico <i>Isaac Asimov Magazine</i>, publicado pela Editora Record entre 1990 e 1992. Em sua bibliografia estão os livros <i>Pequenas portas do eu</i> (1987), <i>Tríplice universo</i> (1993), <i>Limbographia </i>(2013), <i>Os fantasmas de Vênus</i> (2013), <i>O olhar de Hirosaki</i> (2014) e <i>Sob as folhas do ocaso</i> (2019), entre outros, nos quais demonstra desenvoltura em todos os gêneros fantásticos, com igual qualidade. Por isso, a publicação de<i> A melodia das marés</i> é uma grande oportunidade para se conhecer sua ficção, uma vez que o volume, publicado em <i>ebook</i>, está sendo distribuído gratuitamente. <br />Diz o texto de apresentação: "Daniel, impetuoso jovem de vinte e três anos, ama os oceanos. Tendo completado o curso de mergulho, parte para suas primeiras aventuras no fundo do mar a bordo do barco “Cajuru” com um velho conhecido, Tio Ed. Em um dos mergulhos, inesperadamente, tem a impressão de ouvir algo inusitado: uma música! A origem do mistério o levará a uma intrigante descoberta, cuja solução contribuirá para seu próprio amadurecimento."<br />O volume tem 87 páginas e está disponível no saite da editora, <a href="https://obook.com.br/produto/a-melodia-das-mares-pre-venda/" target="_blank">aqui</a>.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-85649376340798861712024-03-01T01:04:00.001-03:002024-03-01T01:04:18.990-03:00Histórias Extraordinárias 8<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHB6F5g12zX3aM4fFqR4amp0GKxS67HHmkfkwueDQNj0UnahhJXmZMfa7CUJRUmead5yRhGnEdYLPjJWygY1GxRIraxKg3BiVksQjrkowAmKYO0cJuy9YGY-npVaNZjyaWTDqBAnpxQ9np7EptVS-vtgkWpi6vOZkqywHeWN79xQk4uCdexud7KkuuAZA/s1678/he8.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1678" data-original-width="1258" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHB6F5g12zX3aM4fFqR4amp0GKxS67HHmkfkwueDQNj0UnahhJXmZMfa7CUJRUmead5yRhGnEdYLPjJWygY1GxRIraxKg3BiVksQjrkowAmKYO0cJuy9YGY-npVaNZjyaWTDqBAnpxQ9np7EptVS-vtgkWpi6vOZkqywHeWN79xQk4uCdexud7KkuuAZA/w300-h400/he8.png" width="300" /></a></div>Está em campanha de financiamento direto o oitavo número do fanzine literário de ficção científica <i>Histórias Extraordinárias</i>, editado por Marcus Garrett, Mario Cavalcanti e Paolo Fabrizio Pugno para a Editora Mundo.<br />Os editores prometem uma edição com 44 páginas e contos de Pablo A. Rebello, Vinícius de Freitas, Gerson Lodi-Ribeiro, Arthur S. Brum e Rodrigo Ortiz Vinholo, e como brinde entregará mais um <i>card </i>da coleção "Super Cards Histórias Extraordinárias - Série Escritores", desta vez homenageando o escritor americano Jack Vance. <br />Como se percebe, depois de uma discreta participação na edição anterior, as escritoras mais uma vez ficaram de fora da <i>HE</i>. Os fanzines brasileiros de ficção científica precisam urgentemente rever seus conceitos, agora que o texto brasileiro que apareceu em destaque em uma das grandes revistas literárias americanas foi justamente o da escritora Clara Madrigano. Elas estão arrebentando. <br />Para apoiar a publicação, visite a página da campanha <a href="https://www.catarse.me/he8?ref=ctrse_thankyou&fbclid=IwAR1BnjyBCS0pDarW3Upa27QNYxOIQz8gwxYdsUzsWRWhFOKJGhK4JoNetQY" target="_blank">aqui</a>, disponível até o dia 9 de abril de 2024. Edições anteriores podem ser adquiridas em pacotes promocionais ou na página da editora, <a href="https://www.editoramundo.com.br/loja/" target="_blank">aqui</a>.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-79067969608904366132024-02-29T10:49:00.000-03:002024-02-29T10:49:14.051-03:00Lançamento: Kallocaína, Karin Boye <div style="text-align: left;"><i><a href="https://editoraaleph.com.br/produto/kallocaina-capa-dura-pre-venda-22-04/" target="_blank"></a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://editoraaleph.com.br/produto/kallocaina-capa-dura-pre-venda-22-04/" target="_blank"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD_qKsuHfjc495yLo8raHezsmFYNWaOj_M3gOZ8mtopm3DFGEeduSfjIFyfLP6M9hHrPaYEktFwAhz1hKY6gMg9jyVe4mX4nxjQ1wlmnNLYP9xH_cW1_b6zfHhzgOIkyJU78DDLqKcp9lDvE0y0ufFbxd3RGzYJYzdLZKcPEmcJHXn6_TrBnzooyyelyY/s1105/alp_1Kallocaina_3cadastro_2Site.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1105" data-original-width="704" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD_qKsuHfjc495yLo8raHezsmFYNWaOj_M3gOZ8mtopm3DFGEeduSfjIFyfLP6M9hHrPaYEktFwAhz1hKY6gMg9jyVe4mX4nxjQ1wlmnNLYP9xH_cW1_b6zfHhzgOIkyJU78DDLqKcp9lDvE0y0ufFbxd3RGzYJYzdLZKcPEmcJHXn6_TrBnzooyyelyY/w255-h400/alp_1Kallocaina_3cadastro_2Site.png" width="255" /></a></div>Kallocaína</i>, obra-prima da escritora sueca Karin Boye (1900-1941), é um romance de ficção científica publicado originalmente em 1940, que chega agora ao Brasil pela Editora Aleph. O romance é reconhecido como influência determinante para George Orwell escrever o seminal <i>1984</i>.<br />Diz o texto de apresentação: "um cientista partidário de um estado totalitário desenvolve uma droga que força quem a toma a revelar pensamentos e até vontades inconscientes." <br />A edição brasileira tem 264 páginas, tradução de Janes Cristaldo e está em <a href="https://editoraaleph.com.br/produto/kallocaina-capa-dura-pre-venda-22-04/" target="_blank">campanha de pré-venda</a> em versões capa dura e brochura, com entrega prevista para 22 de abril.