Nestes tempos de greve dos correios, os fanzines eletrônicos levam vantagem, pois não sofrem nenhum atraso por esse motivo. E, no caso do Juvenatrix, não há atraso por motivo algum. O editor Renato Rosatti é cuidadoso com a bimestralidade da publicação e a mantém absolutamente em dia: este número 130 é a quinta edição do ano e saiu até com alguma antecedência, uma vez que a data expressa é de outubro de 2011.
A edição tem 25 páginas e traz informações sobre bandas de metal extremo, notícias e divulgação livros, revistas, fanzines, filmes e outras produções alternativas de arte fantástica, contos de terror de André Bozzetto Junior, Dalila Rocha Sousa e Rita Maria Felix da Silva, e resenhas de filmes e livros assinadas por Marcelo Milici, Renato Rosatti e Marcello Simão Branco. A ótima ilustração da capa é de Rafael Tavares.
Para solicitar uma cópia em formato PDF, envie um e-mail para renatorosatti@yahoo.com.br.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
O mundo fantástico de H. P. Lovecraft
Denilson Ricci, editor do Site Lovecraft, anunciou há alguns dias que pretende publicar em breve o livro O mundo fantástico de H. P. Lovecraft. Trata-se de uma edição independente, de pequena tiragem, dirigida aos fãs desse escritor americano.
Diz o editor: "Aproveitando que a obra de HP Lovecraft está em domínio público, o Site Lovecraft pretende lançar um livro diferente dos já lançados no Brasil até hoje. Este terá muitas páginas, papel de boa qualidade, traduções novas e revisão ortográfica de primeira, diagramação profissional, índice, capa planejada e moderna e de alto padrão, introdução longa, biografia do escritor, fotos, etc... Contos consagrados e inéditos, ensaios, além de poesias do mesmo. O padrão do livro é semelhante a de qualquer best-seller do mercado". Algumas amostras do conteúdo do livro podem ser vistas aqui.
A ideia é financiar a publicação com a venda antecipada de pelo meos 300 exemplares, ao custo máximo de R$55,00 cada. Quem tiver interesse, deve manifestá-lo junto ao editor através do email de3103@yahoo.com.br, dizendo nome completo, cidade e Estado em que mora, email fixo e, quando for o momento adequado, será chamado a fazer o depósito do valor exato.
O projeto ainda pretende impulsionar a HP Lovecraft Eldritch Society, comunidade de fãs do autor que já se reúne em torno do Site Lovecraft.
A iniciativa é interessante e um livro sobre Lovecraft pode ter uma boa demanda, mas é curioso que esse projeto venha patrocinado por um saite. Há poucos anos, o discurso dos entusiastas da mídia digital era que os livros em papel estavam com os dias contados. Pelo jeito, até eles mesmos concordam que a história do livro de papel ainda está longe de chegar ao seu amargo fim.
Diz o editor: "Aproveitando que a obra de HP Lovecraft está em domínio público, o Site Lovecraft pretende lançar um livro diferente dos já lançados no Brasil até hoje. Este terá muitas páginas, papel de boa qualidade, traduções novas e revisão ortográfica de primeira, diagramação profissional, índice, capa planejada e moderna e de alto padrão, introdução longa, biografia do escritor, fotos, etc... Contos consagrados e inéditos, ensaios, além de poesias do mesmo. O padrão do livro é semelhante a de qualquer best-seller do mercado". Algumas amostras do conteúdo do livro podem ser vistas aqui.
A ideia é financiar a publicação com a venda antecipada de pelo meos 300 exemplares, ao custo máximo de R$55,00 cada. Quem tiver interesse, deve manifestá-lo junto ao editor através do email de3103@yahoo.com.br, dizendo nome completo, cidade e Estado em que mora, email fixo e, quando for o momento adequado, será chamado a fazer o depósito do valor exato.
O projeto ainda pretende impulsionar a HP Lovecraft Eldritch Society, comunidade de fãs do autor que já se reúne em torno do Site Lovecraft.
