Interferências (Crosstalk), Connie Willis, tradução de Viviane Diniz Lopes. 464 páginas. Editora Companhia das Letras, selo Suma, São Paulo, 2018.
Conheci o texto de Connie Willis no periódico Isaac Asimov Magazine (carinhosamente chamada de IAM), publicação tradicional nos EUA que teve 25 edições no Brasil nos anos 1990, pela editora Record. Ao lado de monstros da ficção científica recente, como Charles Sheffield, Kim Stanley Robinson, James Tiptree Jr., Geoffrey Landis, Bruce Sterling, Judit Moffet, George R. R. Martin e Lucius Sheppard, entre outros, Connie Willis era autora frequente e seus textos sempre interessantes e contundentes, como a novela “O último dos Winnenbagos” – publicado na edição número 11 de abril de 1991 e ganhador dos prêmios Hugo e Nebula –, sobre um casal idoso em viagem nas estranhas estradas do uma América futurista. Willis é uma das autoras mais premiadas de sua geração, com nada menos que sete Nebulas e onze Hugos no currículo (e contando).
Connie Willis é, então, uma paixão do passado. Se alguém diz que há uma nova história dela no mercado, meu coração já começa a bater mais forte. Ler Willis hoje é como voltar no tempo e reviver a emoção de ler uma IAM inédita. Velhos tempos.
Interferências, romance de 2016 traduzido no Brasil em 2018 pela Companhia das Letras no selo Suma, é o segundo romance de Connie Willis no Brasil. O anterior foi O livro do juízo final, publicado pela mesma editora em 2017 e resenhado aqui. Fiquei um pouco receoso de que Connie não tivesse acertado a mão em Interferências, pois ouvi opiniões que davam conta de que esta não seria uma história de ficção científica, a especialidade da autora. Mesmo assim, confiava que o talento literário de Willis não me decepcionaria. Eu estava certo e as opiniões, erradas, é claro.
A história acompanha a confusão que se torna a vida de Briddey Flanningan, jovem executiva de uma indústria de celulares que aceita o pedido de Trent, seu noivo e chefe na empresa, para realizarem com um importante cirurgião da moda o implante de um tipo de chip cerebral que permitirá ao casal compartilhar as emoções um do outro e, dessa forma, ter uma relação mais intensa e transparente. Muitos casais felizes atestam as vantagens do procedimento, que é um tipo de prova de amor nesse futuro próximo, sendo uma operação simples e corriqueira, sem riscos à saúde. Mas essa não é a opinião de um dos colegas de Briddey, o engenheiro de desenvolvimento C.B., mais conhecido nos corredores da empresa como “Corcunda de Notre Dame” devido ao seu aspecto desengonçado e anti-social, sempre isolado em sua oficina no subsolo. C.B. usa todos os seus piores argumentos para demover Briddey de sua decisão pelo implante, apela até para um discurso de terror explícito dando exemplos de cirurgias aparentemente simples que levaram os pacientes a óbito, mas a jovem está convencida do amor de Trent e briga com C.B., pois acredita ele está com ciúmes e tentando sabotar seu sonho de conto de fadas.
Depois de uma verdadeira operação de guerra para evitar as fofocas no trabalho e as invasivas mulheres de sua família irlandesa, Briddey e Trent internam-se secretamente no hospital para receber o implante. Tudo vai bem até que a anestesia passa e Briddey descobre que alguma coisa deu muito errado com a cirurgia: em vez de sentir as ondas de amor emanadas por Trent, começa a ouvir em sua mente a voz de C.B., com quem agora têm um vínculo telepático. E isso é muito mais que um inconveniente, pois o que Trent vai pensar quando souber que sua amada tem com o “Corcunda de Notre Dame” uma ligação mais íntima que com ele próprio? Mas isso é só o início dos problemas de Briddey, pois o seu dom telepático pode colocar em perigo não só a si, mas a toda sua família, que é disfuncional mas a qual ela ama sinceramente.
A história tem, em boa parte, o tom de uma comédia romântica, e em alguns momentos iniciais realmente lembra o enredo do longa-metragem Do que as mulheres gostam (What women want, 2000). Mas é só superficialmente, porque Interferências tem um panorama efetivamente de ficção científica, com muitas teorias voando por todos os lados, com direito a conspirações e cientistas malucos que tornam a narrativa uma verdadeira montanha-russa. O tom humorístico é delicioso e raro tanto no trabalho de Willis – que geralmente é dramático – quanto no gênero da ficção científica de modo geral. Uma peça literária valiosa portanto.