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-83630451838059606442024-02-28T13:50:00.001-03:002024-02-28T13:50:46.004-03:00Miragens circulares do miraculoso quadrado, Sofia Soft<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYjzlpuXvR1Il1xaENc5s1mW29Xdg-19zEldtDs16s6QvmclqsGjsj7DqeBAcYn72ktRN3ZwqWyno6w_Zakl_YZJ4ZZHaaHYYrVD49B8cAVZ2JwLRRI5IZMPtdo9GNQdA8EVkL3LYlQnh4FjnXaLgI-1V8aaBrKIQB_FkkznLqs44EpVH_YifLSxoU7gk/s1485/07e4a533-3609-4e96-836f-31fbb8461486_1485x1485.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1485" data-original-width="1485" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYjzlpuXvR1Il1xaENc5s1mW29Xdg-19zEldtDs16s6QvmclqsGjsj7DqeBAcYn72ktRN3ZwqWyno6w_Zakl_YZJ4ZZHaaHYYrVD49B8cAVZ2JwLRRI5IZMPtdo9GNQdA8EVkL3LYlQnh4FjnXaLgI-1V8aaBrKIQB_FkkznLqs44EpVH_YifLSxoU7gk/w400-h400/07e4a533-3609-4e96-836f-31fbb8461486_1485x1485.jpg" width="400" /></a></div>Publicado ainda em 2023, <i>Miragens circulares do miraculoso quadrad</i>o é um texto altamente experimental de contornos próximos à ficção científica, de autoria de Sofia Soft.<br />Diz o Soft sobre seu trabalho: "{miragens circulares do miraculoso quadrado} é a invocação mediúnica de uma espiral de livros & filmes que ressoam em mim, filtrada pela minha imaginação e esmagada por uma tonelada de inquietações sobre a natureza da Realidade."<br />A obra tem duas partes essenciais: a literária, chamada pela autora de "ficção-enigma", pode ser lida <i>online </i>ou baixada gratuitamente em vários formatos <a href="https://paisagempersonas6.wordpress.com/" target="_blank">aqui</a>. Já a parte impressa é composta de "seis gravuras digitais em papel opaline 180g, no formato 21 x 21 cm, mais doze cartões de 8 x 8 cm que, reunidos na ordem correta, contam a fabulosa história do milagroso emplastro MetaPhenomenon"; esta parte pode ser encomendada diretamente com a autora, cujo contato está <a href="https://www.instagram.com/paisagem.personas/" target="_blank">aqui</a>. Sofia Soft é um dos inúmeros heterônimos do escritor paulista Nelson de Oliveira, que é garantia de uma experiência narrativa e literária incomum.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-41074274914559499452024-02-27T09:59:00.002-03:002024-02-27T09:59:33.394-03:00Juvenatrix 255<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFBLOcbsA0Q4usco6jZZtikABre0aC3LRktX2CexMesRITfW7M_wjbNpV1AJpasIvdy8z3MExS4cjqeEZj7udAwvQyLUBVk7ufOuIZ2DCtCSmKXs_rmPIukG0h5Q_aMOCB50vEpe0pg1gho-mn5iAm-Yuol6nD_Xr5KMJROhFxHFo_wcebd_LSi7xQOhY/s400/Juvenatrix%20255%20(capa).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="282" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFBLOcbsA0Q4usco6jZZtikABre0aC3LRktX2CexMesRITfW7M_wjbNpV1AJpasIvdy8z3MExS4cjqeEZj7udAwvQyLUBVk7ufOuIZ2DCtCSmKXs_rmPIukG0h5Q_aMOCB50vEpe0pg1gho-mn5iAm-Yuol6nD_Xr5KMJROhFxHFo_wcebd_LSi7xQOhY/w283-h400/Juvenatrix%20255%20(capa).jpg" width="283" /></a></div>Está circulando a edição de fevereiro do fanzine eletrônico de horror e ficção científica <i>Juvenatrix</i>, editado por Renato Rosatti. Em dezesseis páginas, traz o conto "Mist", de Mich Graf, e o sétimo capítulo da novela de horror "Os guardiões dos escudos negros e de prata", de Caio Alexandre Bezarias. Também traz resenhas do editor aos filmes <i>O homem gorila</i> (<i>The ape man</i>, 1943), <i>Serpent Island</i> (1954) e para as versões de 1940 e 1944 de <i>À meia luz </i>(<i>Gaslight</i>). A edição é completada com notícias e divulgação de publicações alternativas e bandas de metal extremo. As capas exibem ilustrações de Angelo Junior.</div><div style="text-align: left;">Cópias em formato pdf podem ser obtidas pelo <i>email</i> <span style="color: #2b00fe;">renatorosatti@yahoo.com.br</span>.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-90476899274868535342024-02-26T10:36:00.000-03:002024-02-26T10:36:00.969-03:00Conto brasileiro de ficção científica é destaque nos EUA<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAkW7tf4WoXuCSB0ARMJOuwNj0nJVGAqptztkBnfpm8zIsvehgFzg95o5XqSJ8l6OzjIZnIn5fF9qOuVoEMFG_Y5wun6cJuXvKl4H3St9t0kKG6GAb76AKZKkvnlkPH-_1fsb0leFoXj731BkY4Q1yW_fzD43kXAe0sae6BgTiJq7N-yzhckfTpCaooxE/s790/428626359_10164803735044572_2118143897527684761_n.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="790" data-original-width="526" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAkW7tf4WoXuCSB0ARMJOuwNj0nJVGAqptztkBnfpm8zIsvehgFzg95o5XqSJ8l6OzjIZnIn5fF9qOuVoEMFG_Y5wun6cJuXvKl4H3St9t0kKG6GAb76AKZKkvnlkPH-_1fsb0leFoXj731BkY4Q1yW_fzD43kXAe0sae6BgTiJq7N-yzhckfTpCaooxE/w266-h400/428626359_10164803735044572_2118143897527684761_n.jpg" width="266" /></a></div>A escritora curitibana Clara Madrigano, que participou de inúmeras publicações nacionais nos últimos anos, está construindo uma promissora carreira no mercado norte-americano. </div><div style="text-align: left;">A nova edição do tradicional periódico <i>Magazine of Fantasy & Science Fiction</i>, em sua edição de inverno de 2024, traz em destaque na capa o nome da autora e o título da sua noveleta "How to care for you domestic god", cumprindo assim um sonho de inúmeros autores brasileiros do gênero de ver seus escritos em uma grande e tradicional publicação americana. Outros escritores e escritoras lograram fazer igual em revistas menos populares e antologias, mas agora a coisa engrossou.