A Editora @Link convida os leitores da boa ficção científica para o lançamento de dois livros do gênero: Eros ex machina: Robôs sexuais, antologia organizada por Luiz Bras, e a coletânea Às moscas, armas!, do premiado escritor Nelson de Oliveira que ressurge depois de um longo período sabático no Caribe.
Eros é uma seleta com dezoito contos eróticos com robôs, que traz textos de Alex Xavier, Dani Rosolen, Fabio Mariano, Francis Toyama, Gabriel Felipe Jacomel, Gê Martins, Giovanna Picillo, Gláuber Soares, Luiz Bras, Marco Rigobelli, Maria Esther, Mélani Sant’Ana, Nanete Neves, Nathalie Lourenço, Nathan Elias-Elias, Ricardo Celestino, Sonia Nabarrete e Tobias Vilhena.
Em Às moscas, armas!, Nelson de Oliveira retorna aos contos, formato com o qual já publicou diversos livros. O autor, que sempre trafegou entre o realismo e o fantástico, deve ter voltado com as baterias recarregadas plenamente pois a editora anuncia que este é seu melhor livro – e já valeria a pena mesmo que não fosse.
O evento, que contará com a presença siamesa de Bras e Oliveira, está marcado para o dia 24 de fevereiro, das 16 às 20 horas, na Sensorial Discos, Rua Augusta nº2389, em São Paulo, capital.
Vale todo o esforço para comparecer e matar a saudade do bronzeado Nelson de Oliveira, além de adquirir estes dois livros que decerto estarão entre as publicações essenciais da fcb em 2018.
Mais informações na fanpage do evento, aqui.
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
Conexão Literatura 32
Está circulando o número 32 da revista eletrônica Conexão Literatura, editada por Ademir Pascale pela Fábrica de Ebooks.
A edição de 97 páginas destaca o suspense e o mistério na literatura em um artigo de Pascale, e o resultado do concurso de contos Helsing, Caçadores de Monstros, anunciado na edição anterior, que selecionou textos dos autores Tito Prates, Marli Freitas e Juan Daniel Diniz Quintana. Os contos vencedores, bem como entrevistas com os autores, podem ser lidos nesta edição.
Ainda aparecem contos de Míriam Santiago e do editor, entrevistas com os escritores Vanderley Sampaio (Bolerus), Roberto Fiori (Futuro!) e Angela Aguiar (Uma chance a mais), além de resenhas por Marcos Fidêncio, Eudes Cruz e Rafael Botter, e um artigo de José Flávio da Paz.
Conexão Literatura é gratuita e pode ser baixada aqui. Edições anteriores também estão disponíveis.
A edição de 97 páginas destaca o suspense e o mistério na literatura em um artigo de Pascale, e o resultado do concurso de contos Helsing, Caçadores de Monstros, anunciado na edição anterior, que selecionou textos dos autores Tito Prates, Marli Freitas e Juan Daniel Diniz Quintana. Os contos vencedores, bem como entrevistas com os autores, podem ser lidos nesta edição.
Ainda aparecem contos de Míriam Santiago e do editor, entrevistas com os escritores Vanderley Sampaio (Bolerus), Roberto Fiori (Futuro!) e Angela Aguiar (Uma chance a mais), além de resenhas por Marcos Fidêncio, Eudes Cruz e Rafael Botter, e um artigo de José Flávio da Paz.
Conexão Literatura é gratuita e pode ser baixada aqui. Edições anteriores também estão disponíveis.
Boca do Inferno 17
Está circulando o número 17 da newsletter de cinema de horror Boca do Inferno, editada por Renato Rosatti para os saites Boca do Inferno e Infernotícias, distribuída gratuitamente em eventos no formato impresso. A edição tem duas páginas e traz artigos sobre os filmes Coração satânico (Angel heart, 1987) e O fantasma de Frankenstein (The ghost of Frankenstein, 1942).
Para obter uma cópia eletrônica desta e de outras edições, basta solicitar pelos emails renatorosatti@yahoo.com.br ou marcelomilici@yahoo.com.br.
Para obter uma cópia eletrônica desta e de outras edições, basta solicitar pelos emails renatorosatti@yahoo.com.br ou marcelomilici@yahoo.com.br.
Up!
No dia 20 de janeiro, fui pela primeira vez ao Up! ABC, evento de cultura pop que acontece anualmente em Santo André, sediado nas dependências da Universidade Anhanguera, que foi completamente ocupada por um público enorme que buscava as atrações da gigantesca programação que incluiu feira de memorabilias, praça de alimentação, palco com shows musicais, palestras, concursos de cosplay, salas temáticas, campeonatos de videogames e muito mais.
O que eu queria visitar era o beco dos artistas, área reservada aos criadores de quadrinhos e literatura, editores independentes e artistas plásticos que ali expõem e comercializam suas criações. Já estava combinado em visitar a mesa dos meus amigos Rynaldo Papoy e Gilberto Queiroz, que me presentearam com quatro fanzines de sua autoria: O sétimo beijo na boca (fantasia), Timeless (fc), Phobia Zine (terror) e Inktober (portfólio de Queiroz), todos muito bem acabados.