E as epígrafes que abrem cada capítulo são um charme à parte, transcrevendo frases inspiradoras de filmes, seriados de tv e livros como Graça infinita, Artemis Fowl, Alice no País das Maravilhas, O jardim secreto e outros, que fazem o delírio dos fãs de citações.
Por tudo isso, Interferências é um livro que pode ser lido com prazer tanto pelo leitor veterano, fã de ficção científica, como também pelo leitor não especializado no gênero, incluindo aquele que acredita não gostar dele. Porque, no fim das contas, Connie conseguiu com louvor fazer aquilo que muitos perseguem sem sucesso: escreveu uma ficção científica para quem não gosta de ficção científica. E isso é um feito e tanto.
sexta-feira, 16 de novembro de 2018
Legendas HQ 1
Está circulando a primeira edição de Legendas HQ, fanzine de quadrinhos brasileiros que surge da associação de quatro editores veteranos: Denílson Reis (Tchê), André Carim (Múltiplo), Clodoaldo Cruz (Cabal) e Marcos Freitas (Quadritos).
A edição de estreia tem 48 páginas e destaca o trabalho do cartunista e caricaturista Bira Dantas, que é entrevistado e participa com uma hq. Também comparecem Emir Ribeiro, Henry Jaepelt, Marck Ferreira, All Silva e Érika Saheki ilustrando hqs roteirizadas pelos editores. Complementam a edição as colunas informativas “Tchê Express”, “Radioatividade” e “Múltiplo’s”, além de artigos e resenhas.
A publicação está disponível exclusivamente em formato impresso, com tiragem de 140 exemplares. Contatos pelo email atomiceditora@gmail.com. Mais informações no blogue da Editora Atomic, aqui.
A edição de estreia tem 48 páginas e destaca o trabalho do cartunista e caricaturista Bira Dantas, que é entrevistado e participa com uma hq. Também comparecem Emir Ribeiro, Henry Jaepelt, Marck Ferreira, All Silva e Érika Saheki ilustrando hqs roteirizadas pelos editores. Complementam a edição as colunas informativas “Tchê Express”, “Radioatividade” e “Múltiplo’s”, além de artigos e resenhas.
A publicação está disponível exclusivamente em formato impresso, com tiragem de 140 exemplares. Contatos pelo email atomiceditora@gmail.com. Mais informações no blogue da Editora Atomic, aqui.
A assombração da Casa da Colina
A assombração da Casa da Colina (The haunting of Hill House), Shirley Jackson, Tradução de Débora Landsberg. 240 páginas. Editora Companhia das Letras, selo Suma, São Paulo, 2018.
Muitas vezes, conhecemos um clássico não pela obra original, mas por suas inúmeras adaptações. Mas é claro que as adaptações, por não serem obrigatoriamente idênticas ao original, tomam liberdades, mudam contornos e até alteram completamente seu conteúdo. Na maior parte das vezes, as adaptações não fazem justiça ao original e as exceções são raras.
Não foi diferente com relação a este romance de Shirley Jackson (1916-1965), escritora norte-americana que viveu de maneira reclusa e morreu jovem, aos 48 anos, tendo escrito uma porção de contos e uns poucos livros, geralmente associados ao gênero do horror, dentre os quais seu quinto romance, A assombração da Casa da Colina (1959), é o mais destacado. Apesar disso, sua obra é muito respeitada, sendo frequentemente creditada como influência por autores como Richard Matheson (1926-2013), Stephen King e Neil Gaiman. Contudo, foi pouco publicada no Brasil; além deste, somente está disponível o romance Sempre vivemos no castelo (We have always lived in the castle, 1962), publicado pela editora Companhia da Letras em 2017. E isso é bastante sintomático. Jackson trabalha temas incômodos e delicados, entre os quais a condição da mulher na sociedade. Finalmente, a Companhia das Letras decidiu traduzir e publicar esses dois títulos em edições luxuosas de capas duras, a altura de seu significado.
