Há algum tempo que a fronteira entre os fanzines e as revistas ficou muito imprecisa. Tanto as editoras ditas comerciais começaram a investir em quadrinhos autorais, na linha antes própria dos fanzines, quanto estes passaram a ser publicados com tal qualidade técnica e gráfica ao ponto de serem confundidos com as produções comercias. Este é o caso de Prisma Negro, revista de quadrinhos de autoria de Andy Corsant, quadrinhista catarinense autor tanto do enredo quanto dos desenhos da edição.
Prisma Negro traz um conto gráfico de fantasia urbana em que três jovens desesperançados são simultaneamente visitados por misteriosos emissários que lhes entregam arquivos de canções digitais de uma banda desconhecida, justamente chamada Prisma Negro, pelas quais os garotos ficam obcecados. As canções, a qual eles se apegam com ardor, conduzirão suas almas torturadas a um significado maior em suas vidas.
Diz o texto na contracapa: "Uma menina precocemente grávida de um rapaz ainda mais jovem e incapaz de assumir a paternidade. Em uma conceituada escola de segundo grau, um aluno é repetente por perseguição de um professor arrogante. O namoro dissolvido faz um garoto rejeitado sofrer pesadas agruras. Vivendo seus dilemas pessoais solitariamente, esses três adolescentes serão unidos por forças obscuras, responsáveis por fazê-los experimentar estranhas distorções na realidade e nos cursos de suas vidas."
A história é sensível e bem contada, os desenhos são competentes e o acabamento da publicação, como já foi dito, é muito bom. A revista, que foi publicada pelo autor em 2017, tem 48 páginas e, além da hq em si, não traz nenhuma informação sobre o autor e a obra. Mas algumas dicas podem ser obtidas no blogue do autor, aqui, onde, aliás, a revista também pode ser adquirida.
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