Estava lá também o escultor e grafiteiro Rafael Lucena, com que tive o prazer de cursar duas oficinas de toyart alguns anos depois dele ter sido meu aluno numa oficina de quadrinhos. Rafael especializou-se em estátuas de heróis dos quadrinhos e dos games, e é expositor contumaz em eventos dessa natureza. Além deles, muitos outros artistas estavam ali vendendo prints, chaveiros e outros gadgets com seus desenhos, assim como alguns quadrinhistas ofereciam seus álbuns, como Robert Yo, autor do álbum 3.o Mundo – que ainda me presenteou com um exemplar a revista Gibi Quantico –, Eduardo Capelo, autor de Japow!, e os escritores Tiago P. Zanetic (Onze reis: Principia) e Gabriel Davini, que me apresentou a seu futuro romance de fantasia A ruína dourada através de fascículos com trechos da obra.
Deu uma vontade danada de estar ali junto deles, vendendo meus livros e quadrinhos. Talvez eu faça isso mesmo no ano que vem.
O que eu queria visitar era o beco dos artistas, área reservada aos criadores de quadrinhos e literatura, editores independentes e artistas plásticos que ali expõem e comercializam suas criações. Já estava combinado em visitar a mesa dos meus amigos Rynaldo Papoy e Gilberto Queiroz, que me presentearam com quatro fanzines de sua autoria: O sétimo beijo na boca (fantasia), Timeless (fc), Phobia Zine (terror) e Inktober (portfólio de Queiroz), todos muito bem acabados.
Estava lá também o escultor e grafiteiro Rafael Lucena, com que tive o prazer de cursar duas oficinas de toyart alguns anos depois dele ter sido meu aluno numa oficina de quadrinhos. Rafael especializou-se em estátuas de heróis dos quadrinhos e dos games, e é expositor contumaz em eventos dessa natureza. Além deles, muitos outros artistas estavam ali vendendo prints, chaveiros e outros gadgets com seus desenhos, assim como alguns quadrinhistas ofereciam seus álbuns, como Robert Yo, autor do álbum 3.o Mundo – que ainda me presenteou com um exemplar a revista Gibi Quantico –, Eduardo Capelo, autor de Japow!, e os escritores Tiago P. Zanetic (Onze reis: Principia) e Gabriel Davini, que me apresentou a seu futuro romance de fantasia A ruína dourada através de fascículos com trechos da obra.
Deu uma vontade danada de estar ali junto deles, vendendo meus livros e quadrinhos. Talvez eu faça isso mesmo no ano que vem.
sexta-feira, 26 de janeiro de 2018
Resenha: Dicionário de línguas imaginárias
Dicionário de línguas imaginárias, Olavo Amaral. 128 páginas. Editora Companhia das Letras, selo Alfaguara, São Paulo, 2017.
Ainda que seja conceito comum entre os críticos da literatura brasileira que ela seja uma arte estagnada, recorrente em seus temas, quase sempre ligados à marginália, à pobreza e à violência, repetindo personagens e tramas que tornam a leitura previsível – e isso pode ser mesmo verdade – sempre houve uma corrente que fluiu em outras direções. De Machado de Assis a Guimarães Rosa, de Murilo Rubião a Ignácio de Loyola Brandão, de Monteiro Lobato a José J. Veiga, há dezenas de autores que escapam dessa análise superficial, que levam temas e tramas da literatura brasileira muito além da fronteira. Histórias de horror quase sempre, fantasia e ficção científica eventualmente, aparecem em todas as épocas, desde que foi permitido que os brasileiros publicassem o que escreviam.
Hoje temos um real movimento em busca desses horizontes, iniciado antes de tudo pelos leitores fãs de ficção científica que, na dificuldade de encontrar o que queriam, passaram a compor suas próprias histórias em fanzines, a princípio, e em blogues, mais recentemente. Esse movimento pré-fabricado nos anos 1960 e 1980, cresceu muito na era da internet e eclipsou aquele fluxo natural que continua lá, contudo.
Há quem diga que as obras de autores ligados ao realismo fantástico não são parte desse movimento. E não são mesmo. São autores mais incorporados ao mainstream, nunca identificados como "fãs", que emprestam para si a estética e os mecanismos de uma tradição latinoamericana que vem de muito mais longe. As histórias tem textura de weird fiction (referência à revista americana Weird Tales, publicada entre 1923 e 1954), em que os contornos da literatura de gênero não são claros e seus preciosos protocolos não são respeitados.
Este é o caso dos dez contos que formam esta coletânea de Olavo Amaral, portoalegrense nascido em 1979, médico, neurocientista, cineasta e autor premiado, que tem em sua bibliografia as coletâneas Estática (2006) e Correnteza e escombros (2012), também relacionadas ao fantástico e ambas disponíveis para leitura na internet.
Dicionário de línguas imaginárias é o primeiro livro do autor pela Companhia das Letras e guarda tributo à Jorge Luis Borges, especialmente por conta do tema. Mas, enquanto Borges tinha no livro o seu objeto de especulação, Amaral volta sua atenção para a oralidade, a língua, e assim sustenta a mesma metalinguagem borgeana.
