Depois de um prolongado hiato (seu último livro, Reis de todos os mundos possíveis, foi publicado em 2013 pela Draco), o professor e escritor carioca Octavio Aragão, que muitos conhecem como o pai do universo compartilhado Intempol, retornou em 2018 com o romance A mão que pune: 1890, pela Caligari, selo da Editora CJT, do Rio de Janeiro. Trata-se de uma ficção científica de contorno steampunk, que mistura ficção alternativa e história alternativa em uma aventura pulpesca movimentada no mesmo ambiente de seu primeiro romance, A mão que cria (Mercuryo, 2006).
Diz o texto da contracapa: "A missão de Angelo Agostini e sua gangue de párias imaginários serve de eixo a uma jornada insólita. Dos céus do Brasil às catacumbas de Paris. Do presidente Júlio Verne ao Imperador D. Pedro II. De Mary Shelley a Machado de Assis. Entre a história e a fantasia, há muitos enigmas em A mão que pune". A introdução é assinada por Christopher Kastensmidt.
O lançamento oficial aconteceu no dia 30 de novembro último, no Rio, e o livro impresso pode ser encomendado aqui.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
Literatura fantástica tem nova editora
A Editora Sromero inaugurou seu catálogo em 2018 com dois livros dedicados à ficção fantástica. Homo tempus, romance do engenheiro e mestre em Política Econômica F. E. Jacob, é uma ucronia, ou seja, uma história de viagem no tempo. Diz o texto de divulgação: "O romance levanta diversos questionamentos enquanto acompanha-se o bibliotecário Wallace Vidal em uma fascinante viagem acidental para o futuro. Nela, ele encontra ninguém menos que os Neandertais: nossos extintos irmãos pré-históricos, uma outra espécie de ser humano de cérebro maior e mais fortes que nós, vivendo simultaneamente com nossos descendentes homo sapiens".
O romance foi lançado oficialmente em Brasília e São Paulo no início de dezembro, mas estão programados eventos em Porto Alegre (10/1, das 18 às 21h, Centro Cultural Érico Veríssimo, R. dos Andradas, 1223) e durante o Seminário Literário de Rio Pardo/RS (11/1, das 9 às 12h, Centro de Ensino Amiga, R. São João, 462), quando também será apresentada As borboletas no muro do cemitério, fantasia infanto juvenil bilíngue de Rogério Lima Goulart, sobre um estudante que faz amizade com as borboletas. Os autores participarão de mesas do evento e conversarão com os leitores presentes.
O romance foi lançado oficialmente em Brasília e São Paulo no início de dezembro, mas estão programados eventos em Porto Alegre (10/1, das 18 às 21h, Centro Cultural Érico Veríssimo, R. dos Andradas, 1223) e durante o Seminário Literário de Rio Pardo/RS (11/1, das 9 às 12h, Centro de Ensino Amiga, R. São João, 462), quando também será apresentada As borboletas no muro do cemitério, fantasia infanto juvenil bilíngue de Rogério Lima Goulart, sobre um estudante que faz amizade com as borboletas. Os autores participarão de mesas do evento e conversarão com os leitores presentes.
domingo, 30 de dezembro de 2018
Mafagafo 2 - 4 de 4
Está disponível para download o quarto e último fascículo da segunda edição da revista eletrônica Mafagafo, organizada por Jana Bianchi, com folhetins de ficção fantástica brasileira apresentados em episódios.
A edição tem 153 páginas e traz a conclusão dos contos de Lauro Kociuba, Isa Propero, Michel Peres, Sergio Motta, Anna Fagundes Martino, Marcos Berto, Dante Luiz e Ana Rüsche. Também traz ficções-relâmpago de André Caniato, Adele Lazarin, Auryo Jotha, Clara Gianni, Conrado de Lima, Natan Andrade, Nina Ladeia, Rafael Marx e Victor Gerhardt. Ilustrações de Raphael Andrade, Dante Luiz, Mayara Barros, Aleff Santos, Vitor Clemente, Marcos Berto, George Amaral, embelezam a publicação e a capa é de Giovanna Cianelli.
A revista pode ser baixada gratuitamente aqui nos formatos mobi, epub e pdf, bastando compartilhar um post nas redes sociais. As edições anteriores também estão disponíveis.
A edição tem 153 páginas e traz a conclusão dos contos de Lauro Kociuba, Isa Propero, Michel Peres, Sergio Motta, Anna Fagundes Martino, Marcos Berto, Dante Luiz e Ana Rüsche. Também traz ficções-relâmpago de André Caniato, Adele Lazarin, Auryo Jotha, Clara Gianni, Conrado de Lima, Natan Andrade, Nina Ladeia, Rafael Marx e Victor Gerhardt. Ilustrações de Raphael Andrade, Dante Luiz, Mayara Barros, Aleff Santos, Vitor Clemente, Marcos Berto, George Amaral, embelezam a publicação e a capa é de Giovanna Cianelli.
A revista pode ser baixada gratuitamente aqui nos formatos mobi, epub e pdf, bastando compartilhar um post nas redes sociais. As edições anteriores também estão disponíveis.
sábado, 29 de dezembro de 2018
Múltiplo 26
Está circulando o número 26 do fanzine virtual de quadrinhos Múltiplo, editado por André Carim.
A edição é um especial de Natal e, em 64 páginas, traz quatro hqs assinadas por Marcos Gratão, Fábio Silva, Rom Freire e Moacir Muniz, Beto Portela e Fito Cordeiro, André Carim e Rafael Portela, e Guido Van Pie e Marcos Gratão. Traz ainda ilustrações de Marcos Gratão, May Santos, Paulo Tomson, Décio Ramirez, Estêvão Moraes e Edvaldo Cardozo. A capa é de Marcos Gratão.
