Acaba de ser lançada Quadrinhos em história, a primeira antologia de histórias em quadrinhos publicada pela Editora Multifoco. Organizado pela escritora Jana Lauxen e pelo editor da revista Café Espacial, Sergio Chaves, o álbum inaugura o selo Literarte, que pretende publicar obras de autores novos não exclusivamente literárias, como ilustrações, quadrinhos e fotografias.
Treze trabalhos foram selecionados para a edição: "Um novo começo" (Alberto Pessoa), "Cecília" (Alex Mir e Elthz), "Coelho branco" (Bräo), "Maria da Penha" (Brenno Dias e Denis Mello), "Olho de peixe" (Daniel Magalhães), "12 problemas bucais de Hércules" (Denny Chang), "A carona" (Eliezer França); "Tobias e o boi da cara preta" (Lederly Mendonça), "Bacana people" (Murilo Souza), "Infância" (Rafael Pereira), "Chuvas negras" (Renato Gaion e Marcelo Capanema), "O evangelho do infanticida" (Valter do Carmo Moreira e Francisco Elber) e "Covardia" (Zé Wellington e André Pinheiro). O álbum tem 96 páginas em preto e branco, formato 14x21 cm, e a capa é assinada por Salu Santos.
O lançamento aconteceu no dia 19 de novembro, no Espaço Multifoco, em São Paulo, mas o álbum ainda não aparece no catálogo online da editora. Para adquirir um exemplar, contate um dos autores ou informe-se com a editora Jana Lauxen pelo email jana.lauxen@hotmail.com. O preço anunciado é de R$30,00.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Tune 8
Lançada há poucos dias no Rio Comicon, Tune 8 - Parte 1 é uma revista independente, do excelente ilustrador portoalegrense Rafael Albuquerque. Conta a história de um crononauta que se perde no continuum espaço-tempo e é resgatado por um grupo de homens que acredita ser ele uma espécie de messias. O trabalho de arte é primoroso e o enredo é promissor. A revista traz ainda uma série de esboços e o making-of dos personagens.
Rafael Albuquerque nasceu em 1981 e iniciou sua carreira como ilustrador publicitário. Atualmente trabalha para o mercado norte-americano de quadrinhos, como desenhista da série Vampiro americano, escrita por Scott Snyder e Stephen King, ganhadora do Prêmio Will Eisner 2011.
Tune 8 tem 32 páginas coloridas e custa R$ 12,00. A história também pode ser acompanhada gratuitamente no portal IG Jovem, em capítulos semanais de uma página.
Rafael Albuquerque nasceu em 1981 e iniciou sua carreira como ilustrador publicitário. Atualmente trabalha para o mercado norte-americano de quadrinhos, como desenhista da série Vampiro americano, escrita por Scott Snyder e Stephen King, ganhadora do Prêmio Will Eisner 2011.
Tune 8 tem 32 páginas coloridas e custa R$ 12,00. A história também pode ser acompanhada gratuitamente no portal IG Jovem, em capítulos semanais de uma página.
Picles
Há algum tempo a Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo (AQC-ESP) retomou algumas de suas atividades, além da organização do Prêmio Ângelo Agostini. O produto mais concreto desta nova fase foi a primeira edição da revista de humor gráfico Picles, cujo número zero foi publicado em 2010 em edição virtual.
Agora, a publicação chega ao formato real. O número 1 da Picles acaba de sair do forno e será lançado nesta quinta-feira, dia 1 de dezembro, a partir das 18h30 na Livraria Comix Boop Shop (Alameda Jaú, 1998, São Paulo).
A edição tem 52 páginas coloridas de cartuns, charges, quadrinhos e caricaturas sobre a Presidenta Dilma, de artistas novos e consagrados. Participam da edição os cartunistas Alisson Affonso, Antônio Amâncio, Bira Dantas, Bruno Aziz, Douglas Fernandes, Eder Santos, Eduardo Simch, Fabiano Carriero, Fabrício Manohead, Fernandes, Fernando dos Santos, Flávio Luiz, Fred Ozanan, Nei Lima, Ohi, Renato Stegun, Rice Araújo, Ronaldo Cunha, Santiago, Sergio Morettini, Siqueira, William MR, Xalberto e Zilson Costa. Muitos deles estarão presentes no evento.
Picles 1 é uma publicação da Editora Laços e custa R$8,90.
Agora, a publicação chega ao formato real. O número 1 da Picles acaba de sair do forno e será lançado nesta quinta-feira, dia 1 de dezembro, a partir das 18h30 na Livraria Comix Boop Shop (Alameda Jaú, 1998, São Paulo).
A edição tem 52 páginas coloridas de cartuns, charges, quadrinhos e caricaturas sobre a Presidenta Dilma, de artistas novos e consagrados. Participam da edição os cartunistas Alisson Affonso, Antônio Amâncio, Bira Dantas, Bruno Aziz, Douglas Fernandes, Eder Santos, Eduardo Simch, Fabiano Carriero, Fabrício Manohead, Fernandes, Fernando dos Santos, Flávio Luiz, Fred Ozanan, Nei Lima, Ohi, Renato Stegun, Rice Araújo, Ronaldo Cunha, Santiago, Sergio Morettini, Siqueira, William MR, Xalberto e Zilson Costa. Muitos deles estarão presentes no evento.
Picles 1 é uma publicação da Editora Laços e custa R$8,90.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Falta de sorte
Está nas bancas uma nova revista com as histórias do pistoleiro mais feio, sujo e malvado do oeste. Trata-se de Jonah Hex volume 5: Falta de sorte, que apresenta a tradução dos números 25 a 30 da série original, publicada nos EUA pela DC.
A edição tem 148 páginas em cores, com histórias de Justin Gray e Jimmy Palmiotti e desenhos de Jordi Bernet, Russ Heath, Rafa Garres, Giuseppe Camuncoli e John Higgins. Uma revista para quem gosta de histórias movimentadas e bem feitas. Só a arte estilosa de Bernet já justifica plenamente o investimento.
Jonah Hex volume 5: Falta de sorte é uma publicação da Editora Panini e custa R$14,90
A edição tem 148 páginas em cores, com histórias de Justin Gray e Jimmy Palmiotti e desenhos de Jordi Bernet, Russ Heath, Rafa Garres, Giuseppe Camuncoli e John Higgins. Uma revista para quem gosta de histórias movimentadas e bem feitas. Só a arte estilosa de Bernet já justifica plenamente o investimento.
Jonah Hex volume 5: Falta de sorte é uma publicação da Editora Panini e custa R$14,90
Heróis zumbis
Depois de aparecer como série coadjuvante na extinta revista Marvel Max, uma das mais interessantes idéias da Marvel dos últimos tempos está agora numa edição quase própria. A revista Marvel Terror apresenta, em sua terceira edição, a compilação dos cinco números da série Marvel Zombies Return, com os heróis desmortos de uma dimensão paralela onde aconteceu um holocausto zumbi, conseguindo passar para a nossa dimensão. Muita violência, sangue e vísceras deve ser o prato principal dessa história, literalmente falando.
Marvel Terror 3 é complementada com uma história de Legion of Monsters: Morbius, com a participação de ninguém menos que o nosso dentuço preferido, o Conde Drácula.
Com edição da Panini, Marvel Terror 3 tem 156 páginas, custa R$18,90.
Marvel Terror 3 é complementada com uma história de Legion of Monsters: Morbius, com a participação de ninguém menos que o nosso dentuço preferido, o Conde Drácula.
Com edição da Panini, Marvel Terror 3 tem 156 páginas, custa R$18,90.