Mas o teor feminista é apenas um dos muitos atributos de sua arte. Jackson é senhora de um estilo limpo e elegante, de descrições vívidas, personagens bem construídos e uma sensibilidade emocional que impacta o leitor.
A história é conhecida dos brasileiros nas adaptações cinematográficas Desafio do além (1963, Robert Wise) e A casa amaldiçoada (1999, Jan de Bont). O filme de Wise tem uma proposta mais cerebral, próxima à ficção científica e com um desfecho que tudo explica de forma mais ou menos satisfatória. O de Bont é um festival de efeitos especiais em que a história é o que menos importa. Nenhuma delas prepara o leitor para a experiência emocional que é mergulhar nas páginas da narrativa literária. A mais recente adaptação do romance é uma série exclusiva do servidor de streaming Netflix, que dizem ser bastante fiel ao romance, mas isso é algo que ainda preciso conferir.
Acompanhamos a história pelos olhos da jovem desempregada Eleanor, que se inscreve para um projeto de pesquisa acadêmica de um tal Montague, doutor em filosofia que pretende estudar uma casa incomum próxima a Hillsdale. Ela vê nisso a oportunidade de encontrar um rumo para sua vida, depois da longa doença e morte da mãe da qual cuidava, o que comprometeu as chances de uma carreira mais precoce. Ao ser selecionada, Eleanor empreende uma corajosa viagem dirigindo seu próprio automóvel, chega ao vilarejo em que se encontra a mansão e, numa breve parada para um café, percebe de imediato a animosidade dos habitantes locais com relação ao lugar. Quando avista a construção pela primeira vez, fica angustiada com a aparência externa da casa. E fica ainda mais alarmada com a recepção feroz que recebe dos empregados do lugar, um casal de zeladores muito rudes e intimidadores. Mas, ao adentrar a mansão, fica impressionada com o luxo das dependências, que beira ao extravagante. Apesar de tudo, a casa é aconchegante e confortável, mas de uma arquitetura que confunde os sentidos.
Suas preocupações reduzem-se com a chegada dos outros membros da equipe de pesquisas: Theodora, garota segura e expansiva com a qual Eleanor se identifica de imediato; Luke, jovem herdeiro da mansão que participa do grupo por insistência dos proprietários, e o próprio dr. Montague, que parece muito mais interessado em curtir o luxo da residência do que realmente realizar uma pesquisa séria.
Depois de alguns dias, período em que os jovens passam a se conhecer e dominar a confusa estrutura da casa, que tem peculiaridades como portas que se fecham sozinhas, armários que se auto-organizam e áreas em que a temperatura é radicalmente contrastante com o ambiente ao redor. Mas o mais assustador são os acontecimentos noturnos, que parecem ameaçar a vida dos hóspedes, mas que não deixam quaisquer rastros: a casa sempre se recompõe depois de cada evento, deixando em todos a impressão de que tudo não passou de alucinação.
As coisas complicam quando chegam dois novos hóspedes: a sra. Montague e seu motorista. Agora percebemos por que o dr. Montague não parecia tão interessado na pesquisa: a verdadeira pesquisadora é a sua autoritária esposa, uma mulher de personalidade forte e dominadora, que acredita piamente em espíritos desencarnados e quer fazer contato com eles para poder “libertá-los” de sua sina. O trabalho, enfim, começa. Mas a casa tem outros planos e Eleanor parece fazer parte deles. E quando uma casa escolhe alguém, é muito difícil negociar com ela.
A assombração da Casa da Colina é uma história apavorante, mas está longe de ser uma história de horror. Não há monstros, nem assassinos psicopatas. Não há perigos maiores do que aqueles que enfrentamos em qualquer outro lugar. O grande terror é mesmo a tensão psicológica de estar vinculado a uma situação da qual sabemos que precisamos nos afastar mas que, ao mesmo tempo, não queremos, por razões muitas vezes justificadas, mas que mesmo assim nos fazem mal. O destino da equipe de pesquisadores importa menos que o de Eleanor. A história que se conta aqui é a dela, e só a dela.
O final é surpreendente, sem ser um “final surpresa”, por contraditório que isso possa parecer. Talvez até escorra uma lágrima, mas não choramos por Eleanor. Choramos por nós mesmos, que ficamos na Casa da Colina.