<br />Diz a autora em um <i>post </i>nas redes sociais; "E está no mundo a edição de inverno da <i>Magazine of Fantasy & Science Fiction</i>. Meu nome na capa da mesma revista que já publicou Asimov, Frank Herbert, Le Guin e tantos outros. Hoje eu vou me acabar de beber (água)."<br /><a href="https://weightlessbooks.com/the-magazine-of-fantasy-and-science-fiction-winter-2024/" target="_blank">E é verdade este bilhete</a>! Parabéns, Clara!</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-85807553664838411032024-02-24T16:08:00.005-03:002024-02-26T10:42:35.682-03:00Resenha do Almanaque: Bacurau<div style="text-align: left;"><b><i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRUB3ao5nUlWblKkWEJO7SDRrAnmPvzPRuX1P_vkt6sj-yg1uVMSSE6HePvt3Fno13c3lP_A73QetWlt5xrRg0xMQSqZ7mz4-GHjWmqYXEX0_8USJnZpNfFpJ3vLnUKLSSmiNFqh3HFg5b-3ipmUyGMOlLZ6a1hl0yqSkaQe2bRickU_73UWg1Sb_wFIQ/s500/Bacurau_(filme).jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="340" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRUB3ao5nUlWblKkWEJO7SDRrAnmPvzPRuX1P_vkt6sj-yg1uVMSSE6HePvt3Fno13c3lP_A73QetWlt5xrRg0xMQSqZ7mz4-GHjWmqYXEX0_8USJnZpNfFpJ3vLnUKLSSmiNFqh3HFg5b-3ipmUyGMOlLZ6a1hl0yqSkaQe2bRickU_73UWg1Sb_wFIQ/w273-h400/Bacurau_(filme).jpg" width="273" /></a></div>Bacurau</i></b>, Kleber Mendonça Filho, Juliano Dornelles. 132 min. França/Brasil, 2019. <br /><br /></div><div style="text-align: left;">O cinema é uma arte praticada no Brasil desde seus primeiros tempos. Mas, como todas as demais linguagens artísticas, o cinema brasileiro passou por muitos altos e baixos, com períodos produtivos historicamente localizados entre grandes espaços de menor atividade. Tais flutuações têm vários motivos, desde questões políticas como a censura, dificuldades com a distribuição e, principalmente, problemas financeiros, uma vez que fazer um filme nunca foi barato. A indústria do cinema, na verdade, nunca se instalou solidamente no país e em muitos períodos a produção nacional foi iminentemente diletante, não raro com os cineastas financiando seus filmes com dinheiro do próprio bolso. <br />Mas o cinema fantástico sofre ainda mais, pois a todas essas dificuldades estruturais soma-se ainda um grande preconceito dos próprios artistas, pois o gênero acabou associado ao cinemão norte americano, de matizes comerciais e, não raro, proselitistas. Fazer ficção fantástica no Brasil é, em muias esferas, sinônimo de entreguismo cultural. Por isso, a produção cinematográfica nacional de fc&f é pequena e pouco desenvolvida. Mas, ainda assim, têm seus clássicos, como <i>Os cosmonautas</i> (Victor Lima, 1962), <i>Brasil Ano 2000</i> (Walter Lima Jr., 1969), <i>Quem é Beta?</i> (Nelson Pereira dos Santos, 1972), <i>Parada 88: Limite de alerta</i> (José de Anchieta, 1977) e <i>Abrigo nuclear</i> (Roberto Pires, 1981), entre outros raros exemplos.<br />Contudo, a radical redução de custos de produção devido ao surgimento das filmadoras digitais, e a possibilidade de exibição dos filmes pela internet contribuiram para o surgimento de uma nova geração de produtores audiovisuais que tem se exercitado nos ambientes não comerciais e ganhado reconhecimento em festivais nacionais e internacionais. A criação da Ancine, em 2001, foi outro grande impulsionador da produção audiovisual no país pois contribuiu valiosamente para uma produção estável que ganhou ainda mais sustentação com o advento da tv a cabo e, mais recentemente, dos serviços de <i>streaming</i>, que resolveram de vez os insolúveis problemas de distribuição. Por contraditório que seja, o fim do cinema como sistema de exibição em salas exclusivas foi justamente o que permitiu a produção nacional finalmente desabrochar. E esse ambiente favorável alcançou também a ficção fantástica. <br />Muitos filmes bons começaram a surgir nos últimos vinte anos, e <i>Bacurau</i>, longa de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, é o melhor exemplo do que é possível fazer com a ficção científica quando a oportunidade e a qualidade criativa se encontram. A dupla é responsável pelos grandes sucessos recentes, os premiados<i> Um som ao redor</i> (2013) e <i>Aquarius </i>(2016).<br />O filme conta a história de um pequeno vilarejo localizado em algum lugar no sertão de Pernambuco, habitado por gente simples e endurecida pelas dificuldades da vida e pela natureza áspera. O povo humilde é politicamente dominado pelo prefeito da cidade, que não o valoriza e só se lembra dele quando precisa de votos. Quando uma família de agricultores é chacinada, revela-se um tenebroso projeto comercial promovido pelos gestores da cidade: oferecer os habitantes de Bacurau como alvos para turistas estrangeiros psicopatas, mas cheios de dinheiro, darem vasão aos seus mais baixos instintos. É então que a "docilidade" dos homens e mulheres sertanejos vai se revelar em toda a sua glória. <br />O elenco, em sua maioria, é composto de atores pouco conhecidos, como Bárbara Colen, Thomas Aquino, Silvero Pereira, Thardelly Lima, Rubens Santos, Wilson Rabelo, Carlos Francisco, Luciana Souza, Karine Teles e Julia Marie Peterson, entre outros. Mas conta também com dois nomes de peso: a brasileira Sonia Braga, que interpreta a médica Domingas – uma das pessoas mais proeminente da sociedade bacurauense –, e o ator alemão Udo Kier – que interpeta Michael, o líder da legião de assassinos –, cuja fisionomia dura é bastante conhecida dos filmes americanos de terror. <br />A cenografia é um