O conto que abre a seleta é "Uok phlau", estruturado na forma de um artigo sobre o trabalho de campo de um antropólogo junto a tribo nativa dos yualapeng, em cuja língua não existe a noção de "ir" e "vir".
"Travessia" é uma história mais convencional, sobre quatro homens que não falam a mesma língua e, por algum motivo não explicitado, estão presos em um contêiner, e os desdobramentos do estresse, medo e preconceito que surgem entre eles.
"Mixtape" é uma história sincopada, de tons eróticos, sobre um homem obcecado por um vídeo pornográfico.
"Quarto a beira d'água" retoma o estilo fantástico ao contar a tragédia de um casal depois que surge uma poça de água no meio de seu quarto de dormir.
"Iceberg" é uma fantasia com laivos de ficção científica. Um antropólogo passa o inverno observando à distância uma tribo de homens primitivos que vivem próximos ao litoral. O relato não deixa claro o que realmente está acontecendo, mas vamos sentir o estranhamento quando chega o verão.
"Choeung ek" apresenta uma sociedade que tem no turismo uma grande atividade comercial. Ali, os viajantes são encaminhados às "atrações" locais, que contam uma história tétrica e antiga de violência e crueldade, tudo muito profissional, é claro. Mas há um passeio especial, exclusivo para os turistas mais curiosos.
"O ano em que nos tornamos ciborgues" é uma ficção científica distópica, sobre uma revolução proletária fracassada que dá lugar a uma sociedade de coalizão. Sobreviventes mutilados pelo conflito são submetidos a um tratamento a base de implantes, mas ainda há muito com que se revoltar.
Em "Esquecendo Valdéz", o autor se achega ao modelo borgeano ao contar a história de um homem que forjou um intelectual inexistente a partir da produção de um livro no qual baseou seu trabalho acadêmico.
"Última balsa" tem um que de A estrada, de Cormac McCarthy. Conta o drama de um homem e um menino autista tentando sobreviver em uma ilha deserta após um naufrágio.
"Estepe" mostra o drama de um homem que tem uma doença incurável que avança tanto mais rápido quanto ele fala. O jeito é parar de falar e, para isso, ele vai viver com uma tribo nômade nas congeladas estepes russas, que não por acaso é o povo que menos fala no mundo.
Um livro curioso e perturbador, que sustenta a tradição do realismo fantástico brasileiro e latinoamericano com qualidades inegáveis, ótimas ideias e texto fluente. Leitura altamente recomendável que mostra que, ao contrário do que se pensa, há inteligência fora do fandom.
Ainda que seja conceito comum entre os críticos da literatura brasileira que ela seja uma arte estagnada, recorrente em seus temas, quase sempre ligados à marginália, à pobreza e à violência, repetindo personagens e tramas que tornam a leitura previsível – e isso pode ser mesmo verdade – sempre houve uma corrente que fluiu em outras direções. De Machado de Assis a Guimarães Rosa, de Murilo Rubião a Ignácio de Loyola Brandão, de Monteiro Lobato a José J. Veiga, há dezenas de autores que escapam dessa análise superficial, que levam temas e tramas da literatura brasileira muito além da fronteira. Histórias de horror quase sempre, fantasia e ficção científica eventualmente, aparecem em todas as épocas, desde que foi permitido que os brasileiros publicassem o que escreviam.
Hoje temos um real movimento em busca desses horizontes, iniciado antes de tudo pelos leitores fãs de ficção científica que, na dificuldade de encontrar o que queriam, passaram a compor suas próprias histórias em fanzines, a princípio, e em blogues, mais recentemente. Esse movimento pré-fabricado nos anos 1960 e 1980, cresceu muito na era da internet e eclipsou aquele fluxo natural que continua lá, contudo.
Há quem diga que as obras de autores ligados ao realismo fantástico não são parte desse movimento. E não são mesmo. São autores mais incorporados ao mainstream, nunca identificados como "fãs", que emprestam para si a estética e os mecanismos de uma tradição latinoamericana que vem de muito mais longe. As histórias tem textura de weird fiction (referência à revista americana Weird Tales, publicada entre 1923 e 1954), em que os contornos da literatura de gênero não são claros e seus preciosos protocolos não são respeitados.
Este é o caso dos dez contos que formam esta coletânea de Olavo Amaral, portoalegrense nascido em 1979, médico, neurocientista, cineasta e autor premiado, que tem em sua bibliografia as coletâneas Estática (2006) e Correnteza e escombros (2012), também relacionadas ao fantástico e ambas disponíveis para leitura na internet.
Dicionário de línguas imaginárias é o primeiro livro do autor pela Companhia das Letras e guarda tributo à Jorge Luis Borges, especialmente por conta do tema. Mas, enquanto Borges tinha no livro o seu objeto de especulação, Amaral volta sua atenção para a oralidade, a língua, e assim sustenta a mesma metalinguagem borgeana.
O conto que abre a seleta é "Uok phlau", estruturado na forma de um artigo sobre o trabalho de campo de um antropólogo junto a tribo nativa dos yualapeng, em cuja língua não existe a noção de "ir" e "vir".
"Travessia" é uma história mais convencional, sobre quatro homens que não falam a mesma língua e, por algum motivo não explicitado, estão presos em um contêiner, e os desdobramentos do estresse, medo e preconceito que surgem entre eles.