Muitas vezes, conhecemos um clássico não pela obra original, mas por suas inúmeras adaptações. Mas é claro que as adaptações, por não serem obrigatoriamente idênticas ao original, tomam liberdades, mudam contornos e até alteram completamente seu conteúdo. Na maior parte das vezes, as adaptações não fazem justiça ao original e as exceções são raras.
Não foi diferente com relação a este romance de Shirley Jackson (1916-1965), escritora norte-americana que viveu de maneira reclusa e morreu jovem, aos 48 anos, tendo escrito uma porção de contos e uns poucos livros, geralmente associados ao gênero do horror, dentre os quais seu quinto romance, A assombração da Casa da Colina (1959), é o mais destacado. Apesar disso, sua obra é muito respeitada, sendo frequentemente creditada como influência por autores como Richard Matheson (1926-2013), Stephen King e Neil Gaiman. Contudo, foi pouco publicada no Brasil; além deste, somente está disponível o romance Sempre vivemos no castelo (We have always lived in the castle, 1962), publicado pela editora Companhia da Letras em 2017. E isso é bastante sintomático. Jackson trabalha temas incômodos e delicados, entre os quais a condição da mulher na sociedade. Finalmente, a Companhia das Letras decidiu traduzir e publicar esses dois títulos em edições luxuosas de capas duras, a altura de seu significado.
Mas o teor feminista é apenas um dos muitos atributos de sua arte. Jackson é senhora de um estilo limpo e elegante, de descrições vívidas, personagens bem construídos e uma sensibilidade emocional que impacta o leitor.
A história é conhecida dos brasileiros nas adaptações cinematográficas Desafio do além (1963, Robert Wise) e A casa amaldiçoada (1999, Jan de Bont). O filme de Wise tem uma proposta mais cerebral, próxima à ficção científica e com um desfecho que tudo explica de forma mais ou menos satisfatória. O de Bont é um festival de efeitos especiais em que a história é o que menos importa. Nenhuma delas prepara o leitor para a experiência emocional que é mergulhar nas páginas da narrativa literária. A mais recente adaptação do romance é uma série exclusiva do servidor de streaming Netflix, que dizem ser bastante fiel ao romance, mas isso é algo que ainda preciso conferir.
Acompanhamos a história pelos olhos da jovem desempregada Eleanor, que se inscreve para um projeto de pesquisa acadêmica de um tal Montague, doutor em filosofia que pretende estudar uma casa incomum próxima a Hillsdale. Ela vê nisso a oportunidade de encontrar um rumo para sua vida, depois da longa doença e morte da mãe da qual cuidava, o que comprometeu as chances de uma carreira mais precoce. Ao ser selecionada, Eleanor empreende uma corajosa viagem dirigindo seu próprio automóvel, chega ao vilarejo em que se encontra a mansão e, numa breve parada para um café, percebe de imediato a animosidade dos habitantes locais com relação ao lugar. Quando avista a construção pela primeira vez, fica angustiada com a aparência externa da casa. E fica ainda mais alarmada com a recepção feroz que recebe dos empregados do lugar, um casal de zeladores muito rudes e intimidadores. Mas, ao adentrar a mansão, fica impressionada com o luxo das dependências, que beira ao extravagante. Apesar de tudo, a casa é aconchegante e confortável, mas de uma arquitetura que confunde os sentidos.
Suas preocupações reduzem-se com a chegada dos outros membros da equipe de pesquisas: Theodora, garota segura e expansiva com a qual Eleanor se identifica de imediato; Luke, jovem herdeiro da mansão que participa do grupo por insistência dos proprietários, e o próprio dr. Montague, que parece muito mais interessado em curtir o luxo da residência do que realmente realizar uma pesquisa séria.
Depois de alguns dias, período em que os jovens passam a se conhecer e dominar a confusa estrutura da casa, que tem peculiaridades como portas que se fecham sozinhas, armários que se auto-organizam e áreas em que a temperatura é radicalmente contrastante com o ambiente ao redor. Mas o mais assustador são os acontecimentos noturnos, que parecem ameaçar a vida dos hóspedes, mas que não deixam quaisquer rastros: a casa sempre se recompõe depois de cada evento, deixando em todos a impressão de que tudo não passou de alucinação.