dos pontos altos da produção, que retrata com felicidade um panorama muito familiar aos brasileiros: mata de caatinga, casarios antigos e grandes obras de infraestrutura em ruínas, talvez nunca inauguradas, que servem como esconderijo para <i>outsiders</i>; criminosos, talvez, mas, mais que isso, sobreviventes de uma realidade em tudo pós-apocalíptica. As filmagens usaram como locação os municípios de Parelhas e Acari, no estado do Rio Grande do Norte. <br /><i>Bacurau </i>teve um custo de R$ 7,7 milhões e arrecadou mais que o dobro disso. E ainda ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, onde teve sua primeira exibição em 15 de maio de 2019. No Brasil, a fita estreou algumas semanas depois, no dia 29 de agosto. <br />Alguns podem argumentar que <i>Bacurau</i> não é um efetivamente um filme de fc, visto que o único detalhe evidente do gênero é um drone em forma de disco voador que é usado pelos assassinos para rastrear suas "presas". Mas é claro que não é só isso. O que faz de <i>Bacurau </i>uma boa e legítima história de ficção científica são seus aspectos sociológicos e antropológicos, algo que nem sempre é percebido como especulação científica porque não se tratam de ciências duras. Muito mais que discos voadores, interessa aqui a exploração de corpos brasileiros como atração turística. Ficção? Nem tanto. Basta lembrar das crianças prostituídas por todo o país. Se ainda não temos caçadas humanas como atrações turísticas no Brasil, não falta muito para isso. Também a maneira debochada e cruel com que o poder público trata o eleitor, algo que não está nada distante da realidade. E, enfim, a maneira natural com que os sertanejos lidam com a tecnologia, todos muito a vontade com seus aparelhos celulares, ainda que um tanto ultrapassados em comparação com os dispositivos futuristas usados pelos estrangeiros. <br />Também é preciso reconhecer que não há coitadismo no tratamento dado ao sertanejo. O habitante de Bacurau é – como diria Euclides da Cunha – "antes de tudo, um forte". Como os seguidores de Antônio Conselheiro em Canudos, os bacurauenses podem ser simplórios, mas tolos certamente não são. </div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-13822853215252848692024-02-23T07:24:00.003-03:002024-02-23T07:24:25.029-03:00Resenha do Almanaque: 3%<div style="text-align: left;"><b><i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg103SQxjF-oIMVaP7Jw0sVidZre7Z-90OmrDn58aheMpLIEDsegzUBoq3cJVZHWVvutwV-p6ybcKuuDxnAoRpJhWlPl-1P-GRh_GlqmeSeH7iMyXAHDRUw7alTpsFMiLvZGPJeLpWigqJ1x_pzQsKKlIcoZXsWgP-dtu20VH5BRyfgorhJ4fJd_Quhy_o/s478/Netflix-3-GroupPoster-copy1.webp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="478" data-original-width="322" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg103SQxjF-oIMVaP7Jw0sVidZre7Z-90OmrDn58aheMpLIEDsegzUBoq3cJVZHWVvutwV-p6ybcKuuDxnAoRpJhWlPl-1P-GRh_GlqmeSeH7iMyXAHDRUw7alTpsFMiLvZGPJeLpWigqJ1x_pzQsKKlIcoZXsWgP-dtu20VH5BRyfgorhJ4fJd_Quhy_o/w270-h400/Netflix-3-GroupPoster-copy1.webp" width="270" /></a></div>3%</i></b>, Pedro Aguilera. Série de tv com 33 episódios. Produção Boutique Filmes/Netflix, 2016-2020.<br /><br /></div><div style="text-align: left;">A indústria audiovisual é o grande fetiche dos autores de ficção fantástica. Mal escrevem os primeiros textos, já pensam em quais seriam os atores mais indicados para representarem os seus personagens, quase sempre artistas de Hollywood porque, afinal, sonhar não custa nada. Muitas vezes vezes essa mania é movida apenas pelo sentimento de veneração ao estrangeiro, mas não devemos nos enganar: chegar a indústria audiovisual ainda é o melhor caminho para se obter reconhecimento, fama e algum dinheiro extra. Pelo menos, é assim que funciona nos EUA: os autores geralmente ganham muito mais pelo licenciamento de direitos para cinema e para a tv do que com a venda direta dos seus escritos. Portanto, se é assim que funciona na matriz, deve funcionar aqui também. <br />A internet, especialmente após o advento da banda larga, pareceu ser o canal que todos estavam esperando para a distribuição de obras audiovisuais, uma vez que prescinde das salas exibidoras e de um sistema de transmissão televisiva para fazer chegar o conteúdo ao expectador. Mas, infelizmente, não emergiram projetos bem sucedidos assim, embora tenham existido tentativas, como a série <i>Animal</i>, produzida em 2014 para a tv a cabo. Alguma coisa ainda faltava e parece que, finalmente, temos o caminho das pedras: o serviço de conteúdo por <i>streaming</i>. <br />O primeiro seriado brasileiro de fc&f a despontar nesse ambiente foi <i>3%</i>, distopia futurista original criada por Pedro Aguilera, cujo episódio piloto foi lançado no Youtube em 2011. Adquirida pela Netflix em 2016, tornou-se a primeira série brasileira na plataforma, com quatro temporadas e um total de 33 episódios produzidos. Na direção, revezam-se César Charlone, Daina Giannecchini, Dani Libardi e Jotagá Crema.