Na trilha do Oregon
Está nas bancas a 25.a edição de Tex Edição Gigante, a mais importante série de quadrinhos de faroeste em publicação no Brasil. Trata-se da tradução da série italiana Tex Albo Speciale, carinhosamente chamada de Texone, publicada pelo prestigioso estúdio Sergio Bonelli com o ranger Tex, personagem criado em 1948, muito popular tanto na Itália quanto no Brasil.
Tex é um homem da lei nos Estados Unidos do século XIX, que, ao lados de seus amigos, se envolve em todo tipo de ação, dentro e fora do país. O personagem conta com várias séries de revistas nas bancas brasileiras, sendo que Tex Gigante é a mais sofisticada artisticamente. Publicando apenas uma edição inédita por ano num formato diferenciado, a série conta com ilustradores convidados que fazem toda a diferença, além de ter textos dos melhores escritores da casa.
"Na trilha do Oregon" ("Verso l'Oregon", no original) tem a história creditada a Gianfranco Manfredi, autor da ótima coleção Mágico Vento, e desenhos do ilustrador argentino Carlos Gomez. Ambos são apresentados ao leitor em ótimos artigos que prefaciam a edição.
Diz o relise: "Tex e Carson estão na caça de um assassino serial psicopata que já fez diversas vítimas no Texas sem motivo aparente. As últimas notícias dão conta que ele fugiu em direção ao Oregon. Enquanto buscam o assassino, os dois rangers se deparam com uma caravana em dificuldades: algumas mulheres estão se dirigindo a Oregon City, onde deverão encontrar seus futuros maridos, que conheceram por correspondência, através de uma estranha agência de matrimônios. Propondo-se a serem guias e protetores das noivas, nossos heróis encontrarão inúmeras dificuldades: trilhas nunca antes percorridas, rios em cheia, desastres naturais e ataque de índios rebeldes. Mas é apenas em Oregon City que todos os pecados serão pagos".
A edição brasileira, da Editora Mythos, tem 240 páginas e custa R$19,90; sem dúvida uma excelente relação custo-benefício.
Tex é um homem da lei nos Estados Unidos do século XIX, que, ao lados de seus amigos, se envolve em todo tipo de ação, dentro e fora do país. O personagem conta com várias séries de revistas nas bancas brasileiras, sendo que Tex Gigante é a mais sofisticada artisticamente. Publicando apenas uma edição inédita por ano num formato diferenciado, a série conta com ilustradores convidados que fazem toda a diferença, além de ter textos dos melhores escritores da casa.
"Na trilha do Oregon" ("Verso l'Oregon", no original) tem a história creditada a Gianfranco Manfredi, autor da ótima coleção Mágico Vento, e desenhos do ilustrador argentino Carlos Gomez. Ambos são apresentados ao leitor em ótimos artigos que prefaciam a edição.
Diz o relise: "Tex e Carson estão na caça de um assassino serial psicopata que já fez diversas vítimas no Texas sem motivo aparente. As últimas notícias dão conta que ele fugiu em direção ao Oregon. Enquanto buscam o assassino, os dois rangers se deparam com uma caravana em dificuldades: algumas mulheres estão se dirigindo a Oregon City, onde deverão encontrar seus futuros maridos, que conheceram por correspondência, através de uma estranha agência de matrimônios. Propondo-se a serem guias e protetores das noivas, nossos heróis encontrarão inúmeras dificuldades: trilhas nunca antes percorridas, rios em cheia, desastres naturais e ataque de índios rebeldes. Mas é apenas em Oregon City que todos os pecados serão pagos".
A edição brasileira, da Editora Mythos, tem 240 páginas e custa R$19,90; sem dúvida uma excelente relação custo-benefício.
sábado, 26 de novembro de 2011
6º Cinefantasy
Já começou, mas ainda dá tempo.
Até o dia 4 de dezembro está em curso a sexta edição do Festival Internacional de Cinema Fantástico — Cinefantasy, o maior evento do gênero do Brasil.
Serão exibidos nada menos que 130 filmes, entre longas e curtas metragens, tanto nas mostras competitivas como em exibições especiais. Também rolam oficinas, workshops e paletras, além da participação do cultuado diretor italiano Ruggero Deodato, se é que você me entende.
Muitos filmes estrangeiros estão programados, de países como México, Singapura, Coreia do Sul, Grécia, Croácia, Polônia, Espanha, entre outros.
O evento acontece no Centro Cultural São Paulo (R. Vergueiro, 1000), no CineSESC (R. Augusta, 2075) e na sala Luiz Sérgio Person da Biblioteca Viriato Correa (R. Sena Madureira, 298). O preço dos ingressos varia entre R$1,00 e R$8,00, sendo muitas seções totalmente gratuitas.
Para mais informações, visite o saite do Cinefantasy, que dispõe da programação completa.
O projeto é realizado com apoio do Programa de Apoio à Cultura (Proac).
Até o dia 4 de dezembro está em curso a sexta edição do Festival Internacional de Cinema Fantástico — Cinefantasy, o maior evento do gênero do Brasil.
Serão exibidos nada menos que 130 filmes, entre longas e curtas metragens, tanto nas mostras competitivas como em exibições especiais. Também rolam oficinas, workshops e paletras, além da participação do cultuado diretor italiano Ruggero Deodato, se é que você me entende.
Muitos filmes estrangeiros estão programados, de países como México, Singapura, Coreia do Sul, Grécia, Croácia, Polônia, Espanha, entre outros.
O evento acontece no Centro Cultural São Paulo (R. Vergueiro, 1000), no CineSESC (R. Augusta, 2075) e na sala Luiz Sérgio Person da Biblioteca Viriato Correa (R. Sena Madureira, 298). O preço dos ingressos varia entre R$1,00 e R$8,00, sendo muitas seções totalmente gratuitas.
Para mais informações, visite o saite do Cinefantasy, que dispõe da programação completa.
O projeto é realizado com apoio do Programa de Apoio à Cultura (Proac).
domingo, 20 de novembro de 2011
SBAF toy
No primeiro semestre de 2011 fiz um curso de moldagem de toys de resina, quando produzi miniaturas dos ícones do Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica.
Nas últimas semanas, dei continuidade ao trabalho modelando um toy inspirado no tamanduá astronauta, símbolo da Sociedade Brasileira de Arte Fantástica - SBAF, grupo não oficial através do qual, aos longo dos anos 1990, foram realizados vários eventos em São Paulo, bem como boa parte das atividades do Prêmio Nova, que depois foi substituído pelo Prêmio SBAF.Criei esse logo do tamanduá por volta de 1990 e o símbolo chancelou várias publicações, principalmente fanzines publicados por pessoas simpáticas ao trabalho daquela comunidade de fãs.
Aos poucos, a SBAF foi perdendo utilidade e praticamente desapareceu depois que o Anuário passou a ser publicado por editoras comerciais, em 2008. Mas o tamanduá astronauta é uma ideia muito boa para ser perdida. Ele faz parte de um conjunto de personagens que eu criei há muitos anos para fazer uma HQ que nunca saiu dos primeiros esboços, mas ainda me parece ter um bom apelo.
Por enquanto, só o tamanduá ganhou uma versão real, cujo protótipo modelado em clay pode ser apreciado na foto. O boneco tem aproximadamente 15 cm de altura e, apesar de ter feito muitas simplificações para adequar o design à moldagem artesanal, será necessário cuidado na hora de desenformar. De qualquer forma, estou animado com o resultado.
A produção do molde está em curso e espero ter, em algumas semanas, os primeiros modelos brutos em resina.
sábado, 19 de novembro de 2011
Metadimensão
A publicação de livros virtuais não é novidade no Brasil, há muito tempo que arquivos de textos são disponibilizados na rede para serem lidos gratuitamente. A princípio em html mesmo, embutidos em saites, e em formatos de processadores de texto comuns para serem baixados e lidos offline. Depois vieram os arquivos em formato pdf, para serem lidos no Acrobat Reader e outros programas compatíveis. As vantagens eram tantas e tão promissoras que ainda nos anos 1990 muita gente vaticinava o fim dos livros em papel antes da virada do milênio. Porém, as facilidades em se publicar em papel ampliaram e os ebooks entraram no novo milênio sendo uma boa ideia que não vingava.
