As primeiras edições do Anuário brasileiro de literatura fantástica também abordavam as publicações periódicas e os fanzines, reais e virtuais. Isso porque, tanto eu quanto o professor Marcello Simão Branco – o outro autor do Anuário – éramos fanzineiros históricos e o próprio Anuário não passava, de fato, de um fanzine muito volumoso. Mas depois de algum tempo, e com muito pesar, decidimos parar de acompanhar a cena alternativa porque a produção de ficção do gênero migrara completamente para os livros e os periódicos de fc&f estavam em uma angustiante decadência.
Então, é com grande satisfação que eu encaro o trabalho de Douglas Utescher, Flávio Grão e Márcio Snod, editores do Anuário de fanzines, zines e publicações alternativas, uma publicação da Ugra Press que chegou a segunda edição em 2012.Trata-se de uma publicação caprichada, com um levantamento bastante amplo sobre a cena editorial alternativa brasileira, com 62 páginas, mais de 160 resenhas, 19 entrevistas com editores e autores, artigos sobre os fanzines nas bibliotecas e universidades, além de orientações para o fanzineiro ampliar a relevância e penetração de seu trabalho.
O 2º Anuário de fanzines, zines e publicações alternativas foi lançado há alguns meses em formato impresso e produção artesanal, mas seus editores decidiram liberar a edição também em formato digital, que pode ser baixado gratuitamente aqui.
A versão impressa continua disponível e pode ser adquirida por R$15,00, mais despesas de frete.
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