Um dos mais admirados mestres dos quadrinhos brasileiros, o mineiro Mozart Couto, acaba de receber duas edições muito especiais pela editora independente Atomic Quadrinhos, de Marcos Freitas. São dois álbuns de acabamento luxuoso, cada um deles com uma história completa, que merecem fazer parte das bibliotecas de todos aqueles que buscam pelo melhor que a arte tem a oferecer.
Os guerreiros da Ha-Kan é uma movimentada aventura de fantasia científica sobre a luta entre o bem e o mal, inspirada nas história em quadrinhos japonesas das quais Mozart emula o estilo gráfico sem, contudo, perder sua autoralidade. A história não é inédita, pois saiu primeiro em duas partes numa obscura publicação dos anos 1990 chamada Mangá X. Sua publicação em edição própria contribui para recuperar esta bela peça de arte dos quadrinhos nacionais. A edição, que tem 98 páginas em preto e branco e capa em cores com plastificação fosca, traz ainda um artigo de Gazy Andraus, doutor em Ciência da Comunicação pela USP, contextualizando devidamente esta obra de Couto.
O outro lançamento é Samurai, que se enquadra dentro das propostas conceituais de Couto para os quadrinhos. Trata-se de uma narrativa gráfica cinematográfica, sem textos e com apenas uma única imagem por página, elaborada a partir de traços de pincel aparentemente aleatórios, num precioso trabalho de contrastes absolutamente realistas. A narrativa sobrepõe duas realidades em tempos históricos diferentes, uma no presente, que pode ser situada em qualquer área urbana do mundo, e outra no período medieval japonês. Trata-se de uma obra inédita, sob todos os aspectos criada exclusivamente para este formato e, como tal, torna-se uma peça de arte incomum. Tem 44 páginas de papel de alta gramatura, com imagens em preto e branco em impressão digital perfeita, sendo a capa, também em p&b, laminada em plastico fosco.
Mais informações sobre estas e outras publicações da Atomic Quadrinhos, através do saite da editora, aqui.
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