"Mixtape" é uma história sincopada, de tons eróticos, sobre um homem obcecado por um vídeo pornográfico.
"Quarto a beira d'água" retoma o estilo fantástico ao contar a tragédia de um casal depois que surge uma poça de água no meio de seu quarto de dormir.
"Iceberg" é uma fantasia com laivos de ficção científica. Um antropólogo passa o inverno observando à distância uma tribo de homens primitivos que vivem próximos ao litoral. O relato não deixa claro o que realmente está acontecendo, mas vamos sentir o estranhamento quando chega o verão.
"Choeung ek" apresenta uma sociedade que tem no turismo uma grande atividade comercial. Ali, os viajantes são encaminhados às "atrações" locais, que contam uma história tétrica e antiga de violência e crueldade, tudo muito profissional, é claro. Mas há um passeio especial, exclusivo para os turistas mais curiosos.
"O ano em que nos tornamos ciborgues" é uma ficção científica distópica, sobre uma revolução proletária fracassada que dá lugar a uma sociedade de coalizão. Sobreviventes mutilados pelo conflito são submetidos a um tratamento a base de implantes, mas ainda há muito com que se revoltar.
Em "Esquecendo Valdéz", o autor se achega ao modelo borgeano ao contar a história de um homem que forjou um intelectual inexistente a partir da produção de um livro no qual baseou seu trabalho acadêmico.
"Última balsa" tem um que de A estrada, de Cormac McCarthy. Conta o drama de um homem e um menino autista tentando sobreviver em uma ilha deserta após um naufrágio.
"Estepe" mostra o drama de um homem que tem uma doença incurável que avança tanto mais rápido quanto ele fala. O jeito é parar de falar e, para isso, ele vai viver com uma tribo nômade nas congeladas estepes russas, que não por acaso é o povo que menos fala no mundo.
Um livro curioso e perturbador, que sustenta a tradição do realismo fantástico brasileiro e latinoamericano com qualidades inegáveis, ótimas ideias e texto fluente. Leitura altamente recomendável que mostra que, ao contrário do que se pensa, há inteligência fora do fandom.
Múltiplo 15
Está circulando o número 15 do fanzine virtual de quadrinhos Múltiplo, editado por André Carim.
Com 72 páginas, destaca o trabalho de Elinaudo Barbosa, da EBComics, entrevistado pelo editor.
Nos quadrinhos, artes de Josi OM, Luiz Iório, Glauco Torres Grayn, Maurício Rosélli Augusto, Francisco Vilachã, Alex Moletta e Carlos Brandino. A capa traz um desenho de Rom Freire, e ilustrações de Iório, Daiany Lima e Pedro Ponzo enriquecem o conteúdo.
A publicação pode ser lida online ou baixada gratuitamente aqui. Edições anteriores também estão disponíveis. O zine também podem ser encomendado em formato impresso, aqui.
Com 72 páginas, destaca o trabalho de Elinaudo Barbosa, da EBComics, entrevistado pelo editor.
Nos quadrinhos, artes de Josi OM, Luiz Iório, Glauco Torres Grayn, Maurício Rosélli Augusto, Francisco Vilachã, Alex Moletta e Carlos Brandino. A capa traz um desenho de Rom Freire, e ilustrações de Iório, Daiany Lima e Pedro Ponzo enriquecem o conteúdo.
A publicação pode ser lida online ou baixada gratuitamente aqui. Edições anteriores também estão disponíveis. O zine também podem ser encomendado em formato impresso, aqui.
Juvenatrix 192
Está circulando a edição de janeiro do fanzine eletrônico de horror e ficção científica Juvenatrix editado por Renato Rosatti, que traz, em 20 páginas, conto de Allan Fear, resenhas aos filmes O altar do diabo (The Dunwich horror, 1970), The Earth dies screaming (1964), O grito da caveira (The screaming skull,1958), O mistério do invisível (The unseen, 1980), Mystics in Bali (1981), Zombie Nightmare (1987) e aos episódios "Frankenstein”, “O ovo de cristal”, “Encontro em Marte” e “The evil within” da série de tv Contos da escuridão (Tales of tomorrow, 1951/1953). Divulgação e curiosidades sobre fanzines, livros, filmes e bandas independentes de rock extremo completam, a edição. A capa traz uma ilustração de Márcio Rogério Silva.
Para solicitar uma cópia em formato pdf, envie e-mail para renatorosatti@yahoo.com.br.
Para solicitar uma cópia em formato pdf, envie e-mail para renatorosatti@yahoo.com.br.
Fanzine Ilustrado 5
Está circulando o número 4 do Fanzine Ilustrado, editado por André Carim.
A publicação tem 80 páginas e destaca o trabalho do quadrinhista brasileiro Glauco Torres Grayn, da Urom Comics, mais conhecida por UMC, selo autoral em que o artista veiculou suas criações. É provável que a motivação dessa edição seja o fato de Grayn, como já fizeram outros artistas do traço, estar de mudança para Portugal. A edição traz três quadrinhos do autor, uma entrevista e diversas ilustrações, incluindo passatempos para crianças.