O surgimento de dispositivos de leitura mais amigáveis, como os tablets por exemplo, pode ser o que faltava para ebooks ganharam algum apelo junto aos leitores. Contudo, os tais dispositivos de leitura ainda são caros e não inspiram muita confiança no consumidor brasileiro, e a tão esperada revolução do livro digital não desembarcou no Brasil. Mas, ainda que lentamente, é inevitável que isso aconteça.
É nessa confiança que os autores começam a novamente prestar atenção na publicação virtual. O escritor Rynaldo Papoy, visto frequentemente nas páginas do fanzine Juvenatrix, acaba de lançar pela Smashwords a coletânea Metadimensão, com contos de ficção fantástica.
Papoy informa que o livro pode ser baixado em qualquer formato, inclusive pdf e epub, e o preço é decidido pelo leitor, que pode até fazê-lo gratuitamente. Apesar do saite ser estrangeiro, o livro está em português.
O surgimento de dispositivos de leitura mais amigáveis, como os tablets por exemplo, pode ser o que faltava para ebooks ganharam algum apelo junto aos leitores. Contudo, os tais dispositivos de leitura ainda são caros e não inspiram muita confiança no consumidor brasileiro, e a tão esperada revolução do livro digital não desembarcou no Brasil. Mas, ainda que lentamente, é inevitável que isso aconteça.
É nessa confiança que os autores começam a novamente prestar atenção na publicação virtual. O escritor Rynaldo Papoy, visto frequentemente nas páginas do fanzine Juvenatrix, acaba de lançar pela Smashwords a coletânea Metadimensão, com contos de ficção fantástica.
Papoy informa que o livro pode ser baixado em qualquer formato, inclusive pdf e epub, e o preço é decidido pelo leitor, que pode até fazê-lo gratuitamente. Apesar do saite ser estrangeiro, o livro está em português.
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Lançamento múltiplo
Está marcado para o próximo dia 26 de novembro o lançamento de um pacote de novos livros da Andross Editora. Entre os títulos que serão apresentados no evento, alguns podem interessar aos fãs de literatura fantástica.
Anno Domini Volume II: Manuscritos Medievais. organizado por Sérgio Pereira Couto, conforme já revela o título, apresenta contos ambientados na Idade Média. Estão na edição, além do próprio organizador, os escritores Áquila Nogueira, Brenno Dias, Debora Gimenes, Diógenes Sobrinho, L. E. Haubert, M. R. Lins, Manuel Patrício, Marcos Lopes, Meline Hoch, N. Otávio, O. A. Secatto, Rafael Leoni, Rafael Machado Costa, Rodolfo Santos, Roxane Norris e Taiane Gonçalves Dias.
O final dos tempos é o tema da antologia Dias contados: Contos sobre o fim do mundo volume II, organizada por Alex Mir, que seleccionou para o volume textos de Alexandre Matheus Bliska, Ander Navarro, Anderson S. Costa, Bruno Pinto, Diego "Drugue" Queiros, Eddy Khaos, Gabriel Valeriolete, L. E. Haubert, Leandro Lorusso, Lipe Ralf, Marcel Colombo, NikaSanc, O. A. Secatto, Paulo Cilas, Paulo França, Paulo Romão, Ricardo Biazotto, Victor Lorandi e Victor Vargas.
Tratado secreto de magia: Contos de magia, feitiçaria e bruxaria, volume II, também dá continuidade ao tema que teve o primeiro volume publicado em 2010.
Organizada por Chico Anes & Ricardo Ragazzo, a antologia apresenta trabalhos de Ariel Paiva, Artur R. Soares, Bruno Anselmi Matangrano, Carla Witch Princess, Carlos Henrique M. Abbud, Cecília Torres Nogueira, Flora Finamor Pfeifer, Gabriel L. Souza, Julia Fernandes, Kathia Brienza, L. E. Haubert, Leticia Carvalho Bárrio, Lhaisa Andria, Lívia Stevaux, Lucas Arienti, Luiz Carlos Dias, M. C. Dadalt, Merari Tavares, Nicole Siebel, O. A. Secatto, Paula Vendramini, Ramon de Souza, Raquel Pagno, Roberta Spindler, Rodolfo Santos, Taiane Gonçalves Dias, Thiago Suniga, Victor Vargas e Wellington Hoh.
Os meus destaques nesse enorme grupo de autores novos abrigados pela Andross são Victor Vargas, filho do ilustrador Vagner Vargas, que está entrando firme na área infantojuvenil, e Taiane Gonçaves Dias, escritora de São Bernardo do Campo que já apareceu em outras antologias do gênero.
Os lançamentos acontecem no China Trade Center (Rua Pamplona, 518, São Paulo) e, na oportunidade, cada exemplar será vendido ao preço promocional de R$19,00. Também poderão ser adquiridos outros livros publicados pela Andross a preços ainda mais convidativos.
Anno Domini Volume II: Manuscritos Medievais. organizado por Sérgio Pereira Couto, conforme já revela o título, apresenta contos ambientados na Idade Média. Estão na edição, além do próprio organizador, os escritores Áquila Nogueira, Brenno Dias, Debora Gimenes, Diógenes Sobrinho, L. E. Haubert, M. R. Lins, Manuel Patrício, Marcos Lopes, Meline Hoch, N. Otávio, O. A. Secatto, Rafael Leoni, Rafael Machado Costa, Rodolfo Santos, Roxane Norris e Taiane Gonçalves Dias.
O final dos tempos é o tema da antologia Dias contados: Contos sobre o fim do mundo volume II, organizada por Alex Mir, que seleccionou para o volume textos de Alexandre Matheus Bliska, Ander Navarro, Anderson S. Costa, Bruno Pinto, Diego "Drugue" Queiros, Eddy Khaos, Gabriel Valeriolete, L. E. Haubert, Leandro Lorusso, Lipe Ralf, Marcel Colombo, NikaSanc, O. A. Secatto, Paulo Cilas, Paulo França, Paulo Romão, Ricardo Biazotto, Victor Lorandi e Victor Vargas.
Tratado secreto de magia: Contos de magia, feitiçaria e bruxaria, volume II, também dá continuidade ao tema que teve o primeiro volume publicado em 2010.
Organizada por Chico Anes & Ricardo Ragazzo, a antologia apresenta trabalhos de Ariel Paiva, Artur R. Soares, Bruno Anselmi Matangrano, Carla Witch Princess, Carlos Henrique M. Abbud, Cecília Torres Nogueira, Flora Finamor Pfeifer, Gabriel L. Souza, Julia Fernandes, Kathia Brienza, L. E. Haubert, Leticia Carvalho Bárrio, Lhaisa Andria, Lívia Stevaux, Lucas Arienti, Luiz Carlos Dias, M. C. Dadalt, Merari Tavares, Nicole Siebel, O. A. Secatto, Paula Vendramini, Ramon de Souza, Raquel Pagno, Roberta Spindler, Rodolfo Santos, Taiane Gonçalves Dias, Thiago Suniga, Victor Vargas e Wellington Hoh.
Os meus destaques nesse enorme grupo de autores novos abrigados pela Andross são Victor Vargas, filho do ilustrador Vagner Vargas, que está entrando firme na área infantojuvenil, e Taiane Gonçaves Dias, escritora de São Bernardo do Campo que já apareceu em outras antologias do gênero.