A publicação pode ser lida online ou baixada gratuitamente aqui, e as edições anteriores também estão disponíveis. O zine também pode ser encomendado em formato impresso, aqui.
A edição é um especial de Natal e, em 64 páginas, traz quatro hqs assinadas por Marcos Gratão, Fábio Silva, Rom Freire e Moacir Muniz, Beto Portela e Fito Cordeiro, André Carim e Rafael Portela, e Guido Van Pie e Marcos Gratão. Traz ainda ilustrações de Marcos Gratão, May Santos, Paulo Tomson, Décio Ramirez, Estêvão Moraes e Edvaldo Cardozo. A capa é de Marcos Gratão.
A publicação pode ser lida online ou baixada gratuitamente aqui, e as edições anteriores também estão disponíveis. O zine também pode ser encomendado em formato impresso, aqui.
Dia de folga: Um conto de Natal
Como presente de Natal aos seus leitores, a editora Companhia das Letras oferece gratuitamente em seu saite o conto Dia de folga, do escritor irlandês John Boyne, uma história de Natal nas trincheiras da Primeira Grande Guerra.
Boyne é autor do bestseller O menino do pijama listrado e também escreveu o perturbador A casa assombrada, resenhado aqui.
O ebook está disponível em vários formatos, basta escolher.
Boyne é autor do bestseller O menino do pijama listrado e também escreveu o perturbador A casa assombrada, resenhado aqui.
O ebook está disponível em vários formatos, basta escolher.
Nova odisseia humana
Na primeira fase da internet no país, entre 1990 e 2000 – ainda no território da Segunda Onda da fc brasileira –, surgiram vários projetos de universos compartilhados no ambiente dos fãs. Os mais conhecidos foram a Intempol, de Octávio Aragão, e a coleção SLEV, de Rogério Amaral de Vasconcellos. Com a chegada dos autores da Terceira Onda, tais iniciativas foram abandonadas em favor de trabalhos autorais, pois a facilidade na edição, tanto impressa como digital, não motivava a agremiação de autores como quando as dificuldades para publicar eram maiores.
Então, é bem interessante o recente lançamento de Nova odisseia humana, universo compartilhado apresentado na forma de uma série de romances independentes, cada um escrito por um autor diferente mas seguindo um mesmo enredo geral.
Diz o texto de apresentação: "Há mais de trezentos anos, a humanidade entrou para o rol das raças que conquistaram as estrelas. Neste período, ela ocupou nove sistemas planetários e entrou em contato com inúmeras civilizações. A colonização de mundos parecidos com a Terra e a oferta de tecnologias alternativas no comércio da região galáctica que se encontram colocaram a República em destaque. Vender seus produtos aos gigantescos, antigos e decadentes impérios, sempre envolvidos em suas intermináveis guerras, todavia tornou um problema para uma pequena, mas poderosa nação. Esta gigantesca organização, como preferem alguns, até então dominava os negócios naquela região galáctica. Conhecida como Organização dos Cientistas Livres, uma pequena porém poderosa nação local mantinha cuidadosamente a exclusividade das tecnologias de ponta deste setor da galáxia e as vendiam a quem pagassem o seu preço, controlando, contudo, as vendas das armas mais poderosas e equilibrando deste modo as guerras, fazendo-as durarem indefinidamente. Hoje, com a entrada da Terra neste mercado a situação mudou e a tensão entre estas duas pequenas nações é inevitável".
A coleção promete dez títulos em sua primeira fase chamada A Guerra dos Cientistas Livres. O primeiro volume, já publicado, é Fuga de Olek, de Claudiney Martins. Os volumes seguintes serão Selara IV: O mundo das armadilhas, de Abelardo Domene Pedroga, e O espião relutante, de Miguel Carqueija. Outros nomes envolvidos no projeto são Andréa Martins, Carlos Relva, Roberval Barcellos e Ubiratan Peleteiro.
Para adquirir o primeiro volume, bem como para mais informações sobre o projeto, visite o saite oficial da Editora Universo Compartilhado, aqui.
Então, é bem interessante o recente lançamento de Nova odisseia humana, universo compartilhado apresentado na forma de uma série de romances independentes, cada um escrito por um autor diferente mas seguindo um mesmo enredo geral.
Diz o texto de apresentação: "Há mais de trezentos anos, a humanidade entrou para o rol das raças que conquistaram as estrelas. Neste período, ela ocupou nove sistemas planetários e entrou em contato com inúmeras civilizações. A colonização de mundos parecidos com a Terra e a oferta de tecnologias alternativas no comércio da região galáctica que se encontram colocaram a República em destaque. Vender seus produtos aos gigantescos, antigos e decadentes impérios, sempre envolvidos em suas intermináveis guerras, todavia tornou um problema para uma pequena, mas poderosa nação. Esta gigantesca organização, como preferem alguns, até então dominava os negócios naquela região galáctica. Conhecida como Organização dos Cientistas Livres, uma pequena porém poderosa nação local mantinha cuidadosamente a exclusividade das tecnologias de ponta deste setor da galáxia e as vendiam a quem pagassem o seu preço, controlando, contudo, as vendas das armas mais poderosas e equilibrando deste modo as guerras, fazendo-as durarem indefinidamente. Hoje, com a entrada da Terra neste mercado a situação mudou e a tensão entre estas duas pequenas nações é inevitável".
A coleção promete dez títulos em sua primeira fase chamada A Guerra dos Cientistas Livres. O primeiro volume, já publicado, é Fuga de Olek, de Claudiney Martins. Os volumes seguintes serão Selara IV: O mundo das armadilhas, de Abelardo Domene Pedroga, e O espião relutante, de Miguel Carqueija. Outros nomes envolvidos no projeto são Andréa Martins, Carlos Relva, Roberval Barcellos e Ubiratan Peleteiro.