A iniciativa é interessante e um livro sobre Lovecraft pode ter uma boa demanda, mas é curioso que esse projeto venha patrocinado por um saite. Há poucos anos, o discurso dos entusiastas da mídia digital era que os livros em papel estavam com os dias contados. Pelo jeito, até eles mesmos concordam que a história do livro de papel ainda está longe de chegar ao seu amargo fim.
domingo, 18 de setembro de 2011
Hyperpulp
Sem nenhuma divulgação, foi lançada em junho deste ano, a revista eletrônica Hyperpulp, editada por Alexandre Mandarino. A publicação se apresenta como um periódico literário de FC&F focado na ficção de autores estrangeiros, com uma vaguinha em cada edição para um autor tupiniquim. Os textos são apresentados em português e inglês, e o resultado é interessante, principalmente por conta da ótima produção visual, com ilustrações de Walmor Corrêa.
Os autores selecionados para esta edição de estréia foram o brasileiro Romeu Martins e os estrangeiros Cat Rambo, Benjamin Kensey, Douglas Smith e Hansi Linderoth, que também cedeu uma entrevista. Por motivos contratuais, dois dos textos estrangeiros não foram publicados na língua original e estão disponíveis somente em português.
Diz o editorial: "Nascida da ideia de mesclar a escrita literária e a literatura de gênero, a revista tenta demonstrar na prática a importância do fantástico e do especulativo para a literatura e o quão essencial o tom literário é para uma boa história. Trimestral, Hyperpulp sairá nos meses de março, junho, setembro e dezembro. cada edição publicará em média cinco contos, um deles de um autor de língua portuguesa".
Hyperpulp tem 144 páginas e está disponível para download gratuito, aqui.
Os autores selecionados para esta edição de estréia foram o brasileiro Romeu Martins e os estrangeiros Cat Rambo, Benjamin Kensey, Douglas Smith e Hansi Linderoth, que também cedeu uma entrevista. Por motivos contratuais, dois dos textos estrangeiros não foram publicados na língua original e estão disponíveis somente em português.
Diz o editorial: "Nascida da ideia de mesclar a escrita literária e a literatura de gênero, a revista tenta demonstrar na prática a importância do fantástico e do especulativo para a literatura e o quão essencial o tom literário é para uma boa história. Trimestral, Hyperpulp sairá nos meses de março, junho, setembro e dezembro. cada edição publicará em média cinco contos, um deles de um autor de língua portuguesa".
Hyperpulp tem 144 páginas e está disponível para download gratuito, aqui.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
1000 Universos 3
Está disponível no saite Café de Ontem, a terceira edição do periódico literário eletrônico 1000 Universos. Com organização de Junior Cazeri, a revista tem 63 páginas e traz contos de horror e fantasia de Valentina Silva Ferreira, Celly Monteiro, Afonso Luiz Pereira, Cindy Dalfovo, Tânia Souza e Marcelo Paschoalin, que ainda assina a ilustração da capa.
As edições anteriores também podem ser baixadas gratuitamente, aqui.
As edições anteriores também podem ser baixadas gratuitamente, aqui.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Arlequim 20
Enfim, após 14 anos de trabalho, Roberto Hollanda cumpre seu objetivo e completa a história de Arlequim, uma das melhores HQs publicadas nos fanzines brasileiros. Mas não se trata de um final, pois Hollanda resolveu continuar a edição do fanzine, que vai entrar numa fase mais profissional, com um acabamento caprichado. A edição já dá o sinal dessa mudança, sendo a primeira a ter a capa em cores.
Hollanda afirma, num texto no final da edição, que tem histórias para publicar até o número 40, e que as HQs de seu outro fanzine, Nouvelle Magic, sairão como material complementar na nova fase de Arlequim.
Outra novidade é que o editor vai disponibilizar em seu blogue Hollanda Comics todas as edições do Arlequim, bem como o material de estudo que desenvolveu na produção das histórias, incluindo a primeira HQ, de 1993, que ainda está inédita.
Para quem não teve a chance de conhecer o Arlequim em sua fase periódica, o autor está republicando todo o material em forma de álbuns. Já saíram dois, sendo que o mais recente, Amor mecânico, compila as histórias vistas nas edições de número 6 a 9. Os pedidos devem ser encaminhados ao editor pelo email arlequimhc@yahoo.com.br.