<br />Trata-se de uma produção sofisticada, com um elenco enorme que conta com atores conhecidos da teledramaturgia brasileira: João Miguel, Bianca Comparato, Zezé Mota, Michel Gomes, Rodolfo Valente, Vaneza Oliveira, Rafael Lozano, Viviane Porto, Samuel de Assis, Cynthia Senek, Laila Garin, Bruno Fagundes, Thais Lago, Fernando Rubro e Amanda Magalhães – até Ney Matogrosso faz uma participação especial – além de uma infinidade de coadjuvantes e figurantes que formam a população de uma favela miserável chamada Continente, que parece ser a única coisa que sobrou do Brasil num futuro pós holocausto, cuja explicação não é fornecida. <br />Porém, há um lugar chamado Maralto onde uma elite vive em luxo e abundância. Uma vez por ano, ao longo dos últimos cem anos, o governo (que tem contornos corporativos) promove o Processo, uma espécie de "vestibular" cujo objetivo é selecionar, entre os jovens com vinte anos completos do Continente, os novos cidadãos para Maralto. Os testes são severos, em muitos casos, mortais, e valorizam aspectos físicos, intelectuais, morais e psicológicos dos candidatos. Apenas três por cento dos inscritos serão aprovados. A concorrência é feroz e trapacear é permitido. Na verdade, uma personalidade trapaceira é até valorizada, como vamos descobrir ao longo do extenuante processo, que também vai revelar a personalidade e a motivação de cada um dos candidatos. Também vamos descobrir que há um movimento revolucionário subterrâneo, pesadamente reprimido pela administração, cujo objetivo é acabar com o Processo. Mas não são apenas os candidatos que escondem esqueletos no armário: entre aqueles que estão "do lado de lá" também há segredos comprometedores, além de intrigas e traições veladas. Ninguém está plenamente seguro, nem mesmo em Maralto.<br />A cenografia é elegante, com uma estética futurista econômica. Muitas sequências foram gravadas nas dependências da Arena Corinthians, em Itaquera (SP). Também foram usados como locações o Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG), e a comunidade Heliópolis (SP). Os efeitos especiais são competentes, assim como o desenho de produção. O roteiro tem bons diálogos, e uma narrativa tensa, que fica ainda mais perturbadora pela lentidão com que o Processo avança.<br />A série está disponível em 190 países e é elogiada no exterior, com uma avaliação muito boa no site de resenhas <i>Rotten Tomatoes</i>: 85% de aprovação na primeira temporada. Também é muito inclusiva, com atores de todas as etnias, além de um cadeirante entre os personagens principais. <br />O sucesso de <i>3%</i> foi efeivamente convincente. Depois dele, parece que finalmente o campo se abriu para a produção brasileira: <i>O escolhido</i> (2019, Netflix), <i>Onisciente </i>(2020, Netflix) <i>Spectros </i>(2020, Netflix), <i>Desalma </i>(2020, Globlo Play), <i>A todo vapor</i> (2020, Prime) e <i>Cidade invisível</i> (2021, Netflix) são alguns dos exemplos que se seguiram e a tendência não arrefeceu nem durante a pandemia. Isso já é, por si, um grande mérito para <i>3%</i>, que merece ser lembrado como o ponto de virada da fc&f na indústria audiovisual brasileira.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-24169934678457394842024-02-22T07:56:00.003-03:002024-02-22T07:57:11.209-03:00Resenha do Almanaque: Os corvos de Mana'Olana<p><b><i></i></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkMS4MxgykiYyG-2QOvfU5wj7lVz5ijEs9v4hnK_Zl4a__LQEkgNnzzGFo8nedHIgjHNFQsMV5XMYQJ5y5XKhUrdM1PpFnvE1XmoI_IkNHr5dvQAJn9KqsCRY4eK2sqtcCU_0ezzpUUuzIegF0BORoKfnks1sgP9tc8hXimWncnaV7cBY3HcItk_ycEWE/s1600/1b7e0dfb-1e03-4e19-9a00-1c3df895f8cd.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1046" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkMS4MxgykiYyG-2QOvfU5wj7lVz5ijEs9v4hnK_Zl4a__LQEkgNnzzGFo8nedHIgjHNFQsMV5XMYQJ5y5XKhUrdM1PpFnvE1XmoI_IkNHr5dvQAJn9KqsCRY4eK2sqtcCU_0ezzpUUuzIegF0BORoKfnks1sgP9tc8hXimWncnaV7cBY3HcItk_ycEWE/w261-h400/1b7e0dfb-1e03-4e19-9a00-1c3df895f8cd.jpg" width="261" /></a></i></b></div><div style="text-align: left;"><b><i>Os poucos & amaldiçoados: Os corvos de Mana'Olana</i></b>; Felipe Cagno & Fabiano Neves; minissérie em 6 edições, 204 páginas. Timberwolf, 2020.</div><div style="text-align: left;"><br />Desde que o mercado brasileiro de quadrinhos entrou em colapso, com a quebra de distribuidoras, bancas e livrarias, não restou aos artistas nenhum outro caminho que não o da produção independente através de financiamento direto, também chamado de <i>crowdfunding</i>, modalidade de comercialização antecipada que se assemelha a prosaica "vaquinha" entre amigos. Várias plataformas na internet oferecem o serviço, sendo a mais popular o Cartarse, que promove campanhas para todo tipo de proposta, desde livros e quadrinhos, até jogos, brinquedos e projetos sociais. Qualquer pessoa pode propor um projeto e também apoiar os projetos ofertados. E isso parece que tem dado muito certo para os artistas, pois há ótimos trabalhos sendo publicados assim, como nunca antes se viu. Infelizmente, as tiragens são bastante limitadas, pois são voltadas apenas para atender ao conjunto específico de apoiadores que o projeto conquistou na campanha. O material não entra em circulação, portanto, e sai das mãos dos autores diretamente para seus leitores. Uma vez esgotada a tiragem, é preciso propor uma nova ação de financiamento para reimprimir o material. <br />Este é o caso de <i>Os poucos & amaldiçoados: Os corvos de Mana'Olana</i>, série de ficção científica criada pelo roteirista Felipe Cagno e o ilustrador Fabiano Neves, ambos profissonais experientes. Cagno é cineasta, formado pela FAAP, agraciado em 2015 com o Prêmio Angelo Agostini, da AQC-SP. Neves atua desde 2000 como ilustrador nos quadrinhos estrangeiros, tendo trabalhado com personagens como <i>Red Sonja</i>, <i>Xena Princess Warrior</i>, <i>Marvel Zoombies</i> e outros. A eles se uniram vários outos artistas, principalmente coloristas e letristas, para viabilizar o projeto proposto em 6 episódios financiados individulamente entre 2019 e 2020, com cerca de 1000 apoiadores por edição e metas superadas em até quinhentos por cento.