Para adquirir o primeiro volume, bem como para mais informações sobre o projeto, visite o saite oficial da Editora Universo Compartilhado, aqui.
Red Garden
Miguel Carqueija lançou mais um guia de episódios, desta vez sobre o seriado de animação Red Garden, produzido entre 2006 e 2007 pelo Estúdio Gonzo baseado no mangá de Kirihito Ayamura. Trata-se de uma aventura de horror com estudantes adolescentes, uma recorrência nos quadrinhos japoneses.
Diz o texto de apresentação: "Numa Nova Iorque alternativa existe uma misteriosa ilha, Roosevelt Island, onde se aloja um estranho colégio de ensino médio, e nele estudam quatro garotas que não possuem foco entre si: Kate, Rose, Raquel e Claire. Mas todas eram amigas de Lise, que um dia desaparece e é encontrada na floresta, assassinada. Quando as quatro se juntam casualmente para tentar descobrir o que aconteceu com a amiga comum, são assassinadas por sua vez mas só descobrem no dia seguinte, pois alguém interferiu e transformou-as em mortas-vivas. Logo elas serão obrigadas a lutar ao lado da organização das Animes, que lutam contra o clã Dolores, cujos membros se transformam periodicamente em monstros que fazem lembrar lobisomens. Uma mútua maldição atingiu os dois clãs em luta, são mortas-vivas contra lobisomens".
Carqueija é um prolífico escritor carioca que, além de ser fã de ficção fantástica, é também de animês e mangás, e tem se dedicado a dissecar os seriados japoneses para os fãs brasileiros. O guia é apresentado em forma de arquivo de texto e pode ser baixado gratuitamente aqui.
Diz o texto de apresentação: "Numa Nova Iorque alternativa existe uma misteriosa ilha, Roosevelt Island, onde se aloja um estranho colégio de ensino médio, e nele estudam quatro garotas que não possuem foco entre si: Kate, Rose, Raquel e Claire. Mas todas eram amigas de Lise, que um dia desaparece e é encontrada na floresta, assassinada. Quando as quatro se juntam casualmente para tentar descobrir o que aconteceu com a amiga comum, são assassinadas por sua vez mas só descobrem no dia seguinte, pois alguém interferiu e transformou-as em mortas-vivas. Logo elas serão obrigadas a lutar ao lado da organização das Animes, que lutam contra o clã Dolores, cujos membros se transformam periodicamente em monstros que fazem lembrar lobisomens. Uma mútua maldição atingiu os dois clãs em luta, são mortas-vivas contra lobisomens".
Carqueija é um prolífico escritor carioca que, além de ser fã de ficção fantástica, é também de animês e mangás, e tem se dedicado a dissecar os seriados japoneses para os fãs brasileiros. O guia é apresentado em forma de arquivo de texto e pode ser baixado gratuitamente aqui.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
A revolução dos bichos
A revolução dos bichos (Animal farm), George Orwell, adaptado e ilustrado por Odyr a partir da tradução de Heitor Aquino Ferreira. 178 páginas. São Paulo: Editora Companhia das Letras, selo Quadrinhos na Cia., 2018.
Há alguns anos, a adaptação de obras literárias para os quadrinhos tornou-se uma verdadeira febre no mercado editorial brasileiro. Todos os anos, dezenas de títulos dessa linha chegam às livrarias, de olho na lucrativa possibilidade de entrar para o listão do MEC, ou seja, convencer o governo federal que era importante colocar o título a disposição dos estudantes nas bibliotecas escolares do país.
O governo foi o maior comprador desse tipo de publicação até que a crise econômica, política e moral que assola o país desde meados de 2015 atingiu o mercado editorial como uma bomba atômica: a bolha furou e impérios começaram a desmoronar, tanto das editoras como das livrarias. Toda a produção editorial foi impactada pela recessão econômica e com a forte redução das compras do governo, as adaptações – bem como todos os demais modelos narrativos – rapidamente perderam o espaço do qual gozavam.
Hoje, são raras as iniciativas de adaptações, por isso é de se admirar que a editora Companhia das Letras tenha investido nesta adaptação da famosa novela de George Orwell, A revolução dos bichos, um dos maiores clássicos da literatura universal, um libelo contra o autoritarismo que tanto a direita quanto a esquerda reivindicam para o seu próprio arcabouço.
Orwell, batizado como Eric Arthur Blair (1903-1950), era cidadão britânico nascido na Índia e cedo se encantou com as lutas revolucionárias. Passou sua juventude no submundo europeu entre dificuldades e privações, engajou-se na militância comunista e chegou a lutar na revolução espanhola contra o ditador Francisco Franco. Sua desilusão com os rumos do comunismo na Rússia o tornou um feroz crítico da capacidade humana de degradar tudo o que toca, do qual A revolução dos bichos, publicado em 1945, é o exemplo mais agudo, ao lado de outro de seus clássicos, o denso e aterrorizante 1984, publicado três anos depois.
A história, dividida em dez capítulos, conta como os animais de uma fazenda britânica, insuflados pelas ideias libertárias de um velho porco, empreendem uma revolução contra o proprietário alcoólatra e assumem o controle do lugar. Esses animais, é claro, têm certas faculdades intelectuais e realmente conseguem assumir o trabalho, mas terão de enfrentar duras batalhas contra o proprietário expulso, que tenta retomar a propriedade com a ajuda de homens do vilarejo. De vitória em vitória, sempre com muita dificuldade, os animais se impõem, mas as coisas complicam quando surgem as primeiras divergências internas: os porcos, líderes da revolta, entram em conflito entre si e daí advém o que sempre acontece quando o poder torna-se um fim em si mesmo.