Os lançamentos acontecem no China Trade Center (Rua Pamplona, 518, São Paulo) e, na oportunidade, cada exemplar será vendido ao preço promocional de R$19,00. Também poderão ser adquiridos outros livros publicados pela Andross a preços ainda mais convidativos.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
A onda dos clássicos
A republicação de literatura em domínio público nunca esteve tão na moda. Além das proto-ficções científicas de Verne e Sheley, a cada ano mais autores entram na lista daqueles que podem ser publicados sem licenciamento comercial formal. Lovecraft e Howard já estão na lista e muitos outros devem engrossar as fileiras da FC&F em breve, conforme forem completando os 70 anos de suas mortes.
A caprichosa Editora Zahar lançou uma edição especialíssima de 20 mil léguas submarinas, de Jules Verne, clássico da FC de 1870, a qual apresenta como Edição Definitiva, Ilustrada e Comentada. O livro tem 456 páginas, traz notas explicativas e 70 gravuras da época. A apresentação de Rodrigo Lacerda pode ser vista aqui, e a tradução, que não é de domínio público, é de André Telles.
A Hedra é outra editora que tem publicado muitos textos de domínio público. Sempre com ótimas escolhas, lançou três títulos em novo formato, maior e mais vistoso.
O estranho caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde é o mais clássico deles, obra do escocês Robert Louis Stevenson, geralmente traduzido como O médico e o monstro. O volume tem 176 páginas e a tradução é do escritor Braulio Tavares.
Outro título importante na história da literatura fantástica é Bola de sebo e outros contos, do francês Guy de Maupassant. Com tradução de Plínio Augusto Coelho, tem 158 páginas e reúne textos publicados entre 1880 e 1887, entre os quais os significativos "O horla" e "Bola de sebo".
Finalmente, mais um título da ótima coleção de H. P. Lovecraft: A sombra vinda do tempo, com 118 páginas e tradução de Guilherme da Silva Braga. A exemplo das outras edições de Lovecraft pela editora, o volume também publica alguns ensaios do autor, inéditos no Brasil.
São todos textos obrigatórios. Quem ainda não leu deve aproveitar esta oportunidade de ouro.
A caprichosa Editora Zahar lançou uma edição especialíssima de 20 mil léguas submarinas, de Jules Verne, clássico da FC de 1870, a qual apresenta como Edição Definitiva, Ilustrada e Comentada. O livro tem 456 páginas, traz notas explicativas e 70 gravuras da época. A apresentação de Rodrigo Lacerda pode ser vista aqui, e a tradução, que não é de domínio público, é de André Telles.
A Hedra é outra editora que tem publicado muitos textos de domínio público. Sempre com ótimas escolhas, lançou três títulos em novo formato, maior e mais vistoso.
O estranho caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde é o mais clássico deles, obra do escocês Robert Louis Stevenson, geralmente traduzido como O médico e o monstro. O volume tem 176 páginas e a tradução é do escritor Braulio Tavares.
Outro título importante na história da literatura fantástica é Bola de sebo e outros contos, do francês Guy de Maupassant. Com tradução de Plínio Augusto Coelho, tem 158 páginas e reúne textos publicados entre 1880 e 1887, entre os quais os significativos "O horla" e "Bola de sebo".
Finalmente, mais um título da ótima coleção de H. P. Lovecraft: A sombra vinda do tempo, com 118 páginas e tradução de Guilherme da Silva Braga. A exemplo das outras edições de Lovecraft pela editora, o volume também publica alguns ensaios do autor, inéditos no Brasil.
São todos textos obrigatórios. Quem ainda não leu deve aproveitar esta oportunidade de ouro.
Juvenatrix 131
Renato Rosatti está distribuindo a nova edição de seu fanzine eletrônico Juvenatrix, de número 131. Trata-se do mais regular dos fanzines brasileiros e o último sobrevivente da Segunda Onda do fandom.
Dedicado ao terror e à ficção científica, Juvenatrix 131 traz contos de Matheus Ferraz, Emanuel R. Marques, Dalila Rocha Sousa e Rita Maria Felix da Silva; resenhas dos filmes Premonição 5, por Gabriel Paixão e Marcelo Milici, Romântico defensor (1948), O retorno dos vermes malditos (2010), A casa que pingava sangue (1970), A casa dos sonhos (2011), Super 8 (2011) e Uma noite no museu (2006), por Rosatti, além de notícias e divulgação da cena alternativa. A ótima ilustração da capa, que vem ser tornando uma atração à parte no fanzine, é assinada por Rafael Tavares.
Para obter uma cópia, basta solicitar ao editor através do email renatorosatti@yahoo.com.br
Dedicado ao terror e à ficção científica, Juvenatrix 131 traz contos de Matheus Ferraz, Emanuel R. Marques, Dalila Rocha Sousa e Rita Maria Felix da Silva; resenhas dos filmes Premonição 5, por Gabriel Paixão e Marcelo Milici, Romântico defensor (1948), O retorno dos vermes malditos (2010), A casa que pingava sangue (1970), A casa dos sonhos (2011), Super 8 (2011) e Uma noite no museu (2006), por Rosatti, além de notícias e divulgação da cena alternativa. A ótima ilustração da capa, que vem ser tornando uma atração à parte no fanzine, é assinada por Rafael Tavares.
Para obter uma cópia, basta solicitar ao editor através do email renatorosatti@yahoo.com.br
terça-feira, 15 de novembro de 2011
QI 111
Chegou esta semana a cabalística edição 111 do fanzine Quadrinhos Independentes, editado por Edgard Guimarães. Cabalística porque é o número 111, publicado em 11/2011. Dã! Apesar da coincidência esquisita, trata-se da melhor edição do ano, com textos muito interessantes.
O destaque vai para o artigo sobre os livros de História do Brasil de Julierme de Abreu e Castro, ilustrados por mestres da HQB, como Rodolfo Zalla e Eugênio Colonnese, que faziam com que as aulas do ensino secundário nos anos de chumbo ficassem menos pesadas. Eu estudei com esses livros e sinto não tê-los conservado, eram ótimas peças de referências pictográficas.
Os demais artigos também são bacanas, como a homenagem a Joacy Jamys e "Mistérios do colecionismo", ambos do editor, além de textos de A. B. Cassal, Carlos Gonçalves e Worney Almeida de Souza. Compõe ainda a edição, HQs de Paulo Anjos e Guimarães e as seções de cartas e lançamentos do bimestre. Geralmente é Guimarães que ilustra as capas do QI, mas a desta edição traz um desenho de Lancelott com quatro super heróis da HQB. Uma bem vinda novidade.
O QI é distribuído por assinaturas e este é o penúltimo número do pacote deste ano. Informações com o editor pelo email edgard@ita.br
O destaque vai para o artigo sobre os livros de História do Brasil de Julierme de Abreu e Castro, ilustrados por mestres da HQB, como Rodolfo Zalla e Eugênio Colonnese, que faziam com que as aulas do ensino secundário nos anos de chumbo ficassem menos pesadas. Eu estudei com esses livros e sinto não tê-los conservado, eram ótimas peças de referências pictográficas.
Os demais artigos também são bacanas, como a homenagem a Joacy Jamys e "Mistérios do colecionismo", ambos do editor, além de textos de A. B. Cassal, Carlos Gonçalves e Worney Almeida de Souza. Compõe ainda a edição, HQs de Paulo Anjos e Guimarães e as seções de cartas e lançamentos do bimestre. Geralmente é Guimarães que ilustra as capas do QI, mas a desta edição traz um desenho de Lancelott com quatro super heróis da HQB. Uma bem vinda novidade.