As coisas complicam quando chegam dois novos hóspedes: a sra. Montague e seu motorista. Agora percebemos por que o dr. Montague não parecia tão interessado na pesquisa: a verdadeira pesquisadora é a sua autoritária esposa, uma mulher de personalidade forte e dominadora, que acredita piamente em espíritos desencarnados e quer fazer contato com eles para poder “libertá-los” de sua sina. O trabalho, enfim, começa. Mas a casa tem outros planos e Eleanor parece fazer parte deles. E quando uma casa escolhe alguém, é muito difícil negociar com ela.
A assombração da Casa da Colina é uma história apavorante, mas está longe de ser uma história de horror. Não há monstros, nem assassinos psicopatas. Não há perigos maiores do que aqueles que enfrentamos em qualquer outro lugar. O grande terror é mesmo a tensão psicológica de estar vinculado a uma situação da qual sabemos que precisamos nos afastar mas que, ao mesmo tempo, não queremos, por razões muitas vezes justificadas, mas que mesmo assim nos fazem mal. O destino da equipe de pesquisadores importa menos que o de Eleanor. A história que se conta aqui é a dela, e só a dela.
O final é surpreendente, sem ser um “final surpresa”, por contraditório que isso possa parecer. Talvez até escorra uma lágrima, mas não choramos por Eleanor. Choramos por nós mesmos, que ficamos na Casa da Colina.
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
Velta 45 anos: Tomo III
Está circulando o terceiro número do fanzine Velta, comemorativo aos 45 anos da personagem criada pelo paraibano Emir Ribeiro. A edição recupera uma história antiga, primeiro publicada também na edição comemorativa aos dez anos da personagem em 1983, um dos primeiros fanzines que adquiri. A história publicada é "Invasão", tem roteiro e desenhos de Ribeiro e co-artefinal de Deodato Filho, então um jovem aprendiz que mais tarde se tornaria o superstar Mike Deodato. Também traz a hq "A chegada de Myra", história alternativa do tipo "o que aconteceria se", com uma Velta afrodescendente.
A edição tem 52 páginas, capa em cartão laminado e é uma edição da Atomic Editora.
A edição tem 52 páginas, capa em cartão laminado e é uma edição da Atomic Editora.
Conexão Literatura 41
Está circulando o número 41 da revista eletrônica Conexão Literatura, editada por Ademir Pascale.
A edição tem 62 páginas e destaca em entrevista o escritor José M. S. Freire, autor da série Tamara Jong. Também são entrevistados os escritores Daniel Renattini (Herdeiros das estrelas: O filho do sol), Magnólia Gomes (A guardiã Dama da Noite), Raquel Cassiano (Arquidata: A dama da espada e o segredo do medalhão) e Zacharia Korn (Rabullione: Uma autobiografia não autorizada de Napoleão Bonaparte). Nas seção de ficções, contos de Míriam Santiago e Roberto Schima, além de poemas de Idianara Lira Navarro. Artigos e divulgações de filmes e livros completam a edição.
Conexão Literatura é gratuita e pode ser baixada aqui. Edições anteriores também estão disponíveis.
A edição tem 62 páginas e destaca em entrevista o escritor José M. S. Freire, autor da série Tamara Jong. Também são entrevistados os escritores Daniel Renattini (Herdeiros das estrelas: O filho do sol), Magnólia Gomes (A guardiã Dama da Noite), Raquel Cassiano (Arquidata: A dama da espada e o segredo do medalhão) e Zacharia Korn (Rabullione: Uma autobiografia não autorizada de Napoleão Bonaparte). Nas seção de ficções, contos de Míriam Santiago e Roberto Schima, além de poemas de Idianara Lira Navarro. Artigos e divulgações de filmes e livros completam a edição.
Conexão Literatura é gratuita e pode ser baixada aqui. Edições anteriores também estão disponíveis.
O Sacy-Pererê
Está disponível para download gratuito o ebook O Sacy-Pererê: Resultado de uma collab, coletânea de ilustrações organizadas por Andriolli Costa para o saite Colecionador de Sacis.
Diz o texto de divulgação: "Nestas páginas, ilustradores profissionais e amadores se debruçaram sobre o centenário livro lobatiano para dar forma aos depoimentos ali registrados. Acompanha cada arte um trecho que captura a riqueza daquele testemunho."