É interessante ver sendo esboçados nesta história os conceitos de duplipensar – que iriam atingir grau máximo em 1984 –, como na máxima: "Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros", que talvez seja uma das frases mais famosas da literatura mundial, ao lado das citações shakespearianas "Ser ou não ser, eis a questão" e "Há algo de podre no reino da Dinamarca". A revolução dos bichos, assim como 1984, foi um dos livros mais levados pelos cidadãos brasileiros às urnas na última eleição presidencial, e os motivos são bastante óbvios.
Além do valor indiscutível desta obra, que é leitura obrigatória para estudantes em muitos países do mundo, a edição ganha o reforço luxuoso da narrativa em quadrinhos de Odyr, experiente ilustrador gaúcho de Pelotas que, num belíssimo estilo expressionista em cores brilhantes torna a já poderosa experiência literária ainda mais intensa. O cenário rupestre e a aparente beatitude dos animais da fazenda, dos quais conhecemos bem a mansidão, ganham contornos dramáticos que beiram o insuportável. Talvez se víssemos homens matando-se uns aos outros não percebêssemos o mesmo nível de crueldade. Para quem não leu ainda o livro de Orwell, esta adaptação de Odyr é uma bela introdução, que realmente motiva o leitor a buscar pelo texto original, um efeito raro em outras adaptações.
Se há uma adaptação literária que deveria obrigatoriamente figurar nas bibliotecas escolares, com certeza é esta. Se vai chegar a isso, é um destino que, neste momento, é muito difícil prever. Afinal, discursos contra o autoritarismo não costumam ser muito populares em regimes autoritários. Tomara que eu esteja enganado...
Há alguns anos, a adaptação de obras literárias para os quadrinhos tornou-se uma verdadeira febre no mercado editorial brasileiro. Todos os anos, dezenas de títulos dessa linha chegam às livrarias, de olho na lucrativa possibilidade de entrar para o listão do MEC, ou seja, convencer o governo federal que era importante colocar o título a disposição dos estudantes nas bibliotecas escolares do país.
O governo foi o maior comprador desse tipo de publicação até que a crise econômica, política e moral que assola o país desde meados de 2015 atingiu o mercado editorial como uma bomba atômica: a bolha furou e impérios começaram a desmoronar, tanto das editoras como das livrarias. Toda a produção editorial foi impactada pela recessão econômica e com a forte redução das compras do governo, as adaptações – bem como todos os demais modelos narrativos – rapidamente perderam o espaço do qual gozavam.
Hoje, são raras as iniciativas de adaptações, por isso é de se admirar que a editora Companhia das Letras tenha investido nesta adaptação da famosa novela de George Orwell, A revolução dos bichos, um dos maiores clássicos da literatura universal, um libelo contra o autoritarismo que tanto a direita quanto a esquerda reivindicam para o seu próprio arcabouço.
Orwell, batizado como Eric Arthur Blair (1903-1950), era cidadão britânico nascido na Índia e cedo se encantou com as lutas revolucionárias. Passou sua juventude no submundo europeu entre dificuldades e privações, engajou-se na militância comunista e chegou a lutar na revolução espanhola contra o ditador Francisco Franco. Sua desilusão com os rumos do comunismo na Rússia o tornou um feroz crítico da capacidade humana de degradar tudo o que toca, do qual A revolução dos bichos, publicado em 1945, é o exemplo mais agudo, ao lado de outro de seus clássicos, o denso e aterrorizante 1984, publicado três anos depois.
A história, dividida em dez capítulos, conta como os animais de uma fazenda britânica, insuflados pelas ideias libertárias de um velho porco, empreendem uma revolução contra o proprietário alcoólatra e assumem o controle do lugar. Esses animais, é claro, têm certas faculdades intelectuais e realmente conseguem assumir o trabalho, mas terão de enfrentar duras batalhas contra o proprietário expulso, que tenta retomar a propriedade com a ajuda de homens do vilarejo. De vitória em vitória, sempre com muita dificuldade, os animais se impõem, mas as coisas complicam quando surgem as primeiras divergências internas: os porcos, líderes da revolta, entram em conflito entre si e daí advém o que sempre acontece quando o poder torna-se um fim em si mesmo.
É interessante ver sendo esboçados nesta história os conceitos de duplipensar – que iriam atingir grau máximo em 1984 –, como na máxima: "Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros", que talvez seja uma das frases mais famosas da literatura mundial, ao lado das citações shakespearianas "Ser ou não ser, eis a questão" e "Há algo de podre no reino da Dinamarca". A revolução dos bichos, assim como 1984, foi um dos livros mais levados pelos cidadãos brasileiros às urnas na última eleição presidencial, e os motivos são bastante óbvios.
Além do valor indiscutível desta obra, que é leitura obrigatória para estudantes em muitos países do mundo, a edição ganha o reforço luxuoso da narrativa em quadrinhos de Odyr, experiente ilustrador gaúcho de Pelotas que, num belíssimo estilo expressionista em cores brilhantes torna a já poderosa experiência literária ainda mais intensa. O cenário rupestre e a aparente beatitude dos animais da fazenda, dos quais conhecemos bem a mansidão, ganham contornos dramáticos que beiram o insuportável. Talvez se víssemos homens matando-se uns aos outros não percebêssemos o mesmo nível de crueldade. Para quem não leu ainda o livro de Orwell, esta adaptação de Odyr é uma bela introdução, que realmente motiva o leitor a buscar pelo texto original, um efeito raro em outras adaptações.
Se há uma adaptação literária que deveria obrigatoriamente figurar nas bibliotecas escolares, com certeza é esta. Se vai chegar a isso, é um destino que, neste momento, é muito difícil prever. Afinal, discursos contra o autoritarismo não costumam ser muito populares em regimes autoritários. Tomara que eu esteja enganado...