Hollanda afirma, num texto no final da edição, que tem histórias para publicar até o número 40, e que as HQs de seu outro fanzine, Nouvelle Magic, sairão como material complementar na nova fase de Arlequim.
Outra novidade é que o editor vai disponibilizar em seu blogue Hollanda Comics todas as edições do Arlequim, bem como o material de estudo que desenvolveu na produção das histórias, incluindo a primeira HQ, de 1993, que ainda está inédita.
Para quem não teve a chance de conhecer o Arlequim em sua fase periódica, o autor está republicando todo o material em forma de álbuns. Já saíram dois, sendo que o mais recente, Amor mecânico, compila as histórias vistas nas edições de número 6 a 9. Os pedidos devem ser encaminhados ao editor pelo email arlequimhc@yahoo.com.br.
Sagas
A Editora Argonautas, através do simpático editor Duda Falcão, enviou-me os três primeiros volumes da série Sagas, coleção de livros de bolso com contos de FC&F organizada por Cesar Alcázar e Duda Falcão.
Cada edição é dedicada a um tema específico. A primeira foi Espada & Magia, com 144 páginas e textos de Cesar Alcázar, Giorgette Silen, Rober Pinheiro e Duda Falcão, explorando enredos na linha das histórias de Conan o bárbaro e Elrick de Melniboné. O segundo número é dedicado ao faroeste e apresenta 144 páginas com histórias macabras de Alícia Azevedo, Christian David, Duda Falcão, M. D. Amado e Wilson Vieira. Finalmente, o volume 3, sobre as bruxas, com 128 páginas e contos de Ana Cristina Rodrigues, Ana Lúcia Merege, Christopher Kastensmidt, Douglas MCT e Duda Falcão. As capas remetem aos quadrinhos e às revistas pulps, e a edição é cuidadosa.Fiquei satisfeito com a leitura do primeiro volume, que é despretensioso em sua proposta e equilibrado na organização. Os contos são simples mas correspondem bem à proposta da edição, que é homenagear a Weird Fiction. O volume dois estou pela metade e o padrão geral é similar.
Sagas é o tipo de periódico que possivelmente se daria bem nas bancas. Só não sei se seria ideal manter os temas, pois a tematização gera nichos de consumo e isso prejudicaria a compra sequenciada. Mas eu ficaria muito feliz se pudesse ter um desses por mês para comprar numa banca.
Pirates of the Barbary Coast
Não é novidade, mas é tão legal que vale a pensa comentar. Conheci há pouco o divertido jogo de estratégia Pirates, produzido pela editora americana Wizkids, cuja versão atual a venda leva o subtítulo de Barbary Coast (Piratas das Caraibas, no Brasil). Trata-se de um jogo tabuleiro — sem o tabuleiro — vendido em pacotinhos similares aos dos conhecidos cardgames.
Cada pacotinho vêm com duas miniaturas de barcos plásticos para montar, um conjunto de moedas, uma ilha de cartão, um minúsculo dado e mais alguns complementos. Com apenas dois pacotinhos já é possível jogar, e o tabuleiro pode ser improvisado em qualquer mesa, apenas distribuindo sobre ela as ilhas, as moedas e os barcos. O objetivo do jogo é capturar todo o tesouro do adversário e, para isso, os barcos terão de usar seus canhões em batalhas épicas.
Pirates já teve outras versões, inclusive uma edição especial com barcos da serie de cinema Piratas do Caribe. A edição atual traz miniaturas de barcos espanhóis, britânicos, franceses, americanos e, obviamente, piratas, que podem ter de um a quatro mastros. As miniaturas são lindas e já valem os R$5,00 que é o preço de cada pacotinho.
Pirates of the Barbary Coast pode ser encontrado em lojas especializadas.
Cada pacotinho vêm com duas miniaturas de barcos plásticos para montar, um conjunto de moedas, uma ilha de cartão, um minúsculo dado e mais alguns complementos. Com apenas dois pacotinhos já é possível jogar, e o tabuleiro pode ser improvisado em qualquer mesa, apenas distribuindo sobre ela as ilhas, as moedas e os barcos. O objetivo do jogo é capturar todo o tesouro do adversário e, para isso, os barcos terão de usar seus canhões em batalhas épicas.
