quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Como foi o SBC Geek de agosto

São Bernardo do Campo segue investindo em cultura alternativa dentro de sua agenda cultural, com destaque para os encontros SBC Geek, realizados mensalmente no Centro Cultural do Bairro Baeta Neves, com uma programação variada que inclui exibição de filmes, apresentações musicais e palestras interessantes com especialistas do meio editorial.
Em agosto, o encontro aconteceu no dia 25, e o visitante foi recebido logo nos portões de entrada por uma colorida exposição de cartazes de animês.
E a cultura pop oriental seguiu predominando, com a apresentação do longa-metragem de animação Paprika e um lounge com dois músicos da banda de j-rock Gaijin Sentai, que apresentaram versões suaves em teclado e flauta para uma série de canções conhecidas dos fãs de anime, enquanto numa sala a parte, membros do grupo Trekker ABC projetavam nostálgicas aberturas de séries de tv antigas.

Dois fanzines foram distribuídos no evento: O Fanzine SBC Geek, com a programação do encontro, e Mieru!, resultado de uma oficina de mangá realizada no primeiros semestre no Centro Cultural Antônia Marçon Bonício, coordenada pela arte-educadora Jaqueline Yonamine.



Minha participação começou às 15 horas, quando apresentei a um bom grupo de ouvintes, que aumenta a cada edição do encontro, o trabalho feito pelo Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica.

Iniciei com um rapidíssimo histórico da proto-fc&f no mundo, e passei as duas horas seguintes entediando a plateia com a excitante história da ficção fantástica brasileira, com dezenas de slides de capas de romances e coletâneas importantes, contextualizando o significado de cada um na formação e evolução do gênero e na literatura brasileira de forma geral, comentando, entre outros, Noite na taverna, Dr. Benignus, O alienista, Esfinge, A Amazônia misteriosa, O presidente negro, Macunaíma, A filha do inca, Zanzalá, Viagem à aurora do mundo, 3 meses no século 81, passando depois pelas principais revistas nacionais de fc&f, pelos títulos da GRD e da Edart, os grande livros publicados durante a ditadura, o surgimento da geração 'fandom', o retorno da GRD e a aventura da editora Ano-Luz, até chegar ao primeiro Anuário, publicado em 2005. Finalizei com algumas tabelas comparativas que revelam, em números, a evolução recente dos gêneros no País. Parece que o pessoal gostou da palestra, pois ainda ficamos conversando um pouco depois de encerrada, analisando as tabelas, que reproduzo abaixo para quem tiver interesse em destrinchar. Os números são resultados das pesquisas do Anuário.
Já estou pronto para o próximo SBC Geek, marcado para o dia 29 de setembro, cujo tema será Steampunk. Programação, em breve.


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