No último 13 de julho, sábado, dia mundial do rock, editores independentes se reuniram na gibiteca da Biblioteca Nair Lacerda, em Santo André, para realizar mais uma edição da Fanzinada, uma ampla grade de atividades que se iniciou às 11hs com uma oficina de gravuras.
Embalada pela trilha sonora de um show musical que rolou ao longo de toda a tarde no estacionamento da Prefeitura, a oficina coordenada pelo arte-educador Cerito fez uso de matrizes de isopor para ensinar um público formado por crianças, jovens e adultos, a produzir impressões de desenhos com essa técnica barata, acessível e útil aos editores independentes, franqueando aos presentes o uso irrestrito da improvisada mesa de impressão, que foi bastante utilizada.
A atividade avançou até às 13hs, dividindo o espaço com o representante do grupo Chroma que promoveu um bate-bapo com os presentes sobre a produção e publicação alternativa de quadrinhos.
Às 15 horas, foi exibido o documentário Fanzineiros do século passado II, de Márcio Sno, focando a atividade dos fanzines brasileiros de rock e música em geral. O filme pode ser assistido online, aqui.
Após a exibição, Cerito, agora na identidade secreta do fanzineiro Cesar Silva, falou sobre os trinta anos do fanzine Hiperespaço, distribuindo aos presentes exemplares fac-símiles do primeiro número originalmente publicado em 1983, contextualizando assim a exposição montada na Gibiteca, que ficará em exibição até meados de agosto.
Passado um pouco das 17hs, o acadêmico, quadrinhista e fanzineiro Gazy Andraus, vindo diretamente de um evento em São Paulo, trouxe aos presentes suas considerações sobre os quadrinhos e o rock a partir de uma palestra que, devido a ampla participação dos presentes, acabou sendo concluída do lado de fora da Biblioteca, que fechou as portas às 18 horas. Usando um surpreendente aparelho semelhante a um telefone celular, Gazy projetou na parede externa uma rica apresentação com dezenas de exemplos da relação dinâmica entre os quadrinhos e a música, principalmente o rock, com imagens inspiradoras de obras de vários momentos históricos e das mais diversas origens.
Mesmo depois que Gazy encerrou a apresentação, por volta das 19hs, o pessoal ainda demorou a dispersar, pois ninguém queria dar fim ao agradável encontro que, esperamos, volte a se repetir em breve.
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