Pirates já teve outras versões, inclusive uma edição especial com barcos da serie de cinema Piratas do Caribe. A edição atual traz miniaturas de barcos espanhóis, britânicos, franceses, americanos e, obviamente, piratas, que podem ter de um a quatro mastros. As miniaturas são lindas e já valem os R$5,00 que é o preço de cada pacotinho.
Pirates of the Barbary Coast pode ser encontrado em lojas especializadas.
QI 110
Está circulando o número 110 do fanzine Quadrinhos Independentes, de Edgard Guimarães. A edição traz artigos de Guimarães, Edgard Indalecio Smaniotto, Worney Almeida de Souza, um depoimento do ex-fanzineiro Paulo Montenegro, e quadrinhos de Paulo Miguel dos Anjos, Chagas Lima, Aline Leal de do próprio editor. Completam a edição a seção de cartas e a lista de lançamentos independentes. A capa, como sempre, é um trabalho do editor.
O QI é remetido somente a assinantes. Mais informações pelo email edgard@ita.br.
O QI é remetido somente a assinantes. Mais informações pelo email edgard@ita.br.
Francisco Solano López (1928-2011)
No dia 12 de agosto de 2011, chegou ao fim a longa e produtiva carreira de Francisco Solano López, quadrinhista argentino que, entre outras obras importantes, foi ilustrador da espetacular série El Eternauta, escrita por Héctor Germán Oesterheld (1919-1977) e publicada entre 1957 e 1959 na revista Hora Cero Semanal.
El Eternauta é uma das mais importantes obras da história dos quadrinhos, uma ficção científica de profundas implicações políticas.
López estava internado por causa de um AVC e, ao tentar levantar-se do leito, caiu e bateu a cabeça. O acidente casou hemorragia cerebral e agravou o seu já delicado estado de saúde, vindo a falecer poucos dias depois, aos 83 anos.
López participou de um trabalho recente no Brasil, o álbum em quadrinhos Sangue Bom, ao lado dos brasileiros Carlos Patati e Allan Alex.
Turma da Mônica Gogo's
Está nas bancas de São Paulo a nova coleção Gogo's, uma publicação da Editora Panini com bonequinhos da popular Turma da Mônica, de Mauricio de Sousa.
A coleção constitui-se de 60 modelos de aproximadamente 30 mm de altura, feitos em plástico rígido, reproduzindo os personagens dos quadrinhos. Além da turminha, também há gogos de outros universo mauricianos, como as turmas do Jotalhão, Penadinho, Tina, etc.
A maior parte dos bonecos é monocromática, mas a coleção também distribui miniaturas pintadas assim como moldadas em plástico transparente.
Cada pacotinho vem com quatro figurinhas autoadesivas e dois gogos aleatórios, e custa R$2,25. Também foi lançado um álbum para que nele sejam coladas as figurinhas. Para os mais fanáticos, as lojas de brinquedo receberão os Macro Gogo's, em tamanho maior. Quem fizer assinaturas das revistas da Mônica, poderá receber um conjunto destes toys, acondicionados numa exclusiva caixa de alumínio.
Para quem gosta de brinquedos e toyart, é um prato cheio.
Curtas & escabrosas
No próximo dia 9 de setembro, das 18h30 às 21h30, na Livraria Cultura (Av. Paulista, 2073), acontece o lançamento do álbum Curtas & escabrosas, do antropólogo e quadrinhista André Toral, com quem tive o prazer de conversar longamente há alguns dias.
O álbum é resultado da coletânea de 23 trabalhos curtos de Toral, vistos nas revistas Chiclete com Banana, Animal, Circo, Brasileiros, entre outras. Diz o relise: "O único ponto em comum entre as 23 histórias que fazem o álbum é que todas se passam no Brasil. O leitor faz uma viagem que vai de 1500 até o presente. Vai atravessar aldeias indígenas e tiroteios em favelas, conhecendo uma variedade de tipos como motoboys nervosos, judeus degredados, curadores internacionais, traficantes, nazistas, prostitutas, intelectuais e vigaristas. O álbum também reúne uma seleção das melhores histórias do Carrasco da Mooca, campeão de luta livre e segurança em boates. Todos esses personagens escabrosos aparecem em histórias curtas de duas a cinco páginas".