O QI é distribuído por assinaturas e este é o penúltimo número do pacote deste ano. Informações com o editor pelo email edgard@ita.br
Em busca do templo perdido
Chegou há poucos dias a nova antologia poética do poeta e cronista José Ronaldo Viega Alves, de Sant'Ana do Livramento/RS. Em busca do templo perdido é uma homenagem do autor à sétima arte, especialmente aos espaços onde ela acontece: as salas de cinema. A maior parte dos textos é nostálgica, sobre como eram esses locais de entretenimento no século 20, com grandes teatros, galerias, telas gigantes e detalhes que não fazem mais parte das salas modernas. Também fala sobre filmes, personagens, atores, atrizes e muitas outras coisas ligadas ao cinema.
Diz o autor no prólogo: "Desde a primeira sessão de cinema acontecida em Paris no distante ano de 1895, o encantamento ainda permanece. Dos meus recortes de jornais amarelecidos pelo tempo versando sobre Cinema, das minhas lembranças das tardes edulcoradas das matinês de antigamente, da verdadeira adoração aos ídolos e monstros sagrados da Sétima Arte, e até das pálidas imagens das cópias desgastadas do Cinema Mudo, é que faço verter a minha poesia nesta pequena obra. Na realidade, o Cinema é pura invenção. Na invenção, o Cinema é pura realidade. E magia, sempre".
Sendo o autor um apreciador de FC&F, a fantasia transpira pelos versos, que devem agradar os fãs do gênero.
Publicado pela Editora Opção2, o volume tem 66 páginas e pode ser adquirido com o autor. Mais informações pelo email ronaldoviega@hotmail.com.
Diz o autor no prólogo: "Desde a primeira sessão de cinema acontecida em Paris no distante ano de 1895, o encantamento ainda permanece. Dos meus recortes de jornais amarelecidos pelo tempo versando sobre Cinema, das minhas lembranças das tardes edulcoradas das matinês de antigamente, da verdadeira adoração aos ídolos e monstros sagrados da Sétima Arte, e até das pálidas imagens das cópias desgastadas do Cinema Mudo, é que faço verter a minha poesia nesta pequena obra. Na realidade, o Cinema é pura invenção. Na invenção, o Cinema é pura realidade. E magia, sempre".
Sendo o autor um apreciador de FC&F, a fantasia transpira pelos versos, que devem agradar os fãs do gênero.
Publicado pela Editora Opção2, o volume tem 66 páginas e pode ser adquirido com o autor. Mais informações pelo email ronaldoviega@hotmail.com.
sábado, 12 de novembro de 2011
Vá Ler Um Livro
Convidado pela editora Tatiany Leite, estreei há alguns dias como resenhista de quadrinhos no saite de cultura Vá Ler Um Livro, com a resenha de Zeladores, que publiquei também aqui cerca de uma semana depois.
No que se refere aos quadrinhos, vou dar prioridade para o Vá Ler Um Livro, de forma que os posts aparerecerão lá antes do que aqui. Contudo, neste início de trabalho, mandei alguns textos recentes já publicados e essa dinâmica ainda não está inteiramente aplicada, mas chegarei lá.
Como não pretendo que os seguidores do Mensagens do Hiperespaço migrem de mala e cuia para Vá Ler Um Livro, os posts de literatura, brinquedos e tudo mais, continuam aparecendo exclusivamente aqui.
Mas recomendo a visita regular ao Vá Ler Um Livro, pois há muitas coisas bacanas por lá. É, por exemplo, um saite bastante ágil quando se trata de chiclit, sendo minha fonte principal nesse assunto. Divirta-se.
No que se refere aos quadrinhos, vou dar prioridade para o Vá Ler Um Livro, de forma que os posts aparerecerão lá antes do que aqui. Contudo, neste início de trabalho, mandei alguns textos recentes já publicados e essa dinâmica ainda não está inteiramente aplicada, mas chegarei lá.
Como não pretendo que os seguidores do Mensagens do Hiperespaço migrem de mala e cuia para Vá Ler Um Livro, os posts de literatura, brinquedos e tudo mais, continuam aparecendo exclusivamente aqui.
Mas recomendo a visita regular ao Vá Ler Um Livro, pois há muitas coisas bacanas por lá. É, por exemplo, um saite bastante ágil quando se trata de chiclit, sendo minha fonte principal nesse assunto. Divirta-se.
Resenha: Zeladores
Um dos derradeiros recursos dos quadrinhos no Brasil é o financiamento estatal. Já não é de hoje que as Secretarias de Cultura de diversos Estados dedicam recursos públicos para socorrer a cada vez menor publicação de quadrinhos brasileiros. Em São Paulo, o programa mais em voga é o Proac que, a cada ano, seleciona através de um burocrático edital, um punhado de projetos que julga merecedores da verba, que atrai o interesse das editoras.
Foi o caso do álbum Zeladores, publicado em 2010 pela Devir Livraria, baseado numa série publicada na internet, disponível aqui.
O desenho de Mr. Gouache (Anderson Almeida) é moderno e de cores vibrantes, com uma estilização forte e angulosa. O argumento, do espanhol Nathan Cornes, tem contornos míticos e cosmológicos de textura lovecraftiana, lembrando imediatamente Hellboy, personagem de aventuras tenebrosas do norte americano Mike Mignola, com elementos dramáticos que também remetem aos romances do britânico Neil Gaiman, Os filhos de Anansi (Conrad, 2006) e Deuses americanos (Conrad, 2002).
O herói da história é a entidade sobrenatural Zé Pilintra, protetor da cidade de São Paolo (com "o" mesmo). Pilintra detém uma bengala que lhe dá força espiritual para cuidar da cidade.
Ramalho, um ex-traficante de escravos que adquiriu a imortalidade e, para variar, quer dominar o mundo, pretende libertar o deus Anhagá, aprisionado em um lugar desconhecido. Para localizá-lo e libertá-lo, Ramalho precisa da bengala. Ele já teve a bengala uma vez, quando conseguiu a façanha de matar Zé Pilintra, e agora ambos terão de se confrontar novamente para um tirateima.
Um aspecto que enfraquece a história é que o teoricamente astuto Zé Pilintra demonstra não ter força e habilidade suficientes para enfrentar o medíocre e falastrão Ramalho, e até precisa da ajuda de outras entidades para não morrer outra vez.
A história até começa bem e assim vai até mais ou menos a metade, quando a narrativa perde o fôlego. Falta-lhe o aspecto humano: o leitor não se identifica com qualquer dos personagens, todos entidades sobrenaturais impiedosas, verdadeiros monstros. Também falha na tentativa de fazer humor negro, descambando para a paródia e comprometendo a frágil credibilidade da trama.
O que resgata o trabalho do simples pastiche são as citações à mitologia brasileira de fundo africano e indígena, que deve ser o que garantiu a simpatia da Secretaria da Cultura para aprovar o financiamento da obra. Mas poderia ser melhor.
Foi o caso do álbum Zeladores, publicado em 2010 pela Devir Livraria, baseado numa série publicada na internet, disponível aqui.
O desenho de Mr. Gouache (Anderson Almeida) é moderno e de cores vibrantes, com uma estilização forte e angulosa. O argumento, do espanhol Nathan Cornes, tem contornos míticos e cosmológicos de textura lovecraftiana, lembrando imediatamente Hellboy, personagem de aventuras tenebrosas do norte americano Mike Mignola, com elementos dramáticos que também remetem aos romances do britânico Neil Gaiman, Os filhos de Anansi (Conrad, 2006) e Deuses americanos (Conrad, 2002).
O herói da história é a entidade sobrenatural Zé Pilintra, protetor da cidade de São Paolo (com "o" mesmo). Pilintra detém uma bengala que lhe dá força espiritual para cuidar da cidade.
Ramalho, um ex-traficante de escravos que adquiriu a imortalidade e, para variar, quer dominar o mundo, pretende libertar o deus Anhagá, aprisionado em um lugar desconhecido. Para localizá-lo e libertá-lo, Ramalho precisa da bengala. Ele já teve a bengala uma vez, quando conseguiu a façanha de matar Zé Pilintra, e agora ambos terão de se confrontar novamente para um tirateima.