Múltiplo em dose dupla
Estão circulando os números 24 e 25 do fanzine virtual de quadrinhos Múltiplo, editado por André Carim.
A edição 24, referente a outubro, tem 84 páginas e traz como destaque o trabalho do grupo Bengala Boys, com direito a um artigo, quatro hqs curtas de Lancelott Martins e Aírton Marcelino, e uma série de oito fichas dos membros do famigerado bando fora-da-lei do quadrinho nacional.
A edição também apresenta as hqs "O quarteto" de Eloyr Pacheco, Lancelott Martins, Rodrigo Marcondes e Serj D'Lima Plácido, e "Sinistra Selenis", de Leonardo Laino; tiras de Omar Viñole e João Carlos Magiero, e um artigo de Elinaudo Barbosa. A capa traz uma ilustração de Lancelott Martins e Serj D'Lima Plácido. A publicação pode ser lida online ou baixada gratuitamente aqui ou adquirida em formato impresso aqui.
A edição 25, de dezembro, tem 72 páginas e comemora o segundo ano de publicação do fanzine. Traz quadrinhos de André Carim, Rogério Rocha, Marcos Gratão, Carlos Rodriggs, Rodrigo Pie, Lancelott Martins, May Santos, Lorde Lobo, Zaburo Aoyama, Marcelo Morgolfin e Serj D’Lima Plácido, ilustrações de Laudo e Márcio Sennes Pereira, artigo de Elinaudo Barbosa e capa de Rom Freire e Alanzim Emmanuel. A publicação pode ser lida online ou baixada gratuitamente aqui, ou em formato impresso, aqui. Edições anteriores também estão disponíveis.
A edição 24, referente a outubro, tem 84 páginas e traz como destaque o trabalho do grupo Bengala Boys, com direito a um artigo, quatro hqs curtas de Lancelott Martins e Aírton Marcelino, e uma série de oito fichas dos membros do famigerado bando fora-da-lei do quadrinho nacional.
A edição também apresenta as hqs "O quarteto" de Eloyr Pacheco, Lancelott Martins, Rodrigo Marcondes e Serj D'Lima Plácido, e "Sinistra Selenis", de Leonardo Laino; tiras de Omar Viñole e João Carlos Magiero, e um artigo de Elinaudo Barbosa. A capa traz uma ilustração de Lancelott Martins e Serj D'Lima Plácido. A publicação pode ser lida online ou baixada gratuitamente aqui ou adquirida em formato impresso aqui.
A edição 25, de dezembro, tem 72 páginas e comemora o segundo ano de publicação do fanzine. Traz quadrinhos de André Carim, Rogério Rocha, Marcos Gratão, Carlos Rodriggs, Rodrigo Pie, Lancelott Martins, May Santos, Lorde Lobo, Zaburo Aoyama, Marcelo Morgolfin e Serj D’Lima Plácido, ilustrações de Laudo e Márcio Sennes Pereira, artigo de Elinaudo Barbosa e capa de Rom Freire e Alanzim Emmanuel. A publicação pode ser lida online ou baixada gratuitamente aqui, ou em formato impresso, aqui. Edições anteriores também estão disponíveis.
Juvenatrix 198
Está circulando a edição de dezembro do fanzine eletrônico de horror e ficção científica Juvenatrix editado por Renato Rosatti, que traz em 11 páginas contos de Allan Fear e Norton A. Coll, resenhas aos filmes de cinema O chicote e o corpo (The whip and the body, 1963) e O vampiro da noite (Horror of Dracula, 1958), a interessante seção "Memórias dos fanzines", com reproduções de capas de fanzines clássicos, ilustrações de Mário Labate e José Nogueira, além de divulgação e curiosidades sobre fanzines, livros, filmes e bandas independentes de rock extremo. A capa traz uma ilustração de Allan Fear.
Para solicitar uma cópia em formato pdf, envie email para renatorosatti@yahoo.com.br.
Para solicitar uma cópia em formato pdf, envie email para renatorosatti@yahoo.com.br.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
QI 153
Está circulando o número 153 do fanzine Quadrinhos Independentes-QI editado por Edgard Guimarães, dedicado ao estudo dos quadrinhos, destacando a produção independente e os fanzines brasileiros.
A edição tem 32 páginas e traz os artigos "Tiradas do Sampaio", do editor, "A décima oitava árvore", de E. Figueiredo, e "O Barba-Azul", de Lio Guerra Bocorny, além de quadrinhos de Julie Albuquerque, Cleber José Coimbra, Luiz Cláudio Lopes de Faria e de Guimarães, que também ilustra a capa. Completam a edição as colunas "Fórum" com as cartas dos leitores, "Mantendo contato" de Worney Almeida de Souza, e "Edições independentes" divulgando os lançamentos de fanzines do bimestre.
Junto à edição, os assinantes recebem Artigos sobre histórias em quadrinhos 10: Os pseudo cow-boys dos quadrinhos, fascículo com 16 páginas com uma pesquisa de Carlos Gonçalves sobre diversos personagens de faroeste.
O QI impresso é distribuído exclusivamente por assinatura (informações com o editor no email edgard.faria.guimaraes@gmail.com), mas sua versão digital, bem como seus encartes, são disponibilizados pelo saite da editora Marca de Fantasia, aqui. Edições anteriores também podem ser encontradas.
A edição tem 32 páginas e traz os artigos "Tiradas do Sampaio", do editor, "A décima oitava árvore", de E. Figueiredo, e "O Barba-Azul", de Lio Guerra Bocorny, além de quadrinhos de Julie Albuquerque, Cleber José Coimbra, Luiz Cláudio Lopes de Faria e de Guimarães, que também ilustra a capa. Completam a edição as colunas "Fórum" com as cartas dos leitores, "Mantendo contato" de Worney Almeida de Souza, e "Edições independentes" divulgando os lançamentos de fanzines do bimestre.