Curtas & escabrosas tem 72 páginas em cores e é uma publicação da Livraria Devir.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Anuário 2010 já a venda
Em casa de ferreiro, o espeto é de pau. Pois não é que eu não publiquei praticamente nada sobre o Anuário 2010? Então está mais que na hora de, pelo menos, apresentar o relise do livro, que esgotou a primeira tiragem na editora, mas está disponível em diversas livrarias especializadas, como a Moonshadows, e também no saite da Livraria Saraiva. O livro foi apresentado em primeira mão durante a Fantasticon 2011, em meados de agosto, mas ainda não há data definida para o seu lançamento oficial.
E tome relise:
Numa iniciativa dos jornalistas e pesquisadores de ficção científica e fantasia Marcello Simão Branco e Cesar Silva, o Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica foi publicado pela primeira vez em 2005. Apresenta um amplo e profundo panorama do cenário fantástico nacional, em suas três manifestações principais, a ficção científica, a fantasia e o horror, além de contemplar também as criações híbridas entre estes gêneros e os chamados trabalhos de “fronteira”, isto é, o fantástico abordado a partir da perspectiva do mainstream literário.
Contém notícias sobre prêmios e personalidades, listas dos livros lançados durante o ano, artigo sobre o mercado editorial, com dados estatísticos e tabelas. Resenhas de vários dos principais livros de autores brasileiros e estrangeiros, entrevista com a “Personalidade do Ano”, ensaio de um especialista convidado, e uma seção histórica com datas e resenhas de livros importantes. A Personalidade do Ano de 2010 foi o premiado escritor Nelson de Oliveira, cujo romance Poeira: Demônios e Maldições (resenhado no Anuário) recebeu o Prêmio Casa de las Americas e foi finalista do Prêmio São Paulo.
O Anuário tem por meta realizar um registro do estado dos gêneros no país, além de auxiliar tanto os leitores em busca do que há de novo, como aos escritores que desejam destrinchar as tendências do mercado. E também a editores e pesquisadores, que estão em busca de um conhecimento mais sistematizado e amplo do que está surgindo e das perspectivas para o fantástico no Brasil. A edição relativa a 2010 é a que lista maior número de obras, até o momento.
O Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica recebeu em 2010 o Prêmio “Melhores do Ano”, na categoria “Melhor Não-Ficção”, concedido pelo site Ficção Científica e Afins, da escritora Ana Cristina Rodrigues.
Repercussões:
“Embora a literatura fantástica enfrente muitos desafios no Brasil, um trabalho árduo de crítica e pesquisa como o do Anuário permite uma base sólida para o desenvolvimento de pesquisas e publicações”.
— Rachel Haywood Ferreira, Iowa State University.
“As suas carreiras críticas — existentes há anos em várias publicações, e há seis anos no Anuário —, são o balanço global dos gêneros literários que vocês analisam, o mais competente, sério e abrangente, dentro do universo crítico brasileiro.”
— André Carneiro, autor de Confissões do Inexplicável.
“O Anuário é uma das publicações de crítica de ficção especulativa mais independentes e de maior personalidade no país. Editores, pesquisadores, colecionadores de livros, escritores e fãs devem encontrar uma fonte de consulta, de avaliações e de opiniões críticas inestimável para dar perspectiva ao momento atual.”
— Roberto de Sousa Causo, Terra Magazine.
“Um projeto raro e ambicioso, que apresenta uma perspectiva global e sistematizada a respeito do mercado no Brasil e confere-lhe uma unidade na qual os autores poderão posicionar-se. Além disso, contribui para o crescimento da crítica profissional e do estudo acadêmico, essenciais ao desenvolvimento de qualquer literatura."
— Luís Filipe Silva, site Efeitos Secundários (Portugal).
Sobre o selo Enciclopédia Galáctica:
Em 2010, a Devir Livraria inaugurou o selo “Enciclopédia Galáctica”, destinado a obras de não-ficção voltadas para a discussão, análise e registro dos gêneros ficção científica, fantasia e horror na literatura, quadrinhos, jogos, cinema e televisão. O selo busca fomentar a produção crítica a respeito desses gêneros e formas de expressão, em um momento em que cresce muito o interesse pela literatura de ficção científica, fantasia e horror no ambiente acadêmico e literário nacional.