Um aspecto que enfraquece a história é que o teoricamente astuto Zé Pilintra demonstra não ter força e habilidade suficientes para enfrentar o medíocre e falastrão Ramalho, e até precisa da ajuda de outras entidades para não morrer outra vez.
A história até começa bem e assim vai até mais ou menos a metade, quando a narrativa perde o fôlego. Falta-lhe o aspecto humano: o leitor não se identifica com qualquer dos personagens, todos entidades sobrenaturais impiedosas, verdadeiros monstros. Também falha na tentativa de fazer humor negro, descambando para a paródia e comprometendo a frágil credibilidade da trama.
O que resgata o trabalho do simples pastiche são as citações à mitologia brasileira de fundo africano e indígena, que deve ser o que garantiu a simpatia da Secretaria da Cultura para aprovar o financiamento da obra. Mas poderia ser melhor.
Papercrafts nas bancas. Ou quase.
Há um bom tempo que não aparecem publicações de modelos de papel nas bancas brasileiras. As últimas delas foram algumas edições da revista Art Attack, que trouxe peças toyarte muito bacanas, comentadas aqui. Mas as coisas parecem estar mudando.
Em setembro, a Editora Abril lançou o álbum de figurinhas Princesas para Sempre que, além do álbum em si e dos cromos colecionáveis, vendidos à parte, entregou como brinde um castelo encantado, como aqueles que costumamos ver nos contos de fadas.
O modelo é parcial e serve como diorama, onde se podem dispor figuras 3D que também fazem parte da coleção. Branca de Neve, Bela Adormecida, Cinderela, Pequena Sereia, Rapunzel são algumas das personagens retratadas. A coleção faz parte da franquia Disney, o que é garantia de qualidade. O álbum com o castelo custa a bagatela de R$6,95, e cada envelope, com quatro figurinhas e um card 3D, custa R$1,00.
Outra editora que está investindo nesse segmento é a On Line, que anunciou duas edições da revista Diversão com Brinquedos de Papel. A primeira delas também é um castelo de contos de fadas, este porém é genérico, sem nenhuma marca associada. O castelo tem 36 peças destacáveis para serem montadas sem cola.
A segunda edição é para os meninos, pois as 70 peças que compõe o kit formam a van do popular personagem dos desenhos animados Ben 10. Cada revista custa R$14,99.
Em setembro, a Editora Abril lançou o álbum de figurinhas Princesas para Sempre que, além do álbum em si e dos cromos colecionáveis, vendidos à parte, entregou como brinde um castelo encantado, como aqueles que costumamos ver nos contos de fadas.
O modelo é parcial e serve como diorama, onde se podem dispor figuras 3D que também fazem parte da coleção. Branca de Neve, Bela Adormecida, Cinderela, Pequena Sereia, Rapunzel são algumas das personagens retratadas. A coleção faz parte da franquia Disney, o que é garantia de qualidade. O álbum com o castelo custa a bagatela de R$6,95, e cada envelope, com quatro figurinhas e um card 3D, custa R$1,00.
Outra editora que está investindo nesse segmento é a On Line, que anunciou duas edições da revista Diversão com Brinquedos de Papel. A primeira delas também é um castelo de contos de fadas, este porém é genérico, sem nenhuma marca associada. O castelo tem 36 peças destacáveis para serem montadas sem cola.
A segunda edição é para os meninos, pois as 70 peças que compõe o kit formam a van do popular personagem dos desenhos animados Ben 10. Cada revista custa R$14,99.
Infelizmente, parece que as editoras brasileiras ainda pensam que papercraft é coisa só para crianças. Mas sejamos otimistas, quem sabe este seja apenas o início de uma coleção de modelos bem mais interessantes.
domingo, 6 de novembro de 2011
A batalha dos deuses
A efervescência dos autores de ficção fantástica é tamanha que até editoras maiores começam a prestar atenção à tendência das antologias temáticas. A editora Novo Século, que mantém atividade intensa no gênero na coleção Novos Talentos da Literatura Brasileira, marcou para o dia 17 de dezembro na Livraria Martins Fontes (Av. Paulista 509, São Paulo), o lançamento de sua primeira antologia. Trata-se de A batalha dos deuses, organizada por Juliano Sasseron, reunindo contos de autores brasileiros sobre deuses de mitologias antigas. Os autores presentes na antologia são Sidemar de Castro, Simone O. Marques, Felipe Santos, Fernando Henrique de Oliveira, Sérgio Pereira Couto, Albarus Andreos, Estevan Lutz, Márson Alquati e do próprio Sasseron.
Diz o organizador: "Ao longo de milhares de anos, diversos panteões disputaram corações e mentes dos mortais, numa batalha que ainda não terminou, culminando no advento da ciência, para muitos, o novo deus único. Mas qual seria o destino de tantos deuses e deusas quando seus crentes e adeptos perdem a fé neles? Desaparecem num limbo de deuses perdidos, perdem a imortalidade ou simplesmente somem, como se nunca tivessem existido?"
Percebe-se alguma inspiração no multipremiado romance American gods (Deuses americanos, Conrad, 2002), do escritor britânico Neil Gaiman, que tem exatamente essa mesma proposta. Geralmente não é muito interessante para autores novos ter um comparativo desse calibre a assombrar a leitura de seus textos, mas nunca se sabe, talvez o organizador tenha percebido potencial no tema filtrado pela cultura brasileira. Vamos então conferir como os nossos heróis se saíram nessa.
Diz o organizador: "Ao longo de milhares de anos, diversos panteões disputaram corações e mentes dos mortais, numa batalha que ainda não terminou, culminando no advento da ciência, para muitos, o novo deus único. Mas qual seria o destino de tantos deuses e deusas quando seus crentes e adeptos perdem a fé neles? Desaparecem num limbo de deuses perdidos, perdem a imortalidade ou simplesmente somem, como se nunca tivessem existido?"
Percebe-se alguma inspiração no multipremiado romance American gods (Deuses americanos, Conrad, 2002), do escritor britânico Neil Gaiman, que tem exatamente essa mesma proposta. Geralmente não é muito interessante para autores novos ter um comparativo desse calibre a assombrar a leitura de seus textos, mas nunca se sabe, talvez o organizador tenha percebido potencial no tema filtrado pela cultura brasileira. Vamos então conferir como os nossos heróis se saíram nessa.
Os lobisomens contra-atacam
Está marcado para o dia 3 de dezembro, entre 15h30 e 18h30 na Livraria Martins Fontes (Av. Paulista 509, São Paulo), o lançamento de Metamorfose II: Os filhos de Licaão, antologia com histórias de lobisomens organizada por Ademir Pascale para a Editora Literata. Não consegui descobrir quais são os autores presentes no volume, mas o relise diz: "Publius Ovidius Naso (43 a.C-18 d.C), escreveu a famosa obra Metamorfoses, popularizando o mito do primeiro lobisomem da história da humanidade, Licaão. Ovidius, por motivos desconhecidos, sofreu exílio numa região inóspita de Roma, ou, quem sabe, por ter escrito mais do que deveria..." O primeiro volume, Metamorfose: A fúria dos lobisomens, foi publicado em 2009 pela Editora All Print.
No mesmo evento, Pascale vai lançar também seu novo romance, Encruzilhada, já comentado aqui. Compareça e aproveite para conhecer os autores e garantir os exemplares autografados.
No mesmo evento, Pascale vai lançar também seu novo romance, Encruzilhada, já comentado aqui. Compareça e aproveite para conhecer os autores e garantir os exemplares autografados.
