Já convivemos, há alguns anos, com uma face ainda suave de um fenômeno que vai mudar radicalmente a maneira como editores e leitores se relacionarão com a literatura de fc&f no futuro. Não se trata dos dispositivos eletrônicos nem de qualquer outro gadget tecnológico, mas sim da cada vez mais próxima era em que as comportas do direito autoral das grandes obras da literatura de fc&f serão rompidas. Conforme os dias passam, a obra de mais autores entra em domínio público e livros esquecidos há décadas, por conta dos altos custos que seus herdeiros praticavam, voltarão a moda.
Este ano podemos testemunhar um caso típico. A obra do escritor americano Robert W. Chambers (1865-1933) entrou em domínio público e nada menos que três editoras apresentaram traduções simultâneas de seu trabalho mais célebre, The king in yellow, originalmente publicado em 1895, obra que influenciou os autores do período weird e contribuiu decisivamente para a formação dos gêneros fantásticos.
A obra apareceu primeiro no início de 2014 pela Editora Intrínseca, sob o título de O rei de amarelo, logo seguida pela tradução da Editora Arte & Letra, O símbolo amarelo e outros contos. Agora é a vez da editora independente Clock Tower apresentar a sua versão para a coletânea.
O diferencial da edição da Clock Tower é o requinte de um volume dirigido ao leitor apaixonado por livros. Isso porque terá capa dura, fita marca-página, contos extras adicionados por Chambers ao livro original, ilustrações internas, além de ser uma edição numerada. Nada poderia ser mais exclusivo, portanto.
Diz o editor, Denilson Ricci, ele mesmo um fã de fc&f: "Existe uma lenda em torno desse tomo que dizem ser maldito, influenciando psicologicamente quem o possuir por guardar secretos terríveis do universo".
O volume está em pré-venda no loja da Clok Tower, aqui. Mas é preciso correr, porque a tiragem é limitadíssima.
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