Participam da edição os ilustradores Alisson Alencar, Azrael de Aguiar, Cristiane Xavier, Daniel Batista, David Dornelles, Fernando PJ, Ícaro Maciel, Luiz Henrique, Marco Goes, Mikael Quites, Pedro Godoy, Rafael Serpentis, Vee Marques, e a capa é de Azrael de Aguiar. A edição tem 29 páginas e pode ser baixada aqui.
Diz o texto de divulgação: "Nestas páginas, ilustradores profissionais e amadores se debruçaram sobre o centenário livro lobatiano para dar forma aos depoimentos ali registrados. Acompanha cada arte um trecho que captura a riqueza daquele testemunho."
Participam da edição os ilustradores Alisson Alencar, Azrael de Aguiar, Cristiane Xavier, Daniel Batista, David Dornelles, Fernando PJ, Ícaro Maciel, Luiz Henrique, Marco Goes, Mikael Quites, Pedro Godoy, Rafael Serpentis, Vee Marques, e a capa é de Azrael de Aguiar. A edição tem 29 páginas e pode ser baixada aqui.
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
As melhores histórias brasileiras de horror
Este é um convite oficial para o lançamento do livro que ajudei a organizar, As melhores histórias brasileiras de horror, publicado pela Devir Livraria.
As melhores histórias brasileiras de horror tem a intenção de mostrar o quão rica e assustadora é esta trajetória, com uma seleção caprichada que vai de 1870 a 2014, ou seja, cobre 144 anos, quase toda a trajetória independente da vida nacional. Procuramos escolher histórias representativas, em especial as que abordam mais de perto a cultura brasileira, além de se destacar pela qualidade literária. Nesse sentido o conjunto dos autores selecionados é demonstrativo do interesse de parte dos melhores autores brasileiros, de diferentes épocas: Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Inglês de Sousa, Afonso Arinos, João do Rio, Gastão Cruls, Thomaz Lopes, Tabajara Ruas, Braulio Tavares, Márcia Kupstas, Roberto de Sousa Causo, Júlio Emílio Braz, Carlos Orsi, M. Deabreu, Walter Martins e Gustavo Faraon.
Um mosaico do que a ficção de horror brasileira já fez de mais interessante em cada época, permitindo uma experiência de leitura rica e diversificada. Aparecerão temas como canibalismo, feitiçarias e misticismos, catalepsia, erotismo sobrenatural, fantasmas e assombrações, fim dos tempos, epidemia, rituais pagãos, pactos e possessões, paranoias e conspirações. Um variado leque para despertar a imaginação e deixar os sentidos alertas. Pois o horror poderá estar à espreita em cada linha, em cada página. E certamente em todas as histórias.
Ficaremos felizes com a sua presença.
As melhores histórias brasileiras de horror tem a intenção de mostrar o quão rica e assustadora é esta trajetória, com uma seleção caprichada que vai de 1870 a 2014, ou seja, cobre 144 anos, quase toda a trajetória independente da vida nacional. Procuramos escolher histórias representativas, em especial as que abordam mais de perto a cultura brasileira, além de se destacar pela qualidade literária. Nesse sentido o conjunto dos autores selecionados é demonstrativo do interesse de parte dos melhores autores brasileiros, de diferentes épocas: Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Inglês de Sousa, Afonso Arinos, João do Rio, Gastão Cruls, Thomaz Lopes, Tabajara Ruas, Braulio Tavares, Márcia Kupstas, Roberto de Sousa Causo, Júlio Emílio Braz, Carlos Orsi, M. Deabreu, Walter Martins e Gustavo Faraon.
Um mosaico do que a ficção de horror brasileira já fez de mais interessante em cada época, permitindo uma experiência de leitura rica e diversificada. Aparecerão temas como canibalismo, feitiçarias e misticismos, catalepsia, erotismo sobrenatural, fantasmas e assombrações, fim dos tempos, epidemia, rituais pagãos, pactos e possessões, paranoias e conspirações. Um variado leque para despertar a imaginação e deixar os sentidos alertas. Pois o horror poderá estar à espreita em cada linha, em cada página. E certamente em todas as histórias.
Ficaremos felizes com a sua presença.