FCdoB no prelo
A BHB Eventos Culturais, organizadora da terceira edição do concurso Ficção Científica Brasileira: FCdoB - Panorama 2010-2011, divulgou há poucos dias a relação dos vinte contos selecionados para compor uma antologia de novos talentos do gênero no Brasil. São eles:
"Asas", de Alexandre Lobão;
"No passado", de Anderson Santos;
"Obsoleto", de Antonio Junior;
"Dialética da perfeição", de Antonio Bórgia;
"O patriarca", de Augusto Guimarães;
"Demiurgo", de B.B. Jenitez;
"Como jogar contra adversários mais fortes", de Carlos Abreu;
"A intervenção", de Carlos Sautchuk;
"Tiangwá e os pequenos guerreiros de Yoomandu-Açu", de Chico Pascoal;
"Imperfeito", de Denis Winston Brum;
"O sexto círculo", de Gustavo Coelho;
"Apotine gratinado", de Gustavo Rimoli;
"A inimaginável materialização de Samira", de João Paulo Vaz;
"Memorial", de Marcel Breton;
"Recomeço", de Mozart Almeida;
"Acorda e vem ver o luar", de Paulo Eduardo Mauá;
"Nulla in mundo pax sincera", de R. Lovato;
"Resíduos atômicos e as falhas nos microprocessadores Weltall", de Raul Rabesch;
"Controle remoto", de Ronaldo Brito Roque;
"Nanovidas", de Rubem Cabral.
Augusto Guimarães, Carlos Abreu, João Paulo Vaz, Alexandre Lobão, Denis Winston Brum e Anderson Santos também estiveram entre os selecionados nas edições 2006/2007 (Corifeu, 2007) e 2008/2009 (Tarja, 2009). Uma curiosidade é a presença de B. B. Jenitez, pseudônimo de Osame Kinouchi Filho, autor da Segunda Onda da FCB, ganhador de um Prêmio Nova em 1990. Isto pode sinalizar que a promoção está recebendo a atenção do fandom histórico, conhecido como Segunda Onda da FCB, que até hoje mantinha-se respeitosamente a distância.
A antologia será publicada brevemente pela Tarja Editorial, e a sua capa, que pode ser vista ilustrando este artigo, trará o desenho "Curumins" de Carlos Reno, vencedor do concurso na categoria ilustração.
Parabéns a todos os selecionados e aos organizadores do concurso por mais um trabalho bem executado.
"Asas", de Alexandre Lobão;
"No passado", de Anderson Santos;
"Obsoleto", de Antonio Junior;
"Dialética da perfeição", de Antonio Bórgia;
"O patriarca", de Augusto Guimarães;
"Demiurgo", de B.B. Jenitez;
"Como jogar contra adversários mais fortes", de Carlos Abreu;
"A intervenção", de Carlos Sautchuk;
"Tiangwá e os pequenos guerreiros de Yoomandu-Açu", de Chico Pascoal;
"Imperfeito", de Denis Winston Brum;
"O sexto círculo", de Gustavo Coelho;
"Apotine gratinado", de Gustavo Rimoli;
"A inimaginável materialização de Samira", de João Paulo Vaz;
"Memorial", de Marcel Breton;
"Recomeço", de Mozart Almeida;
"Acorda e vem ver o luar", de Paulo Eduardo Mauá;
"Nulla in mundo pax sincera", de R. Lovato;
"Resíduos atômicos e as falhas nos microprocessadores Weltall", de Raul Rabesch;
"Controle remoto", de Ronaldo Brito Roque;
"Nanovidas", de Rubem Cabral.
Augusto Guimarães, Carlos Abreu, João Paulo Vaz, Alexandre Lobão, Denis Winston Brum e Anderson Santos também estiveram entre os selecionados nas edições 2006/2007 (Corifeu, 2007) e 2008/2009 (Tarja, 2009). Uma curiosidade é a presença de B. B. Jenitez, pseudônimo de Osame Kinouchi Filho, autor da Segunda Onda da FCB, ganhador de um Prêmio Nova em 1990. Isto pode sinalizar que a promoção está recebendo a atenção do fandom histórico, conhecido como Segunda Onda da FCB, que até hoje mantinha-se respeitosamente a distância.
A antologia será publicada brevemente pela Tarja Editorial, e a sua capa, que pode ser vista ilustrando este artigo, trará o desenho "Curumins" de Carlos Reno, vencedor do concurso na categoria ilustração.
Parabéns a todos os selecionados e aos organizadores do concurso por mais um trabalho bem executado.
sábado, 5 de novembro de 2011
Vampiros na área
Seja na tradicional versão hematófago ou em nova embalagem, os sugadores continuam a fazer vítimas na literatura brasileira.
No dia 19 de novembro às 18 horas acontecerá o lançamento paulistano do novo livro de Martha Argel, Amores perigosos. O evento acontece na livraria Saraiva do Shopping Patio Paulista, na Rua Treze de Maio, 1947.
Lançado em setembro na Bienal do Rio de Janeiro, o romance traz mais uma história com a vampira Lucila, protagonista do romance Relações de Sangue (Novo Século, 2002) e de pelo menos um conto, publicado na antologia Amor vampiro (Giz, 2008).
Amores perigosos marca a estreia de Martha Argel em uma nova casa editorial, e editora carioca Llyr que disponibiliza em seu saite o primeiro capítulo do trabalho.
Outro lançamento vampírico anunciado é a antologia Psyvamp, organizada por Daniel Cavalcante e Jonathan Cordeiro para a Editora Infinitum. Trata-se de um livro virtual em formato e-pub, para ser lido no computador, ou em tablets para quem for mais moderninho. Apresenta doze contos de autoria de Adriano Siqueira, Lucas Lourenço, Joe de Lima, Gian Danton, Aline T.K.M., Caio Bersot, Ramon de Souza, Goldfield, Camilla Ferreira, Roberta Spindler, Valentina Silva Ferreira e João Manuel da Silva Rogaciano. Diz o relise: "Alguns dizem que são herdeiros de demônios; outros que são pessoas comuns com dons incomuns. Eles estão em toda parte à procura de alimento. Escolhem suas vítimas e saciam sua fome sem ser notados. São predadores. Vampiros. Mas não espere por grandes presas, transformações físicas e mordidas no pescoço. Os psyvamps não se alimentam de sangue, e sim da energia vital de outros seres vivos".
Outra novidade é que o leitor paga o quanto quiser pelo arquivo, que será enviado por email ao comprador. "Quer pagar quanto?" fazendo escola.
No dia 19 de novembro às 18 horas acontecerá o lançamento paulistano do novo livro de Martha Argel, Amores perigosos. O evento acontece na livraria Saraiva do Shopping Patio Paulista, na Rua Treze de Maio, 1947.
Lançado em setembro na Bienal do Rio de Janeiro, o romance traz mais uma história com a vampira Lucila, protagonista do romance Relações de Sangue (Novo Século, 2002) e de pelo menos um conto, publicado na antologia Amor vampiro (Giz, 2008).
Amores perigosos marca a estreia de Martha Argel em uma nova casa editorial, e editora carioca Llyr que disponibiliza em seu saite o primeiro capítulo do trabalho.
Outro lançamento vampírico anunciado é a antologia Psyvamp, organizada por Daniel Cavalcante e Jonathan Cordeiro para a Editora Infinitum. Trata-se de um livro virtual em formato e-pub, para ser lido no computador, ou em tablets para quem for mais moderninho. Apresenta doze contos de autoria de Adriano Siqueira, Lucas Lourenço, Joe de Lima, Gian Danton, Aline T.K.M., Caio Bersot, Ramon de Souza, Goldfield, Camilla Ferreira, Roberta Spindler, Valentina Silva Ferreira e João Manuel da Silva Rogaciano. Diz o relise: "Alguns dizem que são herdeiros de demônios; outros que são pessoas comuns com dons incomuns. Eles estão em toda parte à procura de alimento. Escolhem suas vítimas e saciam sua fome sem ser notados. São predadores. Vampiros. Mas não espere por grandes presas, transformações físicas e mordidas no pescoço. Os psyvamps não se alimentam de sangue, e sim da energia vital de outros seres vivos".