O primeiro livro do selo foi Visão Alienígena: Ensaios sobre Ficção Científica Brasileira, de M. Elizabeth Ginway, brasilianista e professora de língua portuguesa e literatura e cultura brasileira na Universidade da Flórida (em Gainesville).
sábado, 3 de setembro de 2011
Ruby F. Medeiros (1924-2011)
Chegou hoje a triste notícia do passamento de um dos mais destacados fãs e colecionadores de livros de ficção científica no Brasil, o Dr. Ruby Felisbino Medeiros. Nascido em 31/08/1924, em Caxias do Sul, era formado em Ciências Contábeis e medicina (UFRGS), e desde a infância interessou-se pela FC. Ao longo de sua vida construiu uma das maiores biblioteca do gênero no Brasil, que incluía livros em diversas línguas.
Medeiros residia em Porto Alegre e, junto com sua esposa Norma, falecida em 2002, fundou o Laboratório Escola de Ficção Científica Robert A. Heinlein, através do qual promovia encontros com fãs e escritores da região.
Medeiros era um fã de espírito conservador e recusava-se a usar computadores na produção de seu fanzine Notícias... do Fim do Nada, que produziu com uma máquina de escrever de 1992 até 2009, quando lançou a derradeira edição número 82, comentada aqui.
Contudo, considero sua principal contribuição a publicação do Acervo Bibliográfico em língua portuguesa de ficção científica de Ruby F. Medeiros, trabalho de pesquisa único no gênero, que relaciona, por autor, a ficção curta publicada nas muitas antologias, revistas e fanzines brasileiros e portugueses. Não é completo e está bastante desatualizado, mas ainda é um volume de referência valioso.
Dr. Ruby faleceu em Porto Alegre, na manhã de seu aniversário, aos 87 anos, em decorrência de complicações causadas por um AVC.
A foto que ilustra este artigo foi publicada originalmente na Revista ZH, em 12/03/1995 e reproduzida no fanzine Notícias do Fim do Nada 59, de onde foi capturada.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Combate inglório
Na trilha das publicações nostálgicas que têm aparecido no mercado de quadrinhos, a Editora Gal recupera em uma edição especial com 208 páginas, as histórias de guerra da polêmica revista Blazing Combat, da legendária editora Warren, que, no auge da Guerra do Vietnã, apresentava uma leitura crítica das aventuras militares norte-americanas.
Com roteiros do então jovem Archie Goodwin (1937-1988), e desenhos de feras como Alex Toth (1928-2006), Gene Colan (1926-2011), Wallace Wood (1927-1981), Al Williamson (1931-2010), e dos ainda vivos Russ Heath e John Severin, a revista foi acusada de ser antiamericana, e acabou cancelada depois de publicar apenas quatro números.
Diz o relise: "Apesar de suas elogiadas histórias exaltarem o heroísmo dos soldados em combate, Blazing Combat era uma revista sobre Guerra que ia na contramão dos anos 1960 ao mostrar o quão absurdos eram os conflitos armados através dos tempos".
A edição é complementada por entrevistas com Archie Goodwin e o editor James Warren, uma galeria com as capas originais do lendário Frank Frazetta (1928-2010) e as biografias dos ilustradores presentes.
A editora disponibiliza em seu site um trailler do álbum, que demonstra a qualidade superior e inquestinável do material. Uma edição que vale cada centavo dos R$42,00 que custa. Provavelmente não se verá nada melhor nas livrarias nos próximos anos.
Quanto mais, melhor
Continuando o projeto de ampliar seu catálogo literário, a Livraria Devir apresentou durante a Fantasticon 2011 mais dois títulos obrigatórios para quem gosta de boa leitura nos gêneros fantásticos. As melhores novelas brasileiras de ficção científica é uma antologia com quatro textos de autores brasileiros: “Zanzalá” (1936), de Afonso Schmidt; “A escuridão” (1963), de André Carneiro; “O 31.º peregrino”, de Rubens Teixeira Scavone; e “A nós o vosso reino” (1998), de Finisia Fideli. Organizado por Roberto de Sousa Causo, o livro tem 224 páginas e recoloca no mercado algumas das mais significativas novelas da história da FC nacional, que estavam esgotadas há tempos.
