Ainda deve estar nas bancas a primeira edição da revista Vertigo, com uma seleta de histórias ditas adultas, mas que não chegam a tanto. O selo Vertigo, que já peregrinou por meia dúzia de editoras no Brasil, junta-se ao restante da linha editorial da DC e espera-se que a partir de agora ganhe alguma regularidade no país.
Cinco séries foram selecionadas para compor a revista, dentre as quais chama a atenção "Lugar nenhum", baseada num livro do escritor britânico Neil Gaiman, roteirizada por Mike Carey e ilustrada por Glenn Fabry. Trata-se de uma fantasia dramática, bem ao estilo do autor, que flerta com a ficção alternativa ao tomar emprestado, já de saída, o Gato de Botas, ou Marquês de Carabás. A aventura promete, mas o episódio é curtinho e termina antes de começar a empolgar.
Outro destaque deveria ser "Hellblaser", de Mike Carey e Steve Dillon, que dá sequência as aventuras macabras de John Constantine, mas o episódio publicado está entre os mais fracos que já li desse personagem. Então o espaço de destaque da edição ficou aberto para que as outras séries aparecessem com mais ênfase, e "Escalpo", de Jason Aaron e R. M. Guéra abiscoita o título, com uma eventura policial casca grossa com índios lakota modernos, envolvidos com cassinos e bandidagem.
Completam a edição a série histórica "Vikings", de Brian Wood e Davide Gianfelice, e "A Tessalíada", de Bill Willingham e Shaw McManus, dentro do universo de Sandman, a mais fraca da edição, mas que na abertura traz uma excelente ilustração de Dave McKean que, sozinha, vale mais que a história toda.
Pena que o papel escolhido para imprimir seja inadequado para o tratamento de cores das ilustrações, que ficam escuras e mortiças. De qualquer forma, a revista tem um ótimo custo benefício, uma vez que custa apenas R$10,00. Vale a pena acompanhar.
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