Junto à edição, os assinantes recebem Artigos sobre histórias em quadrinhos 10: Os pseudo cow-boys dos quadrinhos, fascículo com 16 páginas com uma pesquisa de Carlos Gonçalves sobre diversos personagens de faroeste.
O QI impresso é distribuído exclusivamente por assinatura (informações com o editor no email edgard.faria.guimaraes@gmail.com), mas sua versão digital, bem como seus encartes, são disponibilizados pelo saite da editora Marca de Fantasia, aqui. Edições anteriores também podem ser encontradas.
Os trinta melhores contos de Gerson Avillez
Gerson Avillez é um novo autor de ficção fantástica que tem focado sua produção na grande rede. Ele agora decidiu reunir seus melhores trabalhos na coletânea Os 30 melhores contos, organizada por ele mesmo e disponibilizada no saite Recando das Letras. A maioria dos textos foi anteriormente publicada na internet, mas também há algum material inédito. Além desta coletânea, outros livros do autor estão disponíveis no mesmo link.
Mitografias, Volume 2: Mitos de origem
Está disponível o segundo volume da antologia Mitografias, subtitulado Mitos de origem, com uma seleta de catorze contos de fantasia organizada por Andriolli Costa, Leonardo Tremeschin e Lucas Rafael Ferraz. A publicação vem recomendada pelo Prêmio LeBlanc, entregue há alguns meses ao primeiro volume da série publicado em 2017, disponível em formato impresso aqui.
Como o nome diz, a antologia pretende refletir a respeito de um tipo bem específico de mito, que é aquele que trata das origens do mundo e dos homens. Os corajosos mitonautas são A.J. Oliveira, Andriolli Costa, Anna Fagundes, Caio Henrique, H. Pueyo, Isa Prospero, Jana P. Bianchi, Leonardo Tremeschin, Lucas R. Ferraz, Rafael Faramiglio Faiani, Rafael Guimarães, Rodrigo Ortiz, Simone Saueressig e Tiago Rech.
O volume é gratuito e está disponível aqui nas extensões pdf, epub e mobi.
Como o nome diz, a antologia pretende refletir a respeito de um tipo bem específico de mito, que é aquele que trata das origens do mundo e dos homens. Os corajosos mitonautas são A.J. Oliveira, Andriolli Costa, Anna Fagundes, Caio Henrique, H. Pueyo, Isa Prospero, Jana P. Bianchi, Leonardo Tremeschin, Lucas R. Ferraz, Rafael Faramiglio Faiani, Rafael Guimarães, Rodrigo Ortiz, Simone Saueressig e Tiago Rech.
O volume é gratuito e está disponível aqui nas extensões pdf, epub e mobi.
Hiperespaço 4
Concluindo a comemoração aos 35 anos do Hiperespaço, está disponível o histórico quarto número desse fanzine de ficção científica publicado originalmente em 1984.
A edição tem 10 páginas e traz entrevista com o ilustrador Mozart Couto, autor da capa exclusiva dessa edição, sequência do artigo de José Carlos Neves sobre os efeitos especiais da ILM, e a sempre elogiada seção de "fofocas" do fanzine. Hiperespaço 4 pode ser lido online aqui ou baixado gratuitamente aqui. O número 1, o número 2 e o número 3 também estão disponíveis.
A edição tem 10 páginas e traz entrevista com o ilustrador Mozart Couto, autor da capa exclusiva dessa edição, sequência do artigo de José Carlos Neves sobre os efeitos especiais da ILM, e a sempre elogiada seção de "fofocas" do fanzine. Hiperespaço 4 pode ser lido online aqui ou baixado gratuitamente aqui. O número 1, o número 2 e o número 3 também estão disponíveis.
O talismã escarlate
Está disponível para leitura e download gratuito o Guia de Episódios de O talismã escarlate, série de animação de Milan Matra pelo Estúdio Zexcs, exibida originalmente no Japão em 2010.
Conta a história de um adolescente que recebe a revelação de que é herdeiro de uma tradição familiar tenebrosa: matar monstros mitológicos. Como está despreparado e vulnerável à vingança dos monstros que estão a sua caça, contará com um espírito protetor mas, será o bastante?
O Guia é escrito e publicado por Miguel Carqueija, fã carioca de anime e mangá que tem realizado nos últimos anos um consistente trabalho de registro desse tipo de produção artística.
Clique aqui para acessar o Guia, apresentado em forma de arquivo de texto.
Conta a história de um adolescente que recebe a revelação de que é herdeiro de uma tradição familiar tenebrosa: matar monstros mitológicos. Como está despreparado e vulnerável à vingança dos monstros que estão a sua caça, contará com um espírito protetor mas, será o bastante?
O Guia é escrito e publicado por Miguel Carqueija, fã carioca de anime e mangá que tem realizado nos últimos anos um consistente trabalho de registro desse tipo de produção artística.
Clique aqui para acessar o Guia, apresentado em forma de arquivo de texto.
Faroeste e cangaço II
Está circulando o número 10 do Fanzine Ilustrado, a segunda edição especial dedicada ao tema Faroeste e cangaço. Editado por André Carim, a edição tem 52 páginas e traz seis hqs de Luiz Iório, mais uma de Arthur Filho, artigos de Zenaldo Nunes sobre o gênero do faroeste, poemas de Rouxinol do Rinaré e muitas ilustrações assinadas por Luiz Iório e Cayman Moreira. A capa traz uma ilustração do mestre Julio Shimamoto.
O fanzine pode ser baixado gratuitamente aqui, mas está também disponível em formato impresso, com direito a brindes exclusivos. Encomendas pelo email andrecarim@outlook.com.