O fanzine pode ser baixado gratuitamente aqui, e a versão impressa está disponível no Clube de Autores.
A publicação tem 80 páginas e destaca o trabalho do quadrinhista brasileiro Glauco Torres Grayn, da Urom Comics, mais conhecida por UMC, selo autoral em que o artista veiculou suas criações. É provável que a motivação dessa edição seja o fato de Grayn, como já fizeram outros artistas do traço, estar de mudança para Portugal. A edição traz três quadrinhos do autor, uma entrevista e diversas ilustrações, incluindo passatempos para crianças.
O fanzine pode ser baixado gratuitamente aqui, e a versão impressa está disponível no Clube de Autores.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
Aimó: Uma viagem pelo mundo dos orixás
Aimó: Uma viagem pelo mundo dos orixás, Reginaldo Prandi. Ilustrações de Rimon Guimarães, 200 páginas. Selo Seguinte, Editora Companhia das Letras, São Paulo, 2017.
Tratar de mitologia africana não é novidade no ambiente da ficção fantástica brasileira, embora não seja também uma recorrência. De fato, há ainda uma grande defasagem entre as mitologias fundadoras de nossa cultura e as mitologias de matriz estrangeira quando falamos de ficção brasileira. A esmagadora maioria dos autores brasileiros sente-se pouco confortável com a cultura nativa até porque não a conhece: vive num ambiente aculturado, em que os valores estrangeiros, geralmente europeus, predominam. Por isso, é muito comum encontrarmos autores brasileiros no campo do fantástico trabalhando com mitologias grega, nórdica, japonesa e até nativas da região da América do Norte. É o que vemos no cinema, na tv, nos quadrinhos e na literatura dominante do gênero que, não por acaso, vêm exatamente do mercado anglo-americano que explora todas elas. Em alguns momentos, no ambiente dos autores, até se construiram discursos pró-nativos, de matizes modernistas, mas sempre houve uma forte corrente contrária que a acusava de ser patrulheira e pregar uma ficção estereotipada.
O que tem permitido o crescimento de obras literárias com temas africanistas no ambiente da ficção fantástica brasileira, além da laicização do mercado e da "explosão cambriana" na diversidade cultural, foi a cultura do "faça você mesmo" e, principalmente, a popularização dos processos editoriais. Hoje, diferentemente de todos os outros tempos, publica quem quiser e o que quiser. Com as facilidades editoriais, seja no acesso à impressão por demanda ou no crescimento da atividade literária no espaço virtual, os editores comerciais perderam boa parte do poder de determinar o que pode ou não ser publicado. Ainda há, é claro, um nó górdio na distribuição de livros reais, dominado por uma máfia voraz, mas há quem diga que as livrarias também já têm seus dias contados.
Ao longos dos últimos vinte anos, mais ou menos, formou-se um grande grupo de autores e leitores muito interessados em novidades, integrado pelo avanço da internet. Num primeiro momento, enquanto as grandes editoras ainda insistiam em ignorar esse grupo, os autores fizeram circular fanzines e livros independentes que ajudaram a crescer uma massa de leitores ao ponto de formar um mercado potencial. Timidamente, autores ligados ao fandom começaram a aparecer nas livrarias e cada vez mais deles percebem que a ficção fantástica tem méritos suficientes para romper preconceitos.
Enfim, depois de muita luta, podemos dizer que as comportas abriram e a ficção fantástica não está mais restrita a um fandom especializado. Autores experientes, inclusive do mainstream, parecem entender as vantagens de trabalhar dentro da ficção especulativa, avançando especialmente no fantasia, que tem sido o gênero de melhor aceitação comercial.
Aimó: uma viagem pelo mundo dos orixás é um exemplo disso. Romance de autoria do sociólogo Reginaldo Prandi, autor paulista e estudioso da mitologia africana que escreveu o importante Mitologia dos orixás (2000, Companhia das Letras) e diversos outros volumes sobre cultura afro-brasileira, elabora uma fabulação singela que, de forma bastante didática, mostra como se fundamenta a religiosidade africana. Aimó não é seu primeiro romance no tema: Ifá, o adivinho (2002, Companhia das Letras), por exemplo, foi premiado em 2003 como Melhor Livro Reconto da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
Acompanhamos a jornada de Aimó, menina sem memória que, aos prantos, vaga pelo Orum, o mundo dos orixás. São tantas suas lágrimas que acabam por despertar Olorum, o maior dos orixás, que, sensibilizado pelo sofrimento de Aimó, encarrega Ifá e Exu para que apresentem à menina todas as orixás para que ela possa escolher uma delas como sua mãe espiritual e então reencarnar no Aiê, o mundo dos homens, e restaurar sua linhagem. Aimó inicia assim uma peregrinação por Orum, testemunhando, a partir das narrações de Ifá, as principais histórias de cada uma das orixás femininas e, no processo, também dos orixás masculinos. As narrativas de Ifá, sempre apresentadas em uma fonte diferenciada do estilo principal do texto, também expõem ao leitor as características doutrinárias do Candomblé, religião africana que deu origem às seitas praticadas no Brasil.