<br />A história é um faroeste futurista, que recebe influências evidentes de <i>Apenas um peregrino</i>, de Garth Ennis e Carlos Ezquerra, publicado no Brasil no início do século pela Devir Livraria, e também da série de romances <i>A Torre Negra</i>, de Stephen King – especialmente o volume <i>Os lobos de Call</i>a –, bem como a sua adaptação em quadrinhos publicada no Brasil pela Panini. Mas com uma importante diferença: o protagonista de <i>Os corvos de Mana'Olana</i> é uma mulher. Trata-se de uma pistoleira sem nome, chamada por todos de "Ruiva" devido a cor dos cabelos. Ela caça monstros num futuro em que os oceanos da Terra desapareceram e abundam feras sobrenaturais que ameaçam os poucos sobreviventes que herdaram o interminável deserto em que o planeta se tornou. Dentre outras abominações, a Ruiva está a caça de uns corvos gigantes que sequestram crianças, e ela vai encontrá-los em Man'Omala – região que antes era conhecida como o Havaí –, não sem ter que superar muitos contratempos no caminho, entre os quais se inclui alguma traição. <br />Curiosamente, o futuro de <i>Os poucos & amaldiçoados</i> é em tudo similar a estética do velho oeste americano, com pistoleiros cavalgando pelos desertos em busca de riqueza e aventura, passando por vilarejos de mineiros e colonos mexicanos com seus <i>saloons </i>e prostíbulos, ruas de terra e nenhuma lei, mas com navios abandonados aqui e ali. Até as armas que a Ruiva usa são Colts Paterson. Explica-se: o momento em que o mundo "foi adiante", como diria Stephen King, foi no século XIX. Mas, de qualquer forma, uma história de ficção científica pós-apocaliptica que ainda tem demônios e assombrações, a última coisa que se pode exigir é verossimilhança. Isso fica a cargo da capacidade do autor em construir um ambiente que sustente a suspensão de incredulidade do leitor, no que ele consegue ser razoavelmente bem sucedido. <br />Cada um dos cinco primeiros episódios tem trinta e duas páginas, e o último tem quarenta e quatro. Além da história em si, cada edição traz diversas <i>pinups </i>da Ruiva realizadas por artistas variados. As revistas têm ilustrações em cores impressas em papel cuchê e capas cartonadas com laminação brilhante. Quando foi lançada a sexta edição, o projeto ofereceu a opção de adquirir todos os seis volumes juntos em uma caixa especial. Mais tarde, o trabalho também foi ofertado em um único volume encadernado reunindo todas as edições. <br /><i>Os corvos de Mana'Olana</i> foi apenas o primeiro arco de histórias do universo de <i>Os poucos & amaldiçoados</i>. Os autores promoveram campanhas para outras história no mesmo universo, como as edições encadernadas <i>Nação sombria </i>(2020) e <i>Ambição sem volta</i> (2021), e <i>Dilúvio,</i> segunda minissérie com a Ruiva, ainda em publicação.</div><p></p>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-89442813853468348892024-02-21T07:26:00.002-03:002024-02-21T07:26:18.246-03:00Coração de cachorro, Mikail Bulgakov<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8UMLGRx4QNGgXCedjr8cuktsnJP7q-qkPrU8kprytPsN0wkbic_qhZ6EhRudMyFhJFPjqNHOOkXoIGtM4tjYRAtgdSL4_SDvQ91vEFP2kU1wgDXG1pM5KJfZbPt5lL4PBLtNX8243N3Vdsffo5MIczTzlmjtKJNNypmSaQ3R2Y52y2hGLaaU9qiIbjtU/s729/coracao.JPG" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="729" data-original-width="411" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8UMLGRx4QNGgXCedjr8cuktsnJP7q-qkPrU8kprytPsN0wkbic_qhZ6EhRudMyFhJFPjqNHOOkXoIGtM4tjYRAtgdSL4_SDvQ91vEFP2kU1wgDXG1pM5KJfZbPt5lL4PBLtNX8243N3Vdsffo5MIczTzlmjtKJNNypmSaQ3R2Y52y2hGLaaU9qiIbjtU/s320/coracao.JPG" width="180" /></a></div>O jornal curitibano <i>Gazeta do Povo</i> está distribuindo pela internet um <i>ebook </i>com a novela de ficção científica satírica <i>Coração de cachorro</i> (<i>Собачье сердце</i>), do médico e escritor russo Mikhail Bulgakov (1891-1940), que se insere na tradição das histórias sobre animais falantes, ao lado de <i>A ilha do Dr. Moreau</i>, de H. G. Wells, <i>O planeta dos macacos</i>, de Pierre Boulle, e <i>Ápio e Virginia</i>, de Gertrude E. Trevelyan. <br />Diz o texto de apresentação; "O médico Filipe faz experiências com o transplante de órgãos entre humanos e animais. Um de seus experimentos, no qual implanta uma glândula humana no cérebro de um cachorro, dá mais certo do que ele esperava. A nova criatura que surge da cirurgia desenvolve traços e (maus) comportamentos humanos e encontra seu espaço dentro da máquina burocrática estatal."<br />Originalmente escrita em 1925, <i>Coração de cachorro</i> só foi efetivamente publicada nos anos 1980, pois toda obra de Bulgakov sofreu com censura durante o governo soviético, do qual era forte crítico. Seu romance mais famoso, <i>O médico e a margarida</i>, também foi publicado postumamente, em 1966.<br />A novela está diagramada para ser lida em <i>smartphones</i>, tem 260 páginas, tradução Leialdo Pulz, e pode ser baixada gratuitamente no saite do jornal, <a href="https://especiais.gazetadopovo.com.br/lp/ebook-coracao-de-cachorro/" target="_blank">aqui</a>.