O fanzine pode ser baixado gratuitamente aqui, mas está também disponível em formato impresso, com direito a brindes exclusivos. Encomendas pelo email andrecarim@outlook.com.
Mafagafo 2 - 3 de 4
Está disponível o terceiro fascículo da segunda edição da revista eletrônica Mafagafo, organizada por Jana Bianchi, com folhetins de ficção fantástica brasileira apresentados em episódios.
A edição tem 148 páginas e traz a sequência dos contos de Lauro Kociuba, Isa Propero, Michel Peres, Sergio Motta, Anna Fagundes Martino, Marcos Berto, Dante Luiz e Ana Rüsche. Também traz ficções-relâmpago de Daniel Grimoni, Santiago Santos, Thiago d'Evecque, Victor F. Miranda, Luis Felipe R. T. Barbosa, Emily de Moura, Basílio Belda, Ana Cristina Rodrigues e Camila Loricchio. Ilustrações de autores diversos embelezam a publicação e a capa é de Giovanna Cianelli.
A revista pode ser baixada gratuitamente aqui nos formatos mobi, epub e pdf, bastando compartilhar um post nas redes sociais. As edições anteriores também estão disponíveis.
A edição tem 148 páginas e traz a sequência dos contos de Lauro Kociuba, Isa Propero, Michel Peres, Sergio Motta, Anna Fagundes Martino, Marcos Berto, Dante Luiz e Ana Rüsche. Também traz ficções-relâmpago de Daniel Grimoni, Santiago Santos, Thiago d'Evecque, Victor F. Miranda, Luis Felipe R. T. Barbosa, Emily de Moura, Basílio Belda, Ana Cristina Rodrigues e Camila Loricchio. Ilustrações de autores diversos embelezam a publicação e a capa é de Giovanna Cianelli.
A revista pode ser baixada gratuitamente aqui nos formatos mobi, epub e pdf, bastando compartilhar um post nas redes sociais. As edições anteriores também estão disponíveis.
Conexão Literatura 42
Está circulando o número 42 da revista eletrônica Conexão Literatura, editada por Ademir Pascale.
A edição tem 95 páginas e destaca em entrevista o escritor português Francisco J. S. A. Luís, Doutor em Antropologia Social e Cultural pela Universidade Nova de Lisboa, autor do livro Travestis brasileiros em Portugal, com uma longa pesquisa sobre o assunto.
Também são entrevistados os escritores Sheila Mendonça (Rabiscos com café), Ricardo Varriano (O exílio dos escravos), Helder Felix (Batons, eucaliptos e aspirinas) e Harley Wanzeller (Janelas da alma), além de Kátia Simões Parente e Adriana Igrejas, vencedoras do concurso cultural “Os dois melhores contos”, promovido pela revista. Os trabalhos premiados são publicados na edição, que também traz textos assinados por Míriam Santiago e Roberto Schima que têm se tornado autores fixos da publicação. Resenhas, artigos e divulgações de filmes e livros completam a edição.
Conexão Literatura é gratuita e pode ser baixada aqui. Edições anteriores também estão disponíveis.
A edição tem 95 páginas e destaca em entrevista o escritor português Francisco J. S. A. Luís, Doutor em Antropologia Social e Cultural pela Universidade Nova de Lisboa, autor do livro Travestis brasileiros em Portugal, com uma longa pesquisa sobre o assunto.
Também são entrevistados os escritores Sheila Mendonça (Rabiscos com café), Ricardo Varriano (O exílio dos escravos), Helder Felix (Batons, eucaliptos e aspirinas) e Harley Wanzeller (Janelas da alma), além de Kátia Simões Parente e Adriana Igrejas, vencedoras do concurso cultural “Os dois melhores contos”, promovido pela revista. Os trabalhos premiados são publicados na edição, que também traz textos assinados por Míriam Santiago e Roberto Schima que têm se tornado autores fixos da publicação. Resenhas, artigos e divulgações de filmes e livros completam a edição.
Conexão Literatura é gratuita e pode ser baixada aqui. Edições anteriores também estão disponíveis.
Resenhas de livros, volume 1
O escritor Miguel Carqueija, além de escrever muita ficção pratica a perigosa arte da resenha crítica, publicou sua primeira coletânea de resenhas literárias. São vinte resenhas que abordam livros de diversos gêneros, passando por autores do fandom nacional como Roberval Barcellos e Jeronymo Monteiro, clássicos como Guimarães Rosa, Joaquim Manuel de Macedo e Cecília Meireles, e estrangeiros como Júlio Verne e C. S. Lewis.
O volume é ofertado gratuitamente em forma de arquivo de texto no saite Recanto das Letras, aqui.
O volume é ofertado gratuitamente em forma de arquivo de texto no saite Recanto das Letras, aqui.
Argos 2018
No dia 1 de dezembro de 2018 aconteceu a premiação do Argos 2018 para os melhores romances, coletâneas e contos publicados em 2017 na opinião dos membros do Clube de Leitores de Ficção Científica-CLFC. A entrega dos troféus aconteceu no Instituto Pallas Athena, em São Paulo, e foi precedida por uma pequena programação de palestras com participação de Carlos Orsi, Lidia Zuin, Cristina Lasaitis, Edgar Smaniotto, Antonio Stanziani, Alexey Dodsworth, Raphael Fernandes, Priscilla Lhacer, Camila Fernandes, Cadu Fonseca, presidente da Associação Mensa Brasil e Clinton Davisson.
O prêmio é apurado através de consulta pela internet aos membros do clube. Uma semana antes do evento, a comissão organizadora divulgou uma lista com os cinco títulos mais votados em cada categoria, mas o vencedor só foi conhecido no dia da entrega dos troféus. São eles:
Romance
Vencedor: Octopusgarden, Gerson Lodi-Ribeiro, editora Draco.
