domingo, 11 de dezembro de 2011

Barba Negra e o novo quadrinho

A editora Barba Negra, que se tornou o selo de quadrinhos da Editora Leya, distribuiu recentemente às livrarias algumas das mais perturbadoras histórias de uma novíssima geração de autores internacionais que, cada vez mais, distanciam-se das aventuras de ação que sempre caracterizaram a arte, enveredando por dramas mais realistas e existenciais.
Koko Be Good é o trabalho de estreia da ilustradora americana Jen Wang, publicado originalmente em 2010, com uma personagem anteriormente vista na internet. Sucesso no seu país de origem, conta a história de um casal de jovens tentando organizar suas vidas em Los Angeles, entre encontros e desencontros, confusões e um pouquinho de romance. O desenho é bastante movimentado, com uma colorização diferenciada em tons neutros. Apresentado na forma de um livro, tem 304 páginas e custa R$29,90.
Lucille, do francês Ludovic Debeurme é uma grafic novel de 544 páginas que também conta a história de um casal de jovens adolescentes, estes de uma aldeia no litoral da França, que fogem juntos para uma aventura pela Europa, em busca de suas próprias identidades. A narrativa ágil e repleta de flashbacks é ilustrada com desenhos simples, lineares e sem requadros. Lançado originalmente em 2006, o trabalho foi vencedor dos prêmios René Goscinny e da La Nouvelle Republique, além de ter sido destaque no Festival de Angoulême. A edição brasileira custa R$54,90.
Mas ainda há algum espaço para a fantasia. Pequeno Pirata (Roi Rose), do francês David B., é baseado num conto de Pierre Mac Orlan e soa como uma mistura de O livro do cemitério e Piratas do Caribe. Com um belo trabalho de arte visual totalmente em cores, conta a história de um bebê que é adotado pelos fantasmas do amaldiçoado navio Holandês Voador. Originalmente publicado em 2009, foi indicado ao Eisner Awards 2011. O álbum tem 48 páginas e custa R$29,90.
Ótimas opções para presentear neste Natal.

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