As ilustrações de Rimon Guimarães, de um estilo primitivista elegante, ajudam a construir o imaginário do Orum. Cada capítulo é introduzido por um dos signos do oráculo de Ifá (o jogo de búzios), detalhados num anexo no final do volume. Também aparecem em anexos: notas do autor, um glossário com termos das línguas nagô e iorubá citados no livro, e uma relação explicativa sobre cada um dos orixás.
O romance de Prandi, como integrante do selo juvenil da Companhia das Letras, tem o objetivo de levar ao leitor jovem algum conhecimento sobre esta que é a mais viva das mitologias modernas, extremamente influente na cultura brasileira. Contudo faz muito mais do que isso: traz também ao leitor experiente da literatura fantástica um das mais expressivas e esclarecedoras explicações sobre o Candomblé, seus fundamentos e seus personagens, integrando-os com naturalidade ao imaginário coletivo, sem proselitismos. Ao lado de O palácio de Ifê (2000, L&PM) e A estrela de Iemanjá (2009, Cortez), ambos da escritora gaúcha Simone Saueressig, Aimó: uma viagem pelo mundo dos orixás forma uma tríade da melhor ficção fantástica sobre orixás já apresentadas ao leitor brasileiro, leituras obrigatórias principalmente a autores que pretendem navegar por águas tão pouco conhecidas.
Tratar de mitologia africana não é novidade no ambiente da ficção fantástica brasileira, embora não seja também uma recorrência. De fato, há ainda uma grande defasagem entre as mitologias fundadoras de nossa cultura e as mitologias de matriz estrangeira quando falamos de ficção brasileira. A esmagadora maioria dos autores brasileiros sente-se pouco confortável com a cultura nativa até porque não a conhece: vive num ambiente aculturado, em que os valores estrangeiros, geralmente europeus, predominam. Por isso, é muito comum encontrarmos autores brasileiros no campo do fantástico trabalhando com mitologias grega, nórdica, japonesa e até nativas da região da América do Norte. É o que vemos no cinema, na tv, nos quadrinhos e na literatura dominante do gênero que, não por acaso, vêm exatamente do mercado anglo-americano que explora todas elas. Em alguns momentos, no ambiente dos autores, até se construiram discursos pró-nativos, de matizes modernistas, mas sempre houve uma forte corrente contrária que a acusava de ser patrulheira e pregar uma ficção estereotipada.
O que tem permitido o crescimento de obras literárias com temas africanistas no ambiente da ficção fantástica brasileira, além da laicização do mercado e da "explosão cambriana" na diversidade cultural, foi a cultura do "faça você mesmo" e, principalmente, a popularização dos processos editoriais. Hoje, diferentemente de todos os outros tempos, publica quem quiser e o que quiser. Com as facilidades editoriais, seja no acesso à impressão por demanda ou no crescimento da atividade literária no espaço virtual, os editores comerciais perderam boa parte do poder de determinar o que pode ou não ser publicado. Ainda há, é claro, um nó górdio na distribuição de livros reais, dominado por uma máfia voraz, mas há quem diga que as livrarias também já têm seus dias contados.
Ao longos dos últimos vinte anos, mais ou menos, formou-se um grande grupo de autores e leitores muito interessados em novidades, integrado pelo avanço da internet. Num primeiro momento, enquanto as grandes editoras ainda insistiam em ignorar esse grupo, os autores fizeram circular fanzines e livros independentes que ajudaram a crescer uma massa de leitores ao ponto de formar um mercado potencial. Timidamente, autores ligados ao fandom começaram a aparecer nas livrarias e cada vez mais deles percebem que a ficção fantástica tem méritos suficientes para romper preconceitos.
Enfim, depois de muita luta, podemos dizer que as comportas abriram e a ficção fantástica não está mais restrita a um fandom especializado. Autores experientes, inclusive do mainstream, parecem entender as vantagens de trabalhar dentro da ficção especulativa, avançando especialmente no fantasia, que tem sido o gênero de melhor aceitação comercial.
Aimó: uma viagem pelo mundo dos orixás é um exemplo disso. Romance de autoria do sociólogo Reginaldo Prandi, autor paulista e estudioso da mitologia africana que escreveu o importante Mitologia dos orixás (2000, Companhia das Letras) e diversos outros volumes sobre cultura afro-brasileira, elabora uma fabulação singela que, de forma bastante didática, mostra como se fundamenta a religiosidade africana. Aimó não é seu primeiro romance no tema: Ifá, o adivinho (2002, Companhia das Letras), por exemplo, foi premiado em 2003 como Melhor Livro Reconto da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
Acompanhamos a jornada de Aimó, menina sem memória que, aos prantos, vaga pelo Orum, o mundo dos orixás. São tantas suas lágrimas que acabam por despertar Olorum, o maior dos orixás, que, sensibilizado pelo sofrimento de Aimó, encarrega Ifá e Exu para que apresentem à menina todas as orixás para que ela possa escolher uma delas como sua mãe espiritual e então reencarnar no Aiê, o mundo dos homens, e restaurar sua linhagem. Aimó inicia assim uma peregrinação por Orum, testemunhando, a partir das narrações de Ifá, as principais histórias de cada uma das orixás femininas e, no processo, também dos orixás masculinos. As narrativas de Ifá, sempre apresentadas em uma fonte diferenciada do estilo principal do texto, também expõem ao leitor as características doutrinárias do Candomblé, religião africana que deu origem às seitas praticadas no Brasil.