Segundo lugar: Araruama: O livro das sementes, Ian Fraser, Editora Moinhos. Terceiro lugar: Guanabara Real: A alcova da morte, A. Z. Cordenonsi, Enéias Tavares e Nikelen Witter, Editora Avec. Demais finalistas: Ninguém nasce herói, Erick Novello, Editora Companhia das Letras, selo Seguinte; Ordem Vermelha: Filhos da degradação, Felipe Castilho, Editora Intrínseca.
Coletânea
Vencedor: Magos: Histórias de feiticeiros e mestres do oculto, Ana Lúcia Merege, org., Editora Draco.
Segundo lugar: Contos sombrios, Camila Fernandes, Editora Dandelion. Terceiro lugar: Trasgo vol. 1, Rodrigo van Kampen, org., Editora Trasgo. Demais finalistas: Antologia Mitografias vol. 1: Mitos modernos, Leonardo Henrique, Andriolli Costa e Lucas Ferraz, orgs., Editora Mitografias; Comboio de espectros, Duda Falcão, editora Avec.
Conto
Vencedor: A última balada de Bernardo, Fábio M. Barreto, Editora SOS Hollywood.
Segundo lugar: "O desejo de ser como um rio", publicado na coletânea O desejo de ser como um rio e outras histórias, Claudia Dugim, edição de autor. Terceiro lugar: O ouro de Tartessos, Ana Lúcia Merege, Editora Draco. Demais finalistas: "Era uma vez no oeste bizarro", Marcelo A. Galvão, publicado na antologia Magos: Histórias de feiticeiros e mestres do oculto, editora Draco; "Droneboy", Michel Peres, publicado na revista Trasgo 14, Editora Trasgo.
Congratulações a todos os vencedores e finalistas.
Diferente das edições anteriores, o Argos 2018 não entregou um prêmio pelo conjunto da obra e, como sempre, não divulgou a pontuação total dos finalistas, que permitiria uma análise mais apurada do resultado. Mas circulou a informação não oficial que foram recebidos cerca de 70 votos no total. Também não foi divulgado se houve premiação monetária como ocorrido em 2017.
Nota-se nas últimas edições do Argos uma forte tendência em premiar as publicações da Editora Draco e os trabalhos de autores ligados ao CLFC, óbvio reflexo do regulamento do concurso que exige que o votante seja associado ao clube para participar. Apesar de qualquer pessoa poder se filiar, fica evidenciado um componente corporativo que, se não desqualifica os resultados, pelo menos enfraquece sua representatividade quando observado a partir do ambiente externo ao clube, especialmente no momento tão rico e plural que a fc&f brasileira tem experimentado recentemente.
O prêmio é apurado através de consulta pela internet aos membros do clube. Uma semana antes do evento, a comissão organizadora divulgou uma lista com os cinco títulos mais votados em cada categoria, mas o vencedor só foi conhecido no dia da entrega dos troféus. São eles:
Romance
Vencedor: Octopusgarden, Gerson Lodi-Ribeiro, editora Draco.
Segundo lugar: Araruama: O livro das sementes, Ian Fraser, Editora Moinhos. Terceiro lugar: Guanabara Real: A alcova da morte, A. Z. Cordenonsi, Enéias Tavares e Nikelen Witter, Editora Avec. Demais finalistas: Ninguém nasce herói, Erick Novello, Editora Companhia das Letras, selo Seguinte; Ordem Vermelha: Filhos da degradação, Felipe Castilho, Editora Intrínseca.
Coletânea
Vencedor: Magos: Histórias de feiticeiros e mestres do oculto, Ana Lúcia Merege, org., Editora Draco.
Segundo lugar: Contos sombrios, Camila Fernandes, Editora Dandelion. Terceiro lugar: Trasgo vol. 1, Rodrigo van Kampen, org., Editora Trasgo. Demais finalistas: Antologia Mitografias vol. 1: Mitos modernos, Leonardo Henrique, Andriolli Costa e Lucas Ferraz, orgs., Editora Mitografias; Comboio de espectros, Duda Falcão, editora Avec.
Conto
Vencedor: A última balada de Bernardo, Fábio M. Barreto, Editora SOS Hollywood.
Segundo lugar: "O desejo de ser como um rio", publicado na coletânea O desejo de ser como um rio e outras histórias, Claudia Dugim, edição de autor. Terceiro lugar: O ouro de Tartessos, Ana Lúcia Merege, Editora Draco. Demais finalistas: "Era uma vez no oeste bizarro", Marcelo A. Galvão, publicado na antologia Magos: Histórias de feiticeiros e mestres do oculto, editora Draco; "Droneboy", Michel Peres, publicado na revista Trasgo 14, Editora Trasgo.
Congratulações a todos os vencedores e finalistas.
Diferente das edições anteriores, o Argos 2018 não entregou um prêmio pelo conjunto da obra e, como sempre, não divulgou a pontuação total dos finalistas, que permitiria uma análise mais apurada do resultado. Mas circulou a informação não oficial que foram recebidos cerca de 70 votos no total. Também não foi divulgado se houve premiação monetária como ocorrido em 2017.
Nota-se nas últimas edições do Argos uma forte tendência em premiar as publicações da Editora Draco e os trabalhos de autores ligados ao CLFC, óbvio reflexo do regulamento do concurso que exige que o votante seja associado ao clube para participar. Apesar de qualquer pessoa poder se filiar, fica evidenciado um componente corporativo que, se não desqualifica os resultados, pelo menos enfraquece sua representatividade quando observado a partir do ambiente externo ao clube, especialmente no momento tão rico e plural que a fc&f brasileira tem experimentado recentemente.