Diz o relise: "Impulsionada pelo interesse despertado pelas antologias Os melhores contos brasileiros de ficção científica (Devir, 2008) e Os melhores contos brasileiros de ficção científica: Fronteiras (Devir, 2010), a Devir Livraria prossegue com o seu programa exclusivo de resgate de narrativas importantes do passado da ficção científica brasileira, que merecem a posição de referência junto aos leitores atuais".
O outro volume apresentado foi Duplo fantasia heróica 2, com duas noveletas: "A batalha temerária contra o Capelobo", de Christopher Kastensmidt, e "Encontros de sangue", de Roberto de Sousa Causo. Ambas dão sequência às novelas vistas no primeiro volume, com Kastensmidt voltando a improvável dupla de desbravadores em terras brasileiras no período colonial, e Causo com mais um episódio da saga do indígena Tajarê nas terras mitológicas de um Brasil pré-cabralino, iniciada no romance A sombra dos homens.
O livro faz parte da Coleção Asas do Vento, tem 128 páginas, formato de bolso e capa semi-rígida, e já está disponível em livrarias e bancas selecionadas.
Conan, o bárbaro
Ausente dos cinemas por muito tempo, Conan, o guerreiro pré-histórico criado por Robert E. Howard, autor americano do período da weird fiction, sempre fez grande sucesso nos gibis e trouxe fama e fortuna a Arnold Schwarzenegger. Conan volta ao cinema numa nova produção e, como sempre acontece nessas situações, uma editora brasileira investiu na tradução do romance Conan the conqueror, o único escrito por Howard com o personagem e que estava inédito no Brasil (o excelente Pregos vermelhos, publicado pela Newton Compton em 1996, é uma novela). Aproveitando o cartaz do filme na capa do volume, a editora Évora traduziu o título como Conan, o bárbaro que, além do romance, traz três contos inéditos do personagem: "Além do Rio Negro", "As negras noites de Zamboula" e "Os profetas do Círculo Negro". Diz o relise: "O leitor se deliciará com narrativas épicas, repletas de reviravoltas e de personagens complexos, guerreiros, batalhas espetaculares, piratas, monstros saídos dos golfos da noite, belas mulheres e feiticeiros, que irão hipnotizá-lo do início ao fim do livro. Conheça as histórias que inspiraram gerações de leitores, escritores e roteiristas, e que também serviram de base para o filme Conan, o bárbaro. Leitura obrigatória para apreciadores de literatura fantástica e do gênero espada & feitiçaria."
O livro tem 384 páginas e já está nas livrarias. Imagine se eu não vou ler antes que este ano termine...
Kaori 2
Depois do bom desempenho do romance anterior, a escritora paulista Giulia Moon lança, na Bienal do Rio no próximo dia 10 de setembro às 16h, Kaori 2: Coração de vampira, segundo volume da série com a vampira japonesa Kaori, novamente pela editora Giz.
Desta vez circulando em paisagens cariocas, a história ainda envereda por um apocalipse zumbi nas ruas de Sampa. Diz o relise: "Praia de Copacabana, Rio. Uma bela garota oriental passeia pelo calçadão. Seus olhos oblíquos seguem alguém: Yoshi, um garoto de programa meio-brasileiro e meio-japonês, com um raro talento para sedução. Ferida por um amor trágico do passado, Kaori enfrenta um dilema: dar vazão ao seu desejo pelo mestiço ou manter-se protegida, salvaguardando o seu coração?
Enquanto isso, o mundo sofre a ameaça de uma praga virulenta. Mortos-vivos, ogros, demônios e criaturas fabulosas começam a enlouquecer. Em São Paulo, os especialistas do IBEFF entram em ação para controlar o surto. E Kaori será envolvida, a contragosto, em mais um perigoso confronto com a sua arqui-inimiga, Missora, uma cruel cortesã do Japão feudal".
O romance terá também um lançamento em São Paulo, no dia 22 de setembro, às 19h, na Livraria Martins Fontes Paulista (Av. Paulista, 509). Uma pequena amostra do que espera os leitores nas páginas de Kaori 2 pode ser lida aqui.