As ilustrações de Rimon Guimarães, de um estilo primitivista elegante, ajudam a construir o imaginário do Orum. Cada capítulo é introduzido por um dos signos do oráculo de Ifá (o jogo de búzios), detalhados num anexo no final do volume. Também aparecem em anexos: notas do autor, um glossário com termos das línguas nagô e iorubá citados no livro, e uma relação explicativa sobre cada um dos orixás.
O romance de Prandi, como integrante do selo juvenil da Companhia das Letras, tem o objetivo de levar ao leitor jovem algum conhecimento sobre esta que é a mais viva das mitologias modernas, extremamente influente na cultura brasileira. Contudo faz muito mais do que isso: traz também ao leitor experiente da literatura fantástica um das mais expressivas e esclarecedoras explicações sobre o Candomblé, seus fundamentos e seus personagens, integrando-os com naturalidade ao imaginário coletivo, sem proselitismos. Ao lado de O palácio de Ifê (2000, L&PM) e A estrela de Iemanjá (2009, Cortez), ambos da escritora gaúcha Simone Saueressig, Aimó: uma viagem pelo mundo dos orixás forma uma tríade da melhor ficção fantástica sobre orixás já apresentadas ao leitor brasileiro, leituras obrigatórias principalmente a autores que pretendem navegar por águas tão pouco conhecidas.
domingo, 7 de janeiro de 2018
Realidades cabulosas
O saite de entretenimento Leitor Cabuloso, que tem como um de seus objetivos publicar contos inéditos de ficção de gênero, investe em uma nova aventura inaugurando o selo editorial Cabuloso Livros com a antologia Realidades cabulosas, organizada por Lucas Rafael Ferraz e Rodrigo Rahamti,
O livro reúne em 241 páginas dezenove contos publicados no saite ao longo de 2017, que trafegam em diversos gêneros, indo do realismo ao surreal – passando pela ficção científica, fantasia policial e terror – na pena dos escritores Adriana Rodrigues, Bruno Martins Soares, Daniel dos Santos Soares, Evelyn E. Postali, Fábio Fernandes, J. M. Beraldo, João Paulo Effting, Joe de Lima, Luís H. Beber, Luis Henrique da Cunha, Magdiel Araujo, Matheus Salfir, Michel Peres, Priscilla Matsumoto, Priscilla Rúbia, Rafael Peregrino, e Sonia R. R. Rodrigues, bem como dos organizadores, que não se furtaram a incluir seus próprios escritos na seleta.
O ebook está disponível nos formatos epub, mobi e pdf, e pode ser baixado gratuitamente aqui. A versão impressa pode ser adquirida no saite Clube de Autores.
O livro reúne em 241 páginas dezenove contos publicados no saite ao longo de 2017, que trafegam em diversos gêneros, indo do realismo ao surreal – passando pela ficção científica, fantasia policial e terror – na pena dos escritores Adriana Rodrigues, Bruno Martins Soares, Daniel dos Santos Soares, Evelyn E. Postali, Fábio Fernandes, J. M. Beraldo, João Paulo Effting, Joe de Lima, Luís H. Beber, Luis Henrique da Cunha, Magdiel Araujo, Matheus Salfir, Michel Peres, Priscilla Matsumoto, Priscilla Rúbia, Rafael Peregrino, e Sonia R. R. Rodrigues, bem como dos organizadores, que não se furtaram a incluir seus próprios escritos na seleta.
O ebook está disponível nos formatos epub, mobi e pdf, e pode ser baixado gratuitamente aqui. A versão impressa pode ser adquirida no saite Clube de Autores.
Conexão Literatura 31
Está circulando o número 31 da revista eletrônica Conexão Literatura, editada por Ademir Pascale pela Fábrica de Ebooks.
A edição de 60 páginas destaca a ficção científica na literatura em um artigo de Pascale, contos de V. Evans, Rafael Botter e do editor, crônica de Míriam Santiago e resenha de Thainá Christine para o clássico Menino de engenho, de José Lins do Rego.
Nas entrevistas, Jéssica Amaral (O filho do meu noivo), Ronaldo Luiz Souza (Expedição Vera Cruz), Silvano Colli (O herdeiro supremo), Roberto Martins de Souza (Histórias e memórias de idosos analfabetos) e Carlos Velázquez (Mitologias para o século XXI).
A edição anuncia o concurso de contos "Helsing, caçadores de monstros", cujos vencedores serão publicados na edição de fevereiro da revista.
Conexão Literatura é gratuita e pode ser baixada aqui. Edições anteriores também estão disponíveis.
A edição de 60 páginas destaca a ficção científica na literatura em um artigo de Pascale, contos de V. Evans, Rafael Botter e do editor, crônica de Míriam Santiago e resenha de Thainá Christine para o clássico Menino de engenho, de José Lins do Rego.