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-31357246425808524022024-02-20T08:30:00.000-03:002024-02-20T08:30:03.841-03:00Lançamento: Os soldados do bode preto, Marian O'Hearn<div style="text-align: left;"><i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5vQUoNkulRPQ6guwz0JYHGvLjVxnpLroGBBnzJxNhPuKQUBvAmogxE_uLaZSPqXeVnFjvNnIBmRgWeol0jDQBcOtKWdxonI0Ew7gtHMzEVBF_4OCE4_7ZhdAWudeWDyeTsm3RUZO9xli9O2ba4hMocNJNNrWqwLepb2Dp0fkj0tSOErZBYPhcsdZnxwc/s865/soldados.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="865" data-original-width="584" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5vQUoNkulRPQ6guwz0JYHGvLjVxnpLroGBBnzJxNhPuKQUBvAmogxE_uLaZSPqXeVnFjvNnIBmRgWeol0jDQBcOtKWdxonI0Ew7gtHMzEVBF_4OCE4_7ZhdAWudeWDyeTsm3RUZO9xli9O2ba4hMocNJNNrWqwLepb2Dp0fkj0tSOErZBYPhcsdZnxwc/w270-h400/soldados.jpg" width="270" /></a></div>Os soldados do bode preto</i> (<i>Soldiers of the black goa</i>t) é o 16º volume da <a href="https://www.clubeandarilhos.com.br/product-page/plano-anual-%C3%BAnico?utm_source=Editora+Andarilho&utm_campaign=927e5caa61-EMAIL_CAMPAIGN_2023_05_17_09_02&utm_medium=email&utm_term=0_-927e5caa61-%5BLIST_EMAIL_ID%5D" target="_blank">coleção Andarilhos</a>, clube de assinaturas da Editora Andarilho dedicado à publicação mensal de livros de bolso de ficção fantástica clássica e inédita, de autores pouco conhecidos. <br />Publicada originalmente em 1940, a novela é de autoria da escritora americana Marian O'Hearn. Há alguma polêmica quanto a identidade da autora que, de acordo com o <i><a href="https://www.isfdb.org/cgi-bin/ea.cgi?14841" target="_blank">Internet Speculative Fiction Database</a></i>, teve pouquíssimas obras publicadas, todas no mesmo ano de 1940. Alguns pesquisadores afirmam que se trata de um psedônimo de outra escritora obscura chamada Anita Allen, que teve textos publicados nas mesmas edições que trouxeram os de O'Hearn, mas a pesquisadora Delia O'Hara afirma, em seu <a href="https://deliaohara.com/2014/11/12/aunt-marian-a-dame-and-a-writer/" target="_blank">blogue</a>, que O'Hearn era sua tia e que esse era seu nome real, que ela nasceu em Massachusetts, era jornalista e escreveu novelas de <i>western</i>.<br />Diz o texto da quarta capa: "A bruxa Hester Gurney decide investigar por conta própria o motivo das execuções de tantas mulheres acusadas de bruxaria em torno de Salém, e acaba entrando de cabeça em uma trama política envolvendo diversas figuras poderosas da religião."<br />O livro tem 196 páginas, tradução de Gustavo Terranova Aversa e, junto ao volume, os assinantes recebem, além de um marcador de páginas personalizado, algumas varetas de incenso perfumado.<br />Os livros do Clube Andarilhos são comercializados inicialmente por assinaturas, mas após algumas semanas são oferecido para venda no saite da editora, <a href="https://www.editoraandarilho.com/catalogo" target="_blank">aqui</a>.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-54703380178964924722024-02-19T09:18:00.000-03:002024-02-19T09:18:15.671-03:00Lançamento: Verões fantásticos<div style="text-align: left;"><i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVxkWcA52-BHlcY5yGQuWAICuY4e5doWduN0J8zKk0ayAqzxGGKMmITGa2_OojXncmQkSbratpE4PgARhtf0bg-q53wsxgNnn7MfRiuZEVI1_s1n6RWXAdiVtnM3Eou_GJW2FPUAqWZOOAMZH_NHPiXzDE_n52nBGWeEPCSx-Z68DA7YzdFtRwHXTpSic/s425/71xF+niBJML._SY425_.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="425" data-original-width="266" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVxkWcA52-BHlcY5yGQuWAICuY4e5doWduN0J8zKk0ayAqzxGGKMmITGa2_OojXncmQkSbratpE4PgARhtf0bg-q53wsxgNnn7MfRiuZEVI1_s1n6RWXAdiVtnM3Eou_GJW2FPUAqWZOOAMZH_NHPiXzDE_n52nBGWeEPCSx-Z68DA7YzdFtRwHXTpSic/w250-h400/71xF+niBJML._SY425_.jpg" width="250" /></a></div>Verões fantásticos</i> é uma antologia organizada por João De Lucca para o selo Picolé de Antimatéria, que foi publicada no finalzinho de 2023, com contos que abordam a estação mais quente do ano (pelo menos era, até antes das mudanças climáticas) sob a ótica do fantástico. <br />O volume reúne textos de Ana Lúcia Merege, Luiz Felipe Vasques, Liana Zilber Vivekananda, Oghan N’Thanda, Sabine Mendes Moura, Ísis Marques, Klaus Provenzano, Juliana Berlim, Rodrigo Ortiz Vinholo, Lu Evans, Gustavo Whiters, Lucas Serafim, Rodrigo Koehler, Claudia Dugim, Guilherme Dizniz, e do próprio organizador, navegando da fantasia à ficção científica e ao terror. <br />Diz o texto de apresentação: "Algo inesperado acontece e entramos no Verão. Isso mesmo! Com “V” maiúsculo, pois não vamos tratar aqui de uma mera estação do ano. É sobre um momento mágico, dourado, lisérgico, surreal, no qual nossas vidas ganham contornos, cores e cheiros que pertencem a esse mundo somente. Eu desejo muitas coisas boas para todos, mas se eu pudesse escolher uma só pra te dar de presente, ah… Seria um dia de Verão! Com sorte, um Verão inteiro. Agora leve isso para outros tempos, outros mundos, planetas, reinos. Fechem os olhos, sintam a brisa do mar, ouçam as cigarras ecoando na mata, e sintam-se abraçados pelo calor apolíneo. Permitam-se delirar!"