Outra novidade é que o leitor paga o quanto quiser pelo arquivo, que será enviado por email ao comprador. "Quer pagar quanto?" fazendo escola.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Primeira Semana de Literatura Fantástica na UFPE
Os eventos especializados em arte fantástica multiplicam-se em todo o Brasil. A Universidade Federal de Pernambuco estará promovendo nos dias 3 e 4 de novembro a Primeira Semana de Literatura Fantástica, com uma extensa série de atividades. Entre elas, o lançamento de dois livros muito interessantes.
O fantástico brasileiro: Contos esquecidos, é uma antologia de contos organizada pela pesquisadora Maria Cristina Batalha (UERJ e CNPq) para a Editora Caetés. Em suas 144 páginas, traz quinze textos obscuros de importantes autores brasileiros dos séculos 19 e 20, como João do Rio, Aluísio Azevedo, Machado de Assis, Lima Barreto, Valdomiro Silveira, Coelho Neto, Hugo de Carvalho Ramos e Afonso Arinos. Diz o relise: "Maria Cristina Batalha adverte na “Introdução” que não existem limites entre “fantástico”, “maravilhoso”, “realismo mágico”, lembrando a existência de uma certa fisionomia no universo mental e imaginário da produção ficcional do período e o caráter marginal que a crítica reservou ao gênero fantástico".
Outro livro que será apresentado no evento é Mito e magia, organizado pela pesquisadora e docente da Unesp Karin Volobuef. Diz o relise: "Como a fantasia está presente na arte? Em Mito e magia estão reunidos artigos e ensaios que refletem sobre o papel dos elementos fantásticos na literatura, na pintura e em outras manifestações culturais. Assim, a obra desvela a importância dos contos de fadas, das fábulas e das narrativas ficcionais que fazem uso do mítico para contar suas histórias".
Mito e magia tem 304 páginas e é uma publicação da Editora Unesp.
O fantástico brasileiro: Contos esquecidos, é uma antologia de contos organizada pela pesquisadora Maria Cristina Batalha (UERJ e CNPq) para a Editora Caetés. Em suas 144 páginas, traz quinze textos obscuros de importantes autores brasileiros dos séculos 19 e 20, como João do Rio, Aluísio Azevedo, Machado de Assis, Lima Barreto, Valdomiro Silveira, Coelho Neto, Hugo de Carvalho Ramos e Afonso Arinos. Diz o relise: "Maria Cristina Batalha adverte na “Introdução” que não existem limites entre “fantástico”, “maravilhoso”, “realismo mágico”, lembrando a existência de uma certa fisionomia no universo mental e imaginário da produção ficcional do período e o caráter marginal que a crítica reservou ao gênero fantástico".
Outro livro que será apresentado no evento é Mito e magia, organizado pela pesquisadora e docente da Unesp Karin Volobuef. Diz o relise: "Como a fantasia está presente na arte? Em Mito e magia estão reunidos artigos e ensaios que refletem sobre o papel dos elementos fantásticos na literatura, na pintura e em outras manifestações culturais. Assim, a obra desvela a importância dos contos de fadas, das fábulas e das narrativas ficcionais que fazem uso do mítico para contar suas histórias".
Mito e magia tem 304 páginas e é uma publicação da Editora Unesp.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Evangelion restarted
A franquia japonesa Neon Genesis Evangelion demonstra ter ainda muita força comercial, mesmo do outro lado do mundo. A editora JBC, especializada na publicação de história em quadrinhos de origem nipônica, acabou de relançar o seriado, parcialmente publicado pela Conrad. A JBC já havia distribuído quatro números complementares a coleção da Conrad, e optou por reiniciar do primeiro número, reunindo em cada edição o material que antes era apresentado em duas. Dessa forma, anima os velhos colecionadores a atualizarem suas coleções, que agora vai obedecer o mesmo padrão da edição original, bem como os novos leitores que não tinham acesso ao material publicado há dez anos (o primeiro número da Conrad foi publicado em 2001).
De autoria de Yoshiyuki Sadamoto e originalmente lançada na televisão como uma série de desenhos animados produzida pelo respeitado Estúdio Gainax, Neon Genesis Evangelion merece toda essa atenção. Trata-se de uma das melhores histórias em quadrinhos já realizadas e mesmo quem viu o enigmático seriado na TV e os diversos longa metragens complementares, encontrará nos quadrinhos um outro viés de abordagem.
O enredo conta o drama do adolescente Shinji Ikari, que cresceu sem a presença dos pais e demonstra grandes dificuldades de relacionamento. Dotado de habilidades especiais, Shinji é uma das poucas pessoas no mundo qualificadas para pilotar o EVA, robô de combate desenvolvido especialmente para enfrentar os anjos, entidades alienígenas poderosas que atacam a Terra, que já se encontra bastante devastada. A origem dos anjos e o motivo dos ataques são um mistério, embora se perceba que algumas pessoas sabem muito mais do que dizem, incluindo o pai de Shinji, Gendo Ikari, impiedoso comandante da NERV, complexo tecnológico que dá suporte à tecnologia EVA. De combate em combate, Shinji tem de enfrentar não somente os misteriosos anjos, mas também a competitividade de seus colegas, a insensibilidade de seu pai e suas próprias inseguranças emocionais.
O prestígio de Evangelion é tanto que Sadamoto se dá o luxo de fazer apenas umas poucas dezenas de páginas por ano, sem estar submetido à enorme pressão editorial que a maioria dos mangakás sofre no Japão. Evangelion é uma verdadeira franquia e movimenta muito dinheiro, dispondo inclusive de um parque temático no Japão e uma bem sucedida linha de produtos licenciados.
Neon Genesis Evangelion terá periodicidade mensal e custa apenas R4$10,90. Nada mal para um clássico da FC.
De autoria de Yoshiyuki Sadamoto e originalmente lançada na televisão como uma série de desenhos animados produzida pelo respeitado Estúdio Gainax, Neon Genesis Evangelion merece toda essa atenção. Trata-se de uma das melhores histórias em quadrinhos já realizadas e mesmo quem viu o enigmático seriado na TV e os diversos longa metragens complementares, encontrará nos quadrinhos um outro viés de abordagem.
O enredo conta o drama do adolescente Shinji Ikari, que cresceu sem a presença dos pais e demonstra grandes dificuldades de relacionamento. Dotado de habilidades especiais, Shinji é uma das poucas pessoas no mundo qualificadas para pilotar o EVA, robô de combate desenvolvido especialmente para enfrentar os anjos, entidades alienígenas poderosas que atacam a Terra, que já se encontra bastante devastada. A origem dos anjos e o motivo dos ataques são um mistério, embora se perceba que algumas pessoas sabem muito mais do que dizem, incluindo o pai de Shinji, Gendo Ikari, impiedoso comandante da NERV, complexo tecnológico que dá suporte à tecnologia EVA. De combate em combate, Shinji tem de enfrentar não somente os misteriosos anjos, mas também a competitividade de seus colegas, a insensibilidade de seu pai e suas próprias inseguranças emocionais.
O prestígio de Evangelion é tanto que Sadamoto se dá o luxo de fazer apenas umas poucas dezenas de páginas por ano, sem estar submetido à enorme pressão editorial que a maioria dos mangakás sofre no Japão. Evangelion é uma verdadeira franquia e movimenta muito dinheiro, dispondo inclusive de um parque temático no Japão e uma bem sucedida linha de produtos licenciados.
Neon Genesis Evangelion terá periodicidade mensal e custa apenas R4$10,90. Nada mal para um clássico da FC.