Nas entrevistas, Jéssica Amaral (O filho do meu noivo), Ronaldo Luiz Souza (Expedição Vera Cruz), Silvano Colli (O herdeiro supremo), Roberto Martins de Souza (Histórias e memórias de idosos analfabetos) e Carlos Velázquez (Mitologias para o século XXI).
A edição anuncia o concurso de contos "Helsing, caçadores de monstros", cujos vencedores serão publicados na edição de fevereiro da revista.
Conexão Literatura é gratuita e pode ser baixada aqui. Edições anteriores também estão disponíveis.
Memórias pós-humanas de Quincas Borba
O escritor Sid Castro, veterano da segunda onda da ficção científica brasileira, lançou pela plataforma de autopublicação da Amazon, uma coletânea com o singelo nome de Memórias pós-humanas de Quincas Borba e outras histórias alternativas muito além do país do futuro, pelo selo autoral Imagem & Ação.
O volume tem 202 páginas e traz seis contos e noveletas de ficção científica. Diz o autor: "São distopias sociais e tecnológicas, superumanos e alienígenas, batalhas interplanetárias, viagens no tempo e no espaço e outras dimensões do Universo. Tudo sob o olhar antropofágico do chamado 'País do Futuro', de Machado de Assis a Iemanjá, vikings indígenas, um Brasil teocrático e robôs lutando por seus direitos".
O volume está a venda aqui para leitores Kindle, disponível gratuitamente para assinantes do Kindle Unlimited.
O volume tem 202 páginas e traz seis contos e noveletas de ficção científica. Diz o autor: "São distopias sociais e tecnológicas, superumanos e alienígenas, batalhas interplanetárias, viagens no tempo e no espaço e outras dimensões do Universo. Tudo sob o olhar antropofágico do chamado 'País do Futuro', de Machado de Assis a Iemanjá, vikings indígenas, um Brasil teocrático e robôs lutando por seus direitos".
O volume está a venda aqui para leitores Kindle, disponível gratuitamente para assinantes do Kindle Unlimited.
Quadrinhos antigos: 1988 a 1991
O ilustrador Silvio Ribeiro, que assinou as capas do Anuário Brasileiro de Literatura Fantástica de 2010 e 2012, disponibilizou a revista digital Quadrinhos antigos, com alguns de seus trabalhos realizados entre o final dos anos 1980 e o início dos 1990.
A publicação tem 60 páginas e traz seis histórias de ficção científica ilustradas em preto e branco, fortemente influenciadas pelos comics americanos, com o nostálgico sabor dos fanzines da época.
Quadrinhos antigos está disponível em formato pdf e pode ser baixado gratuitamente aqui.
A publicação tem 60 páginas e traz seis histórias de ficção científica ilustradas em preto e branco, fortemente influenciadas pelos comics americanos, com o nostálgico sabor dos fanzines da época.
Quadrinhos antigos está disponível em formato pdf e pode ser baixado gratuitamente aqui.
Os vencedores do Argos 2017
Foto: Ricardoescreve
No dia 16 de dezembro de 2017, em cerimônia realizada no Campus Tijuca da Universidade Veiga de Almeida, o Clube de Leitores de Ficção Científica anunciou os vencedores do Prêmio Argos para os melhores da ficção fantástica brasileira em 2016. São eles:Melhor Romance:
Grande vencedor: O esplendor, Alexey Dodsworth (Editora Draco);
Segundo lugar: O caminho do Louco, Alex Mandarino (Editora Avec);
Terceiro lugar: A fonte âmbar, Ana Lúcia Merege (Editora Draco).
Melhor Conto:
Grande vencedor: "O Grande Livro do Fogo", Ana Lúcia Merege, antologia Medieval: Contos de uma era fantástica (Editora Draco);
Segundo lugar: "O domo, o roubo e a guia", Roberta Spindler, antologia Dinossauros (Editora Draco);
Terceiro lugar: "A noviça escarlate", Luiz Felipe Vasques, antologia Crônica da Guerra dos Muitos Mundos (edição independente)
Melhor Antologia:
Grande vencedor: Medieval: Contos de uma era fantástica, Ana Lucia Merege & Eduardo Kasse, orgs. (Editora Draco);
Segundo lugar: Estranha Bahia, Alec Silva, Ricardo Santos & Rochett Tavares, orgs. (Editora Ex!);
Terceiro lugar: Mistérios do mal: Contos de horror, Carlos Orsi (Editora Draco).
Prêmio pelo Conjunto da Obra:
Douglas Quinta Reis.
Os agraciados foram escolhidos em votação direta entre os sócios do clube, e um vídeo da cerimônia pode ser visto aqui.
Evidencia-se o reconhecimento do CLFC ao trabalho da historiadora e escritora Ana Lúcia Merege, que há anos se dedica ao exercício literário da fantasia, bem como à organização de antologias nesse gênero. E, mais uma vez, a Editora Draco foi a grande vencedora, dominando todas as categorias.
Como é recorrente neste certame, a organização do prêmio não revelou detalhes sobre a votação, como a quantidade de votantes, pontuações totais e colocação de todos os finalistas, que poderiam permitir maiores análises quanto aos resultados. Mas a divulgação dos segundos e terceiros lugares já foi um avanço.
Felicitações do Hiperespaço a todos os ganhadores!