<br />A antologia <i>Verões fantásticos</i> tem 365 páginas e pode ser adquirida <a href="https://www.amazon.com.br/VER%C3%95ES-FANT%C3%81STICOS-Autora-convidada-Merege-ebook/dp/B0CQW8PRWM/ref=wsixn_inc_v1_d_sccl_1_2/142-0582815-1676220?pd_rd_w=tEcuS&content-id=amzn1.sym.6a670ed2-64d0-4a09-831c-f702b2f058bc&pf_rd_p=6a670ed2-64d0-4a09-831c-f702b2f058bc&pf_rd_r=D3JYTJB1HG03PKY4ZT8Z&pd_rd_wg=Is29T&pd_rd_r=df8ddabe-d981-4e06-a59a-3047f512c6dd&pd_rd_i=B0CQW8PRWM&psc=1" target="_blank">aqui</a>, unicamente em formato digital.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-86897875717905814372024-02-18T13:52:00.000-03:002024-02-18T13:52:09.974-03:00Barbárie Fantástica 4<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEiUh-XdMDvMdZ5P8nDeqTWdP8TbMaSaVR4Q6oUxSZ1U_PfXLM8L6m_-Xl0pPhs1O7IztgZlT4HrlHJUnmzck0qXh9VgAaYWwyhyT4tQgVHIe-JkxNjL6-RHv6u73HytA97fQp-qKj5SionOP4rnGqmAq6NPjZHYcC4hM_cPxFLV5Lgc2LnIFElFMf-Xc/s701/427544966_122131857800107733_6681478548319826340_n.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="701" data-original-width="526" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEiUh-XdMDvMdZ5P8nDeqTWdP8TbMaSaVR4Q6oUxSZ1U_PfXLM8L6m_-Xl0pPhs1O7IztgZlT4HrlHJUnmzck0qXh9VgAaYWwyhyT4tQgVHIe-JkxNjL6-RHv6u73HytA97fQp-qKj5SionOP4rnGqmAq6NPjZHYcC4hM_cPxFLV5Lgc2LnIFElFMf-Xc/w300-h400/427544966_122131857800107733_6681478548319826340_n.jpg" width="300" /></a></div>Está disponível o quarto número da revista <i>Barbárie Fantástica</i>, editada por Jean Gabriel Álamo, inteiramente dedicada à fantasia heróica, uma publicação do selo FantasticHub em parceria com o periódico <i>Literatura Fantástica</i>, o <i>Fórum Conan</i> e o canal <i>Explorando Segredos e Mistérios</i>.<br />A edição tem 316 páginas com contos de Igor Moraes, Luiz Cecanecchia, Robilam C. Jr., Oghan N'Thanda, Arthur Lopes e do editor, artigos de Domenico Gay e Marco Antonio Collares e uma nova tradução de Fernando Neeser para a novela "Pregos vermelhos" ("Red nails"), de Robert E. Howard, a última escrita pelo autor e uma das mais empolgantes aventuras de Conan, o bárbaro, com os desenhos de Harold S. Delay vistos na edição original do texto em 1936 na revista <i>Weird Tales</i>. A capa traz uma ilustração de Alexandre Salles.<br /><i>Barbárie Fantástica</i> é publicada unicamente em formato digital e pode ser adquirida <a href="https://www.amazon.com.br/Barb%C3%A1rie-Fant%C3%A1stica-Vol-Revista-Literatura-ebook/dp/B0CVF6VMN7/ref=sr_1_1?crid=19YA9ZZZ3ZEYQ&dib=eyJ2IjoiMSJ9.BXLqFPYGmtdsr6Nhthe4DAU9oN0fbmMsA5Ygg_xxdp6RA9TMfdHes9O1ojfTaa1GPXrBYLkJZhQhiuN87-FdWWkCB7eSBjbTmCVXeda1w8e8H9LIpG5-5D3I_6lMYV6Clp_ZuPRzLVNJx7wByjY70Z4YYZvkKyNgxjW3B36i27hvnbPSKuetjxNpqaE53aR5bSjA2PE3-09Ykx8J53lb59Huszq1dcKJe9_lqk8u39D26X3udEbK0kqIEUEh0paLyFbC1F2RHzZUQngP5XAYXFj1wgzR5lhfydh-m6SCe18.y3EsLybRZQVeJle_U9cbMsMxkN13cobl2mr7cCzeLtc&dib_tag=se&keywords=barb%C3%A1rie+fant%C3%A1stica&qid=1707830770&sprefix=barb%C3%A1rie%2Caps%2C337&sr=8-1" target="_blank">aqui</a>.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3031777234536373301.post-35052951979838077542024-02-17T11:22:00.000-03:002024-02-17T11:22:05.417-03:00Lançamento: Dengue boy, Michel Nieva<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4qg3PskCJy1XjuHAJqcbTPMy4ic5eoWoefVq8gSBHtguvsgex_fLl6opidFKOtcOJ2Kz41mgNaOnQWAQMDpPsWAR1-Pa6Ryuefbhqra55Hj1TRgXAir-X08ZSkNJI1glQtjDH4gQ3oRoCYEdo03GRF0zWPEKDY5NPQJHu4VILDfXxgVp-4-F6j-UfzxE/s1000/A1sYCtSMofL._AC_UF1000,1000_QL80_.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="659" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4qg3PskCJy1XjuHAJqcbTPMy4ic5eoWoefVq8gSBHtguvsgex_fLl6opidFKOtcOJ2Kz41mgNaOnQWAQMDpPsWAR1-Pa6Ryuefbhqra55Hj1TRgXAir-X08ZSkNJI1glQtjDH4gQ3oRoCYEdo03GRF0zWPEKDY5NPQJHu4VILDfXxgVp-4-F6j-UfzxE/w264-h400/A1sYCtSMofL._AC_UF1000,1000_QL80_.jpg" width="264" /></a></div>"No ano de 2272, a crise climática atinge um ponto intransponível. As zonas polares derreteram por completo, a temperatura média global é de 90°C e cidades como Nova York e Buenos Aires se encontram submersas. No extremo sul do continente, os Arquipélagos Patagônicos formam o Caribe Pampiano: de um lado, um balneário com belíssimas praias artificiais; de outro, uma miserável e tépida orla. É nesse cenário devastado que cresce o dengue boy. Ninguém gosta do dengue boy. Na escola, seu aspecto bizarro e nojento o transforma no principal alvo das zombarias comandadas pelo pequeno tirano Dulce. Em casa, sua situação não é muito melhor. A mãe, exausta de seus dois empregos, não aguenta a bagunça feito pelo filho, que não possui mãos. E assim, deslocado, o esquisito mosquito humanoide vai levando sua vida, dia após dia, no mormaço insuportável do único canto ainda habitável da Terra."<br />Este é o texto de apresentação do romance <i>Dengue boy: A infância do mundo</i> (<i>El niño dengue</i>), do jovem escritor argentino Michel Nieva, texto ganhador em 2022 do prêmio O. Henry para ficção curta, publicado em inglês no periódico literário britânico <i>Granta</i>.<br />Graduado em Filosofia pela Universidade de Buenos Aires e atualmente atuando como professor na Universidade de Nova York, Nieva é fundador do subgênero Gauchopunk e instala toda a sua ficção nesse ambiente.<br />O volume tem 208 páginas, tradução do também escritor Joca Reiners Terron para o selo Amarcord da editora Record, e pode ser adquirido no site da editora, <a href="https://www.record.com.br/produto/dengue-boy/" target="_blank">aqui</a>.</div>Hiperespaçohttp://www.blogger.com/profile/05030227649636167390noreply@blogger.com0